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16 de abril de 2014

Teorias logísticas





A logística é a área da gestão responsável em prover da melhor maneira  possível o fluxo de produtos entre produtores e consumidores, de forma a obter o melhor nível de rentabilidade para a organização e maior satisfação dos clientes. Seu objeto é a armazenagem e a movimentação de produtos, visando a diminuir o hiato entre produção e demanda.


Em definição, a missão da logística é colocar os produtos e serviços certos, no tempo certo, no lugar correto, na condição ideal, ao menor custo possível.


Faz parte do universo da logística tudo o que se refere às atividades de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos. Estes representam o que se chama de atividades principais:


Transporte

Engloba os vários métodos para se movimentar produtos: rodoviário, ferroviário, duto viário, marítimo e aéreo. É a atividade mais importante, pois envolve de um terço a dois terços dos custos logísticos totais.


Manutenção de estoques

Normalmente é inviável a produção instantânea de produtos para atender os clientes. Para se atender a demanda no momento em que ela ocorre é preciso dispor de estoque. Os estoques evitam perdas de vendas, que ocorreriam se os clientes fossem procurar o produto e não o encontrasse, mas também impactam no custo financeiro, já que certo valor é despendido para manter produtos armazenados. O ideal é conciliar um nível mínimo de estoque com a demanda e não deixar de atender a nenhum pedido. A manutenção de estoques pode significar até dois terços do custo total de logística.


Processamento de pedidos

Os custos de processamento de pedidos tendem a serem pequenos quando comparados com os dois itens anteriores. Sua importância reside em ser o primeiro passo para a movimentação de produtos.


Existem várias atividades internas (atividades secundárias) que apoiam a logística, permitindo atingir seus objetivos organizacionais:


Armazenagem e manuseio

É preciso dimensionar corretamente o espaço para manter estoque e sua localização, arranjo físico, acesso de pessoas ou de máquinas a toda sua área, entrada e saída de caminhões para carga e descarga, uso ou não de prateleiras e sua altura ou uso de ‘pallets’, forma de recebimento dos pedidos etc.


Embalagem

Um bom projeto de embalagem facilita o manuseio e protege os produtos de quebras e danos. As dimensões adequadas permitem um armazenamento mais eficiente.




Compras e produção

Ainda que não diretamente ligada à logística, são duas áreas de fundamental importância para o fluxo de movimentação. Compras é o departamento que trata da entrada de insumos, suprimentos e produtos na organização. As decisões deste departamento influem nos custos logísticos. A produção, por sua vez, é quem disponibiliza os produtos para atender aos pedidos. Manter um fluxo de informação eficiente sobre os prazos de Compras e a chegada dos produtos é outro fator importante para o planejamento correto.

Desde a década de 1970 que a importância da logística vem crescendo para o resultado das organizações. Hoje, ocupa a posição intermediária entre produção e marketing. Existem algumas áreas onde a administração se sobrepõe. Por exemplo, na determinação de preço e embalagem, logística e marketing trabalham conjuntamente. Já compras e programação de produção são áreas de sobreposição com o departamento de Produção.


Distribuição física

A distribuição física é a função primária da logística. Da produção à entrega ao comprador, todos os passos são de sua responsabilidade. Há basicamente dois mercados para ser atendidos. Um é o de usuários finais, que usam o produto para satisfazer suas necessidades finais, seja de consumo ou para criar novo produto, no caso de mercado industrial. O outro é formado pelos que usam o produto para revender: são os distribuidores, atacadistas e varejistas.

A diferença entre os dois mercados está no volume e no perfil da compra. Consumidores finais compram em menor quantidade e são em maior número. Suas compras são mais frequentes do que as dos intermediários.





Para atender os diversos mercados existem várias configurações.

1.          Entrega direta a partir do estoque da fábrica.

2.          Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção.

3.          Entrega feita a partir de um sistema de depósitos.


As entregas podem ser feitas por veículos próprios ou terceirizados. As opções variam de setor para setor. Mas o princípio básico entre as duas é que as grandes cargas, que lotam os transportes, diluem o custo do frete e, assim, são mais lucrativas do que as entregas em pequenas quantidades. Por isso, sempre que possível, se busca lotar o meio de transporte utilizado e evitar o envio de pequenas cargas.

A responsabilidade sobre a movimentação de produto, porém, não se encerra com a entrega. A mercadoria pode ser devolvida por questão de pedido errado, dano físico, prazo de validade vencido e outros. O administrador deve estar preparado para receber e estocar essas devoluções


Controle de estoques

O controle de estoque é um dos grandes dilemas da administração. Não manter estoque suficiente para atender a demanda é se arriscar a perder vendas. Manter estoque acima da demanda é comprometer uma parte substancial do capital da organização. E prever com exatidão a demanda futura é uma tarefa quase impossível. Como equacionar esses fatores?


A função do estoque

O armazenamento de mercadorias é importante para atender uma série de finalidades.


1. Melhora o nível do serviço ao cliente. Os clientes valorizam a disponibilidade imediata dos produtos.


2. Permite menores custos nas compras e no transporte. Ao produzir em maior quantidade a organização pode negociar menores preços nas matérias-primas. O produto acabado, por sua vez, ao ser enviado em grande quantidade dilui o custo do frete, diminuindo seu impacto no custo. Menores custos significam que a organização pode vender mais barato ou ter maior margem de rentabilidade.


3. Amortece o impacto na oscilação de demanda. Todos os setores passam por períodos de variação na quantidade vendida. Ao trabalhar com estoque, a organização pode ter uma produção mais constante e dessa forma minimizar os efeitos de ter períodos em que não consegue atender aos pedidos e períodos de ‘sub ocupação’ de mão de obra, máquinas e instalações.


4. Permite se antecipar aos aumentos. As compras podem ser antecipadas para evitar aumentos programados nos fornecedores.


5. Diminui o risco de desabastecimento. Dificilmente se consegue prever a demanda futura ou o tempo de ressuprimento. Ao trabalhar com estoque de segurança, a organização evita os custos de perda de vendas.


6. Protege contra contingências. Greves, inundações, incêndios são algumas contingências que fogem do controle da administração. A organização, porém, pode se antecipar a elas, fazendo estoque e evitando o desabastecimento.





Tipos de demanda

Um fator que determina o nível ideal de estoque é a demanda. Existem basicamente cinco tipos de demanda.


Permanente

Muitos produtos têm ciclo de vida muito longo, como por exemplo, o leite em pó Nestlé, e outros ficam no mercado por pelo menos cinco anos. Estes produtos podem ser considerados de demanda permanente. Para eles não existem picos de venda ou queda brusca de procura. Dessa forma pode-se trabalhar com um ‘ressuprimento’ periódico e quantificar o volume de estoque.

Irregular

Não há um nível de procura definido, existe uma imprevisibilidade na venda destes produtos, ou seja, os produtos têm comportamento irregular, o que dificulta enormemente as previsões de venda. Um exemplo foi o lançamento de uma coleção de revista de culinária. A venda de coleção tem uma curva conhecida e previsível para as editoras. Os primeiros números sempre vendem mais e os últimos vendem muito pouco. Desse modo, as editoras determinam as tiragens baseadas na venda do primeiro número. No caso desta revista, a venda superou as expectativas e obrigou a editora a fazer uma nova impressão antes de lançar o número seguinte. Lançado o segundo número, houve um encalhe da ordem de 80%. O motivo foi que a revista trazia receitas com ingredientes que não eram facilmente encontrados e isso desmotivou a maioria dos compradores iniciais de continuar comprando a coleção.


Derivada

1.    A demanda derivada é resultante da demanda por outro produto, ao qual o produto em questão está associado, tais como embalagens e matérias primas. Por exemplo, venda de automóveis em um período indica como será a demanda por pneus. A demanda de pneus é dita derivada. O estoque necessário para atender a demanda derivada também é derivado. Quanto e quando comprar e produzir são determinados pela demanda.


Em declínio

Deve-se considerar o período de extinção do produto em questão adequando os estoques de reposição. Todo produto tem um ciclo de vida. Alguns são mais longos, outros mais curtos. Mas de modo geral, a queda na venda é gradual e pode ser administrada. A exceção são os produtos com vida útil planejada, como chips de computadores e softwares, que ao serem lançados já têm determinado quanto tempo durarão no mercado.


Sazonal

Alguns produtos praticamente só têm procura em determinadas épocas, como por exemplo os livros didáticos, ovos de páscoa, árvores de Natal. Outros são produtos de moda ou de ciclo de vida muito curto, como por exemplo, camisas da seleção brasileira de futebol na época da Copa do Mundo. Esses produtos podem ser tratados como tendo um único pico de vendas. Se o ciclo é, por exemplo, anual, errar muito na previsão da demanda significa assumir um grande ônus financeiro, seja pelo capital parado ou pelo fato do prazo de validade ser curto.


Vamos analisar as características comuns a administração de estoques, seja de matéria-prima ou de produto acabado.


1.    Custo. Há três tipos de custo para os estoques: compra, manutenção e falta.


a) Manutenção. Manter estoque de produtos ou de matérias-primas imobiliza capital da organização, que poderia ser usado em outras atividades ou ser aplicado em bancos para render juros. Também faz parte do custo o preço do espaço físico onde está ocorrendo o armazenamento e o preço do seguro contra incêndio ou roubo. Outro custo associado a manutenção de estoque é o risco de obsolescência, deterioração, furto ou dano.


b) Compra. Os custos de aquisição incluem o processamento do pedido nos departamentos internos, produção, manipulação e envio. Além, claro, do custo da mercadoria propriamente.


c) Falta. Quando o cliente faz um pedido e não há estoque do produto, pode haver dois tipos de perda. Um é o da venda perdida, que acontece quando o cliente cancela o pedido não atendido. É lucro perdido e comprometimento de relacionamento com o cliente, que buscará outro fornecedor. O outro é o custo de atraso, que ocorre quando o cliente se dispõe a esperar a chegada do produto e a empresa incorre em gastos extras de reprocessamento do pedido, transporte e manipulação.


Armazenamento de Materiais

Estocar material adequadamente é a forma de diminuir custos e otimizar o trabalho logístico. O almoxarifado é o local onde o processo de estocagem e movimentação interna de carga ocorre.

A eficiência do sistema de estocagem e a demanda de capital necessário variam de acordo com cada atividade e não há uma fórmula única. Deve-se determinar corretamente os tipos de máquinas e equipamentos a serem utilizados. A escolha correta leva a diminuição de riscos de acidentes de trabalho e permite a recuperação do investimento com o aumento da produtividade em pouco tempo. Ao contrário, o dimensionamento errado de necessidades ou a escolha equivocada de equipamentos leva à despesas elevadas de operação, manutenção etc., quando é superdimensionada, ou, ao contrário, quando é subdimensionada, dificulta a ampliação da produção e das vendas.

A natureza do material a ser estocado determina os problemas e as características do sistema de almoxarifado. Podem-se armazenar gases, líquidos ou sólidos, cada um com várias subcategorias. Os gases, por exemplo, podem ser produtos de baixa ou alta pressão, serem corrosivos, tóxicos ou inflamáveis. Estas características determinam os tipos de armazenagem e manipulação.

Em alguns casos, é necessário se alterar o estado físico do material para facilitar a estocagem ou aproveitar algum equipamento já existente ou mesmo a usar um equipamento mais conveniente economicamente.

A quantidade de material manipulado e a frequência da manipulação são determinadas muitas vezes pelas características do próprio material. Várias reações químicas ocorrem com produtos industriais após certo tempo e devem ser evitadas com o rápido processamento ou despacho do material. Produtos perecíveis, por sua vez, pedem tempo de processamento curto. Por outro lado, produtos envelhecidos, como uísque, ganham valor quanto maior for o período de estocagem.


Um sistema otimizado de estocagem leva em conta todos estes fatores e busca evitar a rejeição de material ou mercadoria por dano no manuseio.


Layout


O layout é uma preocupação presente desde a escolha do local de estoque até a decisão se o armazém será climatizado ou não. Uma vez definido, o layout pode sofrer alterações no decorrer do tempo em vista da aquisição de novos equipamentos, mudanças nos itens estocados, aumento ou diminuição da quantidade guardada, mudança nas embalagens. Em certos casos, as mudanças são planejadas, em outros, adaptam-se a situações inesperadas.


As alterações de layout podem ser alteradas para atender a oito situações:


1.    Demanda

O aumento ou a redução das vendas altera o ritmo da produção e a dimensão do estoque de vendas. Pode gerar capacidade ociosa, custo extra, quando há queda na demanda, ou pode estar atrapalhando o ritmo do crescimento, gerando perda de vendas ou gargalo de produção, no caso de crescimento de demanda.


2.    Custo

O aproveitamento ideal do armazém, a utilização plena da mão de obra, o uso intensivo dos equipamentos geram redução de custos.


3.    Obsolescência

 As instalações podem ficar pequenas em relação ao aumento da área de estocagem e pedir ampliação, reforma, ou mesmo mudança de local. Em sentido inverso, também podem ficar grandes demais, obrigando a escolha de local mais apropriado ao novo ritmo de vendas ou de produção.


4.    Produto

Mercados competitivos exigem constantemente alterações nos produtos para melhor se adequar às exigências dos consumidores. Essas alterações quase sempre acarretam em mudanças nas exigências dos depósitos.


5.    Novo produto

Para manter a competitividade, as indústrias estão constantemente lançando novos produtos e deixando de fabricar outros. Essas mudanças no mix de produtos alteram as exigências do depósito.


6.    Ambiente de trabalho

Os depósitos devem ser planejados de forma a otimizar o rendimento do trabalho. Dessa forma, devem evitar ruído em excesso, temperaturas anormais, contato dos trabalhadores com agentes agressivos e prejudiciais à saúde. No mínimo, deve atender as normas oficiais de Segurança do Trabalho, editadas pelo Ministério do Trabalho.


7.    Acidentes

Uma das funções do planejamento de layout é contribuir para evitar acidentes. Deve demarcar áreas de isolamento, corredores, passagens, de tráfego de veículos, fazer obstruções etc. Deve prever, ainda, a existência de instalações para atender, em caráter emergencial, os trabalhadores que se acidentam.


8.    Mercado consumidor

É fundamental para a organização estar perto do mercado consumidor. Muitas vezes, a mudança na linha de produtos leva a empresa a atuar em novo segmento e a ter de mudar a localização do depósito ou da fábrica.




Layout de processo produtivo

Existem basicamente três processos produtivos: contínuos, repetitivos e intermitentes.


Contínuos

Os contínuos são comuns às indústrias das áreas química, de cimento, papel etc. O layout é muito específico para cada tipo de atividade.

As operações repetitivas são as que se processam em lotes, como na indústria automobilística. Uma área da fábrica é dedicada a produzir apenas um item, que tem uma perfeita padronização.


Repetitivos

A matéria-prima entra em uma extremidade e o produto acabado ou ‘semi-acabado’ sai na outra ponta. A estocagem de material dentro do processo é mínima. Este tipo de arrumação é chamado layout por produto.


Intermitentes

O terceiro tipo de processo é o intermitente. Ele é típico de fabricação de lotes sob encomenda. Diferente do anterior, a produção é flexível e não requer grande padronização na linha de produção. Algumas máquinas podem fazer duas ou mais peças e as operações semelhantes são agrupadas em áreas. Este processo ocorre, por exemplo, com soldagem, banhos anticorrosão, pintura e outros.

Na prática, raramente os processos são puros. O mais comum é encontrá-los combinados em maior ou menor grau.



Distribuição e transporte

O transporte é um dos itens mais importantes no custo total das empresas. A racionalização dessa operação é vital para o resultado dos negócios. Por isso, merece atenção especial. Principalmente porque as decisões corretas variam de empresa para empresa. O que para uma é uma decisão rentável para outra pode ser um aumento de custo.

No Brasil, o transporte rodoviário responde por mais de 70% das cargas movimentadas. Existem mais de 6 mil empresas atuando no serviço de transporte e mais de 300 mil carreteiros autônomos. O modal rodoviário, porém, não é sempre a melhor alternativa.

Seja qual for o modal de transporte, ele deve reunir três características: custo, prazo e qualidade. É a análise dessas características que tornam este ou aquele meio de transporte ideal.


Rodoviário

O quase monopólio do transporte rodoviário se deve à política de investimento em estradas, executada por seguidos governos, desde a implantação da indústria automobilística nacional – apesar da conhecida deficiência das estradas brasileiras. Outro fator foi à criação do monopólio estatal de exploração de petróleo, feito pela Petrobrás. E, ainda, a vasta extensão territorial do país, que tem centenas de municípios que só são alcançados através de rodovias.

Cerca de 50% da movimentação de carga por via rodoviária é feita por carreteiros autônomos, donos dos seus caminhões. Esses profissionais alugam seus serviços para transportadoras e agenciadores de carga.

É o meio usado para transporte de volumes pequenos e produtos de certa sofisticação, que necessitem de relativa velocidade na entrega.


Ferroviário

Existem atualmente pouco mais de 29 mil quilômetros de estradas ferroviárias no Brasil. Estão distribuídas em quatro corredores de exportação:


1.                 Vitória: destinado a atender o complexo industrial da Companhia Vale do Rio Doce e a produção agrícola do sul de Goiás e Minas Gerais.


2.                 Santos: atende ao estado de São Paulo e parte dos estados de Minas Gerais, Goiás e centro-oeste.


3.                 Paranaguá: atende aos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.

Rio Grande: atende à área de influência do Rio Grande do Sul.


Este modal é usado para cargas com volumes relativamente grandes e de baixo valor unitário. O fator tempo de transporte não é relevante, para esta escolha.


Marítimo

O transporte marítimo opera no sistema de oferta e demanda, não possuindo tabelas fixas de frete. Com exceção dos navios que trabalham para a indústria de minério e para a indústria siderúrgica, os navios de carga geral procuram aproveitar a viagem de volta oferecendo preço menor de frete, pois os produtos transportados substituem o lastro do navio (lastro é o peso que dá estabilidade ao navio. Se o navio estiver vazio, tanques de lastro são cheios com água. Quando está transportando cargas, os tanques de lastro são esvaziados na proporção do peso da carga).

Os produtos transportados por este modal são de baixo custo unitário ou que não tenham urgência para a entrega.


Duto viário

As principais características do transporte por dutos são os elevados investimentos iniciais, elevados custos de capital e baixo custo operacional.

O investimento inicial é a principal barreira para a utilização deste modal. Os tubos usados chegam a representar até metade do custo total. O lançamento da tubulação é outro item que pode gerar custos altíssimos, devido ao tipo de solo, clima, relevo etc.

Devido ao alto investimento inicial, os custos de depreciação e financeiros são também altos. A grande vantagem do sistema é o baixo custo para a operação. O transporte por dutos é muito usado para petróleo, gás, água, minérios, carvão e alguns cereais. 


Aéreo

É o modal mais rápido e também o mais caro. É muito usado para cargas de alto valor e baixo peso, quando o fator tempo for primordial.





Distribuição

Os custos e a eficiência da distribuição determinam o sucesso do negócio. Como vimos no primeiro módulo, existem algumas formas de realizar a distribuição.


Distribuição pela própria organização

É mais usada para produtos que são produzidos em grande quantidade e precisam ser distribuídos aceleradamente. E também para produtos que requeiram uma venda mais técnica.


Distribuição por terceiros

É indicada para produtos conhecidos, de venda nos varejos. Muitas empresas de venda, de âmbito nacional, distribuem produtos que não concorrem com os seus, diminuindo os custos de venda.


Distribuição por representantes

       É uma distribuição que pode ter em carteira várias representações. É uma força de vendas descompromissada com os objetivos da empresa, por isso raramente traz informações sobre a concorrência ou apresentam relatórios.


Distribuição por empresas especializadas

São muito usadas para a venda de produtos especializados. Um distribuidor especializado é exclusivo de determinada marca, adquirindo quantidades determinadas em contrato para revenda ao varejo.


Canais de distribuição

Com o surgimento da Internet, apareceu uma nova forma de distribuição, que é o fabricante vender diretamente ao consumidor, mas este retirar o produto no varejista. É o caso, por exemplo, da indústria automobilística: o cliente pode escolher o modelo, a cor e os acessórios e fechar o pedido pela Internet. E depois retirar o carro na concessionária mais perto da sua casa.


A escolha da forma de distribuir é fundamental para o sucesso da empresa. As principais influências na decisão estão a seguir.


Quanto aos clientes

1.      Número de clientes.

2.      Dispersão geográfica dos clientes.

3.      Sensibilidade aos diferentes métodos de vendas.

4.      Padrão de compra.


Quanto ao produto

1.      Tipo de produto.

2.      Volume consumido pelos clientes.

3.      Valor unitário.

4.      Tipo de mercado consumidor.


Quanto aos intermediários

1.      Vendedor próprio.

2.      Atacadista.

3.      Representante.

4.      Distribuidor exclusivo.


Quanto aos concorrentes

1.      Canais utilizados.

2.      Participação de mercado.

3.      Quantidade.


  Nível de rivalidade.

Quanto à empresa

1.      Tamanho.

2.      Situação financeira.

3.      Políticas internas.

4.      Mix de produto.


Quanto ao ambiente

1.      Legislação.

2.      Condições econômicas.


Operação do sistema logístico

A logística é uma função vital que deve ser implementada por todas as empresas. Dada sua importância estratégica para o negócio, é importante que haja integração com as outras áreas administrativas.

Tradicionalmente, as empresas agrupam as atividades em três áreas: finanças, produção e marketing. Os interesses da cada área olhados isoladamente podem ser conflitantes. Por exemplo, para finanças o menor custo de estoque é zero, já para marketing este nível é péssimo, pois haveria perda de vendas. O setor de logística deve ser capaz de conciliar os diversos interesses e objetivos, olhando o interesse global da empresa.

O grau de importância do setor de logística varia de empresa para empresa. Em algumas, seu custo é pequeno enquanto em outras chega a consumir 25% do faturamento.


Indústria extrativista

A indústria extrativista atua na mineração, exploração de madeira e agricultura. Seu produto é matéria-prima para uso industrial. O setor de logística é importante para garantir o suprimento de bens necessários às operações e controle das entregas dos materiais. Os materiais normalmente são entregues a granel, sem embalagem.





Indústria de transformação

Este segmento é caracterizado por empresas que compram uma grande variedade de itens de muitos fornecedores. Transformam os materiais em itens de maior valor agregado e vendem para diferentes mercados, através de uma rede de canais. Compras e distribuição são duas atividades fundamentais para o sucesso da empresa. Por isso, muitas vezes, logística é um departamento responsável pelas duas áreas.


Empresas distribuidoras

Como o título sugere, compram produtos para distribuir, para revender. Sua preocupação principal é vender e entregar. A estrutura da administração de logística é grande, pois compram de muitos fornecedores e vendem em várias combinações para grande número de clientes.


Empresas de serviços

A logística em empresas prestadoras de serviços limita-se a garantir os suprimentos para execução das tarefas. Sua função é basicamente de compras e administração de estoques.


Organização logística

Dependendo do setor e atividade da empresa, o setor logístico pode atuar como uma organização informal, semiformal ou formal.


Informal

Em algumas empresas, a administração de transporte é separada do controle de estoque e do processamento dos pedidos. Cada área está vinculada a um departamento. Neste caso, a integração tem de ser feita através de arranjos informais, que não modifiquem a estrutura organizacional. Isto pode ser conseguido com a formação de comitês, por exemplo.



Semiformal

Neste arranjo, o profissional de logística é formalmente responsável pela coordenação, mas divide a responsabilidade com os gerentes de cada departamento envolvido.


Formal

Em empresas que adotam esta estrutura, a responsabilidade e autoridade é claramente definida. Normalmente, o profissional responsável pela área tem função gerencial e atua no mesmo nível hierárquico dos outros gerentes departamentais.


Desempenho

Uma das funções da administração é o controle de desempenho. No dia-a-dia de uma empresa transportadora, pode haver muita variação de tempo de entrega. O que não pode ocorrer, é que essas variações fiquem fora de limites pré-determinados no planejamento. Ao administrador cabe acompanhar e medir os desempenhos das várias etapas do processo de manuseio e transporte dos produtos.


Relatórios

O relatório é um dos instrumentos de análise do trabalho. Através deles se pode medir e comparar o desempenho de tempo de entrega, custo de estoque, custo de venda, porcentagem de devolução de produto em relação à entrega etc.


Gestão dos recursos patrimoniais

Em busca de maior eficiência administrativa, a direção das empresas está constantemente avaliando opções. No nosso campo de estudo, as decisões mais comuns são sobre temas como: comprar ou alugar o imóvel que vai abrigar uma filial e estoque? Quando trocar os equipamentos? Quando adquirir novas máquinas?

Essas decisões gerenciais levam em conta alguns aspectos da gestão financeira e contábil da empresa. Vejamos alguns conceitos:


Ativo imobilizado

Dá-se o nome de ativo imobilizado a todos os bens destinados ao funcionamento da empresa, que tenham durabilidade superior a um ano. São, por exemplo, computadores, carros, caminhões, instalações físicas, prédios etc. No caso de ferramentas, que duram menos do que um ano, as normas contábeis estabelecem que não devem ser registradas como ativo imobilizado.

Na medida em que vão sendo usados, os bens sofrem desgaste, tornam-se obsoletos ou quebram. Em consequência, eles perdem valor. Por exemplo, um caminhão, depois de um ano de uso, valerá menos do que quando saiu da concessionária. A esta desvalorização, dá-se o nome de depreciação.





Depreciação

É a diminuição do valor dos bens. Como se trata de um valor contábil, que influencia o resultado operacional das empresas, como lucro apurado e o montante de imposto sobre o lucro a ser pago, o percentual de depreciação é determinado pela Receita Federal. Tratores e caminhões, por exemplo, têm uma taxa de depreciação anual fixada em 25% ao ano. Ou seja, se um trator foi comprado por $ 100, no ano de 2012, em 2013 seu valor contábil será $ 100 menos 25%, que é igual a $ 75. No ano seguinte será de $ 75 menos $ 25, que dará $ 50. No ano seguinte, será $ 50 menos $ 25, que dará $ 25. E, finalmente, no ano seguinte, $ 25 menos $ 25, que será zero. Em outras palavras, ao final de quatro anos o caminhão estará totalmente depreciado e, portanto, sem valor contábil. Obviamente, o caminhão ainda poderá ter valor de revenda no mercado, mas para a contabilidade não. Considera-se que a vida útil do caminhão é de apenas 4 anos.


Outros bens têm taxas anuais de depreciação diferentes, como, por exemplo, os carros de passeio, cuja taxa é de 20%. Neste caso, determinou-se que após cinco anos de uso, o automóvel deixará de ter valor contábil.


Aquisição

Se as empresas pudessem, não gastariam recursos na compra de novas máquinas ou equipamentos, deixariam o capital para ser apropriado como lucro. Entretanto, de tempos em tempos, as empresas precisam renovar o parque industrial, comprando máquinas e equipamentos, seja porque máquinas se desgastam pelo uso, seja por necessidade de ganhar produtividade ou diminuir custos de produção e garantir a sobrevivência da empresa no mercado competitivo. O investimento na renovação de maquinários, portanto, é uma necessidade periódica. Quando isto será feito é uma decisão a ser tomada após a análise das implicações financeiras, contábeis e mercadológicas. 

Na análise da decisão de investimento em maquinário, um fator com grande peso é o retorno esperado. Quanto mais rapidamente a empresa puder recuperar o investimento, mais propensa estará a fazer a aquisição. Normalmente, retornos muito demorados desestimulam os investimentos.


Comprar ou fabricar?

Outra decisão que as indústrias, constantemente, têm de tomar é se fabricam ou compram determinadas peças que entram no processo produtivo. Esta é uma decisão que pode ser matematicamente calculada. Analise o exemplo a seguir:





Fabricando a peça

Comprando a peça

Matérias-primas

1.000

----

Valor da peça

----

2.000

Frete

----

20

Mão de obra indireta

300

300

Mão de obra direta

1.500

----

Outros custos

55

----

Total

2.855

2.320


Neste exemplo, é mais caro para a empresa fabricar a peça do que comprá-la. Além desses custos de fabricação, ainda há custos de depreciação das máquinas necessárias para a produção, além de seguros etc. Em outros casos, a melhor alternativa pode ser continuar fabricando. Tudo depende do caso específico que se está analisando.


Comprar ou alugar?

Outra decisão importante para a empresa é se deve comprar ou alugar o prédio onde será instalada a fábrica, a filial ou o estoque. Segundo estudos realizados por importante consultoria de investimento, se a taxa real de juros for maior que 8,5%, num prazo de 20 anos, é melhor alugar do que comprar. No Brasil, a taxa real de juros tem ficado bem acima de 8,5% nos últimos anos. Por isso, segundo o estudo, quem optou por alugar o imóvel e aplicar o dinheiro da compra em investimento financeiro saiu ganhando.





Frota própria ou terceirizada?

Algumas empresas optam por ter a própria frota de distribuição. A principal razão é conseguir menor custo no transporte e maior eficiência na entrega.

A frota própria pode ser comprada ou alugada (leasing). Mas nem todas as opções são viáveis, por serem muito caras, como por exemplo, a ferrovia ou o transporte marítimo. Normalmente, a opção de transporte próprio se limita a via terrestre e, mais raramente, a aérea.

Quanto opta pode ter o próprio transporte, a empresa monta um departamento de tráfego, responsável pela roteirização e manutenção da frota.



A ‘roteirização’ envolve o número de veículos disponíveis, suas capacidades, os pontos de parada para coleta ou entrega e a sequencia de paradas. Um bom roteiro de entregas e coletas sempre irá  buscar aproveitar o máximo da capacidade de carga de cada veículo, reduzindo o custo. Alguns atacadistas, por exemplo, fazem o roteiro de suas entregas de modo que o caminhão parta cheio de um depósito e siga entregando pelo caminho até que chegue vazio ao depósito final. E lá, ele é novamente carregado e segue fazendo as novas entregas até o final.













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