Daqui a 3
décadas as cidades serão megacidades com mais de 200
milhões de pessoas que se alimentarão com carne de laboratório.
Sim, estamos falando do ano de 2050,
quando o número de pessoas com mais de 65 anos nos atuais países desenvolvidos
será igual ao dos trabalhadores, e isso não é uma suposição, mas um estudo da
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E, para que a
Previdência social não entre em colapso, a idade média para se aposentar vai
subir para a casa dos 85 anos. Mas essa notícia não deveria assustá-lo tanto.
Quando essa pessoa se aposentar em 2050, sua saúde será incrivelmente superior
à dos velhinhos dos nossos dias.
As Injeções periódicas de células-tronco
vão melhorar a manutenção das células do corpo e reduzir o número de doenças a
que o organismo desgastado está sujeito. Isso para não falar nos nanorrobôs, que prometem, por exemplo,
desobstruir artérias (o que
reduziria a incidência de derrames) e atacar micro-organismos patogênicos. Também é
muito provável que já em 20 anos sejamos capazes de criar órgãos humanos em
laboratório - e aquele rim bagunçado poderá ser facilmente substituído.
Embora a natalidade também vá
diminuir muito, não será o suficiente para evitar que o mundo alcance o fabuloso
número de 9 bilhões de habitantes - a enorme maioria deles nos
atuais países em desenvolvimento. A Índia chegará a 1,6 bilhão - a maior
população do mundo - e a Nigéria terá ultrapassado o Brasil já em 2030 (imagina o Bolsa Família?),
enquanto a Itália e a Alemanha terão menos e menos gente. Só que a população
não vai simplesmente crescer e envelhecer: ela vai também ser mais urbana.
Com 70% da humanidade nas
cidades, teremos megaconurbações, como os eixos Pequim-Seul-Pyongyang-Tóquio,
com mais de 200 milhões de pessoas, e os 1 400 quilômetros que unem Délhi a
Mumbai. Os mapas de metrô parecerão pratos de macarrão de tantas linhas, e até
os EUA, hoje tão dependentes do carro, terão adotado trens-bala. Isso não
matará o automóvel, mas metade da frota mundial será elétrica ou a hidrogênio.
Para sustentar essa massa que
insiste em não morrer e que vive cada vez mais longe do campo será necessário
muita água, energia e comida. A água será o bem mais caro, e seu uso,
sacralizado: a descarga será considerado um absurdo do passado conforme
privadas secas virarem regra. Além de os dejetos humanos serem reutilizados
para produzir energia e fertilizantes em vez de poluir, novas tecnologias de
dessalinização transformarão o oceano em fonte de água potável a um preço mais
razoável.
O Brasil e o aquecimento Global
O Brasil e o aquecimento Global
O mundo consumirá o dobro de
energia que hoje, mas ela será muito mais limpa. A previsão mais otimista da
Agência Internacional de Energia é a de que 46% dela venham de combustíveis
fósseis, e o consumo de petróleo caia 27% em relação aos níveis de 2007, por
exemplo. Isso porque muitas fontes alternativas vão ficar comercialmente
viáveis. Dá para ter uma ideia do que vem por aí com o Projeto Desertec, que
deve gerar 100 GW em usinas termelétricas solares no deserto do Saara em 2050.
Eles serão transmitidos para os países da União Europeia por corrente direta de
alta voltagem, que perde apenas 3% da energia a cada 1 000 quilômetros.
Para produzir grãos suficientes
para alimentar tanta gente sem avançar nas áreas de floresta, a produtividade
por hectare também crescerá enormemente, e nisso o Brasil promete assumir a
ponta tecnológica: técnicas desenvolvidas pela Embrapa no cerrado brasileiro
serão exportadas para as savanas africanas, que não apenas alimentarão sua
população, mas também exportarão para a Ásia.
Agora, para verduras e legumes, o interessante é que para produzi-los serão utilizadas hortas caseiras. Já os restaurantes laboratórios vão criar não apenas pratos, mas também seus próprios vegetais geneticamente modificados (que tal um híbrido de alface com brócolis?). O vegetarianismo continuará por motivos de gosto ou religião, mas a criação da carne in vitro com células embrionárias de boi, frango, porco e de animais mais exóticos encontrará um mercado promissor entre os que se chocam com o sofrimento de animais. Parece exagero? Não é: desde o ano de 2007 uma aliança internacional de cientistas pesquisa a produção de carne in vitro em escala industrial.
'Possíveis' Superpotências em 2050
Agora, para verduras e legumes, o interessante é que para produzi-los serão utilizadas hortas caseiras. Já os restaurantes laboratórios vão criar não apenas pratos, mas também seus próprios vegetais geneticamente modificados (que tal um híbrido de alface com brócolis?). O vegetarianismo continuará por motivos de gosto ou religião, mas a criação da carne in vitro com células embrionárias de boi, frango, porco e de animais mais exóticos encontrará um mercado promissor entre os que se chocam com o sofrimento de animais. Parece exagero? Não é: desde o ano de 2007 uma aliança internacional de cientistas pesquisa a produção de carne in vitro em escala industrial.
'Possíveis' Superpotências em 2050
Os Filmes, livros e música irão
para as mesmas telas onde trabalharemos - esqueça a diferenciação entre
computador, TV, celular... Para viajar, vai ser possível escolher um país do
outro lado do mundo ou hotéis no espaço, embora ainda caros. Jogos serão
transmitidos holograficamente, com a possibilidade de mandar mensagens para os
atletas nos intervalos (só para
pessoas autorizadas...), e atletas terão carreira mais longa (a medicina vai consertar joelhos com muito mais
facilidade), roupas perfeitamente adaptadas ao organismo e arbitragem recorrendo a
equipamentos eletrônicos (isso
quando o juiz não for robô). Enfim, estamos no caminho de um admirável mundo
novo.
Fonte e Sítios Consultados
http://super.abril.com.br
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