Toda estrutura dos sistemas abertos é formada pela
interação e intercâmbio da organização com o ambiente. De acordo com as
mudanças do ambiente externo, a organização se adapta para sobreviver mudando
seus produtos, técnicas e estruturas.
A interação e intercâmbio da organização com o
ambiente moldam a estrutura de sistemas abertos. Quando ocorrem mudanças no
ambiente externo, a organização se transforma mudando seus produtos, técnicas e
estruturas para se adaptar à essas mudanças e sobreviver.
As organizações, segundo a Teoria dos Sistemas, podem ser vistas como um sistema dinâmico e aberto, no qual o sistema é um conjunto de elementos mutuamente dependentes que interagem entre si com determinados objetivos e realizam determinadas funções.
As organizações são dependentes de fluxos de recursos
do ambiente externo, assim como os sistemas abertos. Essa dependência pode
ocorrer de duas maneiras. Por um
lado, ela precisa do ambiente externo para conseguir os recursos humanos e
materiais que vão garantir seu funcionamento. Por outro lado, ela precisa do ambiente externo
para comprar e vender serviços e produtos. Desse modo, para a organização sobreviver
ela precisa de ajustes como ambiente externo, além de ajustes no ambiente
interno.
Isso quer dizer, assim como um sistema aberto, uma
organização pode ser definida como uma associação de grupos de interesses,
sendo esses formados por elementos distintos, onde cada um busca atingir seus
objetivos no contexto do ambiente mais amplo.
As ações que
definem o comportamento organizacional dependem também de uma análise do
ambiente em que ela se encontra e da maneira como a mesma se relaciona com o
ambiente externo, respondendo à pressões, estabelecendo relações ou até
evitando algumas Além disso, a teoria do sistema aberto também consiste em
demonstrar o papel de um funcionário dentro de uma organização, expressando o
conceito de “Homem Funcional”, ou seja, o homem tem um
papel dentro das organizações, estabelecendo relações com outros indivíduos,
exatamente como prega um sistema aberto.
Agora vamos pensar sobre suas ações, o próprio
funcionário cria diversas expectativas, tanto para seu papel, quanto para o
papel de todos os outros elementos que fazem parte da organização como um todo,
e ainda transmitindo–as a todos indivíduos participantes. Apesar dessa relação
ser inevitável ela pode tanto alterar, como reforçar seu papel dentro da
instituição. Logo, uma organização pode ser definida então como um sistema de
papéis, nos quais indivíduos (ou no caso,
funcionários), agem como verdadeiros transmissores de papel e pessoas focais.
AS ORGANIZAÇÕES COMO UM SISTEMA ABERTO
Até meados dos anos
50 a teoria administrativa clássica pouco considerava o ambiente
externo das organizações. Não eram
consideradas as questões de flexibilidade das organizações nem as mudanças do
ambiente extra empresa. As organizações eram definidas com sistemas muito fechados, sendo que a eficiência operacional era tida como o único meio para a
empresa obter êxito e de se tornar eficaz.
Com o passar do tempo foi
percebendo-se que as mudanças do ambiente externo à empresa além de frequentes,
ocorriam de forma muito rápida. Por isso elas sempre terão um impacto de longo
alcance nas organizações. Esses acontecimentos do meio externo podem facilmente
afetar a empresa e vice-versa, ao ponto que as organizações não podem mais serem
consideradas como sistemas fechados, mas como sistemas abertos. Neste novo
cenário as organizações devem ser permeáveis às mudanças do volátil ambiente
externo, ou seja o ambiente externo deve ser considerado importantíssimo para
que as empresas possam desenvolver as suas atividades.
As organizações são por
definição sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente compreendidas de
forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas
variáveis internas e externas, que afetam o seu comportamento. Tal como os organismos
vivos, as organizações têm seis funções primárias ou principais, que mantêm
estreita relação entre si, mas que podem ser estudadas individualmente.
Funções primárias das organizações:
a) Ingestão: as
organizações adquirem ou compram materiais para processá-los de alguma maneira.
Para assistirem outras funções, como os organismos vivos que ingerem alimentos
para suprirem outras funções e manter a energia.
b) Processamento: no
animal, a comida é transformada em energia e suprimento das células. Na organização,
a produção é equivalente a esse ciclo animal. Os materiais são processados
havendo certa relação entre entradas e saídas no qual o excesso é o equivalente
a energia necessária para a sobrevivência da organização (transformação em
produtos).
c) Reação ao ambiente: o animal que reage frente a mudanças ambientais para sua sobrevivência
deve adaptar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao seu ambiente,
mudando seus materiais, consumidores, empregados e recursos financeiros. As
alterações podem se efetuar nos produtos, no processo ou na estrutura (mudanças
face ao mercado).
d) Suprimento das partes: os participantes da organização são supridos, não só do
significado de suas funções, mas também de dados de compras, produção, vendas
ou contabilidade, e são recompensados principalmente sob a forma de salários e
benefícios.
e) Regeneração das
partes: as partes do
organismo perdem sua eficiência, adoecem ou morrem e devem ser regenerados ou
recolocados no sentido de sobreviver no conjunto. Os membros das organizações
também podem adoecer, aposentar-se, desligar-se da firma ou então morrer. As
máquinas podem tornar-se obsoletas. Ambos os homens e máquinas devem ser
mantidos ou recolocados – manutenção e substituição.
f) Organização:
administração e decisão sobre as funções;
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES
a) Comportamento probabilístico: as organizações são sempre afetadas pelas variáveis
externas. O ambiente é potencialmente sem fronteiras e inclui variáveis
desconhecidas e incontroladas. Por outro lado as consequências dos sistemas
sociais são probabilísticas e não-determinadas. O comportamento humano nunca é
totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo a muitas
variáveis. Por esta razão a administração não pode esperar que os consumidores,
fornecedores, tenham um comportamento previsível e de acordo com suas
expectativas. – sistema social num ambiente sem fronteiras, complexo e nem
sempre previsível;
b) Parte de uma sociedade maior: as organizações são vistas como sistemas dentro de
sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essas
interações entre os elementos produzem um todo que não pode ser compreendido
pela simples investigação das várias partes tomadas isoladamente. – ajuste
constante entre grupos internos e externos, como estudado mais propriamente na
Sociologia, Antropologia ou Economia (econômico e cultural);
c) Interdependência entre as partes: uma organização não é um sistema mecânico, no qual uma
das partes pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras. Em face
da diferenciação das partes provocadas pela divisão do trabalho, as partes
precisam ser coordenadas por meio de integração e de trabalho. As interações
internas e externas do sistema refletem diferentes escalões de controle e da
autonomia. Uma variedade de subsistema deve cumprir a função do sistema e as
suas atividades devem ser coordenadas. – divisão de trabalho, coordenação,
integração e controle;
d) Homeostasia versus adaptabilidade: a homeostasia(auto regulação) garante a rotina e a
permanência do sistema, enquanto a adaptabilidade leva a ruptura, à mudança e à
inovação. Rotina e ruptura. Estabilidade e mudança. Ambos os processos precisam
ser levados a cabo pela organização para garantir a sua viabilidade. –
tendência a estabilidade e equilíbrio X tendência ao atendimento de novos
padrões;
e) Fronteiras ou limites: é a linha imaginária que serve para marcar o que está
dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema
existe fisicamente. –fronteiras permeáveis- sobreposições e intercâmbios com os
sistemas do ambiente;
f) Morfogênese –
capacidade de se modificar, de determinar o crescimento e as formas da
organização, de se corrigir e de obter novos e melhores resultados;
g) Resiliência -
capacidade de o sistema superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. As
organizações, como sistemas abertos, apresentam a capacidade de enfrentar e
superar perturbações externas provocadas pela sociedade sem que desapareça seu
potencial de auto-organização;
h) Sinergia -
esforço simultâneo de vários órgãos que provoca um resultado ampliado. A soma
das partes é maior do que o todo (2 + 2 = 5 ou mais);
i) Entropia -
consequência da falta de relacionamento entre as partes de um sistema, o que
provoca perdas e desperdícios. É um processo inverso a sinergia, a soma das
partes é menor que o todo (2 + 2 = 3). A entropia leva o sistema à perda de
energia, decomposição e desintegração.
ORGANIZAÇÕES
SÃO SISTEMAS ABERTOS QUE AFETAM E SÃO AFETADAS PELO AMBIENTE EXTERNO.
macro ambiente:
todas as organizações operam em um macro ambiente, que é definido pelos
elementos mais gerais no ambiente externo que pode potencialmente influenciar
decisões estratégicas. Embora uma equipe de altos executivos possa ter forças
internas e ideias únicas sobre seus executivos, deve considerar os fatores
externos antes de agir.
O
macro ambiente é composto de forças políticas, econômicas, tecnológicas e
sociais, e o ambiente Competitivo de forças mais próximas, como concorrentes
atuais, ameaças de novos entrantes e substitutos, fornecedores e consumidores.
A maior diferença entre os dois é a quantidade de controle dela sobre cada
ambiente.
Ambiente
Competitivo: o ambiente competitivo compreende
organizações com as quais a organização interage. Administrar significa, além
de reagir e adaptar-se aos ambientes, modificar ou moldar o ambiente da
organização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário