Sai ano entra ano - passam-se décadas - e nada muda! O que
o Brasil faz de errado para não crescer? Seria
essa a ‘tal’ maldição da abundância? Não necessariamente a abundância na
forma de recursos naturais, mas sim a abundância excessiva de burocracia, de
intervencionismo, de protecionismo, de roubalheira, de ganância dos políticos, de
voluntarismo político, e até mesmo de democracia.
Também
é verdade que o Brasil não sofre só da inflação monetária. O Nosso país sofre
também de uma inflação de leis e regulamentações. Não bastasse às
incertezas de se gerenciar empresas aqui no Brasil já serem altas, estas
incertezas só se multiplicam por causa do intervencionismo arbitrário do
governo; e se este já não fosse demasiado agigantado, a economia brasileira
também é forçada a suportar um poder judiciário que adora se intrometer em
áreas onde o livre mercado é capaz de encontrar as melhores soluções.
É
fato que os políticos fazem o que querem com a nossa economia, enquanto os
burocratas criam leis e regras que não fazem muito sentido, e muitas vezes a
superpoderosa justiça brasileira acaba por finalizar essa confusão com decisões
que paralisam a iniciativa privada. Em todas aquelas áreas da economia em
que os agentes necessariamente se pautam por um horizonte de tempo maior — como
poupança e investimento, infraestrutura, inovação e educação —, há uma total
paralisia. O país sofre com uma péssima infraestrutura, o desempenho em
inovação é fraco e o sistema educacional é dos piores do mundo.
Vamos
pensar um pouco! Se de um lado o governo pratica um
hiperativo intervencionismo, intrometendo-se em áreas onde o livre
mercado com certeza é mais eficiente do que qualquer burocracia, de outro ele mostra uma generosa
negligência em relação às áreas cruciais, como infraestrutura e educação.
Ainda pior do que essa negligência é o fato de ele criar leis e regulamentações
que só atrapalham e até mesmo proíbem a iniciativa privada de atuar nestas
áreas.
A
que Conclusão chegamos?
Existem
pouquíssimos países no mundo cujas condições são tão favoráveis para uma grande
prosperidade quanto o Brasil. Porém, uma mentalidade favorável ao
intervencionismo estatal e burocrático produz uma atitude de procrastinação
(adiamento,
delonga, demora) permanente que atravessa todo o espectro da
sociedade brasileira. O Brasil parece aquele sujeito que tem uma
casa grande e bela, mas com vários buracos no telhado que precisam ser
reparados. Quando o tempo está bom, ele acha que não há
necessidade de consertar os buracos; e quando chove, ele diz que não pode fazer
nada agora porque o tempo está ruim.
A
principal causa da paralisia do país perante a urgente necessidade de se
arrumar as condições para possibilitar um futuro melhor é a onipresença do
estado brasileiro. Este estado intervencionista obstrui todas
as atividades privadas. A economia brasileira se encontra permanentemente
bombardeada por imprevisibilidades e por uma total ausência de lógica e de bom
senso nas medidas intervencionistas do governo, as quais visam apenas ao
curtíssimo prazo. O resultado é uma economia de produtividade
extremamente baixa em conjunto com uma renda não somente baixa, mas também mal
distribuída.
Os fatores
que bloqueiam o nosso país não seriam a falta da tal "inclusão
social" ou outras tantas quimeras (sonhos, esperanças...). O que
bloqueia o progresso do Brasil é a crença quase absoluta no poder do estado e
uma forte desconfiança na eficiência do livre mercado. O grande mistério
da cultura brasileira é a contradição entre esta ideologia que idolatra o
estado e a visível realidade gerada por esta ideologia.
Mas isso
ainda não é o fim já que todos sabem que o Brasil tem uma carência enorme de
portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e etc. Também é verdade que o consumo,
o comércio exterior e a economia continuam a crescerem enquanto os investimentos
na área de infraestrutura são cada vez menores. E esses problemas só aumentam o
já tão falado custo Brasil. É bom que todos saibam que o fato de ser mais
caro produzir no Brasil está diretamente ligado, entre tantos fatores, à elevadíssima
carga tributária dos impostos, taxas e contribuições que representam 36%
do PIB brasileiro.
E é
claro a qualidade da educação brasileira, afinal, faltam
brasileiros qualificados para impulsionar a nossa economia. Podemos dizer que os
governos FHC e Lula fizeram um trabalho ‘razoável’ nessa área. Mas esse é um
problema que leva certo tempo para ser resolvido. Mas, também devemos falar do
mundo, já que a economia mundial andou desacelerando em relação à última
década. A Europa ainda está meio atolada, os EUA já estão se recuperando e a China continua sempre no seu ritmo - enquanto que outros emergentes vão mantendo aquele passo de desaceleração constante.
Por
fim, acreditamos que existe a certeza da necessidade de reduzir a carga tributária para no máximo 20%
e também a redução do IRPF
para até os 27,50% sobre o cidadão brasileiro. É claro que existe a necessidade de ‘agilizar’ esse processo o quanto antes, assim como também é necessário um grandioso processo político (reestruturação política) acompanhada de um sistema de comunicação
capaz de liderar essa ação junto dos eleitores. Mas, pelo
que podemos visualizar neste momento de 2016, (pós Impeachment), isso não passa de só mais uma ideia
ou talvez uma utopia.
Assim, é fato que o brasileiro passou a ser um povo desonesto (todos que podem tirar alguma 'pequena' vantagem, irá tirar, seja conseguindo puxar um ponto de (TV por assinatura pirata) ou qualquer outro tipo de facilidade fora da Lei...) e também somos um povo corrupto (ou quem não conhece aquela história de 'molhar' a mão do guarda na estrada ou no bafômetro ou ainda de pagar uma caixinha ao responsável no dia de fazer o exame lá no DETRAN), além do brasileiro ser um povo porcalhão (é só ver como os cidadãos tratam do espaço público, jogam todo tipo de sujeira no chão - como se fosse obrigação só do Estado de manter aquele espaço público limpo). Em outras palavras, falta ao povo brasileiro cultura e educação. E essa cultura é aquela que vem de da boa convivência em casa, do respeito às escolas e aos espaços públicos desse planeta.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.mises.org.br
http://www.infomoney.com.br
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