“O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela
era tão envolvente!”
O livro O
Pequeno Príncipe é uma das obras literárias que mais trouxeram mensagens e
reflexões sobre a relação com o amor e a relação com o mundo, de uma forma
simples e contemplativa, acreditamos que várias pessoas já o leram – e para
quem ainda não o fez, é recomendado fazer! Trata-se de uma história de
aventuras e dilemas de um jovem príncipe e sua conturbada relação com sua rosa,
que ele descreve como sendo bem envolvente e ao mesmo tempo contraditória.
O intuito aqui, não é necessariamente discutir a
relação que o pequeno príncipe
estabelecia com a sua rosa – que até certo ponto não deixa de ser uma relação
platônica e cheia de conflitos -, mas, pensar sobre a busca que ele fez ao
visitar os diversos planetas, e seus consequentes aprendizados.
Sabe-se que existem diversos motivos para serem
explorados que não caberiam aqui neste simples texto, mas é preciso saber que o
pequeno príncipe saiu em uma jornada para se instruir, e certamente buscar
esclarecimentos para suas inúmeras dúvidas. A partir disso ele visitou diversos
“asteroides”
– que posteriormente foram chamados por ele de planetas e que em nossa
compreensão era um lugar que viviam outros seres, apenas um para cada planeta,
na verdade. O entendimento que teremos sobre os planetas é que eles são, em
nossa realidade humana, um mundo segregado que as pessoas constroem para viver
e acabam se esquecendo da naturalidade e dos benefícios da convivência com os
pares.
E essa realidade implica em muitos desafios,
problemas e circunstâncias desconfortáveis, mas nem por isso menos prazerosa. É
como na Fábula do Porco Espinho,
onde aprender a conviver com as diferenças (espinhos)
pode garantir um passaporte para momentos únicos em nossas vidas (e sabemos que isso não é fácil). Para um
efeito de comparação com a realidade vivenciada por muitos de nós, seja na vida
pessoal ou profissional, imaginemos alguns dos planetas visitados pelo príncipe
construindo uma ponte para a nossa realidade:
Planeta habitado por um Rei: O Rei está sozinho no planeta até a
chegada do príncipe. Mas como todo Rei, é natural que ele goste de mandar,
ditar regras e comportamentos. Pessoas que tão simplesmente são acostumadas a
dar ordens tem uma probabilidade de não saber recebê-las e devido a isso não
são capazes de trabalhar em equipe. O trabalho em equipe exige momento para
falar e também momento para ouvir e, as pessoas com perfil como o do Rei podem
até ouvir, mas dificilmente concordarão com o que será dito.
Planeta habitado por um vaidoso: O vaidoso em seu planeta vibra com a chegada do príncipe, que no
seu entendimento será “admirador”.
Pessoas assim gostam de se sentir contempladas pelo próximo e só ouvem os
elogios. Quando criticadas, fingem que não ouvem ou mudam para um assunto que
diz respeito a elas mesmas.
Planeta habitado pelo empresário: Ele era um desses
empresários que só buscavam se focar em contar e contar as estrelas, afirmando ser
um sujeito sério que não se preocupava com “futilidades”. Pessoas
assim podem ser consideradas como uma espécie de Workaholic (viciadas em trabalho), e sempre estão em busca de resultados e
lucros – como se a vida dependesse disso. Há uma forte tendência para a estafa
e para a perda do sentido do trabalho, bem como o extermínio da vida social,
tão importante para oxigenar as ideias!
Planeta habitado pelo acendedor de lampiões: Quando foi perguntado por que ele tinha acabado de apagar o lampião, ele
respondeu objetivamente: é o regulamento! E quantas pessoas conhecidas
que ficam presas a regulamentos e a infindáveis regras, seja isso pelo fato de
não questionarem ou talvez por que alguém lhes disse que é assim que se faz. Os
indivíduos com a lógica do acendedor de lampiões afirmam que as
coisas não têm solução, ou que a solução é seguir o dito “regulamento”, e
muitas vezes se sentem presos em suas atividades, com a consciência de que as
tarefas são terríveis. Este não seria o seu perfil, seria?
Planeta habitado pelo geógrafo: O geógrafo faz questão de afirmar que não é um “explorador”. Isso hoje,
no final de 2013, não é muito diferente: existem as pessoas que não se
aventuram e que não buscam novas oportunidades de crescimento, novas
experiências sociais. Tristes são aqueles que apenas ficam imaginando as
coisas, lugares e sensações… que desejam ganhar na loteria, mas não que nunca jogaram
e que desejam encontrar um grande amor, mas não se permitem amadurecer nos
pequenos amores e nas constantes situações da nossa vida.
Esperamos que nenhum destes perfis se encaixe ao
seu perfil e, mesmo que isso seja uma realidade, ainda existem escolhas a serem
realizadas. Afinal, conviver implica em “viver em comum”, “ter
convivência com” e “relacionar-se”.
Bem, mesmo que para isso se utilize muito mais o
mundo virtual do que o mundo real, mas, pensemos um pouco, o que muitos milhões
pessoas estão fazendo nos dias de hoje? Criando um mundo particular, como o citado
anteriormente, e com isso elas estão negando a si mesmas a possibilidade de
obter um aprendizado, um novo horizonte.
Para pensar: “Não coma a vida com garfo e faca.
Lambuze-se”.
(Mário Quintana)
Fonte e Sítios Consultados
http://www.ideiademarketing.com.br
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