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11 de novembro de 2013

Preço e Custo - entenda a diferença - e como os impostos distorcem tudo


Preço e Custo - entenda a diferença - e como os impostos distorcem tudo

 
 

Vamos começar este com uma hipótese: Se você comprar 1 litro de gasolina por R$ 3,00.  Quanto esse 1 litro lhe custou?  Alguém mais apressado poderia responder: "Mas que pergunta sem sentido.  É claro que ele custou R$ 3,00". 

 

É por aí que começam os enganos mais frequentes, pois há uma diferença entre preço e custo.  Para podermos entender por que preço e custo não são a mesma coisa, vamos considerar a seguinte situação.  Imaginemos que na cidade onde moramos, nós rotineiramente paguemos R$ 15,00 por um corte de cabelo.  Agora imaginemos também, que exista uma barbearia em uma cidade a 2 mil quilômetros de distância cujo preço cobrado por um serviço idêntico seja de apenas R$ 5,00.  Será que por acaso iríamos passar a cortar o cabelo nesta outra cidade?  Acredito e torço para que a maioria das respostas sejam não, pois, embora o preço seja bem menor, o custo envolvido na operação é bem maior.

Podemos pensar no preço como sendo o dinheiro que é dado em troca de uma transferência de propriedade.  Quando compramos o litro de gasolina, simplesmente transferimos a propriedade dos R$ 3,00.  Quanto o litro de gasolina realmente custa, aí é outro assunto.  Uma maneira de determinar o custo de um galão de gasolina é nos perguntarmos qual foi o sacrifício que tivemos de fazer para obter os R$ 3,00 necessários para comprar a gasolina.
 



Supondo que o ‘nosso’ salário anual seja de R$ 75.000,00.  O total de impostos que pagamos — o imposto de renda, o INSS, o IPVA, o IPTU e todos os impostos indiretos — chegariam a 35% desse salário.  Isso significa que, para comprar o litro de gasolina de R$ 3,00 teríamos de ganhar o equivalente a R$ 4,60 por hora para ter os R$ 3,00 após os impostos.  Isso significa que um litro de gasolina, na realidade, nos custa um sacrifício de R$ 4,60.

Mas a gasolina é menos custosa para ‘este exemplo acima’ do que para uma pessoa rica — por exemplo, alguém que ganhe um salário anual de R$ 500.000,00.  Esta pessoa paga uma alíquota de imposto de renda maior do que a pessoa do ‘exemplo’ (e, adicionalmente, não é desarrazoado (descabido) imaginar que seus gastos com IPTU e IPVA também sejam maiores).  Sendo assim, ela tem de ganhar mais de R$ 5,00 por hora para ter os mesmos R$ 3,00 após os impostos. 

Se tudo o que os impostos fizessem fosse ocultar estes custos embutidos em tudo o que compramos, seria bom demais; porém, os impostos geram outras formas mais insidiosas de destruição.  Suponha que eu queira contratar você para consertar meu computador.  Ter este serviço feito vale R$ 200,00 para mim, e efetuar tal serviço vale R$ 200,00 para você.  A transação ocorre porque nós temos esta coincidência de desejos, e porque voluntariamente concordamos que tal transação melhorará nossa situação.  Agora, suponhamos que o governo imponha uma alíquota de 30% de imposto de renda sobre o seu ganho.  Isso significa que, se você consertar meu computador, você não mais receberia R$ 200,00 — que era o que valia para você fazer o serviço —, mas somente R$140,00 após os impostos.  Você poderá dizer "Que se dane este serviço; ficar com minha família vale mais do que R$140,00".

No entanto, você ainda assim poderá se oferecer para fazer o serviço, mas só se eu concordar em lhe pagar R$ 283,00.  Desta forma, sua renda após os impostos continuaria sendo de R$ 200,00 — que é o que tal serviço vale para você.  Mas aí há um problema.  O serviço de reparação valia R$ 200,00 para mim, e não R$ 283,00.  Sendo assim, é minha vez de dizer "que se dane tudo isso; não vale a pena".
 



Este exemplo simples demonstra que um dos efeitos dos impostos é o de destruir as transações — e, por conseguinte, os empregos e a renda.  Na mais branda das hipóteses, impostos encarecem o valor final para o consumidor e reduzem a renda total do trabalhador. 

Mas os políticos possuem uma visão de mundo que, no jargão dos economistas, é caracterizada por uma elasticidade zero.  Em outras palavras, eles são incompetentes e despreparados o suficiente para acreditar que as pessoas, após um aumento de impostos, irão se comportar exatamente como se comportariam caso não houvesse esses impostos, e que o único efeito de um imposto é o de aumentar a arrecadação do governo, sendo totalmente neutro para a economia.  Já uma análise mais lisonjeira diria que os políticos não são nada idiotas e sabem perfeitamente que suas medidas destroem transações — e, logo, emprego e renda —, mas não estão nem aí porque se importam apenas em aumentar as receitas do governo.

Neste caso, fica então uma pergunta: você e eu, bem como todo o país, estaríamos em melhor situação se você consertasse meu computador e eu lhe pagasse R$ 200,00 em dinheiro vivo e nós dois concordássemos em não declarar a transação para a Receita Federal?  A resposta para esse caso é sim e não.  Sim, pois haveria mais transações, mais empregos e mais riqueza.  Não, pois seríamos tratados como criminosos caso os burocratas descobrissem nossa transação voluntária, e poderíamos ir para a cadeia, afinal não temos imunidade parlamentar.

Chegamos aqui em uma triste constatação: Impostos são sagrados para políticos.  É com impostos que eles mantêm suas mordomias e é com impostos que eles distribuem agrados para a sua base eleitoral.  Os efeitos econômicos dos impostos sobre os reais trabalhadores são um fenômeno pra lá de secundário nos cálculos desta gente. Vale a pena lembrar que o Brasil é um dos lideres da lista dos países que mais cobram impostos no Mundo.

 

 

Fonte e Sítios Consultados

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