Diversificação – Necessidade dos Tempos Atuais
Vamos acompanhar uma necessidade empresarial dos tempos
atuais, a diversificação. Um exemplo disso são os fabricantes de impressoras
que estão migrando do papel para o serviço.
A estratégia é unir dados não
estruturados com os sistemas de gestão das empresas.
Empresas
como a Xerox e a Lexmark passaram a atuar também como fornecedoras de
tecnologia de captura e gestão de conteúdo.
A redução dos documentos
impressos é uma tendência em curso em qualquer país. Diretamente impactadas por
esse cenário, as empresas de equipamentos e serviços de impressão estão
buscando um novo papel no mercado: o de fornecedoras de tecnologias de captura
e gestão de conteúdo, seja ele impresso ou digital.
O mercado brasileiro de
serviços de impressão já é bastante maduro. Na gestão de conteúdo, porém, ainda
há um campo virgem muito grande para ser explorado. Segundo a consultoria, o
mercado brasileiro de serviços de impressão movimentou US$ 683,7 milhões em
2012. A gestão de conteúdo digital respondeu por US$ 85,2 milhões desse
montante. Para 2013, a previsão é de que essa vertente gere uma receita de US$
97,6 milhões, enquanto o mercado como um todo vai alcançar a marca de US$ 736,7
milhões.
O caminho para a expansão
dessa oferta passa pelo investimento em aplicações e tecnologias capazes de
tornar os diferentes processos e fluxos de informação mais ágeis e produtivos
nas empresas. Os desafios para o setor são justamente entender as dores de seus
clientes, conseguir customizar as soluções e fazer com que eles enxerguem que
não se trata mais de um contrato de custo por página. Há um serviço mais sofisticado
nessa oferta.
Para consolidar esse
posicionamento, a americana Lexmark investiu na aquisição de empresas de
software. A estratégia teve início em 2010, com a compra da Perceptive
Software, especializada em sistema de gestão de documentos, por US$ 280
milhões. Desde então, a companhia adquiriu outras nove empresas.
Além de trazer o novo
portfólio ao Brasil, a estratégia local da Lexmark está focada na consolidação
de um novo modelo comercial. "Estamos estruturando a empresa por
verticais, para ter mais profundidade e conhecer os processos específicos de
cada setor", diz Luiz Claudio Menezes, gerente-geral da Lexmark no Brasil.
"O plano global é de que, até 2017, 50% da receita venha de serviços. No Brasil,
hoje esse índice é de 10%", observa. Uma das aplicações da Lexmark é a
oferta de sistemas para hospitais, que permitem acessar dados como resultados
de exames a partir de qualquer dispositivo e local. Além da saúde, a nova
estrutura vai incluir unidades para finanças, manufatura, varejo, educação,
governo e outros serviços.
A oferta de softwares e
serviços para diferentes segmentos também é uma das bases da japonesa Canon
nesse novo contexto. Uma das aplicações oferecidas pela empresa no Brasil - em
parceria com a Totvs - é um scanner touch screen para digitalizar a abertura de
contas jurídicas de um grande banco americano, de nome não revelado. Em outra
ponta, a companhia tem projetos na área jurídica, com sistemas e equipamentos
que digitalizam documentos e processos. "O avanço desse mercado depende da
redução da burocracia pelo governo e da cultura - ainda muito presente nessa
esfera - de lidar com o papel", avalia Eduardo Buck, gerente de Grandes
Contas da Canon.
Nessa fase de transição, uma
das iniciativas destacadas pela Xerox é um projeto com a TIM. Hoje, grande
parte do processo de ativação dos clientes da operadora em suas lojas físicas é
de responsabilidade da Xerox, o que envolve desde a captura dos documentos na
ponta até a verificação e a validação digital do contrato. "O
posicionamento da Xerox hoje vai muito além da página impressa", diz
Cristiana Lannes, diretora de Marketing da Xerox no Brasil. "Com serviços
mais sofisticados, você passa a ter uma discussão mais estratégica com o cliente.
Hoje, o custo por página - base dos serviços de impressão - acaba sendo uma
commodity."
Simpress criou nova unidade de negócios
Mesmo não produzindo
equipamentos de impressão, a brasileira Simpress vive o mesmo desafio da
transição digital que suas rivais multinacionais. Nesse contexto, a companhia
de serviços de impressão criou em 2011 uma nova unidade de negócios, a qual
responde pela implantação e busca de tecnologias para a gestão de todo fluxo de
conteúdo dos clientes. "Queremos deixar de ser uma empresa que lida com
documentos para ser uma companhia que trata de informação, seja qual for o
formato ou o dispositivo", diz Vittorio Danesi, presidente da
Simpress.
Hoje, a unidade responde
por 4% da receita da empresa, que fechou 2012 com um faturamento de R$ 431
milhões e projeta encerrar 2013 com uma receita de R$ 480 milhões. "Ainda
é uma unidade emergente, mas esperamos crescer 50% nessa vertente nos próximos
anos, enquanto nossa oferta tradicional de outsourcing cresce, em média,
10%". Para impulsionar a nova divisão, a Simpress está apostando na
evolução dessa oferta dentro de sua própria base de clientes, que hoje
concentra cerca de 900 empresas, com contratos mensais que variam de R$ 15 mil
a R$ 1 milhão.
Fonte e Sítios Consultados
http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/fabricantes-de-impressoras-migram-do-papel-ao-servico_137370.html
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