Pensa em fazer Negócios com a China?
Quais são os principais problemas nos negócios
Brasil-China?
E o que os brasileiros têm a aprender com o sucesso
da China?
Para ser possível responder a essas perguntas e outras tantas, iremos verificar
a entrevista do empresário Vladimir
Milton Pomar (empresário que trabalha a mais de
dezesseis anos com esse país asiático). O Sr. Pomar fez uma lista com
algumas estratégias que devem ser adotadas por empresários e integrantes de
governos que tenham intenções comerciais e políticas com a China. A primeira
delas é que é preciso ter consciência que o tempo para um investimento feito no
país começar a dar um bom retorno é de, em média, cinco anos. Esse tempo todo é
necessário, como ele explica, para que uma série de coisas aconteça, como
estabelecimento e solidificação de parcerias com empresas e governo locais,
conquistar a confiança dos chineses e até mesmo, entender seu modo de pensar.
Para os empresários que têm interesse em fazer negócios no país, Pomar
diz que a melhor das iniciativas é, simplesmente, ir até lá, participar de
feiras de negócios que abranjam várias áreas, tornar-se familiar no ramo com o
qual pretende trabalhar no país. Ele compara dizendo que a China tem oitocentas
feiras de negócios por ano e, mesmo assim, os empresários chineses vêm ao
Brasil, ou a qualquer outro país que lhes pareça interessante, para buscar
novos mercados de quem comprar e para quem vender. O brasileiro, segundo ele,
está muito acomodado em relação a isso, já que são raras as vezes em que vê
alguém com disposição de cruzar o mundo para fazer negócios com os chineses, ainda
que seja com a intenção de exportar. Ir até lá, conhecer diferentes feiras e
entender a dinâmica do comércio chinês, são feitos determinantes para conseguir
inserir-se no mercado do país.
Pomar aconselha que, antes de querer atingir todo o mercado do país,
mais eficaz é concentrar os esforços em uma cidade ou região específica, já que
fica muito difícil suprir as necessidades de 1,3 bilhões de pessoas – população
total da China - em qualquer segmento que seja. Até porque, algumas das maiores
cidades chinesas, como ele citou, podem ter 10 milhões de habitantes, como
Shenzhen, ou mesmo Shanghai, cuja população ultrapassa 22 milhões de pessoas.
Para isso, os estudos de mercado de cada área do comércio, tanto quanto de cada
região do país, são essenciais e podem poupar que investimentos sejam perdidos.
Após delimitar uma área, é importante criar parcerias com outras
empresas locais e mesmo com o governo da cidade. Para empresários que desejem
estabelecer o primeiro contato com essas pessoas, mais prático é ir até lá como
integrantes de comitivas do governo, pois dá também mais confiança aos
governantes e empresários locais com que se pretende negociar.
Ser uma empresa de fora que almeja começar a vender em um país cuja
cultura é tão diferente da do Brasil, requer esforços que vão além de
investimentos financeiros. É necessário investir também tempo para compreender
o modo de pensar dos chineses, o que pode ser feito tanto pela convivência,
quanto pela leitura de publicações noticiosas traduzidas para inglês e até mesmo
para o português, como fazem o jornal The Epoch Times e o site CRI Português. Pomar finaliza, dizendo que hoje ele mesmo já consegue perceber
sotaques e reconhecer de que região vem quem está falando, devido a sua
convivência e dedicação ao tema.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.gr.unicamp.br
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