Microempresários
- Como não misturar a conta da pessoa física com a da pessoa jurídica?
Um dos
maiores pecados e causas do fracasso de muitos empresários é o erro de misturar
as finanças pessoais com a vida financeira da empresa e isso pode ser um golpe
fatal para os negócios. Vamos demonstrar com apenas 5 atitudes como não
fazer ou como se desfazer deste problema.
O ato de
misturar as contas do carro pessoal, do supermercado ou da escola do filho com
as despesas da empresa é uma prática muito comum nas pequenas e médias
empresas. Mas, segundo os especialistas em administração de empresas, este é um
erro que pode ser mortal para a sobrevivência do negócio.
Todos os
especialistas em finanças explicam que por muitas vezes esse problema começa
pela falta de instrução. “Quando a empresa necessita de dinheiro,
é comum que os microempresários recorram aos seus créditos pessoais e ‘quase
sempre’ eles ignoram que poderiam ter melhores condições se utilizassem
a conta da pessoa jurídica”, afirmam os especialistas, que até brincam,
dizendo: “é muito comum ver casos de pessoa física milionária e pessoa jurídica
falida”. “O empreendedor perde o controle total quando sente que está deixando
de pagar as contas de casa e tira dinheiro da empresa, que tende a quebrar
primeiro”, explicam.
A organização
é a palavra-chave para ter sucesso com as finanças da empresa. “Seja
extremamente organizado. Esta é a melhor forma de separar você de sua empresa”,
justificam os especialistas.
Vamos
acompanhar os cinco passos para organizar as finanças pessoais e empresariais.
É comum ver os pequenos empresários serem engolidos
pela rotina do negócio: controle de estoque, coordenação das vendas, controle dos
pagamentos, procura por novos públicos e etc. Até que as atividades pessoais
começam a se misturar a esse cotidiano e ai, acontece o pagamento da escola do
filho ou das compras do supermercado com dinheiro da empresa e eles até acreditam
que isso é normal, afinal o pensamento coletivo é: O bolso não é o mesmo?
E, é nessa
hora os especialistas são taxativos: conta pessoal é pessoal. “Não pode mandar
a secretária da empresa ao banco pagar a escola dos filhos. Pague pela internet
e não use nenhum recurso da empresa para os problemas pessoais”, enfatizam os
professores de finanças.
2. Tenha contas correntes separadas
Até é
possível encontrar empresários bem organizados que podem até ser capazes de
separar as despesas pessoais das contas da empresa utilizando uma mesma conta.
“Não tem problema misturar os valores, desde que se lance separadamente nas
planilhas”, dizem os especialistas. Mas o ideal é ter contas correntes
separadas para cada atividade. “Antigamente, as pessoas falavam da CPMF como
desculpa, mas isso não existe mais, então não precisa misturar as contas”, afirmam
os especialistas.
3. Defina o valor das retiradas
Um dos
maiores desafios, ou talvez o maior deles para grande parte dos pequenos
empresários é saber quanto será a retirara do mês. Se todo o lucro for para o
bolso do dono, a empresa ficará sem investimentos. E lembre-se, o pró-labore
deve ser o salário do empresário. “As pessoas definem a retirada conforme a
necessidade da pessoa física. Isso está
errado! Tem que definir conforme a função que é exercida. Se fossemos contratar
alguém para ‘tal’ função, quanto estaríamos dispostos a pagar?”, questionam
os consultores. É preciso que exista um planejamento das retiradas e caso
precise de dinheiro extra, passe esse compromisso para o mês seguinte.
Outra
forma de retirada é através do lucro. “Essa antecipação de lucros pode ser
mensal ou semestral. Fechando a planilha do período e planejando quanto vai ser
retirado e qual parte vai ser reinvestida na empresa tudo ficará bem”, explicam
os consultores.
4. Buscar informação de quem entende
A primeira orientação dos especialistas é começar a
fazer um controle das finanças imediatamente. “Sem informações, não há como visualizar
onde estão os problemas”, reforçam os especialistas. Se você não se sente
seguro para fazer sozinho, contrate um serviço de consultoria ou um funcionário
de confiança para isso ou invista em tecnologia. “Comprar um software de gestão
de fluxo de caixa, mesmo que ele seja bem básico, ajuda bastante à montagem das
planilhas, mas é preciso ter um acompanhamento de alguém que conheça essa área”,
dizem os consultores.
“Até é possível nos dias de hoje a utilização de aplicativos do ‘smartphone’
que possibilitam um controle eficaz de seus gastos pessoais diários”, sugerem
os especialistas. Mas é importante se perguntar: Eu preciso aprender a
controlar melhor os gastos? Independentemente da resposta, buscar cursos de
finanças e de fluxo de caixa só irão enriquecer os seus conhecimentos e isso
será para a vida toda.
5. Conheça os produtos do seu banco
Outro grande problema das pequenas empresas é a falta de informação. Por
isso, muitos microempresários acabam utilizando o cartão de crédito da empresa
para as compras pessoais e vice-versa. “Os bancos estão mais preparados para
gerir contas de pessoa física do que de pequenos empresários e alguns produtos
ainda são deficitários”, dizem os especialistas. A sugestão para estes casos é
manter contas separadas e sentar com o seu gerente do banco para conhecer e
saber como aproveitar melhor os produtos empresariais e pessoais sem misturar
as coisas. Mas mantenha isso sempre na cabeça: existem certas coisas que os bancos
nunca irão te falar.
Fonte
e Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
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