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Administração no Blog

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2 de setembro de 2013

Qual o Real Valor das Coisas?




Quanto será que é gasto realmente para produzir uma garrafinha de água, uma calça jeans, uma xícara de café ou um celular?   Se fossem computados todos os custos para o meio ambiente, esse valor iria ser muito maior do que se pensa!


Tenho certeza de que não sabemos o quanto custa aquilo que compramos no supermercado e com certeza, é um valor que vai bem além do preço que está marcado na etiqueta! O autor Raj Patel, escritor do livro ‘O Valor de Nada’ (Zahar Editora), investigou a distorção que existe quando ignoramos os custos escondidos além do binômio oferta-procura.

"A eterna busca por crescimento econômico transformou a humanidade num agente da extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços ecossistêmicos que mantêm nossa Terra viva", diz Patel.


Muitas vezes, trocamos o nosso smartfone por outro modelo que acabou de ser lançado no mercado às custas das péssimas condições de vida de trabalhadores do outro lado do mundo. Outras vezes, não nos damos conta de que nossa escolha por uma ou outra marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no meio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações do mundo todo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao longo do processo: desde a produção e seu transporte até chegar às gôndolas, passando pela forma como o usamos, até seu descarte.

Para esse estudo foram Selecionados quatro produtos comuns que fazem parte da rotina da nossa vida moderna como um convite para que você também olhe para um celular, uma xícara de café, uma calça jeans ou uma garrafa de água sob outro ponto de vista. E possa saber que o custo por trás daquilo que você compra pode ser bem maior do que poderia imaginar.




CALÇA JEANS

*Até aposentar de vez a sua calça, você terá usado 5460 litros de água - se ela for lavada uma vez por semana, o equivalente a 83 banhos de 7 minutos cada um.

*32,5 kg de CO2. É o equivalente ao carbono sequestrado por seis árvores por ano.

*Uma calça que você compra na loja está encharcada com 11 mil litros de água Essa é a quantidade do líquido que é usado no processo de produção de um par de jeans - o equivalente à capacidade de um caminhão-pipa!

*Utilizamos 21 litros de água cada vez que lavamos uma calça jeans. São 4 vezes a quantidade de água que uma pessoa em um país em desenvolvimento poderia usar por um dia inteiro para beber, limpar, comer e lavar.

*Jeans desbotados são obtidos por ‘jateamento’ de areia, cujos grãos se decompõem em partículas finas de sílica, que trabalhadores inalam dando origem à ‘silicose’, uma doença fatal no pulmão, que mata dentro de seis ou nove meses.

*400,2 megajoules de energia elétrica (na lavagem e na hora de passar), o suficiente para assistir a uma televisão de plasma por 318 horas direto.

*O processo de fabricação de uma calça consome muita água: desde o líquido envolvido no cultivo da matéria-prima, o algodão, até a diluição dos resíduos de fertilizantes utilizados na safra e dos produtos químicos da indústria têxtil. O Brasil produziu, em 2010, mais de 320 milhões de peças jeanswear, incluindo jaquetas, camisas, vestidos, calças, bermudas e macacões.

*58% da energia e 45% da água utilizada no ciclo de vida de um jeans Levi’s ocorre durante a fase de uso pelo consumidor. Para fazer sua parte, siga as seguintes recomendações: Lave 1 vez a cada 2 semanas / Lave em água fria / Seque no varal / Doe quando não usar mais.



CELULAR

*É muito difícil avaliar a pegada hidrológica de produtos industriais específicos, porque os itens diferem muito entre si e suas cadeias de produção são complexas e diferentes. Estima-se uma média global de 80 litros de água por dólar de produto industrializado. Se um celular custa 200 dólares, a pegada hidrológica dele vai ser uma média de 16 mil litros de água.

*A ONG Call+Response, em parceria com o Departamento de Estado para Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas dos EUA, criou o Slavery Footprint, um site e um aplicativo para celulares que mostra quantos trabalhadores escravos trabalharam para você, com base nos produtos eletrônicos que você consome e compra. O site possui um banco de dados com informações sobre mais de 400 produtos divididos em suas matérias-primas. Nesse banco, cada produto possui uma pontuação - e o número de trabalhadores escravos utilizados.

*Grande parte dos minerais usados para a produção de eletrônicos vem das minas no leste do Congo, onde, das 13 extrações principais, 12 são controladas por grupos armados. Esses minerais são transformados em metais como estanho (cassiterita) e tântalo (coltan), que são utilizados na fabricação de telefones celulares. A renda obtida financia uma guerra civil que, segundo o Conselho de Direitos Humanos da ONU, matou, nos últimos 15 anos, mais de 5 milhões de pessoas e violou 300 mil mulheres.

*Nos EUA, a conta é de cerca de 100 litros/dólar.

*Na Alemanha, é metade disso.

*O Canadá ou o Japão "bebem" 15 litros por dólar.

*Já na Índia e na China, a relação é de 25 litros/dólar.

*Um relatório da ONG China Labour Watch (CLW) avaliou 10 grandes fabricantes que produzem para a Dell, Salcomp, IBM, Ericsson, Philips, Microsoft, Apple, HP e Nokia, entre outros gigantes, de outubro de 2010 a maio de 2011. O resultado foi: Horas extras excessivas / Inexistência de contrato de trabalho / Discriminação e condições degradantes de trabalho, ocasionando acidentes e suicídios.


  


CAFÉ

*Algumas estimativas sugerem que cerca de 3,4 mil xícaras de café são consumidas a cada segundo do dia em todo o mundo.

*69% do gasto de água no Brasil é na agricultura. Três vezes mais do que na indústria (que entra com um percentual de 21%).

*Em algumas áreas da Guatemala podem ser necessárias mais de mil pessoas trabalhando um dia inteiro para encher um contêiner com 275 sacas de café (de 69 kg cada uma). No cerrado brasileiro, esse mesmo trabalho é realizado por apenas cinco pessoas e uma colheitadeira mecânica. Uma pessoa dirige e as outras colhem. "Como as famílias de produtores da América Central poderão concorrer com um esquema desses?", pergunta Patrick Installe, diretor administrativo da Efico, uma empresa que comercializa café verde.

*Com a ajuda da Rainforest Alliance, uma organização independente sem fins lucrativos, 1,5 milhão de fazendeiros, trabalhadores e suas famílias têm uma melhor qualidade de vida. A certificação pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS) garante que os grãos foram produzidos numa fazenda com água limpa, solo saudável e boas condições de trabalho.

*O mercado de cafés certificados cresce de 10% a 15% ao ano. É um produto diferenciado que pode valer até 300% a mais que os cafés comuns.

*Segundo o IBGE, o uso de agrotóxicos no Brasil aumentou 22% de 1997 a 2007. O uso indiscriminado de pesticidas na cafeicultura afeta principalmente os assalariados que fazem aplicações nas lavouras. A maioria não utiliza equipamentos de proteção individual (EPI), que raramente são fornecidos pelos patrões.

*O café de Comércio Justo representa apenas 4% de todo o café vendido nos EUA.

*Até 2020, o prejuízo da cultura do café por razões decorrentes de efeitos climáticos será de pelo menos R$ 882 milhões e a queda da área apta ao plantio, de 9,48%.

*A indústria do café, assim como outros ciclos econômicos desde a exploração do pau-brasil até o plantio de fumo, foram desalojando a Mata Atlântica. Nos últimos 500 anos, sua floresta foi reduzida de 1,3 milhão de km² para 91 mil km². Isso significa menos de 8% da sua extensão original, em áreas dispersas e fragmentadas.

*O café é a segunda atividade rural que mais emprega à margem da legislação, só perdendo para a pecuária, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Menos de 10% dos trabalhadores do café têm carteira assinada.

*Para cada xícara de café, 140 litros de água são consumidos direta e indiretamente em toda a cadeia produtiva.

                                  



GARRAFA DE ÁGUA

*No Brasil, são produzidas 550 mil toneladas de garrafas PET por ano, das quais boa parte é descartada na natureza. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Pet (ABIT), em 2008, 14% do segmento correspondia ao mercado de água mineral.

*100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 1 tonelada de petróleo.

*Quando bebemos água na garrafinha, pagamos cerca de 2 mil vezes mais do que se consumíssemos pela torneira. Segundo a Bottled Water Blues, 90% do custo dessa água está na fabricação de rótulo, tampa e garrafa, que usam recursos como petróleo.
*São necessários 3 litros de água para produzir uma garrafa de 1 litro de água.

*Em muitas cidades não é possível consumir água da torneira. Em seu projeto Think Outside the Bottle ("pensando fora da garrafa", em tradução livre), a ambientalista Annie Leonard questiona os gastos por trás da água que bebemos: enquanto há bilhões de pessoas sem acesso à água no mundo, os governos gastam milhões de dólares para cuidar do descarte da enorme quantidade de garrafas plásticas. A solução, segundo ela, seria inverter o foco e gastar o dinheiro melhorando o sistema de água que sai da nossa torneira. Comece na sua casa: compre um filtro e abandone a água engarrafada.

*Apenas na etapa da produção, uma garrafa PET de 50 gramas acarreta um impacto ambiental de emissões atmosféricas de CO2 e gases equivalentes da ordem de 18 gramas.

*Atentas ao nicho de mercado dos consumidores ecologicamente corretos, marcas usam o fio de poliéster produzido a partir dessas embalagens. O uso do PET reciclado pela indústria têxtil absorve 50% do total desse material produzido no Brasil. Duas garrafas de 2 litros de PET reciclado são suficientes para produzir calça comprida.

*Depois das etapas de produção, há o transporte do produto. Muita energia é gasta para fabricar embalagens resistentes para que a água possa "andar" por todo o planeta. Assim, uma garrafinha de água da França pode ser consumida aqui no Brasil. Depois do consumo, vem o descarte: 80% das garrafas acabam em aterros sanitários ou são incineradas.

Fonte e Sítios Consultados

http://planetasustentavel.abril.com.br

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