O que é importante saber na hora de escolher o
melhor investimento
A maioria dos investidores, de maneira consciente ou não, levam
em conta alguns fatores importantes na hora de decidir por uma aplicação
financeira: o risco, o rendimento esperado, a liquidez (a facilidade em resgatar o dinheiro) e o tíquete (o valor inicial exigido para fazer o
investimento).
Sabemos que todo investidor é forçado a optar entre alguns
fatores na hora de decidir o destino de seu dinheiro, vamos reforçar o que já foi
dissemos: são esses quatro fatores que podem decidir o seu lucro ou a sua perda:
o
risco da aplicação, o rendimento esperado, a
liquidez (a facilidade em resgatar o dinheiro) e o "tíquete" (o
valor mínimo para fazer a aplicação).
- E tenha em mente sempre isso, dificilmente o poupador irá
encontrar uma aplicação ideal, isto é, em que esses quatro fatores se encaixem
perfeitamente.
Vamos para os exemplos práticos:
A poupança alia risco muito baixo e alta liquidez (é possível sacar a qualquer momento o dinheiro
aplicado, sem muito custo), mas pune o investidor na questão do rendimento.
Pelas novas regras, a poupança perde para a inflação em várias ocasiões.
No outro extremo, investir em ações é bem
mais interessante do ponto de vista do rendimento. Mesmo em um momento adverso
para a Bolsa de Valores é possível achar papéis cujos preços subiram mais de
40% num ano e algumas vezes, em apenas um mês.
Mas o risco dessa aplicação é muito maior. Os preços das ações
costumam variar de uma maneira que relativamente poucos suportam. (um exemplo recente - lembre-se das empresas
do Eike Batista)
A questão da liquidez também é complicada. Embora seja fácil
comprar e vender uma ação da Petrobras, por exemplo, saber o momento certo de fazer uma e outra
operação é uma tarefa difícil: às vezes é preciso esperar muito tempo antes que
seja realmente vantajoso resgatar os recursos aplicados.
Então, como equilibrar os fatores na hora de escolher a
aplicação?
De acordo com o destino do dinheiro, é melhor privilegiar um
fator sobre os demais.
Exemplo: Para acumular
dinheiro com vistas à aposentadoria, a facilidade em resgatar o dinheiro não
deveria ser a prioridade, mas sim, o rendimento da aplicação escolhida,
salientam especialistas.
Como regra geral, para conseguir um rendimento maior, quase
sempre é necessário correr mais riscos.
O professor de Finanças da Universidade Metodista, de São
Paulo, sugere que o investidor aplique em títulos da dívida federal como
a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional).
Pelo Tesouro Direto, é possível comprar uma NTN-B que vence em 2035, que
protege o dinheiro da inflação e ainda paga juros (que eram de 4% ao ano, na data de dezembro de 2012).
O Tesouro Nacional recompra esse papel toda quarta-feira,
pagando os preços atuais do mercado. Mas nem sempre esses preços são os mais
interessantes para o poupador num determinado momento.
Também é indicado o investimento em ações. No longo prazo, em
tese, o poupador pode esperar que o preço do papel escolhido se recupere de
eventuais perdas no meio do caminho.
"O dinheiro que vai
ser aplicado em ações, pensando em aposentadoria, não pode ser aquele dinheiro
que vai ser necessário em emergências", dizem
os especialistas Investimentos.
"Quanto mais nova a
pessoa, mais risco ela pode correr em suas aplicações. De maneira contrária,
quanto mais velha, mais ela deveria se afastar dos investimentos mais
arriscados. Mas é claro que isso depende muito do perfil desse investidor. Tem
gente que não suporta qualquer nível de risco", é o que defendem os professores de risco das Universidades.
E como guardar dinheiro para uma viagem e para os imprevistos?
Essa situação é diferente caso o investidor queira poupar para
uma viagem programada antecipadamente, como para o próximo ano.
"Ele tem de partir
para uma poupança, um CDB ou um fundo DI, por exemplo. Nesse caso, a liquidez é
a prioridade. Ele não pode correr o risco de perder parte do dinheiro",
comentam os professores de Risco.
Uma viagem para o exterior exige ainda mais preocupação com o
risco, devido à variação dos preços da moeda estrangeira. Um fundo cambial (que acompanha o vaivém da taxa de câmbio)
pode não ter o rendimento mais interessante do mercado em muitas ocasiões, mas
ajuda a prevenir que a viagem não fique inviável porque os custos subiram 30%
ou 40% em alguns meses.
Para formar uma reserva de emergência também é necessário e um
raciocínio à parte. Muitos consultores de finanças sugerem que um poupador
guarde o equivalente a seis meses de suas despesas mensais como dinheiro para
imprevistos.
Como saber o que priorizar?
"Nem todo mundo tem
condições de guardar seis meses de despesas de um momento para outro. Uma
pessoa de renda baixa e que tem que manter uma família não tem condições de
formar essa reserva no curto prazo, por exemplo", declaram os professores de Risco.
"Nesse caso, ele tem
de fazer um planejamento. Tem de se perguntar: 'em quanto tempo eu pretendo
formar essa reserva? Em dois anos, em cinco anos?'".
Tendo mais tempo para poupar, é aceitável correr um pouco mais
de risco. Para uma reserva de emergência já formada, o retorno é importante,
mas a "segurança" da aplicação é mais. Uma aplicação como um CDB ou
fundo de perfil conservador (DI ou Renda Fixa) é o mais indicado.
"Nós podemos pensar
assim: quem já tem uma reserva de seis meses pode deixar um pouco de lado os
investimentos mais conservadores. Para o dinheiro que poupar a mais, deveria
pensar em investimentos um pouco mais arriscados", dizem os consultores.
Seria interessante que o poupador responde-se a essas duas importantes
questões antes de decidir por uma aplicação: em quanto tempo vou precisar desse dinheiro? Qual a importância desse dinheiro para a minha vida?
Aplicações podem ser feitas com menos de R$ 100 iniciais
Devido a evolução do mercado financeiro no Brasil agora é
permito que o poupador aplique em vários produtos, como ações, poupança ou
títulos do Tesouro Direto, com muito pouco dinheiro - menos de R$ 100 em alguns
casos.
Porém essa facilidade pode ter custos altos. Em vários produtos,
como CDBs e fundos de renda fixa, quanto menor o valor inicial da aplicação,
pior a condição oferecida para o poupador.
Veja o caso dos fundos muito populares (com um "tíquete" inicial abaixo de R$ 1.000), por
exemplo, esses fundos cobram taxas de administração altas para investir o
dinheiro do cliente.
"O ideal é que o
investidor vá se ajustando com o tempo, sempre com isso em mente. Depois que
ele juntar algum dinheiro, deve migrar para um fundo com menor taxa de
administração", aconselham os consultores de
investimentos.
Fonte
e Sítios Consultados
Conteúdo da Disciplina
de Gestão de Riscos e Mercados e Capitais do 8º. Semestre do Curso de Bacharel
em Administração – concluído em Junho de 2013.
http://economia.uol.com.br
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