ü É fato que todas as Buscas
do Google refletem tendências e opiniões verdadeiras.
Sempre que pedimos ajuda ao
Google para resolver os nossos problemas pessoais, participamos de um dos
maiores experimentos científicos sociais já conduzidos.
O Google Trends é uma
ferramenta que monitora quais são os termos mais procurados pelos usuários do
gigante de buscas em determinado período. Os dados anônimos agregados são
compilados de 100 bilhões de pesquisas todo mês e podem ser separados de acordo
com a região.
O próprio Google tem publicado um
Zeitgeist
anual das buscas mais populares no mundo desde 2000 (o de 2012
incluía "Whitney Houston", "Gangnam Style" e "furacão
Sandy"). "É uma maneira realmente poderosa de medir
a intensidade daquilo que está capturando o interesse das pessoas", diz os
membros da equipe do Google Trends.
Desde 2008, o Google
Flu Trends tem acompanhado a difusão anual do vírus da gripe no mundo,
baseando-se na suposição de que, onde quer que as pessoas estejam procurando
muito "sintomas da gripe", um surto é iminente.
AS BUSCAS NÃO MENTEM
Agora os pesquisadores estão
recorrendo às lentes do Google para assuntos mais complicados, alguns dos quais
são invisíveis em pesquisas convencionais, é o que afirmam alguns economistas de renome.
"Existem questões
importantíssimas nas quais as fontes de informação existentes podem levar a
conclusões enganosas". As pessoas podem mentir ou se esquecer de alguma
coisa."
Quando era um estudante de PhD na
Universidade Harvard, Stephens-Davidowitz - agora
estagiário no Google - se interessou pelo potencial dos dados das pesquisas do
buscador para avaliar as opiniões dos usuários. Segundo ele, é mais provável
que as pessoas sejam mais honestas nas buscas do que em enquetes.
Ele analisou pesquisas do Google
e padrões de voto nos Estados Unidos para mensurar as áreas em que o racismo
atingia Barack Obama na eleição presidencial de 2008. Ele classificou os
Estados num ranking conforme a proporção de buscas que continham a palavra
"nigger" [termo
ofensivo para negros].
Os Estados com o maior número
dessas pesquisas foram aqueles em que Obama teve um desempenho ruim na eleição,
como Ohio e Virginia Ocidental. Stephens-Davidowitz concluiu que o
racismo custa a Obama de 3% a 5% do total de votos.
"Isso é duas vezes maior do
que o descoberto por nossas pesquisas de opinião, presumidamente porque muitas
pessoas não querem admitir essa motivação", ele diz.
O economista também usou o Google
para testar a noção de que as taxas de abuso infantil haviam caído durante a
última recessão, uma tendência indicada pela queda no número de incidentes
apontada por autoridades.
Buscas por termos como "Meu
pai me bateu" ou "sinais de abuso infantil", realizadas por
adultos preocupados, na verdade aumentaram em regiões onde o desemprego era
maior ou onde o orçamento para serviços sociais haviam sido cortados.
Um estudo publicado recentemente
com foco em interesse público no meio-ambiente se baseou em pesquisas por
termos como "extinção", "espécies ameaçadas" e "mudança
climática" entre 2001 e 2009. Apenas "mudança climática" se
destacou nas buscas --os pesquisadores interpretaram esse resultado como uma
perda de engajamento em outras questões ambientais.
Chris Scheitle, da
Universidade de Saint Benedict, em St. Joseph, Minnesota, descobriu que os
Estados com o maior número de buscas por "Criacionismo" eram também
aqueles com as leis mais restritas sobre o ensino da Evolução em escolas
públicas. "Isso pode ajudar a entender a influência de certo grupo
religioso em políticas públicas", ele afirma.
GRIPE E OSCAR
Mas, apesar de ajudarem, é
preciso tomar cuidado com essas informações. O número de buscas por "abuso
infantil" pode subir em resposta a uma notícia de um jornal local, por
exemplo, em vez de corresponder a um aumento de casos.
Buscas por sintomas da gripe
tendem a se relacionar com pesquisas por "indicados ao Oscar", porque
ambos o vírus sazonal e o interesse nos prêmios de Hollywood estouram em
janeiro e em fevereiro.
O estudo sobre atitudes
ambientais registrou um aumento na busca por "extinção" em setembro
de 2007 --o mesmo mês em que o filme "Resident Evil: A Extinção" foi
lançado.
Às vezes, uma relação aparente
desaparece, diz o cientista computacional Keith Winstein do Instituto de
Tecnologia de Massachussets. O Google Flu Trends esteve em sintonia com dados
oficiais dos centros de controle de doenças dos EUA entre 2009 e 2012 e foi
considerado um sucesso.
Neste ano, porém, o serviço
registrou taxas de gripe altíssimas. Ninguém sabe por que.
Segundo Winstein, se não existe
outra fonte de informação para verificar os dados, você nunca saberá se a
ferramenta está falhando.
--
Base de
dados das intenções
Foi em uma matéria do New York Times, que
contaram como John Battelle, fundador da Wired, previu o que ele chamou de “The database of
intentions”, que traduzido seria a Base de dados das intenções. A teoria é que,
com base nas buscas realizadas em sites como Google e Yahoo, é possível prever
o comportamento do usuário e o que ele deseja. Por exemplo, se alguém digita
“nomes de bebês”, é provável que ele em breve tenha um filho.
Neste artigo foi demonstrado como é real a previsão do futuro pelo
resultado do American Idol. Antes mesmo desse resultado ser anunciado, Taylor
Hicks, o vencedor, tinha larga vantagem sobre que a sua concorrente, Katharine
McPhee na quantidade de buscas realizadas.
A verdade é que esta é uma mina de ouro de informação que nenhuma mídia
sonhou em ter. As possibilidades de prever tendências e de aproveitar
oportunidades são incalculáveis. Imagine como o departamento de marketing de
grandes empresas poderia atingir exatamente o desejo de seus clientes.
Parte desta informação, claro que em uma escala muito menor, já pode ser
aproveitada. Através da análise dos ‘logs’ de acessos de seus sites e de
campanhas de links patrocinados, os dados podem ser organizados e analisados da
mesma maneira que as empresas fazem com suas bases de dados em ações de CRM.
Sabendo com que palavras às pessoas chegam ao seu site e fecham negócios, você
pode usar aproveitar estas informações e usá-las inclusive em canais ‘off line’.
Em um processo de ‘feedback,’ seus produtos, sites, ‘folheteria’ podem
ser mudados para atingir melhor o público-alvo graças a estes resultados. A
internet é um canal interativo e barato, mas que não deixa de ser como um Big
Brother.
Cada clique pode ser monitorado. E você, o que faria com essa
informação? Descartaria ou geraria conhecimento?
Fonte e
Sítios Consultados
http://www1.folha.uol.com.br
http://www.marketingdebusca.com.br
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