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18 de julho de 2013

Códigos das Ações na Bolsa de Valores, como são criados?

Códigos das Ações na Bolsa de Valores, como são criados?


Muitas pessoas tem grande curiosidade pelos tópicos da Bolsa de valores já que eles atraem muito a atenção dos investidores por suas peculiaridades. A volatilidade torna as coisas mais interessantes (às vezes, como no caso das “ações X”, negativamente interessantes) e as características da aplicação podem fazer com que os investidores se interessem em saber mais sobre as empresas, algumas que estão diretamente no dia-a-dia das pessoas, e outras nem tanto. Nesse texto, algumas curiosidades sobre as empresas listadas em bolsa, começando pelos códigos utilizados para representar os ativos quando da negociação em bolsa.

·       Por que VALE5, e não VALE4?

Os códigos dos ativos negociados na ‘BM&F Bovespa’ são feitos através de quatro letras mais um número, as letras identificando a empresa e os números o tipo de ativo. Acrescentam-se letras após os números em alguns casos, como o B para indicar que a ação é negociada no mercado de balcão.  O número 4 é reservado para as ações preferenciais quando há apenas um tipo de ação preferencial. Quando há mais, o 4 é abandonado e a numeração começa no 5 para as ações preferenciais do tipo A, 6 para as do tipo B (se existir) e assim por diante.

Mas e nos casos como o da mineradora Vale? Só há um tipo de ação preferencial sendo negociada, que é a ação do tipo PNA. Por que PNA, e não apenas PN com numeração 4?

O fato é que existe outra ação preferencial, que é a ‘Golden Share’ de posse do governo federal.
 
 

No Formulário de Referência da empresa, consta a existência de 12 ações preferenciais do tipo E. No estatuto social, é mencionada a existência de ações preferenciais do tipo A, incluindo 12 ações “especiais”.

A ação especial tem, segundo o estatuto social, o poder de veto em uma série de questões, como a alienação ou encerramento de diversas atividades, incluindo mineração. Essa ação é de posse da União Federal e existia apenas uma (1) ação, mas, devido aos desdobramentos de ações, esse número foi elevado para 12. Ou seja, se a Vale for vender o controle para outra empresa ou decida se desfazer de uma jazida, o governo terá poder de veto, mesmo que os acionistas aceitem a operação (muito embora o governo controle indiretamente a empresa via BNDES e fundos de pensão estatais, o que torna uma divergência improvável).

·       E quanto aos Códigos estranhos?

Na maioria das vezes muitas empresas cotadas em bolsa possuem códigos óbvios. Petrobras é PETR. Natura é NATU. Vale é VALE, mesmo nos tempos de Companhia Vale do Rio Doce (hoje, o nome oficial da empresa é Vale). Outros códigos não são tão óbvios, mas plenamente compreensíveis, como BBDC para Bradesco, ITUB para Itaú-Unibanco e assim por diante. Alguns códigos podem confundir. Quando ainda tinha ações em bolsa, Redecard não era REDE, código utilizado pela Rede Energia. Multiplus não é MULT, código que é utilizado pela Multiplan, que abriu capital antes da Multiplus. TECN se aplica para Tecnosolo, Technos ou para a Teknos? (resposta: para a Tecnosolo). Profarma bem que poderia ser PRFM, mas é PFRM. Seja como for, é possível compreender a escolha do código.

Porém, outros códigos são mais “exóticos”. Alguns se referem à atividade da empresa, como BEEF (Minerva), MILK (a quase finada Laep) e RENT (Localiza). Mas há uma explicação para todos esses códigos. E quanto à MYPK para Iochpe-Maxion? E a holding Jereissati (MLFT), que tem participações na empresa de shoppings Iguatemi e na Oi?



A Iochpe-Maxion possui esse código por conta da aquisição da empresa Massey Perkins, que possuía ações negociadas em bolsa. Foi dessa forma que a Iochope-Maxion entrou na bolsa e veio inclusive a ser parte do Ibovespa com o nome de Massey Perkins. Desde então, a empresa não mudou o seu código e continua com o MYPK apesar da mudança de nome. Outras empresas mudaram de denominação e também de código, como a Tereos (antiga Açúcar Guarani, código ACGU), a Taesa (antiga Terna Participações, código TRNA) e a Arteris (antiga OHLB Brasil, código OHLB).

A Jereissati seguiu caminho parecido. Há alguns anos, se chamava La Fonte Participações, o que ajuda a entender as três últimas letras do código (LFT). Mas onde entra o “M”? A empresa surgiu a partir da compra da Metalúrgica La Fonte pelo grupo Jereissati. Depois de um tempo, a empresa alterou o objeto social para se tornar uma holding e depois mudaria a razão social para La Fonte Participações. Porém, como ocorreu com a Iochope-Maxion, não decidiu mudar de código na bolsa.

 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.apogeo.com.br/blog-apogeo/economia-e-mercado

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