Daqui a uma semana o Brasil realizará
o primeiro teste para os dois grandes eventos que irá sediar
entre 2014 e 2016.
E neste momento em que o
entorno dos estádios ainda estão sendo concluídos e alguns estádios ainda são
colocados em pé, claro que às pressas, e nesse mesmo momento existem caminhões
enfileirados para tentar descarregar a nossa preciosa soja (um dos maiores
itens da exportação brasileira). E esses caminhões estão parados na estrada
porque estas mesmas estradas não comportam o movimento da escoação dessa safra,
isso porque a carga não deveria estar ali (mas sim em um trem de carga) e tem
mais, os nossos portos também não darão a vazão necessária.
Ora, enquanto os estádios
sofrem ajustes bilionários para serem entregues a tempo, os aeroportos do
Brasil seguem sem estacionamentos descentes e sem a oferta de transporte para o
escoamento e para o acesso dos passageiros. Mas afinal, as obras estruturais
das cidades que irão fazer parte da festa nem saíram do papel, e talvez nunca
saiam. Enquanto os estádios de futebol nascem às pressas em cidades que não têm
volume de torcedores para esse uso posterior, continuamos com quase 90% das
estradas sucateadas e sem pavimentação.
É verdade que a exposição
internacional do Brasil, por conta desses dois eventos esportivos, vem
alimentando a esperança daqueles que acreditam que poucas semanas de esporte
serão suficientes para disfarçar falhas inadmissíveis em qualquer parte do
mundo. E é bom que não esqueçamos que tudo o que foi mencionado até agora está
diretamente relacionado com a infraestrutura da sexta maior economia do planeta
e cria o que qualquer investidor conhece como ambiente de negócios.
E sabemos que quanto mais
desfavorável, menos ânimo desperta. Em qualquer discussão envolvendo a sigla
BRICS (agora contanto com a África do Sul, e estranhamente sem a Turquia),
embora existam defensores que a melhor opção é o B de Brasil. Pela
classificação do Banco Mundial as cinco economias – apesar de serem estrelas do
presente e do futuro, seguem no final da fila em termos de ambiente de
negócios.
Em um total de 185
países, o Brasil ocupa a honrosa posição 130. Pior só que a Índia (132). A
Rússia está em 112º, lugar, a China está em 91º. Enquanto a África do Sul é a
melhor colocada em 39º. Lugar.
Também é verdade que não
precisa ser nenhum especialista, administrador ou economista para saber que
para o Brasil seguir com o aprofundamento da inserção do país na arena
internacional de negócios, e isso será um trabalho de longo prazo, que ‘deveria’
ter na infraestrutura um dos seus pilares mais sensíveis.
E encerrando este artigo,
infelizmente devemos dizer: se continuarmos a assistir esta gravíssima inversão
de valores, quem pagará essa conta serão as próximas gerações.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.mundori.com/home/view.aspaNoticia=2640
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