- Saiba o
porquê de tanta violência.
- Vivemos durante muitos anos em
completo estado de alienação sob um processo de crescente insatisfação popular,
e a soma de todos esses fatores só poderia dar no que deu: uma miscelânea de
reivindicações junto com a revolta de toda uma população que vivencia por anos as
mazelas dos Políticos Brasileiros. E só agora começou a ficar mais claro que a
violência e o vandalismo que estão marcando de forma negativa as manifestações
de rua estão pegando carona em intenções muito menos nobres. O movimento contra
o aumento das tarifas mostrou que era possível levar muita gente às ruas e se
fazer ouvir, abrindo caminho para outros pleitos, da mesma forma que vândalos e
criminosos perceberam que poderiam dar vazão aos seus instintos delinquentes no
meio das multidões.
Também é verdade que dois gatilhos foram acionados
- a radicalização
de alguns grupos nas primeiras ondas de protestos e a participação oportunista
da militância dos ‘supostos’ partidos de esquerda e extrema-esquerda, até que o
governo federal também virasse vidraça, estimulando as escaramuças com grupos
que não queriam presentes as bandeiras partidárias.
Se analisarmos o primeiro caso, veremos que esse
contou com a exacerbação da violência desproporcional das despreparadas (contra
distúrbios de rua) polícias militares. Até que a pressão contra a repressão
policial fez os governadores mandarem as tropas evitar a pancadaria, as balas
de borracha e o gás lacrimogêneo, e nesse momento de recuo, abriu-se espaços
para a entrada em cena dos ‘criminosos’, que foram chamados erroneamente de vândalos.
Não podemos fechar os olhos para uma verdade
absoluta: o Brasil é uma sociedade injusta, com bolsões e cinturões de pobreza
em qualquer cidade, com farta munição para gerar desassistidos sem ideologia,
entre os quais os criminosos plantam raízes. E o Brasil é um país violento,
sim, e os números de criminalidade comprovam, a despeito do estereótipo de
bonachão que o brasileiro fez de si mesmo e que o mundo comprou.
E são esses que agora estão protagonizando a
maioria dos casos de vandalismo, saques e outros crimes. Como enquanto, a
comunidade da Rocinha, a maior favela carioca, no começo da semana foi às ruas
pedir melhorias no morro, um grupo deslocado de vândalos ateava fogo às
lixeiras. Ou como quando, no mesmo dia, do outro lado do Rio de Janeiro, manifestantes
fecharam a Via Amarela reivindicando melhores condições de transporte para os
abandonados subúrbios, e os bandidos aproveitaram para fazer arrastão nos
carros parados no congestionamento (a ação policial nessa operação resultou em
10 mortes, sendo dois inocentes).
Misturados com a multidão pacífica, com a sensação
de que estão protegidos – quem tem coragem de enfrentá-los? – esses grupos
aproveitam-se do momento histórico que o Brasil vive. Há também os desgarrados,
isolados, pertencentes ou não a alguma facção ou partido, que se aproveitam e vão
no vácuo expor seus recalques e exibicionismo.
Infelizmente também é flagrante a participação violenta
de ‘skinheadse’ outros denominados de extrema-direita, bem como um grupo
autodenominado anarquista, nos dois casos em São Paulo. São outros que vivem em
guetos e se aproveitam covardemente de oportunidades para atacar, pois isolados
apenas atacam nas sombras algum pobre coitado caído bêbado em algum ponto de
ônibus, e esses atos sempre são registrados em várias cidades do Sul e Sudeste.
Seria bom saber que os primeiros, no Brasil e no
mundo, são um bando de baderneiros, quando muito se dizem alinhados a supremacistas, que pregam o
anticomunismo sem saber direito do que se trata. Dos pseudoanarquistas, nem há muito que falar, a não ser que eles nada
têm daquilo que foi defendido por Mikhail
Bakunin, Errico Malatesta e Pierre-Joseph Proudhon.
Ainda no rastro de toda essa destruição gratuita
por todo o Brasil, é importante que os brasileiros não caiam em mais um golpe
político, e dessa vez por pura falta de cultura política ou talvez por simples descuido
de civilidade.
Fonte e
Sítios Consultados
http://portuguese.ruvr.ru/2013_06_28/violencia-e-vandalismo-das-manifestacoes-no-brasil-nao-tem-nada-de-nobre-2814/
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