O perfil do Administrador Moderno e os seus
desafios
Neste
cenário atual de grandes mudanças econômicas, como as que vêm se desenrolando
no mundo inteiro, não é difícil admitir-se a necessidade de mudança no perfil
do Administrador. Avançar lado a lado com a competitividade global requer no
mínimo uma reflexão sobre o assunto. Destacam-se como função primordial do
administrador moderno exercer um modelo de liderança baseada em princípios que
a sociedade atual valoriza, tais como: inspirar uma visão compartilhada e
futurística, com o apoio conquistado de outros; desafiar o processo,
experimentando e correndo riscos, numa busca incessante de oportunidades; ser
competente em capacitar colegas e subordinados, cultivar um ambiente de
colaboração e fortalecimento das relações pessoais; encorajar as emoções,
principalmente aquelas de reconhecimento de contribuições e comemoração de
conquistas; modelar um novo caminho baseado no exemplo e na conquista de
pequenas vitórias.
Algumas das qualidades e características dos Administradores do Futuro continuam sendo as mesmas que sempre foram, ou seja: a inteligência, um elevado nível de energia pessoal, a capacidade e a vontade de crescer constantemente, a disciplina, a liderança, etc. O que se ressalta aqui não é apenas a necessidade maior da multidisciplinaridade e da constante atualização sobre técnicas e ferramentas modernas de gestão, mas sim de outros aspectos, talvez até mais importantes. Dentre eles pode-se ressaltar: a confiança e o carisma que o administrador desperta na comunidade onde atua; a sabedoria com que se potencializa a criatividade de uma equipe; a clareza objetiva e diplomática com que se comunica favorecendo um bom relacionamento; a sensibilidade em compartilhar seus conhecimentos com modéstia e simplicidade, compreendendo e respeitando as diferentes opiniões.
A visão futurística cultuada nos dias
atuais apresenta uma concepção bem diferente do que preconizava a Administração
Científica. Nas últimas décadas aconteceu uma transformação surpreendente na
“razão do negócio”, houve um abandono da cultura de manufatura e passou-se a
adotar mais a prestação de serviços. Tornou-se cada vez mais evidente a
necessidade do Administrador adotar estratégias de Marketing e,
consequentemente, de explorar suas habilidades de conhecimento e relacionamento
com o mercado, principalmente elevando a “postura ética” da empresa e do
profissional ao nível de garantia de competência e qualidade.
Por outro lado, a sociedade reconhece como líderes dos novos
tempos os profissionais de Administração que demonstram grande credibilidade
pessoal e excepcional competência administrativa, ressaltando mais o que
realizam do que os que só falam, ou seja, a experiência e a
competência deve vir antes do que o título e posição, isso quer dizer, mais o
que modificam do que aquilo que controlam, mais a mentalidade que constrói do
que as metas que definem.
Neste século das complexas exigências
existe a necessidade de mudanças conceituais em muitos setores da sociedade.
Dentre os principais desafios encontra-se a nova concepção do trabalho, uma vez
que as rotinas físicas e intelectuais estão sendo, passo a passo, assimiladas
por robôs e computadores. Não se trata meramente de uma questão de
empregabilidade, mas sim da perda da função social dos profissionais, aliada ao
desafio de promover uma transformação organizacional que contemple o trabalho,
a cultura, a economia, o governo e, finalmente, o negócio.
Os governos, mais do que contemplarem questões de nacionalismo devem compreender mais as mudanças do cenário político internacional e as novas fronteiras digitais dos países. Eles deveriam fornecer subsídios a um maior número de pessoas e o acesso às redes de informação internacionais, eliminando intermediários e criando um novo comércio mundial. Ao mesmo tempo em que as novas tendências mundiais moldam as características dos profissionais do futuro, impondo-lhes desafios a enfrentar e vencer, solicitando destes a solução de problemas como o das sobrecarregadas obrigações sociais, econômicas e ambientais. Mais do que o progresso tecnológico, também é preciso o aprimoramento do próprio ser humano, essa força motriz capaz de incutir valores pessoais como: integridade, honestidade, lealdade a princípios, autoconfiança e autoestima, tenacidade, criatividade e automotivação, ao perfil profissional dos Administradores dos Novos Tempos.
Fonte e Sítios Consultados
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