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14 de maio de 2013

Negócio da China ou do Brasil? (Leilões da ANP)


Negócio da China ou do Brasil?

  (Leilões da ANP)



 

Acontece hoje, 14/05/2013 a 11ª.  rodada de leilão de áreas de exploração de petróleo no Brasil que atraiu o interesse de 71 empresas, quase todas estrangeiras, segundo informou  a Agência Nacional do Petróleo (ANP) que estima que esteja  em jogo neste leilão a posse e a exploração de  30 bilhões de barris de petróleo brasileiro –  riqueza esta hoje avaliada em 1 trilhão e 500 bilhões de dólares (3 trilhões de reais)  e que poderá dar, as empresas que a explorarem,  lucro liquido de cerca de  650 bilhões de dólares tiradas as despesas de produção,  mais o pagamento (irrisório) ao Brasil de royalties (10%)  e  de impostos (23%).

Existem opiniões contrárias sobre as licitações de petróleo e gás natural que estão previstas para serem realizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) hoje (14) e amanhã (15), em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro. Ao todo serão oferecidos 289 blocos em mar e terra.

"A 11ª Rodada de Licitações é um grande retrocesso para o Brasil, que, desde 2008 havia suspendido os leilões de petróleo, após muita luta e pressão dos movimentos sociais. Ao retomar essa agenda, o governo brasileiro, equivocadamente, atende aos anseios das multinacionais, ávidas por abocanhar nossas valiosas reservas de óleo e gás", disse João Antônio Moraes, coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros).

Trata-se de um verdadeiro negócio da China, porque a empresa que achar petróleo no subsolo do Brasil, além de se tornar proprietária dele - como já fazem algumas multinacionais (Shell, Chevron, British Petroleum, etc) que hoje exploram petróleo na bacia de Campos e na plataforma continental – fica também com 67% do que o barril de petróleo representa em valor, cotado pelo mercado internacional onde os preços não param de subir.

Na prática, como diria o ‘saudoso’ Brizola, "um negócio do Brasil".
 
 

Ou seja, além de cobrar impostos irrisórios pela exploração do petróleo em seu território, o Brasil abre mão de sua propriedade, verdadeiro crime de lesa-pátria porque país nenhum do mundo detentor de grandes jazidas faz isto – seja a Arábia Saudita, a Venezuela, ou o Kuwait.

          Esta rodada marca também a retomada das licitações da ANP suspensas desde 2008, no governo Lula, depois da descoberta das megajazidas  de petróleo do pré-sal pela Petrobras e das discussões que se seguiram sobre a necessidade de se criar novo marco regulatório para exploração de petróleo no Brasil – em substituição a lei de 1997, totalmente entreguista, patrocinada pelo então presidente  Fernando Henrique Cardoso.

Em 1997 FHC quebrou o monopólio de produção e exploração de petróleo no Brasil pela  Petrobras, instituído em 1954 pelo presidente Getúlio Vargas, iniciou os leilões de bacias sedimentares e escancarou as portas para as multinacionais invadirem o setor – antes exclusivo da Petrobras.

É importante compreender que antes, com a lei 2004 em vigor, o petróleo do subsolo brasileiro pertencia integralmente ao Brasil – ou seja, o petróleo era 100% dos brasileiros e de mais ninguém. A partir de 1997, com a quebra do monopólio através da lei entreguista  de FHC, o petróleo passou a pertencer a empresa que o encontrar e extrair do subsolo.  


Daí o total interesse das multinacionais nesses leilões, entreguistas, da ANP.

Segundo a agência, também criada na era FHC, "encerrado o prazo para entrega de documentos de qualificação para a 11ª Rodada de Licitações da ANP, 71 empresas, oriundas de 18 países e três territórios ultramarinos (sic), submeteram documentação à Agência", referindo-se às empresas que manifestaram interesse em participar.

Somente do Brasil, 19 empresas mostraram interesse em participar. Oito petrolíferas dos Estados Unidos também disseram que estão interessadas. Há também empresas do Reino Unido (seis), Canadá (cinco), Japão (cinco), entre outros países.

Entre as brasileiras que entregaram documentação para participar da rodada estão a Petrobras, OGX e HRT. Entre as estrangeiras, Repsol Sinopec, Chevron, BHP, BG, BP, Shell.

A rodada vai licitar 289 blocos em 23 setores, totalizando 155,8 mil quilômetros quadrados, distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul, segundo a ANP. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar, sendo 94 em águas profundas, 72 em águas rasas, e 123 em terra.

Resumindo: um negócio do Brasil, porque até a petrolífera chinesa, Sinopec, está nessa.


 

Fonte e Sítios Consultados



 

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