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14 de maio de 2013

ANÁLISE VERTICAL e ANÁLISE HORIZONTAL



O tema é a análise das demonstrações financeiras, sabendo que essa análise constitui em um dos estudos mais importantes das Finanças Corporativas, despertando enorme interesse tanto nos administradores internos da empresa como nos diversos segmentos de analistas externos.




Para o administrador interno, a análise visa, basicamente, a uma avaliação de seu desempenho geral, notadamente como forma de identificar os resultados (consequências) retrospectivos e prospectivos das diversas decisões financeiras tomadas; para o analista externo, apresenta objetivos mais específicos com relação à avaliação do desempenho da empresa, os quais variam segundo sua posição, de credor – liquidez e capacidade de pagamento – ou investidor – retorno do investimento e criação de valor.

É de assinalar, ainda, que a análise externa, desenvolvida basicamente por meio das demonstrações financeiras usualmente publicadas pela empresa traz dificuldades adicionais de avaliação, em função das limitações de informações contidas nos relatórios publicados.
  
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL




Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação do desempenho empresarial, refere-se à análise horizontal e vertical.

Foi comentado que a análise de uma empresa é desenvolvida por meio de comparações, sejam elas efetuadas por índices passados ou mediante indicadores setoriais e de empresa concorrentes. A análise comparativa produz melhores resultados quando desenvolvida com valores relacionáveis ou afins:

– sejam eles obtidos de uma mesma demonstração financeira como, por exemplo, relacionar lucro com investimento, custos com vendas, capital de giro com ativo total, etc.;

– e também pela evolução dos diversos montantes patrimoniais e de resultados ao longo do tempo como, por exemplo: crescimento das vendas e dos lucros, evolução do patrimônio líquido, etc. A análise da evolução permite que sejam identificadas, inclusive, determinadas tendências futuras do comportamento econômico-financeiro da empresa.


Dessa maneira, as comparações dos valores absolutos através do tempo (análise de suas evoluções) e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração são desenvolvidas, respectivamente, por análise horizontal e vertical.



ANÁLISE HORIZONTAL (AH)



Consiste em verificar a evolução dos elementos do Balanço Patrimônio e da DRE durante um determinado período. Essa verificação se faz entre valores de uma mesma conta ou grupo de contas, evidenciando a evolução desta por períodos - uma das maneiras de apurar os percentuais de evolução da Análise Horizontal é tomar como base um exercício e calcular a evolução dos demais, sempre em relação ao exercício base. A outra maneira, e também a mais usual na Análise horizontal, é tomar como base o exercício imediatamente anterior ao que está sendo analisado.

Esse método torna mais ‘dinâmica’ a análise, possibilitando apurar a evolução em menores períodos de tempo.

A relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data e seu valor obtido na data-base (ou ano-base) chamamos de Número-índice.





Essa análise permite que se avalie a evolução dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos sequenciais de tempo. Por exemplo, as evoluções das vendas e dos lucros brutos de uma empresa, verificadas nos últimos três anos, são facilmente avaliadas e interpretadas mediante o estudo da análise horizontal aplicada às demonstrações de resultados referentes aos períodos considerados.


Exemplo – Análise Horizontal




Considere a evolução das receitas de vendas e dos lucros brutos de uma empresa, conforme apurados em suas demonstrações contábeis publicadas no encerramento dos exercícios de 2010, 2011 e 2012. Pede-se analisar o crescimento horizontal.




Tomando-se como base da análise a data de 31-12-2010, o faturamento cresceu 22,07% (122,07 – 100) em 2011 e 51,88% (151,88 – 100) em 2012, já o Lucro Bruto cresceu 19,12% (110,12 – 100) em 2011 e 58,57% (158,57 – 100) em 2012.

Uma rápida analisada baseada exclusivamente nesses valores indica que o desempenho da empresa, no exercício encerrado em 31-12-2011, esteve aquém do apresentado em 31-12-2012. Efetivamente, o resultado bruto não acompanhou a evolução verificada no faturamento no exercício de 2011, denotando-se maior consumo dessas receitas pelos custos. Em outras palavras, as receitas cresceram mais do que os lucros, sobressaindo-se um crescimento dos custos proporcionalmente maior que suas respectivas receitas. Esta diferença absorveu uma parte do lucro bruto.

Em 2012, porém, a situação é inversa e ocorre uma evolução proporcionalmente maior do lucro bruto em relação às vendas. A evolução desses valores, tomando por base 31-12-2011, ratifica essa colocação, tendo o faturamento evoluído 24,42% (R$12.31/R$9.894 X 100 – 100) e o lucro bruto 33,11% (R$3.980/R$2.990 X 100 – 100).




ANÁLISE VERTICAL (AV)



A análise vertical, também denominada análise da estrutura, facilita a avaliação da estrutura das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial e DRE) e a representatividade de cada conta em relação ao total do Ativo e Passivo, bem como a participação de cada conta do Demonstrativo de resultado na formação do lucro ou prejuízo do período analisado.

A análise vertical constitui identicamente um processo comparativo, sendo desenvolvida por meio de comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis identificados numa mesma demonstração financeira; permite, mais efetivamente, que se conheçam todas as alterações ocorridas na estrutura dos relatórios analisados, complementando-se, com isso, as conclusões obtidas pela análise horizontal descrita anteriormente. Apresenta valores percentuais de cada conta e grupo de conta em relação a um valor base: no caso do Balanço Patrimonial, esse valor base é o total do Ativo e/ou do Passivo; na DRE, o valor base é o total da receita líquida.

O cálculo do percentual da participação relativa das contas ou grupo de contas do Ativo e/ou Passivo obtém-se dividindo o valor de cada conta ou grupo de conta pelo valor total do Ativo e/ou do Passivo.

Exemplo – (AV)







Partindo do ativo total da empresa em cada ano, observa-se um decréscimo (menor participação relativa) gradativo dos investimentos de curto prazo (ativo circulante), os quais passaram de 54,66% em 2010, para 51,36% em 2011, e 44,72% em 2012. Nas aplicações de longo prazo (realizável e permanente), ocorre a situação inversa – elas se elevam nos períodos considerados. Sendo evidenciada, mediante esses resultados, a preferência (ou necessidade) da empresa por ativos de longo prazo (imobilizações) em detrimento dos de curto prazo (liquidez).

Como contrapartida dessa situação, é de se esperar que a empresa tenha optado também por maior participação de recursos permanentes em sua composição passiva como forma de financiar suas aplicações mais elevadas em ativos de longo prazo. No entanto, ao se avaliar a estrutura (composição) do passivo da empresa, denota-se evolução na participação em seu financiamento de curto prazo (passivo circulante), o qual de 41,67% em 2010 passou a financiar 43,55% das aplicações totais processadas no ativo em 2012.


COMPARANDO A ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL NAS DEMONSTRAÇÕES




Análise Vertical de Balanço



Procura-se obter o percentual de cada verba ou de cada grupo de verbas, em relação ao valor global do demonstrativo, ou, ainda, de cada verba em relação ao total do seu respectivo grupo. Trata-se de discernir o ritmo de crescimento dos vários itens. A análise horizontal também é conhecida como análise de tendência ou análise de evolução.


Análise Horizontal de Balanço


Compara em forma de percentual o valor de determinada verba ou de determinado grupo de verbas em relação ao(s) ano(s) anterior(es). Sua técnica é bastante simples, pois consiste em dividir todos os elementos do ativo pelo valor do total desse mesmo ativo e todos os valores do passivo pelo total desse passivo.





Em suma, o estudo da estrutura dos ativos (aplicações) e passivos (captação), assim como da evolução patrimonial e de resultados ao longo do tempo, é de grande importância para o processo de análise econômico-financeira de uma empresa. A aplicação da análise horizontal e vertical deve ser considerada como um procedimento inicial de avaliação do desempenho da empresa, cuja confirmação (ou não) se dará nas várias etapas posteriores da análise financeira.













Fonte e sítios consultados

http://blog.maxieduca.com.br

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