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31 de maio de 2013

Direitos Iguais entre Todos os Diferentes


 Direitos Iguais entre Todos os Diferentes


Se pensarmos diferente, logo seremos diferentes. Isso parece óbvio. Mas essa diferença não deve ultrapassar ou romper com a questão magna dos direitos individuais e coletivos. Podemos até não nos sentir confortáveis com a opinião de alguém, com o comportamento do outro, com a escolha de terceiros, e as razões são as mais diversas possíveis, mesmo aquelas que se turvam por influências religiosas ou verdades fundamentalistas. Mas a questão do respeito aos direitos, legais e civis, deve estar acima dos meus desejos, prazeres, escolhas.

Vamos relembrar do discurso de posse do segundo mandato do Barack Obama, quando ele falou sobre a questão dos homossexuais, dizendo que “nossa jornada não estará completa até que nossos irmãos e irmãs homossexuais sejam tratados como qualquer outra pessoa perante a lei”. Há quem diga – e nem seria difícil crer – que a observação de Obama tem o objetivo de agradar à comunidade gay americana, que é bastante poderosa e rica. Vamos tentar, talvez até ingenuamente, imaginar que é bem mais do que isso. Afinal, não é possível enxergar como avançar na direção de uma sociedade evoluída e pluralista sem o respeito fácil, simples, sem esforço à diferença.
 

A sociedade americana, apesar de seu conservadorismo beligerante, está milhões de anos luz a nossa frente. Em uma data recente passada, em uma entrevista sobre o lançamento da nova série “Pé na Cova”, o ator e autor Miguel Falabella destacava o incômodo de só ouvir dos jornalistas presentes ao evento perguntas sobre se haveria beijos entre as personagens gays da atração, uma delas interpretada por alguém assumidamente homossexual. Nada mais parecia importar a não ser esse detalhe, desse ou desses beijos que, por acaso, são a marca característica de todos os episódios de novelas, séries, programas e afins na televisão brasileira. Somos cercados de beijos, mornos ou ardentes, o tempo todo.

Há quem veja nesse possível beijo a possibilidade real de desvirtuamento ou desorientação de crianças e adolescentes. Isso não é real e não é porque eu aqui estou dizendo. Homossexualidade não é opção, não é escolha, é instinto. Mais ou menos assim como ser absolutamente cruel ou até instintivamente facínora. Outro dia, m sua coluna na revista Época, Ruth de Aquino discutiu esse tema à luz da manifestação em Paris contra os direitos ao casamento civil entre homossexuais. 300 mil pessoas foram às ruas gélidas da capital parisiense para pressionar contra o casamento gay. E isso em uma sociedade, tal qual a nossa, laica, sem imposições religiosas de qualquer nível.


Nessa crônica, Ruth de Aquino traz o depoimento da psicanalista e terapeuta Junia de Vilhena, que fala sobre o casamento homossexual já na linha daquilo que costuma assombrar as mentes mais conservadoras: a ideia de que aquele casal decida por criar filhos. ” Atendo no consultório um casal de mães homossexuais que se preocupam com a filha de 10 anos na escola. Mas a menina está muito bem integrada num meio liberal. As amiguinhas não questionam. Normalmente, quando existe preconceito, vem dos pais dos alunos, mesmo nas escolas mais avançadas. Sou esperançosa. A sociedade aos poucos aceitará. Pior e mais cruel é o preconceito contra crianças gordas. Elas enfrentam barbaridades”.

Também concordo com Ruth, e isso não é muito comum, quando ela diz que ser pai ou mãe, mais que uma possibilidade biológica, é um aprendizado. E é preciso reconhecer que esse é um caminho sem volta. Precisamos reconhecer e admitir nossos preconceitos, nossos pré-conceitos, e deixar de ser um adversário para ser alguém que caminha junto, mesmo que sejamos – como somos todos – completamente diferentes.
 

Quando respeitamos o direito dos outros, estamos somando forças para uma sociedade mais livre de neuroses, de traumas, de dores impostas pelo desejo que tantas vezes temos e experimentamos de uma sociedade de iguais. Mas não é por aí que podemos ser iguais. É sendo diferentes, e respeitando as diferenças que nos transformamos em iguais na luta por direitos, deveres e o bem maior de uma sociedade igualitária. Claro, é necessário que exista sempre o respeito a todos. Afinal, da mesma forma que para alguns incomoda presenciar um casal heterossexual ‘em plena’ demonstração de afeto acalorado e explicito em uma praça de alimentação do shopping, esse fato causa o mesmo efeito quando se trata de um casal de pessoas do mesmo sexo. Essa é uma discussão comum atualmente, na verdade isso é bem simples. Ou seja, direitos iguais, respeito igual para todos.

 
 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.criativesse.com.br/blog/2013/01/somos-todos-diferentes-os-direitos-e-que-sao-iguais.html#.UaiHnMy5frc

 

 

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