O caminho do sucesso
- Uma das líderes mundiais na fabricação de
câmeras de segurança fala do desempenho do setor de segurança eletrônica no
Brasil e mostra o seu sucesso como exemplo aos pequenos e médios empreendedores.
Já se foi o tempo em que
empresas e residências possuíam uma pessoa como segurança. Eles até existem
ainda, mas são substituídos ou contam também com equipamentos de monitoramento
eletrônicos cada vez mais modernos. Especialmente porque, hoje em dia, a quantidade
de furtos e roubos é maior e métodos de precaução se tornaram iminentes para
quem quer ter uma vida mais tranquila. E não há como discutir que segurança
eletrônica é o que há de mais moderno para proteger um ambiente. É por isso que
esse mercado vem crescendo de forma acelerada no País, se tornando um excelente
nicho de negócios, sobretudo para pequenas e médias empresas.
Para se ter uma ideia, em
2010, esse mercado cresceu 12%, movimentando cerca de R$2 bilhões. E esse
aumento foi impulsionado por micro e pequenos negócios, que representam mais de
50% do faturamento do mercado, segundo a Associação Brasileira das Empresas de
Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese).
Mas para quem quer
investir nesse setor, qual o segredo? Nada como uma das líderes mundiais no
mercado para mostrar aos pequenos e médios o segredo do sucesso. Fundada em
1984, na Suécia, a Axis Communications é uma empresa de TI que oferece soluções
de vídeo para ambientes de rede em instalações profissionais. Ela opera
globalmente com escritórios em mais de 18 países. Na Pesquisa de Satisfação do
Cliente em 2010, realizada pela QuestBack, ela mostra o seu sucesso ao registrar na Argentina e no Brasil
os mais altos índices de satisfação dos canais, com 73,95% no Brasil e 72,1% na
Argentina. Sendo as principais qualidades apontadas pelos clientes como:
produtos de alta qualidade, desenvolvimento de equipamentos consistente com a
demanda do mercado, satisfatório mix de produtos e facilidade de instalação.
Na entrevista a seguir, a
diretora da Axis Communications, Alessandra Faria, dá uma visão geral do
negócio de segurança eletrônica no Brasil, bem como o desempenho do setor,
novas tecnologias que chegam ao mercado, dicas e orientações para as empresas
se darem bem nessa área. Além disso, fala qual o segredo da sua empresa
alavancar cada vez mais neste setor.
Gestão&Negócios: Qual o panorama do
mercado de segurança eletrônica no Brasil, é um segmento promissor para o
pequeno e médio empreendedor?
Alessandra Faria: Sem dúvida. O mercado
cresce em todos os segmentos. Não só nos grandes projetos de infraestrutura,
mas também no médio e no pequeno segmento, incluindo aplicações em comércio,
uso residencial e em condomínios empresariais. Todas essas oportunidades irão
possibilitar que o pequeno e médio empreendedor faça negócios na área de
segurança. O setor é tão abrangente que vai gerar negócios para todo mundo.
Gestão&Negócios: Falando do cenário
mundial de segurança eletrônica, em termos de avanços tecnológicos, como se
encaixa o Brasil?
Alessandra: Na parte de segurança
eletrônica propriamente, o Brasil está se desenvolvendo rápido, mas em alguns
segmentos precisa de muito treinamento e educação. Mundialmente, em segmentos
como transportes, aeroportos e até mesmo o de comércio, já existem projetos
bastante sofisticados em segurança eletrônica digital. No Brasil, isso está
começando e carece de informação. Mas é primordial para o nosso País, dentro do
cenário mundial, que ele esteja no topo do avanço tecnológico. Ainda há um
degrau para o Brasil, mas isso será alcançado com muito treinamento e
informação.
Gestão&Negócios:: O Brasil é um País que
investe em segurança eletrônica?
Alessandra: Nos últimos dez anos, o mercado de Sistemas
Eletrônicos de Segurança vem crescendo com taxas médias de 13% anualmente, de
acordo com a própria Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos
de Segurança (Abese). Em 2011 movimentou cerca de R$2 bilhões e em 2010 o setor
movimentou cerca de US$1,680 bilhão. Por trás dos números há uma série de
fatores. Os principais motivos são a atual transição do monitoramento analógico
para sistemas totalmente digitais, maior demanda por análise de vídeo
inteligente para resolver problemas complexos, como ajudar as polícias a se
anteciparem às ações criminosas, e a gradual substituição de câmeras de má
qualidade, com imagens em resolução padrão que não permitem identificar os
autores dos delitos. Esses equipamentos estão sendo substituídos pouco a pouco
por câmeras coloridas, megapixel e em alta definição, de preferência com as
funções day/night para visualização tanto de dia quanto à noite, com
pouco consumo de banda. As pessoas e as empresas já perceberam que não adianta
apenas gravar as imagens de suas propriedades ou suas empresas. É preciso que
essas imagens tenham qualidade suficiente para auxiliar no caso de uma
investigação. Boa parte desses investimentos em equipamentos de videovigilância
na América Latina está partindo de projetos de desenvolvimento de
infraestrutura de larga escala - rodovias, aeroportos, desenvolvimento urbano e
ferrovias. Um dos setores que mais vai crescer é o de Esportes e Lazer, com
crescimento médio de 25.3% até 2014, chegando a US$44.1 milhões no ano da Copa
do Mundo no Brasil - um valor ligeiramente maior que o previsto para ser
investido nos aeroportos também em 2014.
Gestão&Negócios:: Esse aumento se dá
também por meio da difusão de novas tecnologias, cada vez mais acessíveis e com
mais recursos para quem quer se prevenir contra a criminalidade?
Alessandra: Sem dúvidas, o avanço tecnológico tem
respondido a diversos desafios para empresas e para o Governo. Se pensarmos no
varejo, existem redes no Brasil utilizando câmeras com captação de áudio dentro
da loja para aperfeiçoar o treinamento dos funcionários. Já existem câmeras de
5 megapixel, que permitem visualizar muitos detalhes em uma área limitada da
tela, que são ideais para uso em monitoramento urbano, áreas de escolas e
universidades, estacionamentos e outras áreas de grande fluxo de pessoas, como halls
de aeroportos e estações de metrô. Os presídios, por sua vez, também contam com
soluções interessantes, que inclusive já estão sendo implementadas no Brasil.
Um dos modelos atualmente é o do Complexo Penitenciário de Viana, na região
metropolitana de Vitória. Eles inauguraram este ano um sistema de
videomonitoramento composto por 106 câmeras IP de alta definição (HDTV) com
câmeras térmicas IP, que oferecem maior alcance na detecção com imagens
baseadas na diferença de temperatura entre objetos, veículos ou pessoas. Na
prática, as câmeras podem identificar tentativas de fugas mesmo à noite ou em
meio a neblina. O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, está usando 1.250
câmeras para monitorar toda a movimentação do funcionário, dos clientes e dos
visitantes em cada um dos 450 pontos de controle de acesso, como portas,
catracas e cancelas. Todos esses casos são exemplos de como a tecnologia está
avançando para atender as necessidades importantes para as pessoas.
Gestão&Negócios:: O bom desempenho do
setor de segurança eletrônica também tem relação com a escassez de investimento
em segurança pública?
Alessandra: Acredito que não. Nos
últimos quatro anos, período em que tenho estado à frente da Axis, tenho
percebido cada vez mais investimentos na área de segurança pública, não só de
cidades para monitoramento urbano mas em escolas, hospitais e transporte
público. Pouco a pouco, está se tomando consciência de que é muito importante
investir em segurança. Ao fazer um investimento em segurança física, esse
investimento vai atrelado a segurança eletrônica. Só segurança física não é
mais suficiente. É preciso usar a digital para que a física, com guardas, tenha
acesso a mais dados e possa usar isso como prova e para tratar de fato o
problema. Eu não vejo uma escassez em investimentos em segurança pública. Ao
contrário, está tendo progresso. A segurança eletrônica está crescendo junto
com isso, tanto na área pública quanto privada, porque há um consenso para
investir em segurança.
Gestão&Negócios:: Com a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpíadas de 2016, podem surgir ainda mais oportunidades e
alavancagem dos negócios do setor?
Alessandra: Com certeza. De acordo com
o próprio relatório da IMS, o segmento de esportes e lazer vai crescer mais de
50% de hoje até 2016. Esperamos grandes investimentos não só em esportes mas no
segmento de infraestrutura, porque o País vai necessitar ampliar aeroportos,
melhorar as condições das rodovias, ter um setor hoteleiro maior e mais
profissional, com hospitais mais bem preparados para atender a esses eventos,
de forma que todos os setores vão ter oportunidades na área de segurança
eletrônica.
Gestão&Negócios:: Qual a tendência e
novidades em tecnologia para esse mercado nos próximos meses? O que há de mais
avançado nesse segmento?
Alessandra: Haverá câmeras
multimegapixel (e até terapixel) desempenhando um papel importante, seja para
armazenar vídeo em resolução mais alta com imagens mais detalhadas para fins de
investigação, seja para identificar isoladamente fluxos em HD. O vídeo em rede
simplesmente não impõe limites em termos de resolução. Em breve, teremos
armazenamento local em câmeras com a capacidade de gravar em resolução HDTV ao
longo de semanas inteiras. Essa deverá ser uma forte tendência primeiramente
para o mercado de pequenas e médias empresas, e depois atingindo usuários
high end.
Gestão&Negócios:: Este mercado ainda está
em mudança do analógico para o digital? Como o Brasil se insere nessa
transformação, ele ainda fica para trás?
Alessandra: Ao contrário, o Brasil é um dos países mais
adiantados na migração do sistema analógico para o digital. Esse é um fenômeno
comum entre emergentes, enquanto, por outro lado, países que possuíam um parque
grande de câmeras analógicas tendem a migrar mais lentamente. De acordo com a
IMS Research, um dos institutos de pesquisa mais respeitados no setor de TI,
30% dos projetos de segurança eletrônica em todo o mundo correspondiam a vídeo
IP, ou seja, em rede. No Brasil, esse percentual é idêntico. A mesma pesquisa
prevê que, em 2015, entre a Copa do Mundo e as Olimpíadas, essa proporção será
de 53% para câmeras IP em todo o mundo. Mas trabalhamos com a perspectiva de
ultrapassar os 50% no Brasil já em 2013, devido à demanda mais acelerada pela
migração do analógico para o digital. Apesar do atual predomínio do vídeo
analógico no mercado de equipamentos para videovigilância, isso é previsto para
declinar substancialmente nos próximos anos. Muitas marcas pararam de fornecer
esses produtos e existe uma previsão de que a maior parte das vendas será dos
importados, com menor custo, vindos de países como China, Taiwan ou Coreia.
Gestão&Negócios:: Para o micro e pequeno
empresário que quer abrir um negócio de segurança eletrônica, o ambiente
econômico está favorável?
Alessandra: Muito. A mesma pesquisa da IMS Research
divulgada em Novembro/2011 aponta que o crescimento de produtos de vídeo em
rede será de aproximadamente 25% nos próximos cinco anos. Como a tecnologia IP
permite uma integração avançada entre plataformas e a criação de soluções
inteligentes que agregam alto valor ao resultado final, estamos percebendo um
interesse crescente por parte de integradores da área de telecomunicações ou da
área de TI, mas que não ofereciam produtos de segurança. Essas empresas têm
percebido que podem utilizar as imagens em alta resolução para uma infinidade
de aplicações, como monitorar o nível de água em uma barragem, ou contar o
número de pessoas que acessam uma prateleira de um supermercado em certo
período do dia, ou ainda integrar as câmeras com o controle de acesso de um
estádio para identificar o rosto da pessoa sentada em determinada cadeira. A
inteligência das câmeras e sua capacidade de integração realmente atendem às
expectativas de segurança e conforto da população e das empresas, pensando no
futuro. A previsão é que, em 2014, mais de 70% dos lucros com câmeras de segurança
sejam gerados por câmeras IP.
Gestão&Negócios:: Quem são os maiores
clientes das empresas de segurança eletrônica, as pessoas físicas interessadas
em proteger seu patrimônio?
Alessandra: No nosso caso, o maior
cliente ainda é o mercado corporativo, interessado em proteger seu patrimônio e
controlar a gestão do mesmo, porque os equipamentos de segurança eletrônica não
servem só para proteger, mas muitas vezes para controlar a gestão de um supermercado
ou de uma fábrica. Outro grande mercado é o Governo, que tem a necessidade de
proporcionar segurança ao cidadão, seja na cidade, no aeroporto, nos hospitais
ou na rodoviária. Por outro lado, o mercado low-end na área de vídeo IP ainda
está começando. Dentro dos próximos anos, esse é o mercado chave para crescer.
No mercado de pessoas físicas, é aí que as pessoas poderão conhecer a
tecnologia e fazer o bom uso dela. É um mercado interessante e que precisa de
um canal de distribuição preparado para atendê-lo.
Gestão&Negócios:: O que você sugere para
o pequeno e médio empresário alavancar seus negócios na área de segurança
eletrônica?
Alessandra: Minha sugestão é o
investimento em capacitação da equipe e a realização de boas alianças
comerciais visando à oferta de soluções completas. Um fator crucial para o
sucesso das pequenas e médias empresas é ter o usuário final em mente ao longo
de todo o processo de desenvolvimento - em vez de construir produtos e serviços
de pouco ganho na prática.
Gestão&Negócios:: Quais foram os maiores
desafios enfrentados pela Axis para fazer com que a empresa fosse reconhecida
nesse mercado não só no Brasil como em outros países?
Alessandra: O maior desafio da Axis
foi ser o pioneiro. O fundador da Axis, Martin Gren, inventou a primeira câmera
IP. Então o maior desafio foi guiar o mercado na convergência do analógico para
o digital.
Gestão&Negócios:: Como a empresa consegue
se diferenciar em um mercado como esse?
Alessandra: É importante ter um modelo de negócio bem
definido e estabelecer relações de parceria de longo prazo. No nosso caso,
investimos em cada mercado ao abrir escritórios locais, colocando pessoas que
fizeram e fazem toda a diferença na negociação. Por diversas vezes, em
concorrências ou em grandes projetos, o fato de ter uma equipe Axis no mercado,
empresas sólidas como parceiros, empresas cuidando de assistência técnica em
cada país e estar como entidade legal estabelecida fez total diferença. Nós
estabelecemos uma relação de confiança de longo prazo. O cliente sabe que,
daqui a cinco anos, vai poder contar com suporte para o produto que comprou
cinco anos antes e isso com certeza faz diferença.
Gestão&Negócios:: Ao que se pode atribuir
o alto índice de satisfação de canais no Brasil e na Argentina que a Axis
conquistou na Pesquisa de Satisfação do Cliente em 2010?
Alessandra: Realmente, foram entrevistados 279 clientes
na América do Sul, compondo um quadro de 4.445 entrevistados em todo o mundo. O
Brasil alcançou o maior índice relacionado à predisposição dos clientes em
recomendar a Axis, com 73,95%, ante uma média global de 49%. É uma diferença
considerável. A Argentina alcançou o segundo lugar, com 72,1%. Esses dados
apontam o grande potencial de crescimento orgânico da empresa na região.
Acredito que possamos atribuir essa satisfação a um aspecto ao qual prestamos
bastante atenção: somos a fabricante de câmeras de segurança com o maior número
de colaboradores na América do Sul. Aqui não existem apenas executivos para
realizar vendas e deixar o cliente desamparado durante e após a implantação do
projeto. Atualmente, contamos com 23 pessoas em escritórios em São Paulo,
Buenos Aires, Santiago e Bogotá, com o objetivo de prestar a mais completa
assistência aos canais, incluindo suporte técnico.
Gestão&Negócios:: Por não ser uma empresa
brasileira e atuar em outros países também, quais as diferenças marcantes vocês
enxergam no mercado brasileiro que, se comparado a outros países, são
empecilhos para expansão do setor de segurança eletrônica?
Alessandra: Eu não diria que o Brasil tem uma diferença
muito grande que cause empecilhos. Pelo contrário. Começamos o negócio da Axis
em 2007 no Brasil com uma única pessoa. Hoje, somos 19 no Brasil e 24 na
América do Sul. A economia está sólida, enxergamos um excelente mercado nos
próximos cinco ou seis anos. O único fator que limita é a educação: o mercado
tem que contar com técnicos bem preparados.
Gestão&Negócios: Quais as estratégias
para a expansão da Axis no mercado brasileiro e as próximas ações da empresa no
País?
Alessandra: A estratégia para 2012
está fundamentada em três pilares: educação, modelo de negócio e produtos. Uma
das grandes responsabilidades que temos como criadores da câmera IP é educar
corretamente o mercado para compreender os benefícios da tecnologia IP e,
principalmente, para oferecer aos usuários finais o produto certo para cada
necessidade. Por isso, para 2012, implantaremos a nova certificação global da
Axis para integradores entre outras atividades de educação e capacitação.
Quanto mais o conhecimento sobre as tecnologias é disseminado, mais uma empresa
inovadora nessa área se beneficia. E esse amadurecimento nos permitirá lançar
mais produtos com novas funcionalidades e principalmente com soluções mais
específicas para cada necessidade.
Gestão&Negócios:: A Axis aposta em alguma
nova tecnologia nos próximos meses ou anos? Quais as novidades que a empresa
trará para os brasileiros?
Alessandra: Como a Axis sempre foi uma
empresa inovadora, vamos apostar em inovação. Uma coisa muito boa que a Axis
tem feito é escutar muito o mercado. Temos grupos dentro da empresa,
principalmente na área de Pesquisa e Desenvolvimento, escutando os clientes
finais sobre o que eles precisam. Temos casos concretos no Brasil em que, falando
com o mercado, nós identificamos requisitos necessários de produto, levamos
para a matriz e ela colocou no portfólio de desenvolvimento. Se o mercado diz
que precisa de mais inteligência embarcada, de mais câmeras com alta resolução
porque necessita de maior qualidade da imagem, então nós ouvimos. O mercado
dita muito as regras para a gente.
"Quanto mais o conhecimento sobre as tecnologias é
disseminado, mais uma empresa inovadora nessa área se beneficia. E esse
amadurecimento nos permitirá lançar mais produtos com novas funcionalidades e
principalmente com soluções mais especificas para cada necessidade"
ALESSANDRA FARIA, DIRETORA DA AXIS COMMUNICATIONS
ALESSANDRA FARIA, DIRETORA DA AXIS COMMUNICATIONS
Fonte
e Sítios Consultados
http://revistagestaoenegocios.uol.com.br/gestao-motivacao/38/artigo244734-3.asp
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