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4 de abril de 2013

A Coexistência da Gestão do Conhecimento e da Cultura Organizacional





Quando visualizamos a cultura como uma forma de representação da realidade é sinal que estamos enfatizando a maneira pela qual as pessoas entendem a organização. Tal entendimento se originaria do relacionamento das pessoas durante o quotidiano do ambiente de trabalho ou mesmo da influência de agentes externos à organização.


A cultura é o conjunto complexo dos saberes, das crenças, da arte, das Leis, da moral, dos costumes e de todos os hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro  de uma sociedade. A cultura cria a identidade e se manifesta por meio de:

- Valores: preferências, sentimento orientado.

- Rituais: atividades coletivas consideradas essenciais.

- Heróis: pessoas reais ou imaginárias altamente valorizadas.

- Símbolos: palavras, gestos, figuras que transformam os significados.



A Cultura Organizacional é a programação coletiva da mente que distingue os membros de uma organização dos membros de outra. (Hofstede)



 Outros aspectos da cultura organizacional podem ser identificados na própria rotina da organização, no significado dado para cada ato realizado. O fundamento do agir, assim como as atitudes, seria calcado na interpretação que a pessoa faz do ambiente organizacional. Essa representação pode ser, por exemplo, de um local no qual exista liberdade, confiança, informalidade, relacionamentos francos e abertos.


         Contrariamente, pode existir a representação de um ambiente repressor, com hipocrisia, desconfiança e formalismo, no qual os colegas são vistos como adversários ou aliados numa espécie de guerra permanente pelo sucesso em seus objetivos.




        Com  base em diferentes interpretações surgem crenças, histórias, mitos, heróis, tabus, normas e rituais. O referencial presente no ambiente organizacional pode ser não só assimilado pela integração ao grupo, num processo de socialização, como ser continuamente construído individualmente e incorporado ao ambiente organizacional. Sendo assim, a cultura não é estática, mas sim algo permanente estruturado e reestruturado.



Ø  Algumas características presentes na cultura organizacional que possibilitariam a gestão do conhecimento são apontadas por Schein  e Terra:

 • A crença na possibilidade da organização de gerenciar o ambiente no qual está inserida. Tal pressuposto serve como diretriz a atitudes que visem criar e implementar soluções para os imperativos do ambiente externo, as quais exigem novos conhecimentos;

• Ter como pressuposto o fato de as pessoas serem capazes de entender e modificar o seu ambiente pela sua atuação. A atitude esperada dos membros da organização seria a de fazer frente às questões que se apresentarem, de agirem procurando eliminar a resignação;

• A postura de que as questões que se apresentam na organização não podem ser abordadas unicamente de acordo com padrões já previamente estabelecidos. Tais questões necessitam ser trabalhadas de acordo com suas peculiaridades. Embora isso pareça óbvio, frequentemente às organizações se lançam de forma não crítica na solução de seus problemas, utilizando fórmulas já “consagradas”, mas equivocadas. A abordagem para essas situações deve ser construída e contextualizada pelo uso intensivo do conhecimento.


Apesar da multiplicidade de fatores envolvidos, a questão da cultura organizacional configura-se como um importante elemento na busca da gestão do conhecimento organizacional. Sua importância decorre do fato de, como uma superestrutura organizacional, possibilitar, mediante a criação de um senso comum, um agir favorável à gestão do conhecimento dentro da organização.



      As possibilidades de mudança da cultura, apesar de difíceis, são possíveis e tornam-se mais efetivas ao serem considerados os mecanismos psicológicos envolvidos. Trabalhar tais mecanismos torna-se decisivo para realização de uma gestão adequada e efetiva do conhecimento. O papel da liderança organizacional, manifestado pelo estilo gerencial, torna-se fundamental na execução dessa questão.

          Além disso, existe a atuação sobre os modelos mentais dos membros da organização, os quais, sendo exteriorizados, permitem a elaboração de estratégia para sua mudança.


Ø Influencia da cultura Organizacional na Gestão do Conhecimento

- Definir a importância atribuída ao conhecimento dentro das organizações,

- Definir os limites para produção, distribuição e transferência do conhecimento,

- Estabelecer quem conhece o quê e quem pode reter o conhecimento,

- Estabelecer quem são os peritos valorizados na organização,

- Determinar a importância dos conhecimentos individuais,

- Definir como os membros devem reagir à inovação.



          Finalmente, a questão da mudança da cultura organizacional não pode deixar de visualizar o seu objetivo, que é o de transformar o modelo interpretativo dos integrantes da organização em um elemento de promoção e suporte dos imperativos da gestão do conhecimento. Somente por meio da criação de uma estrutura cultural que a gestão do conhecimento  obterá um elemento que possibilite a sua continuidade e consequente efetivação.

  












Fonte e Sítios Consultados

Disciplina de Gestão do Conhecimento do 8º.Semestre  do Curso de Administração


http://www.terraforum.com.br/blog/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=79




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