Quando visualizamos a cultura como uma forma de
representação da realidade é sinal que estamos enfatizando a maneira pela qual as pessoas entendem a
organização. Tal entendimento se originaria do relacionamento das pessoas
durante o quotidiano do ambiente de trabalho ou mesmo da influência de agentes
externos à organização.
A cultura é o conjunto complexo dos saberes,
das crenças, da arte, das Leis, da moral, dos costumes e de todos os hábitos
adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. A cultura
cria a identidade e se manifesta por meio de:
- Valores: preferências, sentimento orientado.
- Rituais: atividades coletivas consideradas essenciais.
- Heróis: pessoas reais ou imaginárias altamente valorizadas.
- Símbolos: palavras, gestos, figuras que transformam os
significados.
A Cultura Organizacional é a programação coletiva da mente que
distingue os membros de uma organização dos membros de outra. (Hofstede)
Outros aspectos da cultura organizacional podem ser
identificados na própria rotina da organização, no significado dado para cada
ato realizado. O fundamento do agir, assim como as atitudes, seria calcado na
interpretação que a pessoa faz do ambiente organizacional. Essa representação
pode ser, por exemplo, de um local no qual exista liberdade, confiança,
informalidade, relacionamentos francos e abertos.
Contrariamente,
pode existir a representação de um ambiente repressor, com hipocrisia,
desconfiança e formalismo, no qual os colegas são vistos como adversários ou
aliados numa espécie de guerra permanente pelo sucesso em seus objetivos.
Com
base em diferentes interpretações surgem crenças, histórias, mitos, heróis,
tabus, normas e rituais. O referencial presente no ambiente organizacional pode
ser não só assimilado pela integração ao grupo, num processo de socialização,
como ser continuamente construído individualmente e incorporado ao ambiente
organizacional. Sendo assim, a cultura não é estática, mas sim algo permanente
estruturado e reestruturado.
Ø Algumas
características presentes na cultura organizacional que possibilitariam a
gestão do conhecimento são apontadas por Schein e Terra:
• A
crença na possibilidade da organização de gerenciar o ambiente no qual está
inserida. Tal pressuposto serve como diretriz a atitudes que visem criar e
implementar soluções para os imperativos do ambiente externo, as quais exigem
novos conhecimentos;
• Ter como
pressuposto o fato de as pessoas serem capazes de entender e modificar o seu
ambiente pela sua atuação. A atitude esperada dos membros da organização seria
a de fazer frente às questões que se apresentarem, de agirem procurando
eliminar a resignação;
• A postura
de que as questões que se apresentam na organização não podem ser abordadas
unicamente de acordo com padrões já previamente estabelecidos. Tais questões
necessitam ser trabalhadas de acordo com suas peculiaridades. Embora isso
pareça óbvio, frequentemente às organizações se lançam de forma não crítica na
solução de seus problemas, utilizando fórmulas já “consagradas”, mas
equivocadas. A abordagem para essas situações deve ser construída e
contextualizada pelo uso intensivo do conhecimento.
Apesar da multiplicidade de fatores envolvidos, a questão da
cultura organizacional configura-se como um importante elemento na busca da
gestão do conhecimento organizacional. Sua importância decorre do fato de, como
uma superestrutura organizacional, possibilitar, mediante a criação de um senso
comum, um agir favorável à gestão do conhecimento dentro da organização.
As
possibilidades de mudança da cultura, apesar de difíceis, são possíveis e
tornam-se mais efetivas ao serem considerados os mecanismos psicológicos
envolvidos. Trabalhar tais mecanismos torna-se decisivo para realização de uma
gestão adequada e efetiva do conhecimento. O papel da liderança organizacional,
manifestado pelo estilo gerencial, torna-se fundamental na execução dessa
questão.
Além
disso, existe a atuação sobre os modelos mentais dos membros da organização, os
quais, sendo exteriorizados, permitem a elaboração de estratégia para sua
mudança.
Ø Influencia da cultura
Organizacional na Gestão do Conhecimento
- Definir a
importância atribuída ao conhecimento dentro das organizações,
- Definir os
limites para produção, distribuição e transferência do conhecimento,
- Estabelecer
quem conhece o quê e quem pode reter o conhecimento,
- Estabelecer
quem são os peritos valorizados na organização,
- Determinar a
importância dos conhecimentos individuais,
- Definir como
os membros devem reagir à inovação.
Finalmente,
a questão da mudança da cultura organizacional não pode deixar de visualizar o
seu objetivo, que é o de transformar o modelo interpretativo dos integrantes da
organização em um elemento de promoção e suporte dos imperativos da gestão do
conhecimento. Somente por meio da criação de uma estrutura cultural que a
gestão do conhecimento obterá um elemento que possibilite a sua
continuidade e consequente efetivação.
Fonte e Sítios Consultados
Disciplina de Gestão do Conhecimento do 8º.Semestre
do Curso de Administração
http://www.terraforum.com.br/blog/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=79
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