Conheça
os maiores Fundos da Bolsa brasileira
Quem já investe
em ações há muito tempo sabe que o mercado financeiro é cheio de historinha. Um
banco de investimentos responsável por uma oferta inicial de ações pode vender
o IPO da vez como o melhor de todos os tempos. Um diretor de relações com
investidores de uma empresa pode tentar deixar que os gestores de fundos e a
imprensa vejam apenas o potencial de um novo negócio – enquanto esconde seus
riscos. Já os bancos e as corretoras podem indicar a clientes papéis que ela
mesma precisa vender para reduzir o risco da própria carteira.
Nesse ambiente em que é difícil avaliar em quem
acreditar, é sempre interessante não apenas ouvir o que os outros estão lhe
aconselhando a fazer, mas também observar aonde os grandes investidores – teoricamente, os mais bem-informados –
estão colocando o próprio dinheiro. No mercado de ações brasileiro, esse
trabalho é facilitado pela instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
que obriga qualquer investidor a divulgar a informação ao mercado sempre que
passa a deter 5% ou mais das ações preferenciais ou ordinárias de uma companhia
aberta.
A EXAME.com fez um levantamento entre as 62
empresas abertas que fazem parte do Ibovespa e descobriu quais se tornaram
apostas pesadas de grandes fundos de investimento. O levantamento é
interessante porque, ao constituir uma posição tão relevante em cada uma dessas
companhias, o investidor revela uma enorme convicção de que aquele papel, em
algum momento, vai se valorizar.
Veja a seguir as
principais posições de oito dos maiores fundos da bolsa brasileira:
- Credit
Suisse Hedging-Griffo
A gestora de recursos dirigida por Luis Stuhlberger
é bastante conhecida pelo fundo Verde, um dos multimercados mais rentáveis das
últimas duas décadas. Na BM&FBovespa, a CSHG possuía, no final do ano
passado, três posições relevantes: 5,01% das ações preferenciais da Brasil
Telecom, 7,06% da empresa de diagnósticos de saúde Dasa e mais de 5% das ações
ordinárias da Lojas Americanas.
- Tarpon
A Tarpon é uma das duas únicas gestoras de fundos com o próprio capital
aberto na BM&FBovespa – a outra é a GP Investimentos. A empresa fundada por
José Carlos Magalhães, o Zeca, ficou conhecida no mercado pela ousadia de seus
sócios, que já tentaram comprar o controle de empresas como a Acesita e a Sadia
e administram alguns dos fundos de ações mais rentáveis do Brasil nos últimos
anos. Atualmente, a gestora possui 8,02% da Brasil Foods, 5% da incorporadora
Cyrela e 15,33% das preferenciais da Metalúrgica Gerdau (a holding da família que
controla a Gerdau).
- BlackRock
A maior gestora de recursos de terceiros do mundo possui participações
minoritárias relevantes em nada menos do que 12 companhias abertas brasileiras
do Ibovespa. Na lista, estão Bradespar (15,66% das ações preferenciais),
BM&FBovespa (5,29%), Cemig (9,40%), Cyrela (5,30%), Dasa (5,11%), Itaúsa
(5,08% das preferenciais), Itaú (6,98% das preferenciais), Lojas Renner
(7,33%), Pão de Açúcar (5,01% das preferenciais), PDG (7,21%), Petrobras (5,01%
das preferenciais) e Rossi (6,33%).
A BlackRock administra 3,3 trilhões de dólares aplicados em ações, renda
fixa, imóveis e investimentos alternativos. A empresa possui escritórios em 27
países. Na América Latina, o principal gestor de investimentos é Will Landers.
- Templeton
Asset Management
A gestora de fundo com sede na Califórnia tem participações relevantes
em duas empresas do Ibovespa. Na Bradespar, holding que controla participações
relevantes na Vale e na CPFL, a gestora detém 5,08% das ações preferenciais. Já
no frigorífico Marfrig, controla 5,02% do capital. A cara mais conhecida da
empresa é Mark Mobius, principal gestor para mercados emergentes e blogueiro de EXAME.com.
Geração
Futuro
Uma das mais tradicionais gestoras de fundos e clubes de investimento do
Brasil, a gaúcha Geração Futuro é bastante conhecida por ter como principal
cliente o bilionário Lírio Parisotto, gestor de um fundo de ações de mais de
2,2 bilhões de reais que rendeu mais de 5.700% desde sua abertura. A Geração
Futuro, no entanto, administra diversos outros fundos de ações com um bom
histórico de rentabilidade. Hoje a empresa possui participações relevantes na
Bradespar (8,08% das preferenciais) e na Eletropaulo (5,96% das preferenciais).
- MassMutual
ou Oppenheimer
A Massachusetts Mutual Life Insurance Company (MassMutual) é uma seguradora
e gestora de fundos de investimento americana que administra mais de 400
bilhões de dólares aplicados em títulos, ações e outros ativos. Por meio de sua
subsidiária Oppenheimer Inc, a empresa possui uma participação de 10,95% na
B2W, companhia que engloba os sites de comércio eletrônico Submarino e
Americanas.com. A gestora também investe diretamente nas ações da Lojas
Americanas, onde detém 7,29% das preferenciais e 0,04% das ordinárias.
Outras três grandes companhias brasileiras têm uma parcela relevante das
ações nas mãos das MassMutual: Embraer (8,46%), BM&FBovespa (5,20%) e Dasa
(5,23%) – uma aposta e tanto no Brasil, portanto.
- Lazard
Asset Management
O banco de investimentos americano Lazard também possui uma divisão de
gestão de recursos com mais de 120 bilhões de dólares sob administração. No
Brasil, o fundo tem forte preferência por ações consideradas defensivas. Possui
participações relevantes na Redecard (11,82%), Cielo (9,96% das ações) e Cemig
(7,46%). Ao menos no Brasil, a gestora não tem do que se queixar recentemente.
Os três papéis estão entre os que mais se valorizaram na Bovespa no ano
passado.
- T. Rowe
Price
A gestora de investimentos americana administra 453 bilhões de dólares
ao redor do mundo. No Brasil, a empresa prefere as ações ligadas ao mercado
interno. A T. Rowe Price detém participações relevantes na Lojas Renner (5,6%),
na TAM (8,51% das preferenciais) e na incorporadora PDG (5,06%).
Fonte
e Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/acoes/noticias/onde-investem-8-gigantes-da-bovespa?page=3
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