Outro dia, após a leitura de algumas revistas formadoras de opinião aqui
do Brasil, deparei com um assunto deveras interessante, nesta reportagem se
especulava sobre os assuntos da educação de um modo em geral (porém visualizei
outro assunto muito mais interessante…), porém, ele deixava bem claro a
intenção de criticar o modelo da educação superior em nosso País. O que a meu
ver é algo muito fácil de ser feito, afinal o Brasil não possuiu e nem prima
por ter uma educação de base capaz de inicializar os brasileiros com o mínimo
necessário para conseguir uma formação acadêmica satisfatória.
Mas voltando ao artigo que li, ali
se comentava sobre a Revolução Russa de tempos atrás que propôs a criação de um
paraíso socialista, e que os mentores dessas ideias seriam alguns “intelectuais
europeus”. Indo ou saindo (ainda iremos decidir isso) um pouco do
campo teórico, todos teriam direito a uma habitação, emprego, comida, escola e
ópera aos finais de semana, mas essa dieta era pouco e transformou-se em um
grande problema. A partir daí surgiu a tão comentada “Cortina de Ferro”,
que nada mais era do que proibir que os Russos tivessem acesso às “coisas” que
o mundo possuía. Agora, para muitos o erro dos lideres russos foi criar um
estupendo sistema educativo para todos, o que veio a causar em pouco tempo um problemão
sem solução; como impedir um povo educado de ver e de se interessar pelo
que acontecia do lado de fora. E agora o melhor, os Governantes
Brasileiros “fizeram e ainda continuam a fazer” muito melhor, já que
abriram tudo, escancararam as fronteiras brasileiras, pode-se viajar a vontade.
E sabe qual a garantia que os governantes brasileiros têm de que o seu povo não
se revolte com os altos impostos, a falta de respeito que os governantes têm
com o povo e mais uma lista sem fim de desrespeitos que são destinados ao povo
brasileiro? Pois é, foi à criação de uma cortina burra. Sim, Cortina
Burra. Mas o que vem a ser essa cortina burra? A cortina burra que falamos
é a garantia de isolamento do nosso País. Ela tem por essência oferecer uma
educação de péssima qualidade ao povo, do modo conta-gotas. Como assim? Inibir
o povo Brasileiro de conhecer o Mundo? Afinal se aventurar a ir para o exterior
e ir até a Disneylândia ou a Miami, mesmo que essa seja uma sucursal do Brasil,
não é estar vivenciando o Primeiro Mundo? Muitos brasileiros acham que sim, que
estão vivenciando o primeiro mundo. Mas, então vamos caminhar um pouco mais
longe. Em uma Universidade de elite aqui do Brasil foi pedido que levantassem
as mãos os que confortavelmente liam inglês, e saibam, não foram levantadas nem
um quinto das mãos presentes na sala: Isso sim é que é uma Cortina de
Burrice! Já na Europa, a mesma pergunta faria com que se levantassem todas
as mãos, pois é um fato que os europeus já passaram do bilinguismo para o
trilinguismo. Países como a Islândia têm como base quatro idiomas. O resultado
do nosso isolamento pode ser percebido no mundo industrial, já que existe um
isolamento provinciano que não toma conhecimento dos avanços alhures, sim,
existem exceções, mas são exceções.
Voltando a triste realidade brasileira, mais precisamente no Estado mais
Rico da União, e na cidade mais desenvolvida da América do Sul, São Paulo. O
desenvolvimento dos estudantes da rede municipal em 2012 demonstrou a 3º.piora
consecutiva na Prova São Paulo, como podemos visualizar na matéria baixo do
Jornal Agora São Paulo de 05 de janeiro de 2013.
“Aluno da 9ª série em SP sabe matemática como o da
5ª
Folha de S.Paulo - “05/01/2013
O desempenho em matemática dos alunos que se formam nas escolas
municipais de São Paulo sofreu em 2012 a terceira piora seguida na avaliação da
própria rede.
Assim, o estudante da 9ª série do ensino fundamental (alunos com 14
anos) possui conhecimento equivalente ao que se espera para um da 5ª série (de
10 anos).
Já em português, a tendência nos dois últimos anos é de melhoria. A
reportagem teve acesso aos resultados preliminares da Prova São Paulo 2012,
avaliação aplicada pela prefeitura.
O ano passado foi o último da gestão Gilberto Kassab (PSD).
A média dos alunos em matemática do nono ano recuou nove pontos desde
2009, chegando a 228 (escala até 500).
Para essa série, o ideal é que a nota seja 72 pontos maiores, segundo
analistas consultados pela ONG Todos pela Educação. O sistema municipal de São
Paulo possui mais de 450 mil alunos no ensino fundamental, o equivalente a 30%
das matrículas da cidade.
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Resultados dos
estudantes da Rede Municipal (SP) em 2012 na Prova São Paulo
Fonte: Prefeitura da cidade de São Paulo
- 5º. Ano do ensino fundamental
Português = nota 178, o esperado para esta série: 200 – com a pontuação obtida os alunos não
conseguem interpretar uma história em quadrinhos a partir da fala do
personagem.
Matemática = nota 179, o esperado para esta série: 225 – com a pontuação obtida os
alunos não conseguem resolver uma conta de adição com casas decimais.
- 9º. Ano do ensino fundamental
Português = nota 232, o esperado para esta série: 275 – com a pontuação obtida os alunos não compreendem
o efeito de uma ironia em uma narrativa curta.
Matemática = nota 228, o esperado para esta série: 300 – com a pontuação obtida os
alunos não conseguem trocar cédulas de diferentes valores
A propósito, muito se pode aprender indo até o primeiro mundo, não que
eles sejam divinos, mas temos a chance de aprender sobre uma outra cultura por
lá, vejamos alguns exemplos:
. O valor do
futuro, de pensar no amanhã, ao invés do só hoje (a essência da
sustentabilidade do meio ambiente).
. O sentido de
economia, de não esbanjar, de não se exibir.
. O hábito
automático de cumprir o prometido.
. Trabalho manual
não é humilhante. Usar as mãos educa.
. O cumprimento das
leis.
. Respeito ao
próximo, no transito, no silencio e em tudo mais.
. Quem vigia tudo é
a sociedade, mais do que a policia.
. Profissionalismo.
Há uma maneira melhor de fazer as coisas. O profissional a conhece e a aplica.
Deveríamos
reavaliar melhor e parar com alguns hábitos tolos, que são muitos: – Mas será
mesmo que para dar uma simples volta no quarteirão, precisamos levar uma
garrafinha de água nas mãos, e se acaso não a levássemos, seriamos atingidos
por uma súbita e fatal crise de sede? Com o final desse texto se aproximando
estou com uma dúvida martelando em minha cabeça – Essa tal Cortina de Burrice é
uma ótima idéia para se manter um povo inteiro sob o controle, podendo assim se
manter perpetua uma alta taxa de juros, a maior carga de impostos do mundo,
criar-se-ia meios para se manter um modelo político repleto de políticos
irresponsáveis e a continuação da história da nossa colonização. Afinal, como
enxergar? Se a cortina esta impedindo a visão? E como percebemos isso é feito
em massa. Não adianta uma dúzia de pessoas que conseguem enxergar além da
cortina gritar, elas não conseguiriam que os demais brasileiros percebessem o
que se esconde por trás dessa cortina. É notório que com os intermináveis
avanços tecnológicos recebamos uma enxurrada de informações advindas de todos
os lados e com vários interesses, mas também sabemos que mais de 90% do
conteúdo disponível no mundo virtual é totalmente desprezível e todos tem a
possibilidade de fazer algum ruído, como o que estamos tentando produzir aqui
neste espaço: Lançando pensamentos e ideias. Voltemos até o inicio, para assim
poder encerrar este artigo. Vamos até o estudo de base deficitária, que sem ele
fica impossível de adquirirmos os parâmetros necessários para enxergar além da
Cortina Burra. E é com essa visão embaçada que finalizamos este artigo.
Fonte
e Sítios Consultados
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u1210511.shtml
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