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12 de janeiro de 2013

Escassez de mão de obra especializada no E-commerce brasileiro


E-commerce brasileiro procura profissionais. E não acha...



O levantamento ouviu empresas do setor que estão contratando e revelou que em 65% dos casos, os candidatos são despreparados para ocupar as vagas abertas. O comércio eletrônico caminha a passos largos no Brasil. No ano de 2012, o faturamento do setor tinha previsão de ultrapassar a marca de 22 bilhões de reais. Se a estimativa se confirmasse, a área iria experimentar um crescimento de 20% em relação às vendas do ano passado, muito superior ao tímido desempenho esperado do restante da economia nacional: 1,5%. O e-commerce nacional pode registrar outro recorde neste ano: 40 milhões de brasileiros (metade dos usuários de internet no país) devem fazer ao menos uma compra em uma das 30.000 lojas on-line existentes. E o mercado tem a previsão de ser aquecido mais ainda, pela chegada da Amazon, uma gigante americana do varejo eletrônico, o que deveria estar ocorrendo entre o fim de 2012 ou início de 2013.

Apesar de tantos indicadores positivos  e justamente por causa desse crescimento acelerado, é que  o comércio eletrônico já se ressente da falta de profissionais. É o que revela levantamento realizado pela e-bit, empresa que consolida dados do e-commerce nacional, em parceria com a Universidade Buscapé Company, do grupo Buscapé, e obtido com exclusividade por VEJA.com. A pesquisa ouviu 274 profissionais de pequenas e médias empresas de e-commerce de todo o Brasil, sendo que mais da metade delas tinha postos abertos para contratação imediata nos últimos seis meses. Contudo, a constatação mais importante do estudo preocupa: em 65% dos processos de seleção, os candidatos não estavam preparados para ocupar as vagas oferecidas.

O problema revelado pela amostragem é confirmado por companhias de todo porte e também analistas. Prejuízo para o setor? "É evidente", afirma Gerson Rolim, diretor de marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. "Projetos precisam ser paralisados ou atrasados, a inovação perde velocidade." A relativa escassez de mão de obra especializada é na análise da e-bit, fruto do crescimento acelerado do e-commerce no Brasil. "É um segmento relativamente novo, que demanda novas competências em intervalos de tempo muito curtos", diz Pedro Guasti, diretor geral do e-bit. Um bom exemplo disso é o cargo de gerência de mídia social, responsável por interagir com potenciais consumidores em perfis corporativos no Twitter, Facebook e YouTube. O posto mal existia em grande parte das empresas até dois anos atrás e agora já exige conhecimentos profundos sobre investimento em publicidade naquelas plataformas.

 Outro exemplo de demanda que se impõe às empresas é o chamado m-commerce: há um ano, as compras via celular eram irrisórias (em muitos casos ainda são), mas as empresas já sabem que é para lá que caminha o consumidor. Falar-se genericamente em e-commerce é como não falar nada. O setor se expandiu e fragmentou em várias subáreas específicas. Hoje, está dividido em dois grandes campos, técnico e de negócios, repartidos, por sua vez, em várias subdivisões. O primeiro campo engloba as funções de designer, desenvolvedor web e de plataformas móveis, enquanto o segundo fica com gerência de e-commerce, marketing digital, mídia social, logística, benchmarking, metadados e call center. Não é pouco. Devido à diversidade, os salários variam muito: segundo o último levantamento feito pelo Catho, serviço que reúne ofertas de empregos e currículos, relativo a 2012, a média dos vencimentos do setor vai de 800 reais (caso de auxiliares) a 16.400 (diretores).

 

Escassez de mão de obra especializada é reflexo do crescimento acelerado do e-commerce no Brasil


         Em um mercado que devia ultrapassar a marca de 22 bilhões de reais até o final de 2012, impressiona que em 65% dos processos de seleção os candidatos estão despreparados para ocupar as vagas. Os dados são de uma recente pesquisa realizada pela e-bit, empresa que consolida dados do e-commerce nacional, em parceria com a Universidade Buscapé Company, do grupo Buscapé. O levantamento foi realizado com 274 profissionais de pequenas e médias empresas de e-commerce de todo o Brasil. Segundo o último levantamento feito pelo Catho, serviço que reúne ofertas de empregos e currículos, a média dos salários do setor está entre R$ 800,00 reais (caso de auxiliares) a R$ 16 mil (diretores).

          Prejuízo para o e-commerce? Como esse mercado pode caminhar a passos tão largos no País e ao mesmo tempo possuir essa escassez de mão de obra especializada? Para responder essas perguntas, o especialista em e-commerce e diretor comercial da Eletrônica Santana, Rubens Branchini Martins pode ajudá-lo. Fonte: Rubens Branchini Martins, especialista em e-commerce e diretor comercial da Eletrônica Santana, empresa que está há 48 anos atuando no setor.

 


Falta profissional para área de E-commerce – (Loja Virtual)
 
Entre os postos abertos há oportunidades para praticamente todas as áreas de atuação em marketing, comunicação e vendas.

Rio de Janeiro – O aquecimento do comércio eletrônico brasileiro abre cada vez mais oportunidades para os profissionais. Hoje, no entanto, o mercado enfrenta o desafio de encontrar pessoas qualificadas para ocupar as vagas oferecidas, que pagam salários de até R$ 12 mil.

As escolas tradicionais de graduação e formação profissional ainda não conseguem formar profissionais para atender a crescente demanda, deixando a tarefa a cargo das empresas. Manter a sustentabilidade do negócio é outra dificuldade para os varejistas na internet. De acordo com uma pesquisa realizada pela Ecommerce School, entre janeiro e agosto de 2011, há 23 mil lojas virtuais no Brasil.

Mas, deste total, apesar do crescimento de 24% das vendas do e-commerce no primeiro semestre de 2011, em relação ao mesmo período anterior, de acordo com a e-bit, apenas 30% estão ativas, ou seja, investem em divulgação e realizam ao menos 10 vendas por mês. A estimativa é que, até 2014, o número chegue a 45 mil e a proporção de lojas ativas se mantenha.

Entre os principais obstáculos para o desenvolvimento ainda maior dos varejistas virtuais estão a falta de conhecimento e planejamento. “Um grande erro é a escolha da plataforma, que deve caber no orçamento e não gerar um custo fixo elevado. Hoje há desde opções gratuitas, até as que custam R$ 200 mil. Saber definir é fundamental para o sucesso”, conta Mauricio Salvador, fundador, coordenador e sócio da Ecommerce School, lembrando que é possível abrir uma loja online com menos de R$ 50,00 por mês.

 

Empreendedorismo domina o e-commerce brasileiro

Seguindo a perspectiva de 45 mil lojas em funcionamento até 2014, a previsão é que sejam gerados 34 mil empregos diretos e mais 50 mil indiretos no comércio eletrônico nacional no período. Entre os postos abertos há oportunidades para praticamente todas as áreas de atuação em marketing, comunicação e vendas, como diretores, gerentes, assistentes de e-commerce, analistas de métricas, links patrocinados, SEO, fotógrafos, designers, gerentes e analistas de marketing digital.

O próprio Google vem criando profissões, como analistas de métricas, de SEO e de links patrocinados. “Já os profissionais especializados em experiências dos usuários são importantes, para gerar conteúdo, fotos e vídeos online”, ressalta Salvador. A expansão das mídias sociais também demandará cada vez mais cargos específicos. Caso de gerentes, coordenadores e assistentes de mídias sociais, assim como diretores e coordenadores de conteúdo.

Mas, apesar do aumento de oportunidades oferecidas, o empreendedorismo impera no varejo eletrônico brasileiro e a baixa barreira financeira de entrada faz com que muitas pessoas abram lojas virtuais para revender produtos. Segundo o levantamento, 50% dos 282 profissionais de e-commerce entrevistados, em parceria com a e-bit, afirmaram ser sócio-proprietário das empresas.

Indicações são meio mais efetivo para contratação

O cenário de empreendedorismo também pode ser explicado pela dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. A maioria dos pesquisados (79%) afirmou que os profissionais não atendiam a todas as habilidades necessárias, enquanto 22% não sabiam onde encontrar currículos específicos. Para 20%, os salários pedidos eram mais altos do que poderiam oferecer e 9% dos candidatos já estavam empregados em outra empresa.

O profissional de e-commerce precisa ter uma visão geral do negócio e entender de tudo um pouco, desde a parte comercial, até a financeira, de operação e logística. Há muitos profissionais focados em apenas um assunto e as empresas acabam tendo de desenvolver outras habilidades nestas pessoas. Hoje, todos os profissionais de e-commerce em nível gerencial médio estão empregados, o que acaba gerando uma rotatividade no mercado”, conta o executivo da Ecommerce School.

Na hora de prospectar profissionais, as indicações ainda são o meio mais efetivo. Dos executivos que contrataram nos últimos seis meses, 64% chegaram aos candidatos por meio de amigos, parentes ou colegas de trabalho. As redes sociais vêm apresentando uma importância crescente: 11% encontraram os profissionais por meio de sites como LinkedIn e Twitter.

Salários acima de R$ 5 mil

Com o alto índice de rotatividade no mercado, a solução para manter um funcionário são os bônus mais agressivos no atingimento de metas, principalmente no caso de empresas de médio e grande portes. A pesquisa indicou que 21% dos profissionais de e-commerce recebem entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, 19% entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, 7% de R$ 8 mil a R$ 12 mil e 8% acima de R$ 12 mil. A maior parte (28%), no entanto, recebe entre R$ 1 mil e R$ 3 mil e 5% chegam a ganhar menos de R$ 1 mil.

Em relação ao grau de entendimento dos gerentes de e-commerce, o atendimento ao cliente é a atividade mais dominada pelos profissionais, com 21% tendo afirmado ter “muito conhecimento”. Em seguida, aparecem técnicas de vendas (20%) e marketing digital (19%). O atendimento também é considerado como uma atividade prioritária para quem deseja trabalhar como gerente de e-commerce, citado por 79% como “muito importante” e 14% como “importante”.

Os profissionais de e-commerce consideram muito importante ter conhecimentos no atendimento ao cliente e no marketing digital. Por outro lado, quando avaliamos as atividades que mais conheciam, a parte de expedição, logística e gestão financeira mostrou-se uma fraqueza, o que acaba se refletindo no mundo real. Hoje, o maior índice de reclamações no e-commerce é por causa de “logística”, lembra Salvador, autor do livro “Como abrir uma loja virtual de sucesso”.

 

Fonte e Sítios Consultados


http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=3951&pi=1> pesquisa em 12/01/2013


 

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