E-commerce brasileiro procura profissionais. E não acha...
O levantamento ouviu
empresas do setor que estão contratando e revelou que em 65% dos casos,
os candidatos são despreparados para ocupar as vagas abertas. O comércio
eletrônico caminha a passos largos no Brasil. No ano de 2012, o faturamento do
setor tinha previsão de ultrapassar a marca de 22 bilhões de reais. Se a estimativa
se confirmasse, a área iria experimentar um crescimento de 20% em relação às
vendas do ano passado, muito superior ao tímido desempenho esperado do restante
da economia nacional: 1,5%. O e-commerce nacional pode registrar outro recorde
neste ano: 40 milhões de brasileiros (metade dos usuários de internet no país)
devem fazer ao menos uma compra em uma das 30.000 lojas on-line existentes. E o
mercado tem a previsão de ser aquecido mais ainda, pela chegada da Amazon, uma gigante americana
do varejo eletrônico, o que deveria estar ocorrendo entre o fim de 2012 ou
início de 2013.
Apesar de tantos
indicadores positivos e justamente por
causa desse crescimento acelerado, é que o
comércio eletrônico já se ressente da falta de profissionais. É o que revela
levantamento realizado pela e-bit, empresa que consolida dados do e-commerce
nacional, em parceria com a Universidade Buscapé Company, do grupo Buscapé, e
obtido com exclusividade por VEJA.com. A pesquisa ouviu 274 profissionais de
pequenas e médias empresas de e-commerce de todo o Brasil, sendo que mais da
metade delas tinha postos abertos para contratação imediata nos últimos seis
meses. Contudo, a constatação mais importante do estudo preocupa: em 65% dos
processos de seleção, os candidatos não estavam preparados para ocupar as vagas
oferecidas.
O problema revelado pela
amostragem é confirmado por companhias de todo porte e também analistas.
Prejuízo para o setor? "É evidente", afirma Gerson Rolim, diretor de
marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. "Projetos precisam
ser paralisados ou atrasados, a inovação perde velocidade." A relativa
escassez de mão de obra especializada é na análise da e-bit, fruto do
crescimento acelerado do e-commerce no Brasil. "É um segmento
relativamente novo, que demanda novas competências em intervalos de tempo muito
curtos", diz Pedro Guasti, diretor geral do e-bit. Um bom exemplo disso é
o cargo de gerência de mídia social, responsável por interagir com potenciais
consumidores em perfis corporativos no Twitter, Facebook e YouTube. O posto mal
existia em grande parte das empresas até dois anos atrás e agora já exige
conhecimentos profundos sobre investimento em publicidade naquelas plataformas.
Outro exemplo de demanda que se impõe às
empresas é o chamado m-commerce: há um ano, as compras via celular eram
irrisórias (em muitos casos ainda são), mas as empresas já sabem que é para lá
que caminha o consumidor. Falar-se genericamente em e-commerce é como não falar
nada. O setor se expandiu e fragmentou em várias subáreas específicas. Hoje,
está dividido em dois grandes campos, técnico e de negócios, repartidos, por
sua vez, em várias subdivisões. O primeiro campo engloba as funções de
designer, desenvolvedor web e de plataformas móveis, enquanto o segundo fica
com gerência de e-commerce, marketing digital, mídia social, logística,
benchmarking, metadados e call center. Não é pouco. Devido à diversidade, os
salários variam muito: segundo o último levantamento feito pelo Catho, serviço
que reúne ofertas de empregos e currículos, relativo a 2012, a média dos
vencimentos do setor vai de 800 reais (caso de auxiliares) a 16.400
(diretores).
Escassez de mão de obra especializada é reflexo do crescimento acelerado do e-commerce no Brasil
Em um mercado que devia ultrapassar a marca de 22 bilhões de reais até o final de 2012, impressiona que em 65% dos processos de seleção os candidatos estão despreparados para ocupar as vagas. Os dados são de uma recente pesquisa realizada pela e-bit, empresa que consolida dados do e-commerce nacional, em parceria com a Universidade Buscapé Company, do grupo Buscapé. O levantamento foi realizado com 274 profissionais de pequenas e médias empresas de e-commerce de todo o Brasil. Segundo o último levantamento feito pelo Catho, serviço que reúne ofertas de empregos e currículos, a média dos salários do setor está entre R$ 800,00 reais (caso de auxiliares) a R$ 16 mil (diretores).
Prejuízo para o
e-commerce? Como esse mercado pode caminhar a passos tão largos no País e ao
mesmo tempo possuir essa escassez de mão de obra especializada? Para responder
essas perguntas, o especialista em e-commerce e diretor comercial da Eletrônica
Santana, Rubens Branchini Martins pode ajudá-lo. Fonte: Rubens Branchini
Martins, especialista em e-commerce e diretor comercial da Eletrônica Santana,
empresa que está há 48 anos atuando no setor.
Falta
profissional para área de E-commerce – (Loja Virtual)
Entre os postos abertos há oportunidades para
praticamente todas as áreas de atuação em marketing, comunicação e vendas.
Rio de Janeiro – O aquecimento do comércio
eletrônico brasileiro abre cada vez mais oportunidades para os profissionais.
Hoje, no entanto, o mercado enfrenta o desafio de encontrar pessoas
qualificadas para ocupar as vagas oferecidas, que pagam salários de até R$ 12
mil.
As escolas tradicionais de
graduação e formação profissional ainda não conseguem formar profissionais para
atender a crescente demanda, deixando a tarefa a cargo das empresas. Manter a
sustentabilidade do negócio é outra dificuldade para os varejistas na internet.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Ecommerce School, entre janeiro e
agosto de 2011, há 23 mil lojas virtuais no Brasil.
Mas, deste total, apesar do
crescimento de 24% das vendas do e-commerce no primeiro semestre de 2011, em
relação ao mesmo período anterior, de acordo com a e-bit, apenas 30% estão
ativas, ou seja, investem em divulgação e realizam ao menos 10 vendas por mês.
A estimativa é que, até 2014, o número chegue a 45 mil e a proporção de lojas
ativas se mantenha.
Entre os principais obstáculos
para o desenvolvimento ainda maior dos varejistas virtuais estão a falta de
conhecimento e planejamento. “Um grande erro é a escolha da plataforma, que
deve caber no orçamento e não gerar um custo fixo elevado. Hoje há desde opções
gratuitas, até as que custam R$ 200 mil. Saber definir é fundamental para o
sucesso”, conta Mauricio Salvador, fundador, coordenador e sócio da Ecommerce
School, lembrando que é possível abrir uma loja online com menos de R$ 50,00
por mês.
Empreendedorismo domina o e-commerce brasileiro
Seguindo a perspectiva de 45 mil
lojas em funcionamento até 2014, a previsão é que sejam gerados 34 mil empregos
diretos e mais 50 mil indiretos no comércio eletrônico nacional no período. Entre
os postos abertos há oportunidades para praticamente todas as áreas de atuação
em marketing, comunicação e vendas, como diretores, gerentes, assistentes de
e-commerce, analistas de métricas, links patrocinados, SEO, fotógrafos,
designers, gerentes e analistas de marketing digital.
O próprio Google vem criando
profissões, como analistas de métricas, de SEO e de links patrocinados. “Já os
profissionais especializados em experiências dos usuários são importantes, para
gerar conteúdo, fotos e vídeos online”, ressalta Salvador. A expansão das
mídias sociais também demandará cada vez mais cargos específicos. Caso de
gerentes, coordenadores e assistentes de mídias sociais, assim como diretores e
coordenadores de conteúdo.
Mas, apesar do aumento de
oportunidades oferecidas, o empreendedorismo impera no varejo eletrônico
brasileiro e a baixa barreira financeira de entrada faz com que muitas pessoas
abram lojas virtuais para revender produtos. Segundo o levantamento, 50% dos
282 profissionais de e-commerce entrevistados, em parceria com a e-bit, afirmaram
ser sócio-proprietário das empresas.
Indicações são meio mais efetivo para contratação
O cenário de empreendedorismo
também pode ser explicado pela dificuldade em encontrar mão de obra
qualificada. A maioria dos pesquisados (79%) afirmou que os profissionais não
atendiam a todas as habilidades necessárias, enquanto 22% não sabiam onde
encontrar currículos específicos. Para 20%, os salários pedidos eram mais altos
do que poderiam oferecer e 9% dos candidatos já estavam empregados em outra
empresa.
O profissional de e-commerce
precisa ter uma visão geral do negócio e entender de tudo um pouco, desde a
parte comercial, até a financeira, de operação e logística. Há muitos
profissionais focados em apenas um assunto e as empresas acabam tendo de
desenvolver outras habilidades nestas pessoas. Hoje, todos os profissionais de
e-commerce em nível gerencial médio estão empregados, o que acaba gerando uma
rotatividade no mercado”, conta o executivo da Ecommerce School.
Na hora de prospectar profissionais,
as indicações ainda são o meio mais efetivo. Dos executivos que contrataram nos
últimos seis meses, 64% chegaram aos candidatos por meio de amigos, parentes ou
colegas de trabalho. As redes sociais vêm apresentando uma importância
crescente: 11% encontraram os profissionais por meio de sites como LinkedIn e
Twitter.
Salários acima de R$ 5 mil
Com o alto índice de rotatividade
no mercado, a solução para manter um funcionário são os bônus mais agressivos
no atingimento de metas, principalmente no caso de empresas de médio e grande
portes. A pesquisa indicou que 21% dos profissionais de e-commerce recebem
entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, 19% entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, 7% de R$ 8 mil a R$
12 mil e 8% acima de R$ 12 mil. A maior parte (28%), no entanto, recebe entre
R$ 1 mil e R$ 3 mil e 5% chegam a ganhar menos de R$ 1 mil.
Em relação ao grau de
entendimento dos gerentes de e-commerce, o atendimento ao cliente é a atividade
mais dominada pelos profissionais, com 21% tendo afirmado ter “muito
conhecimento”. Em seguida, aparecem técnicas de vendas (20%) e marketing
digital (19%). O atendimento também é considerado como uma atividade
prioritária para quem deseja trabalhar como gerente de e-commerce, citado por
79% como “muito importante” e 14% como “importante”.
Os profissionais de e-commerce
consideram muito importante ter conhecimentos no atendimento ao cliente e no
marketing digital. Por outro lado, quando avaliamos as atividades que mais
conheciam, a parte de expedição, logística e gestão financeira mostrou-se uma
fraqueza, o que acaba se refletindo no mundo real. Hoje, o maior índice de
reclamações no e-commerce é por causa de “logística”, lembra Salvador, autor do
livro “Como abrir uma loja virtual de sucesso”.
Fonte e
Sítios Consultados
http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=3952&pi=1>
pesquisa em 12/01/2013
http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=3951&pi=1> pesquisa em 12/01/2013
http://agenciadas.com.br/falta-profissional-para-area-de-e-commerce-loja-virtual> pesquisa em 12/01/2013
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