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19 de fevereiro de 2013

Maquiavel, o Principe!


 
                 












O Príncipe de Maquiavel
 
Resumo  Capítulo 1:

 Os vários tipos de Estado, e como são instituídos.

Apresenta dois tipos de principados o hereditário e o adquirido, e aponta quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.

"Os principados ou são hereditários, quando por muitos anos os governantes pertencem à mesma linhagem, ou foram fundados recentemente."  


Capítulo 2: As monarquias hereditárias

Neste Capítulo Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um Estado novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem.

"[...] a dificuldade de se manter Estados herdados cujos súditos são habituados a uma família reinante é muito menor do que a oferecida pelas monarquias novas. Basta para isso evitar transgredir os costumes tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas."

 Se um Príncipe conquista determinado Estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de o povo revoltar-se contra ele, o que pode gerar conspirações apoiadas pela grande massa o povo. Deste modo, o Príncipe respeitando a cultura local, se manterá no poder; a menos que, como diz Maquiavel, uma força excepcional o derrube, porém, se tal fato ocorrer, poderá reconquistá-lo na primeira oportunidade oferecida pelo usurpador.
Maquiavel ainda fala que na medida em que o soberano não ofende seus súditos e não mostra motivos para o povo odiá-lo, estes o quererão bem, e mais:
"[...] qualquer alteração na ordem das coisas prepara sempre o caminho para outras mudanças, mas num longo reinado os motivos e as lembranças das inovações vão sendo esquecidos."

 Quando o povo vive do seu modo, com seus costumes e sendo respeitado pelo monarca, este se acomoda de tal forma que as lembranças, os desejos de mudanças vão sendo postos em esquecimento.
 

Capítulo 3: As monarquias mistas
Maquiavel mostra neste Capítulo que o povo tem sempre o desejo de mudança, desejo de melhoria; as pessoas, segundo Maquiavel, mudam com grande facilidade de governantes esperando tal mudança, que, no pensar de Maquiavel, é sempre para pior.

 Para ele, o Príncipe sempre precisará do favor dos habitantes de um território para poder dominá-lo. A imposição do novo governo ou provocações vindas dos soldados do monarca, ou outros motivos, podem gerar injúrias no povo, gerando, assim, inimigos para o Príncipe   que são as pessoas ofendidas com a ocupação do seu território.
"[...] depois de conquistado uma segunda vez, os territórios rebeldes não voltam a ser perdidos com a mesma facilidade. A própria rebelião faz com que o monarca se sinta inclinado a fortalecer sua posição punindo os rebeldes, desmascarando os suspeitos, revigorando seus pontos fracos."

 Quando se é conquistado um território de mesma região e língua, é mais fácil de dominá-lo do que se não os fosse, ainda mais se este povo não estiver habituado com a liberdade. O novo Príncipe deve extinguir toda a linhagem de seus antigos governantes, mas não pode deixar que houvesse divergência de costumes; deve também o Príncipe fazer a manutenção das leis e dos tributos.

Ao se conquistar uma província com língua, leis e costumes diferentes, um dos meios mais seguros, segundo Maquiavel, é que o monarca vá pessoalmente habitá-lo. Estando o soberano presente, os distúrbios serão logo percebidos e rapidamente corrigidos.  Outra forma seria de se estabelecer colônias em um ou dois lugares estratégicos na província, tomando as casas das pessoas que vivem neste local por ser uma pequena parte da população, em nada representarão perigo ao monarca. A grande maioria da população também não fará mal ao Príncipe , ao contrário, se sentirá grata pelo fato de o monarca os deixar em paz e não quererão ofender o soberano.

 Disse Maquiavel: Note-se que é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Eles se vingarão de pequenas injurias, mas não poderão vingar-se de agressões graves; por isso, só podemos injuriar alguém se não temermos sua vingança.

 O Príncipe de um território estrangeiro deve liderar e defender seus vizinhos mais fracos e procurar debilitar os mais poderosos. Não há dificuldade para se conquistar um território onde movidos pela inveja dos que tinham o poder os habitantes menos poderosos apoiam o invasor; porém deve-se ter cuidado para que estes não adquiram poder e autoridade em demasia.

 Disse Maquiavel: ... as guerras não podem se evitadas e que, quando adiadas, só trazem benefícios para o inimigo.  A guerra é inevitável, então, quando se tem a oportunidade de enfrentar o inimigo, deve-se enfrentá-lo, quanto mais se adia uma batalha, mais o inimigo fica preparado, portanto, adiar uma guerra só traz sempre prejuízos ao monarca.







 





Capítulo 4: Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste, após a sua morte


 Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um Príncipe  e seus assistentes; ou por um Príncipe e vários barões, esses barões são ligados ao Príncipe por laços de natural afeição. Estes que estão de junto ao Príncipe, são os nobres, os prestigiados; mas dentre esses sempre há quem aspire por inovações. Estes podem abrir caminho para um invasor tomar o poder, facilitando sua vitória, vê-se assim que depois não bastará aniquilar apenas família do Príncipe, mas também os nobres que estarão sempre prontos a liderar novas revoluções.


 


Capítulo 5: O modo de governar as cidades ou Estados que antes de conquistados tinham suas próprias leis


 Ao se dominar um Estado acostumado com a liberdade, e com suas próprias leis, Maquiavel mostra três formas e mantê-lo: primeira, arruinando-o; segunda, habitando-o (ver Capítulo III); terceira, permitindo-lhe que viva seguindo suas próprias leis, pondo-lhe tributos e pondo ali um governo de poucas pessoas que sejam mantidas amigas.


 "[...] a cidade habituada à liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio dos seus cidadãos do que de qualquer outra, desde se queira preservá-la."


Quem se torna o senhor de uma cidade livre, e não aniquila, pode esperar ser destruído por ela, pois sempre haverá motivo para rebelião em nome da liberdade perdida e das suas eventuais tradições, que nem o curso do tempo nem os benefícios conseguem apagar.


 Por isso se diz que é melhor respeitar os costumes do território conquistado, ou então, destruí-lo. Sempre estarão na mente do povo seus antigos costumes, e, mais cedo ou mais tarde estes se revoltarão contra o que está sendo imposto, e não haverá benefício ou tempo, como disse Maquiavel, que os faça esquecer, ainda mais se o povo estiver junto.


 Quando um estado está habituado a viver sob o governo de uma linhagem de Príncipes que tenha sido extinta, seu povo não entrará em acordo para a escolha de um soberano; assim é fácil, pois, dominá-los, pois este povo não sabe viver em liberdade.


 "Nas repúblicas, por outro lado, há mais firmeza, brio, maior ódio, e desejo de vingança; não poderão abandonar a memória de sua antiga liberdade. Assim, o meio mais seguro de dominá-las será devastá-las, ou nelas habitar."


 Esses ensinamentos de Maquiavel nos mostram que o Príncipe, sempre mais que tudo, deve manter o povo, diríamos talvez que, inconsciente, enganados com a situação de que tudo está bem e de que o Príncipe é bom; quando não se pode dar essas impressões ao povo segundo Maquiavel deve-se aniquilá-lo para que o poderio do monarca continue, pois caso o contrário, o povo se revoltará, derrubando o monarca.


 ‘Assim o monarca deve sempre procurar estar bem com o povo, pois este último tendo consciência ou não, é sempre a força maior; apesar de sempre ser a classe inferior. O que seria de um reino sem povo? Quem pagaria os tributos? Quem trabalharia pra sustentar os luxos do Príncipe? Quem seria governado? O Príncipe só é Príncipe quando tem quem governar.


 


Capítulo 6: Os novos domínios conquistados com valor e com as próprias armas


Os homens sempre procuram seguir os caminhos percorridos por outrem, pondo em prática seus atos que deram certo e evitando praticar seus passos que não deram certo. Os que se tornam Príncipes   por seu próprio valor e com suas próprias armas, se tornam Príncipes com dificuldade, mas mantêm facilmente seu poder. Segundo Maquiavel, as dificuldades se originam em parte nas inovações que são obrigados a introduzir para organizar seu governo com segurança.


 "Vale lembrar que não há nada mais difícil de executar e perigoso e manejar (e de êxito mais duvidoso) do que a instituição de uma nova ordem de coisas. Quem toma tal iniciativa suscita a inimizade de todos os que são beneficiados pela ordem antiga, e é defendido tibiamente por todos os que seriam beneficiados pela nova ordem alta de calor que se explica em parte pelo medo dos adversários, quem têm as leis do seu lado, e em parte pela incredulidade dos homens."


 Quanto a isso, Maquiavel diz que a natureza dos povos é lábil: é fácil persuadi-los de uma coisa, mais é difícil que mantenham sua opinião. E que convém ordenar tudo de modo que, quando não mais acreditarem, se lhes possa fazer crer pela força.


 Quem com suas próprias armas consegue algo, valoriza mais do quem conquista com armas alheias.


 


Capítulo 7: Os novos domínios conquistados com as armas alheias e boa sorte


Quem chega ao poder em troca de dinheiro ou pela graça alheia, com muita dificuldade manter-se-á no poder. Só com muito engenho e valor poderá se manter.




"Além disso, os Estados criados subitamente como tudo o mais que na natureza nasce e cresce com rapidez não podem ter raízes sólidas, profundas e ramificadas, de modo que a primeira tempestade os derruba. A não ser que, conforme já disse, a pessoa que chegou ao poder tenha tanta virtude que saiba conservar o que a sorte lhe concedeu tão de súbito, estabelecendo, em seguida, as bases que os outros precisam erigir antes de se tornarem Príncipes."


 Chegar ao poder dessa forma, é chegar despreparado, sem raízes; quem não cuidar de procurar se estabilizar, valorizar, tornar-se astuto, perderá o Estado. Ou no caso se é possível prever, se deve suprir essas carências bem antes.


 


 Capítulo 8: Os que com atos criminosos chegaram ao governo de um Estado


Maquiavel cita dois exemplos de pessoas que se tornaram Príncipes por meio do crime, o primeiro, o de Agátocles após tantas traições e tão grande crueldade que além de ter obtido êxito na conquista, conseguiu se manter no poder por muito tempo; Maquiavel explica esse fato ao de que Agátocles usou da crueldade apenas uma vez: para chegar ao poder. Chegando ele lá, foi diminuindo sua crueldade de modo a ser querido por seu povo.


 O segundo exemplo é o de Oliverotto de Fermo que com tamanha crueldade chegou ao poder, e lá se manteve cruel, o que fez com que pouco tempo depois, este fosse derrubado do poder e morto por César Borgia, juntamente com seu mestre em virtudes e atrocidades Vitellozzo.


  "Não se pode, contudo, achar meritório o assassínio dos seus compatriotas, a traição dos amigos, a conduta sem fé, piedade e religião; são métodos que podem conduzir ao poder, mas não à glória."




"[...] ao tomar um Estado, o conquistador deve definir todas as crueldades que necessitará cometer, e praticá-las todas de uma vez evitando ter de repeti-las a cada dia; assim tranquilizará o povo, ao não renovar as crueldades, seduzindo-o depois com benefícios. Quem agir diferentemente, [...], estará obrigado a estar sempre de arma em punho, e nunca poderá confiar em seus súditos, que devido às contínuas injúrias, não terão confiança no governante."


 
"Os benefícios, por sua vez, devem ser concedidos gradualmente, de forma que sejam mais bem apreciados."
 


O Príncipe deve sempre agir pensando no povo, pois na verdade é o povo quem detêm o poder e a força. Com um monarca cruel, o povo se torna amedrontado e injuriado, acabando por se reunir e destruir seu poderio. Porém quando os benefícios vêm, o povo se sente feliz e quer bem o monarca, o que diminui consideravelmente a possibilidade de conspiração.



Capítulo 9: O governo civil


Na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão se torna soberano pelo favor de seus concidadãos.


 "O governo é instituído pelo povo ou pela aristocracia, conforme haja oportunidade para um ou para a outra. Quando os ricos percebem que não podem resistir à pressão da massa, unem-se, prestigiando um dos seus e fazendo-o Príncipe, de modo a poder perseguir seus propósitos à sombra da autoridade soberana. O povo, por outro lado, quando não pode resistir aos ricos, procura exaltar e criar um Príncipe dentre os seus que o proteja com sua autoridade."


 A dificuldade é maior de manter-se no poder o Príncipe que chegou ao poder através da aristocracia do que o que chegou através do povo, pois a aristocracia se considera igual ao monarca, sendo que o soberano não pode assim dirigi-los ou ordenar em tudo que lhe apraz.


 A aristocracia quer oprimir; e o povo apenas não quer ser oprimido. Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima do povo, isso será conseguido o protegendo. O povo é quem está com o Príncipe na adversidade, quem o povo está com ele, é difícil derrubá-lo do poder.


 
Capítulo 10: Como avaliar a força dos Estados


É examinada a situação do Príncipe, se este, em caso de ataque, pode reunir um exército suficiente, e defender-se; ou se não, este não podendo combater, é forçado a refugiar-se no interior de seus muros, ficando na defensiva.


 "Portanto, o Príncipe que é senhor de uma cidade poderosa, e não se faz odiar, não poderá ser atacado; ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada."


O povo tem enorme influencia para definir o a força de um Estado; se o povo estiver ao lado do Príncipe, mesmo que um dominador consiga tomar o lugar do Príncipe, não se dará bem, pois o povo se levantará contra ele.










Capítulo 11: Os Estados eclesiásticos


Estados conquistados com o mérito ou com a sorte, porém estes não são necessários para conservá-lo, pois são sustentados por antigos costumes religiosos.




"Tão fortes e de tal qualidade são estes que permitem aos Príncipes se manterem no poder qualquer que seja sua conduta e modo de vida. Só esses Príncipes podem ter estados sem defendê-los e súditos sem governá-los; e seus estados, mesmo sem ser defendidos, não lhes são tomados."


Mesmo que chegue um dominador e tente colocar tal estado sob seu poder, se o povo se mantiver unido, este não obterá êxito em sua empreitada; os costumes são fortes e mantêm o povo unido.


 


Capítulo 12: Os diferentes tipos de milícia e de tropas mercenárias


Na ótica maquiaveliana, a base principal de um Estado são boas leis e bons exércitos. Há três tipos de tropas, são elas, próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas. Sendo as mercenárias e as auxiliares prejudiciais e perigosas.


 Os soldados mercenários são covardes, seu único motivo pra lutar é o salário, que nunca é o suficiente para que morram pelo Príncipe numa batalha. São dispostos ao Príncipe em tempos de paz, mas ao chegar à guerra, o abandonam.


"E a experiência demonstra que só os Príncipes e as republicas armadas obtêm grandes progressos, pois as forças mercenárias só sabem causar danos; e também que uma republica que tenha exercito próprio se submeterá mais dificilmente ao domínio de um dos seus cidadãos do que uma republica com armas mercenárias."


Os mercenários pensam em si e no que vão ganhar, não no êxito do monarca. O melhor sempre é usar suas próprias armas. A vitória obtida através da força e armas alheias não é uma vitoria genuína.


 


Capítulo 13: Forças auxiliares, mistas e nacionais


Maquiavel iguala as forças auxiliares com as mercenárias: são inúteis. As tropas auxiliares podem até ser em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas para os que delas se valem se são vencidas, isto representa uma derrota; se vencem, aprisionam quem as utiliza.


 Quanto às tropas mistas, Maquiavel diz sê-las mais eficazes que as compostas inteiramente de mercenários ou auxiliares, mas são muito inferiores que um exército inteiramente nacional.


 "Um Príncipe prudente, por conseguinte, evitará sempre tais milícias, recorrendo a seus próprios soldados; preferirá ser derrotado com suas próprias tropas a vencer com tropas alheias, vitória que não se pode considerar genuína."


 "Em conclusão, nenhum Príncipe pode ter segurança sem seu próprio exército, pois, sem ele, dependerá inteiramente da sorte, sem meios confiáveis de defesa, quando surgirem dificuldades."


Assim como ocorreu com Davi quando Saul o ofereceu sua armadura para que enfrentasse Golias, e Davi preferiu ir com sua funda e um punhal, pois com a armadura de Saul são poderia dar o melhor de si. No entanto as armas alheias nos sobrecarregam e limitam, isso quando não falham. Portanto, o seguro mesmo é ter seu próprio exército e suas próprias armas.


 


Capítulo 14: Os deveres do Príncipe para com as milícias


O Capítulo inicia mostrando o objetivo ou pensamento principal de um Príncipe, que além da guerra, é também as leis e a disciplina. Esta é a única arte que se espera de quem comanda. Quem negligencia a arte da guerra, perde a consideração e o principal, o Estado.


 A caça é indicada por Maquiavel como um ato a ser sempre praticado pelos soldados, para que estes se habituem à natureza das regiões, a posição das montanhas, a abertura dos vales, aos rios, pântanos...


 "A fim se exercitar o espírito, o Príncipe deve estudar a historia e as ações dos grandes homens; ver como se conduziram na guerra, examinar as razões das suas vitorias e derrotas, para imitar as primeiras e evitar as ultimas."


 Estes são os deveres do Príncipe que nunca deve se acomodar, mesmo nos tempos de paz, mas sempre estar preocupado para que suas tropas estejam em forma quando a sorte mudar, pois como foi dito no Capítulo 3, as guerras não podem ser evitadas.


 


Capítulo 15: As razões pelas quais os homens, especialmente os Príncipes, são louvados ou vituperados


É citado que levando em conta os Príncipes, uns são tidos como liberais, outros por miseráveis; um, generoso, o outro ávido; um, cruel, o outro misericordioso; um, perjuro, o outro fiel; um, efeminado e pusilânime, o outro bravo e corajoso; humanitário ou altaneiro; lascivo ou casto; franco ou astuto; difícil ou fácil; serio ou frívolo; religioso ou incrédulo...


 Maquiavel reconhece que o ser humano não possui a capacidade de ter todas as qualidades acima enumeradas, então, faz-se necessário que o Príncipe tenha a prudência para evitar o escândalo provocado pelos vícios que poderiam abalar seu reinado, evitando os outros se for possível; se não for, poderá praticá-los com menores escrúpulos. Diz ainda Maquiavel:


"Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons. É necessário, portanto, que o Príncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessário."




O Príncipe pode até aparentar ter todas as qualidades acima citadas, mas tê-las realmente já poderia tornar-se prejudicial; por isso é necessário que o Príncipe haja de acordo com o momento. Se for necessário usar de bondade, que use; se preciso for a crueldade, que use.


 


Capítulo 16: A liberalidade e a parcimônia


A liberalidade deve ser praticada de modo apropriado, não sendo reconhecida. Um Príncipe liberal gastará todo o seu tesouro, o que o fará impor pesados impostos ao povo, o que o fará ser odiado pelos seus súditos. E ainda pouco estimado por ter se tornado pobre. E se o Príncipe quiser corrigir sua liberalidade será passado imediatamente por miserável.


 "[...] o Príncipe não se deve incomodar de ser tido como miserável, para não ter de onerar demais os súditos, para poder defender-se e para não tornar-se pobre e desprezado, [...]"




Maquiavel nos mostra neste capitulo que para aquele que já é Príncipe a liberalidade é prejudicial, mas para aquele que está a caminho de ser, ser tido como liberal é necessário. É necessário para o Príncipe que esteja à frente do exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia. Esbanjar as riquezas alheias não diminui a reputação do Príncipe, mas sim a ergue; apenas esbanjar os próprios recursos que prejudica. E o mais importante é que o Príncipe não seja odiado ou desprezado; a liberalidade leva a uma dessas condições.


 


Capítulo 17: A crueldade e a clemência. Se for preferível ser amado ou temido


Todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.


 Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo.


 "Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha."


 Quando o Príncipe está à frente do exército deve manter a fama de cruel, ou caso o contrario, o monarca não conseguirá comandar com êxito.


O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é imposto; sendo assim o Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade alheia.


 


 Capítulo 18: A conduta dos Príncipes e a boa-fé


É esperado de um Príncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o Príncipe pode agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais.


 Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o Príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas.


 "[...] é bom ser e parecer piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso; mas é preciso ter a capacidade de se converter aos atributos opostos, em caso de necessidade."


 De certo que se não consiga ter todas as qualidades acima citadas, é bom aparentar tê-las; nada é mais necessário do que a aparência da religiosidade. Por tanto:


 "Todos veem nossa aparência, poucos sentem o que realmente somos, e estes poucos não ousarão opor-se à maioria que tenha a majestade do Estado a defendê-la."


 O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade.


 


Capítulo 19: Como se pode evitar o desprezo e o ódio


Os Príncipes devem tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo.


 Os Príncipes devem se acautelar contra duas coisas: seus súditos e as potências estrangeiras. Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos; contra as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador só executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo.


 "Em poucas palavras, do lado do conspirador estão o medo, os ciúmes, as suspeitas, o receio do castigo; do lado do Príncipe há a majestade do poder, as leis, a proteção oferecida pelos amigos e pelo Estado. Quando a esses fatores se acrescenta a estima do povo, é impossível que alguém cometa a temeridade de conspirar."


 Os Príncipes  sábios tentam sempre não aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se fazer isso deixando reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos isso pra eles é estima, todavia o monarca deve ele mesmo fazer os favores. O Príncipe deve sempre tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilize.


 Sempre o que conta para o Príncipe  é o que seus súditos sentem por ele; se o povo sente ódio ou desprezo, e ainda por cima, não o temem, o Estado será perdido facilmente.


 


Capítulo 20: A utilidade de construir fortalezas e de outras medidas que os Príncipes adotam com frequência


Quando um Príncipe novo chega ao poder deve armar seus súditos, o que lhes imporá que o Príncipe lhes tem confiança, eles assim se tornam leais e os que já eram leais irão manter a  sua lealdade. Se o Príncipe novo desarma seus súditos, lhes imporá que não lhes tem confiança, o que provoca ódio contra o soberano.


 Todavia se um Príncipe adquire um Estado o adicionando ao seu, é necessário que o desarme, com exceção dos habitantes que estiveram do seu lado na conquista; mesmo esses são necessários que lhes seja cortada à ousadia, arranjando as coisas de modo que o poder militar do novo domínio fique nas mãos de soldados que viviam no Estado antigo, junto ao Príncipe.


 Disse Maquiavel: ... O Príncipe   sábio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasião para tal, de modo a incrementar sua grandeza superando esse obstáculo.


Quanto às fortalezas, se o Príncipe teme seus súditos mais do que os estrangeiros, deve construí-las; em caso contrário, não. Maquiavel: ... a melhor fortaleza é a construída sobre a estima dos súditos, pois as fortificações não salvarão um Príncipe odiado pelo povo.


 


Capítulo 21: Como deve agir um Príncipe para ser estimado


Nada faz com que um Príncipe seja mais estimado do que os grandes empreendimentos e os altos exemplos que dá.


 Em cada ação o Príncipe deve procurar atrair fama de grandeza e excelência. Sendo que quando algum cidadão faz algo extraordinário, bom ou ruim, o Príncipe deve lhe dar um recompensa ou uma punição que seja amplamente comentada pelo povo. Castigos e recompensas devem estar em perfeito equilíbrio; um superior não pode valer-se apenas de um ou de outro.


 É elevada a estima de um Príncipe que age como amigo ou inimigo declarado, não ficando em neutralidade quando dois de seus vizinhos poderosos estão em guerra.


 "O que não é amigo pedirá sempre a neutralidade, e o amigo solicitará uma decisão, e a entrada na guerra. Os Príncipes inseguros preferem geralmente permanecer neutros, pensando evitar perigos presentes, o que o mais das vezes os arruína."


 Quando o Estado que o Príncipe   apoiou vence, é estabelecido um vinculo forte de amizade e gratidão por parte desse Estado. Contudo quando o Estado apoiado perde, este sempre ajudará e protegerá enquanto puder seu companheiro de uma sorte que poderá mudar.


 O Príncipe não deve nunca aliar-se a alguém poderoso para causar dano a outrem, a não ser quando for necessário, pois se o aliado vence, o Príncipe fica sujeito ao seu poder.


Os Príncipes devem honrar os que são ativos, melhorando seu Estado. Deve-se entreter o povo com festas e espetáculos em certas épocas; e também o Príncipe dever estar uma vez ou outra em contato com os membros de subgrupos do Estado, mas sempre mantendo sua dignidade majestosa.


 Com isso o povo terá sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estará ao seu lado.


 


Capítulo 22: Os ministros dos Príncipes


Para conhecer um Príncipe, basta tomar conhecimento dos homens que o cercam, eles causam a primeira impressão do monarca. O monarca sábio escolhe bem seus ministros.


 Maquiavel distingue três tipos de mente: um compreende as coisas por si; o segundo compreende as coisas demonstradas por outrem; o terceiro nada consegue discernir, nem só, sem com a ajuda dos outros. O primeiro tipo é o melhor de todo; a segunda também é muito boa, mas a terceira é inútil.


 "Toda vez que o Príncipe tem o discernimento para reconhecer o bem e o mal naquilo que se faz ou diz (mesmo que não apresente originalidade de intelecto), identificará as obras boas ou más do seu ministro, corrigindo algumas e incentivando outras."


 O ministro que procura sempre em todas as suas ações seu próprio interesse nunca será um bom ministro, não merecendo confiança. Quem é ministro nunca deve pensar em si próprio, mas sim no monarca. Para assegurar a fidelidade do ministro, o Príncipe deve honrá-lo e enriquecê-lo, fazendo lhe favores e atribuindo lhe encargos.


 Podemos dizer que se conhece o superior através de seus subordinados.


 
Capítulo 23: De que modo escapar aos aduladores


O Príncipe deve evitar os aduladores as cortes estão cheias, mostrando que não há ofensa em falar a verdade, todavia quando todos podem falar a verdade a uma pessoa, perdem-lhe o respeito. O Príncipe sábio tomará homens sábios como conselheiros, que falarão a verdade ao Príncipe, mas somente quando perguntados e sobre o que perguntados, assim o Príncipe não ouvirá mais ninguém. O Príncipe ouvirá seus conselheiros somente quando quiser e as decisões tomará sozinho.




O Príncipe que não é sábio nunca poderá ser bem aconselhado, pois ele ouvirá os conselheiros e não saberá harmonizá-los. Se a sorte lhe dê um orientador ainda poderá se sobressair, mas mais na frente este orientador lhe tomará o poder.


 "Os conselheiros pensarão todos nos seus próprios interesses, e o Príncipe será incapaz de corrigi-los, ou de reconhecê-los. Não pode ser de outra forma, pois os homens falam sempre com falsidade, a não ser quando a necessidade os obriga a serem verídicos."


 Os bons conselhos nascem da prudência do Príncipe; e que esta não nasce dos bons conselhos recebidos. Tudo vem da capacidade do Príncipe, da sua capacidade de escolha. Em suas decisões o Príncipe deve ser claro e objetivo, mantendo, sempre que possível sua palavra. Um Príncipe que muda a todo o tempo de ideia acaba por deixar o povo confuso, o fazendo perder a confiança.


 


Capítulo 24: As razões por que os Príncipes da Itália perderam seus domínios


Um novo soberano é sempre mais observado do que um soberano de antiga dinastia; quando o soberano novo faz atos virtuosos, estes cativarão mais os súditos do que os de um monarca de antiga dinastia. Deverá o monarca novo não falhar em outras coisas, fortalecendo seu Estado com boas leis, boas armas e bons exemplos.


"Se considerarmos aqueles senhores que perderam seus estados na Itália de hoje, como o rei de Nápoles, o que de Milão e outros, encontraremos neles em primeiro lugar um defeito comum no que se refere às forças armadas, pelos motivos já amplamente examinados. [...] alguns ou sofriam a hostilidade do povo ou, se o povo lhes tinha estima, não souberam garantir-se contra os nobres."


 Quando o Príncipe tem o povo do seu lado, mesmo assim este não pode deixar ser derrubado esperando que o povo venha a reerguê-lo se levantando contra o dominador. Disse Maquiavel: Só são boas, seguras e duráveis aquelas defesas que dependem exclusivamente de nós, e do nosso próprio valor.


 


Capítulo: 25: O poder da sorte sobre o homem e como resistir-lhe


Na visão de Maquiavel, tudo que acontece conosco é atribuído à sorte, mas metade disso pode controlar. Para ele a sorte é como um rio, que quando este corre calmamente podemos construir diques e barragens para que quando as águas vierem com fúria, sejam desviadas e seu ímpeto seja menos selvagem e devastador.


 "[...] o Príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito que é prudente quem age de acordo com as circunstancias, e da mesma forma é infeliz quem age apondo-se ao que o seu tempo exige."


 ‘O tempo vai determinar como que cada Príncipe deve agir, contudo deve-se agir no tempo certo e sempre preparado para quando a sorte variar, assim Maquiavel aconselha ser impetuoso a cauteloso com a sorte.


 


Capítulo 26: Exortação à libertação da Itália, dominada pelos bárbaros


Neste ultimo Capítulo Maquiavel expressa o seu anseio pela libertação de sua pátria, a Itália.


 "[...] agora, quase sem vida, a Itália espera por quem lhe possa curar as feridas e ponha fim à pilhagem na Lombardia, à rapacidade e à extorsão no reino de Nápoles e na Toscana, curando-a das chagas abertas há tanto tempo. Pede a deus que lhe envie alguém capaz de libertá-la dessa insolência, dessa Barbara crueldade. Esta disposta a seguir uma bandeira, desde que alguém a empunhe."


Maquiavel deixa explícito neste Capítulo que seu desejo é que Lorenzo de Medici se torne o soberano da Itália daqueles tempos, deixando claro também o principal motivo de ter escrito O Príncipe, um manual para que Lorenzo de Medici reine com êxito na Itália:


 "Não se deve, portanto deixar que se perca esta oportunidade; a Itália, depois de tanto tempo, precisa encontrar seu libertador."


 "Que vossa ilustre família possa, portanto, assumir esta tarefa com a coragem e as esperanças inspiradas por uma causa justa, de forma que, sob sua bandeira, nossa pátria  volte a se levantar [...]"


 


Maquiavel e seu pensamento político Filosofia
- Maquiavel, a partir de seu pensamento político, procurou fundamentar uma filosofia política tendo em vista a dominação dos homens.


Maquiavel pretendia que essa forma de conhecimento fosse aplicada também à política enquanto ciência do domínio dos homens e que tinha como pressuposto uma natureza humana imutável. Para ele, se há uniformidade nas leis gerais das ciências naturais, também deveria haver para as ciências humanas. Isso foi necessário para manter a ordem dentro do Estado burguês então nascente, que precisava desenvolver suas atividades e prosperar.


 O problema para Maquiavel, entretanto, é saber a quem serve a ciência política e o que fazer para se manter no poder. Apesar de, obviamente, ser um defensor da burguesia, não se sabe ao certo qual a sua preferência de forma de governo. Mesmo assim, ele tende ora para a República, ora para a Monarquia. Para ele, essa questão é secundária, pois a sua concepção de história era cíclica e os governos sempre se degeneravam: da monarquia à tirania, desta à oligarquia e à aristocracia, que, por sua vez, recaíam na democracia que, enfim, só terá solução com um ditador. Isso acontece (e se repete) porque os seres humanos têm uma essência universal: é o desejo de poder e os vícios a que são acometidos os homens (governantes e seus sucessores) que fazem com que o governo se degenere.


Por isso, Maquiavel lança mão de dois conceitos chaves: virtu e fortuna. Este diz respeito à grande maioria dos homens, é a sorte, o destino a que estão determinados; e aquele é a excelência que poucos homens têm de previsão, capazes de fazê-los manter o poder máximo possível e para isso podem matar, roubar, mentir, sem nenhum escrúpulo.


 A diferença entre Maquiavel e os outros cientistas naturais é que estes, ao publicarem suas obras, não constrangem a sociedade de modo geral, enquanto a obra de Maquiavel causa tal constrangimento, ainda que seja usada por todos os políticos de todos os tempos. Por causa disso, o adjetivo “maquiavélico” significa que “os fins justificam os meios”, ou seja, para se alcançar um objetivo (no caso de Maquiavel, o poder e sua manutenção) vale utilizar-se de qualquer método.






 
 

Fonte e Sítios Consultados

O Departamento Financeiro é Responsável ...

                               
 Departamento de Finanças

O departamento financeiro é responsável pela administração dos recursos financeiros da empresa. Isso significa assessorar a empresa como um todo, no sentido de fazer com que os ganhos por ela obtidos sejam suficientes não só para cobrir todos os gastos do dia-a-dia, mas também para gerar lucros e assim garantir o seu desenvolvimento no futuro. Por isso o departamento financeiro é um setor fundamental para qualquer empresa, seja ela grande, pequena, pública ou privada e tenha ou não fins lucrativos.

 

O trabalho na área financeira exige alguma habilidade para a matemática, além de raciocínio lógico e concentração. Afinal,esse é um setor que lida com registro e movimentação de valores, pagamentos, cálculos variados e, não é preciso dizer, qualquer erro pode representar um prejuízo para a empresa.

 


Imagine um funcionário que se distrai com facilidade trabalhando numa sala com várias outras pessoas. Um colega ao lado comenta o resultado do campeonato de futebol e o crédito previsto para ser liberado no dia 10 de março acaba sendo créditado no dia 15 de fevereiro. Concentração e disciplina são requisitos importantes para qualquer trabalho administrativo, mas na área financeira a dose de atenção e responsabilidade deve ser ainda maior.

 

Este estudo toma por base o departamento financeiro de uma empresa privada que tenha fins lucrativos.

 
 
 

Funções do Departamento Financeiro

 

Para que uma empresa continue a se desenvolver e crescer, é fundamental aplicar o dinheiro de forma eficiente, distribuindo-o por todos os setores ou departamentos. Cabe ao departamento financeiro lidar com os recursos da empresa. Observe que utilizamos a palavra recursos em vez de dinheiro, pois nem sempre os negócios movimentam dinheiro em espécie. Muitos bens (máquinas, imóveis, veículos) e alguns outros papéis (ações, debêntures) também podem fazer parte de negociações e permutas, pois têm um valor monetário que representa um montante em dinheiro.

 

Quanto às funções do departamento financeiro, geralmente elas se dividem em planejamento financeiro, aquisição e controle de recursos e distribuição de recursos. Veremos cada uma dessas funções detalhadamente a seguir.

 

Planejamento

 

O planejamento no departamento financeiro tem como objetivo, de modo geral, fazer com que as metas estabelecidas pela direção de uma empresa sejam alcançadas. Para que isso aconteça, é preciso definir:

 

• Como realizar as ações necessárias.

• Quando elas precisarão ser executadas.

• Por quem serão feitas.

• Quanto isso vai custar.

 

No último item, cabe ao departamento financeiro analisar as várias alternativas de investimento, observando qual delas é a menos onerosa e estabelecendo o montante de recursos que será investido.

 

Em síntese, o planejamento financeiro precisa apresentar a fonte dos recursos, ou seja, de onde sairá o dinheiro necessário para se realizar o que foi planejado. Algumas possibilidades seriam:

 

• Utilizar uma parte dos lucros da empresa. Nesse caso, em vez de distribuir o lucro aos acionistas ou sócios, esse dinheiro é guardado para ser aplicado no investimento.

 

• Efetuar um empréstimo bancário. Porém, muitas vezes, em função das taxas e dos juros cobrados, pode não ser uma boa opção.

 

• Dispor de mais dinheiro por parte dos sócios ou acionistas. Dependendo da sua importância para o crescimento do negócio, seria possível que os sócios se interessassem em empregar mais dinheiro no negócio.

 

• Vender algum bem de seu patrimônio. Nesse caso, seria importante analisar se a venda desse bem não iria trazer algum prejuízo à realização das atividades da empresa. Por exemplo, não seria interessante a empresa vender o automóvel que faz a entrega dos produtos nos domicílios dos clientes, se ela não tiver outro veículo para realizar o trabalho.

 
 

Cabe também ao departamento financeiro analisar a viabilidade de um projeto ou de um investimento específico. Isso porque, às vezes, tem-se a intenção de se realizar uma atividade e, após estudo e análise, verifica-se que é impossível de realizar tal atividade por muitas razões, dentre elas a questão financeira. Um projeto pode ser muito bom, mas, se o montante de recursos necessários ao seu empreendimento for superior à capacidade financeira da empresa, esse projeto deve ser descartado.

 

É função do departamento financeiro é apresentar alternativas à proposta do projeto em discussão. Muitas vezes não há dinheiro para construir uma nova fábrica, mas, com menos recursos, pode-se ampliar as instalações da fábrica atual. Talvez não haja condições financeiras para adquirir máquinas novas; no entanto, é possível obter recursos para consertar o maquinário existente. São alternativas feitas a uma proposta original e cabe ao departamento financeiro, após uma análise da situação, apresentá-Ias.

 

Aquisição e controle de recursos

 

Qualquer empresa, seja grande e com muitas filiais ou mesmo uma unidade de menor porte, realiza rotineiramente operações que visam manter o seu negócio em dia. São pagamentos de contas, impostos, compras de mercadorias e produtos, etc. Ou seja, são gastos diários necessários para o negócio funcionar. Já pensou se uma empresa comercial não puder realizar as vendas de suas mercadorias porque não tem mais o produto em estoque? Ou ainda se não puder abrir a loja porque está tudo às escuras, pois alguém se esqueceu de pagar a conta de energia elétrica?

 

Fica claro, portanto, que a empresa precisa de dinheiro no seu dia-a-dia e que muitos gastos são necessários. Cabe à administração financeira não deixar que faltem recursos para as atividades rotineiras. Mas uma organização não pode se contentar em pensar somente no agora. Ela precisa ter uma visão também de longo prazo. Portanto, o processo de aquisição e controle de recursos deve considerar a questão do tempo. Se uma empresa pretende ampliar suas instalações, ela precisa destinar parte dos seus recursos do dia-a-dia para viabilizar essa intenção.

 
 

Distribuição de recursos

 

Existe uma palavra muito utilizada na área financeira: Otimizar. Esse termo significa "tornar ótimo". Otimizar os recursos financeiros consiste em aplicá-los de modo eficaz.

 

Todos os departamentos de uma empresa necessitam de recursos. Sendo assim, para que o departamento comercial possa vender, é necessário ter mercadorias no estoque. Mas, para que elas estejam no estoque, é preciso comprá-Ias. E, para que as compras sejam efetuadas, é preciso pagar por elas.

 

Além disso, não se pode esquecer que em cada departamento da empresa há pessoas que precisam fazer o seu trabalho direito, da maneira correta e obedecendo aos prazos estabelecidos. Se isso não ocorrer, prejuízos podem surgir. Nesse caso, muitas vezes é preciso realizar treinamentos e elaborar regras claras para que não haja confusão entre os setores ou departamentos sobre a responsabilidade de cada um.
 
 
    

 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.celso.lago.nom.br/Fun%C3%A7%C3%B5es%20do%20departamento%20financeiro.html

 

18 de fevereiro de 2013

Os dez maiores erros das empresas em sustentabilidade



 
- Os dez maiores erros das empresas em sustentabilidade -

 

Consultorias analisaram 350 empresas e constataram as principais falhas das iniciativas verdes.

"As empresas devem incorporar a sustentabilidade nas práticas, processos, produtos e serviços".

Ser sustentável é um atributo que valoriza a imagem de uma empresa. Mas não basta ser sustentável. “Uma empresa só tem valor se é percebida pelo público que precisa impactar”, é o que afirmam os especialistas em estratégia corporativa.

Segundo especialistas, com a intenção de realizar ações sustentáveis nas empresas, têm-se cometido diversos erros, que podem prejudicar seriamente a imagem dessas empresas, ou melhor, a sua reputação. “Não importa a imagem e sim a reputação. E reputação é a capacidade de manter sempre a confiança do cliente. É uma conta corrente diária e não uma fotografia como antigamente”, se pensava.

Além de trazer benefícios para a sociedade, as ações sustentáveis são um diferencial competitivo essencial para as companhias. Mas muitas têm cometidos erros em suas estratégias, que podem colocam em xeque qualquer iniciativa verde.



 - Os 10 principais erros corporativos em sustentabilidade -

 1) Não inseri-la no Core Business
A sustentabilidade deve estar incorporada nas práticas, processos, produtos e serviços centrais da empresa. Não apenas como investimento colateral e derivado.


2) Ausência de realismo
As causas devem estar alinhadas às dimensões, perspectivas e demanda do mercado.

 3) Inconsistência e priorização
É preciso pensar no futuro e não ser imediatista.



4) Viés unidimensional
Escolher ações sustentáveis que pouco têm a ver com a empresa. Isso não agrega valor. Uma empresa de TI, por exemplo, tem que pensar mais em iniciativas relacionadas à sua área, como reciclagem de eletrônicos ou redução de consumo de energia, e menos em plantar árvores.

 5) Baixa percepção de impacto sistêmico no entorno
Não compreender o impacto bilateral das iniciativas de sustentabilidade, ou seja, o que ela vai gerar para a sociedade.


6) Inconsistência de governança
Sustentabilidade não pode ser prática “solta” na empresa. As responsabilidades das ações precisam estar claras e o conhecimento não pode estar disperso. A sustentabilidade deve ser tratada como ativo de valor e não como uma paixão de um diretor ou presidente.



7) Mensuração inexistente
Não ter métricas de avaliação para entender qual valor que as ações geram para a empresa.

 8) Comunicação oportunista e inexistente
Saber comunicar é essencial. Há empresas que têm como pilar a sustentabilidade e ninguém sabe disso.

 9) Visão e valores dispersos e desalinhados
Saber comunicar é essencial. Há empresas que têm como pilar a sustentabilidade e ninguém sabe disso.


10) Miopia de inserção nos negócios
Alinhamento deve vir do alto escalão. Deve ser uma prioridade. E vale lembrar: não se deve fazer só porque todos estão fazendo.



        



Fonte e Sítios Consultados


 

Marketing de Guerrilha


                
          

- O que é Marketing de Guerrilha?


Sabendo que o Marketing é cada contato, por menor que possa ser que a empresa tem com qualquer pessoa no mundo exterior. Cada tipo de contato, por menor que seja isso representa um grande número de oportunidades de marketing. Afinal o significado é bem claro: o marketing envolve antes de tudo, a marca, o nome da sua empresa. E isso representa uma decisão de como se pretende vender um produto ou serviço, o modo de fabricação sustentável ou não, tamanhos, formatos, embalagem, etc. O marketing envolve a ideia que você tem da sua marca, de seu serviço, da sua atitude e da paixão que você tem pelo seu negócio.


O Marketing é a arte de fazer com que as pessoas mudem de ideia – ou fazer com que essas pessoas mantenham a mesma mentalidade com uma influencia mais direcionada a fazer negócio com você. Afinal, as pessoas ou precisam trocar de marca ou comprar um novo tipo de produto ou serviço que não existia. E convenhamos isso é pedir muito destas pessoas. Por outro lado, tudo o que é dito ou executado pela sua empresa, por menor que seja (não só através de publicidade ou site), vai influenciar a percepção que as pessoas têm do seu produto.


E isso pode acontecer em um mês, talvez em um ano. Por este motivo é bom que você entenda que o Marketing não é um processo, nem um evento. O marketing deve ser entendido como uma série de eventos, porém, se for Marketing de Guerrilha, ele tem começo e meio, mas não pode ter fim. Isso porque o Marketing, se você fizer tudo direito, também deve ser visto como um círculo. Afinal o marketing passa a ser um círculo quando você conta com uma clientela de fregueses que sempre voltam a fazer negócio com você ou o recomendam para outras pessoas e empresas.




Quanto mais enxergar-se o marketing como um ciclo, mais você se concentrará nos clientes que voltam e o recomendam aos outros. Um ótimo efeito dessa perspectiva será a diminuição de investimentos em marketing e os seus lucros estarão aumento com consistência.


Para muitos o marketing é uma ciência ou uma arte. Sabe-se que o marketing é um negócio, e assim como todo negócio o seu objetivo é dar lucro. Também é verdade que se a ciência e a arte influenciam na obtenção de lucro, muito provavelmente foram arquitetadas por um marqueteiro de guerrilha – e este guerrilheiro pode ser o dono de um negócio que sai em busca de objetivos convencionais, como lucros e diversão, mas os consegue utilizando métodos não convencionais de marketing.


- Casos de Marketing de Guerrilha


Um dono de uma livraria sem muita sorte viu abrir duas enormes livrarias próximas a sua, para ser mais exato, uma de cada lado da sua. Um dia chegando cedo para abrir a sua livraria, viu que o concorrente da direita esticou uma imensa faixa: “Liquidação de 50% do nosso aniversário”, e está faixa era maior do que toda a frente da sua loja. O pior estaria por vir: o outro concorrente, o do lado esquerdo, abriu uma faixa gigante, dizendo: “Queima total dos estoques, até 60%”. E mais uma vez, a loja central desapareceu entre as gigantes. Foi aí que o dono da pequena e ‘engolida’ livraria do meio pendurou uma faixa com os dizeres: “Entrada Principal”.




O Marketing de Guerrilha devido a sua fórmula que inclui resultados reais a baixíssimo custo tem atraído diversas empresas ao longo do tempo. Chegado ao Brasil na década de 90, ele é usado em capitais do Brasil onde existem diversas agências especializadas nessa alternativa de marketing.


Mas, o que é MARKETING DE GUERRILHA? Este termo foi criado pelo publicitário americano Jay Conrad Levinson, criador da célebre campanha Homem Marlboro, uma das campanhas publicitárias mais conhecidas e bem sucedidas da história. O termo Marketing de Guerrilha e seu modo tático se inspiram na modalidade de guerra de guerrilha, um tipo de conflito que se caracteriza pela desproporcionalidade das partes envolvidas, mais especificamente pelas táticas de combate usadas por uma parte mais fraca contra uma mais forte. As guerrilhas se caracterizam por resistir a exércitos mais fortes usando como principal artifício a criatividade, a surpresa, independência, ocultação e o uso de armas improvisadas ou uso alternativo de armas convencionais. Isso trazido para o universo do Marketing nos permite “combater” as grandes marcas e penetrar no ceticismo vigente em relação à propaganda e/ou superar o ruído de informações em que vivemos, com ações não convencionais e usando mídias alternativas. O ponto central da Guerrilha e do Marketing de Guerrilha, resultados a baixíssimo custo. Isso é possível através do planejamento, inovação e uso racional, porém agressivo, da verba de comunicação do cliente.

Características do:
MARKETING DE GUERRILHA 


Como já foi dito, o Marketing de Guerrilha não tem ainda alcançada toda sua potencialidade. Porém, algumas das características, observadas a partir da prática, já podem ser descritas e explicadas de forma teórica.


Afinal, os marqueteiros de guerrilha não acreditam na força bruta de um orçamento de marketing gigantesco, eles confiam na força bruta de uma imaginação borbulhante e fértil. Vamos ver algumas diferenças do velho marketing para o marketing de guerrilha.


ü  Os marqueteiros tradicionais contam dinheiro. Os guerrilheiros contam novos relacionamentos.


ü  O marqueteiro tradicional quase nunca coloca em primeiro lugar a tecnologia. O marketing de guerrilha requer que você aprecie a tecnologia.


 ü  O marketing tradicional em sua grande parte não é intencional, embora ele utilize os canhões de marketing – rádio, TV, jornais, revistas e Internet. O marketing de guerrilha sempre é intencional, ele presta atenção aos detalhes do contato com o mundo exterior, desde como se atende um telefone, o retorno aos clientes no suporte, etc.


ü  O marketing tradicional é um monólogo. O marketing de guerrilha é um diálogo, existe a interatividade a todo o momento.



ü  O marketing tradicional identifica as grandes armas do marketing: rádio, TV, jornal, revista, mala direta e Internet. O marketing de guerrilha identifica duzentas armas de marketing, muitas delas gratuitas.



Os empreendedores precisam do marketing de guerrilha, isso porque a competição está cada vez mais inteligente, mais sofisticada e ainda mais agressiva do que ontem E isso não é um problema para os guerrilheiros. Esse modelo de marketing envolve o reconhecimento da ampla gama de oportunidades existentes no mundo e a exploração de cada uma delas. Quando de coloca qualquer tipo de produto no mercado, com certeza surgirão problemas. O ideal é resolver estes problemas e continuar procurando outros para resolver. Afinal, os negócios que resolvem os seus problemas têm muito mais chance de alcançar sucesso do que aqueles que não resolvem.




O importante é agarrar as oportunidades importantes, mas não pode perder de vista as oportunidades menores ou não prestar atenção aos pequenos problemas. Afinal, um dos fundamentos do marketing de guerrilha bem sucedido é ir com tudo, sabendo que só energia não é o suficiente. A energia tem que ser dirigida pela inteligência.

  




Fonte e Sítios Consultados

http://pt.scribd.com/doc/38918165/Marketing-de-Guerrilha-Melhor-definicao-e-exemplos

Marketing de Guerrilha, Jay Conrad Levinson, 2010, editora Best Seller Ltda. RJ

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