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15 de maio de 2017

Introdução à Economia





    Este estudo baseia-se no primeiro capítulo do Livro Fundamentos de Economia, de Vasconcellos e Garcia – o nosso objetivo é realizar uma avaliação dos problemas econômicos que nos possibilite formular algumas soluções para resolvê-los de forma que isso contribua para a melhoria da nossa qualidade de vida. Para darmos inicio sobre os conceitos da economia, há que se falar que a palavra economia deriva do grego oikosnomos (oikos = Casa, e nomos = Lei), que significa a administração de uma Casa, ou do Estado, e pode ser assim definida:
  
     Economia é a Ciência que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas

·        Escolha
·        Escassez
·        Necessidade
·        Recursos
·        Produção
·        Distribuição

     Seria interessante saber que independente da sociedade em questão - os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.

     Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todo os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. Os seus Elementos Básicos (do Sistema Econômico) são:

ü Estoque de Recursos Produtivos ou Fatores de Produção: aqui se incluem Recursos Humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, as reservas naturais e a tecnologia.

ü  Complexo de Recursos de Produção: constituído pelas empresas.

ü  Conjunto de Instituições Políticas, Econômicas e Sociais: que são à base da organização da Sociedade.



         Os sistemas econômicos podem ser classificados em Sistema Capitalista, ou Economia de Mercado - é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.

   Pelo menos até o início do século XX passado, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de concorrência pura, onde não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo.

   Os Sistemas de Economia Mista passaram a predominar principalmente a partir de 1930, onde ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações.

Sistema Socialista, ou Economia Centralizada, ou ainda economia planificada - é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meio de produção, englobando os bens e capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas.


Os Problemas Econômicos Fundamentais

     Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associadas às necessidades ilimitadas do homem, originam-se os chamados problemas econômicos fundamentais:

o   O que e quanto produzir?
o   Como produzir?
o   Para quem produzir?

O que e quanto produzir - Dada à escassez de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.

Como produzir - A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como vão ser produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível.

Para quem produzir - A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas, também, da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.

     Em economias de mercado, esses problemas são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de preços por meio de oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do País. Ou seja, a maioria dos preços dos bens e serviços, salários e quotas de produção e de recursos são calculados nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado.




 Curva de Possibilidades de Produção
     Há que se relatar também sobre a Curva (ou fronteira) de Possibilidades de Produção (CPP) que é um conceito teórico com o qual se ilustra como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer as suas escolhas entre alternativas de produção. E, devido à escassez de recursos, a produção total de um País tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os recursos disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa etc.). Suponha-se que uma economia que só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes:



    Alternativas de produção      Máquinas (milhares)     Alimentos (toneladas)
              A                                               25                                  0
              B                                               20                                 30
              C                                               15                                 45
              D                                               10                                 60
              E                                                0                                  70

      Podemos perceber que na primeira alternativa (A) todos os fatores de produção seriam alocados para a produção de máquinas; já na última (E) seriam alocados somente para a produção de alimentos; e nas alternativas intermediárias (BC e D) os fatores de produção seriam distribuídos na produção de um e de outro bem.

     A Curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção de máquinas e de alimentos nessa economia hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia estará operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade, utilizando todos os fatores de produção disponíveis, e uma vez que os fatores de produção e a tecnologia de que a economia dispõe sejam insuficientes para se obter essas quantidades desses bens é um sinal que esse ponto ultrapassou a capacidade de produção potencial ou de pleno emprego dessa economia.

Conceito de Custo de Oportunidade
     A transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais do bem B. O custo de oportunidade também é chamado de custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada, ou custo implícito. Por exemplo, no diagrama anterior, para aumentar a produção de alimentos de 30 para 45 toneladas (passar do ponto B para o C), o custo de oportunidade em termos de máquinas é igual a 5 mil, que é a quantidade sacrificada desse bem para se produzir mais 15 toneladas de alimentos. É de se esperar que os custos de oportunidades sejam crescentes, já que quando aumentamos a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de sacrifício vai aumentando. Esse fato justifica o formato côncavo da curva de possibilidades de produção: acréscimos iguais na produção dos alimentos implicam decréscimos cada vez maiores na produção de máquinas

Deslocamentos da Curva de Possibilidades de Produção
     O deslocamento da CPP para a direita indica que o País está crescendo. Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade de física de fatores de produção quanto em função de melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da mão de obra. Desse modo, a expansão dos recursos de produção e os avanços tecnológicos, que caracterizam o crescimento econômico, mudam a curva de possibilidades de produção para cima e para a direita, permitindo que a economia obtenha maiores quantidades de ambos os bens.

Funcionamento de uma economia de mercados: Fluxos reais e monetários
     Para que possamos entender o funcionamento do sistema econômico, vãos supor uma economia de mercado que não tenha interferência do Governo e não tenha transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) através do mercado dos fatores de produção. As empresas, através da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias do mercado de bens e serviços.



                 FLUXO REAL DA ECONOMIA
 


           Mercado de bens e serviços                                      
    Demanda                                                   Oferta
     Famílias                                                   Empresas
     Oferta                                                       Demanda
        Mercado de fatores de produção                         

    
      As famílias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem; no mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam. No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços. Desse modo, paralelamente ao Fluxo Real teremos o Fluxo Monetário da Economia.

                        Fluxo Monetário da Economia
 


                          Pagamento dos bens e serviços     
       
             Famílias                                     Empresas
 


                        Remuneração dos Fatores de Produção     

     Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, etc.).





 Definição de Bens de Capital, Bens de Consumo, Bens Intermediários e Fatores de Produção

     Os bens de capital são aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das empresas, e uma de suas características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão de obra.

Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.).

Os bens intermediários são todos aqueles transformados ou agregados na produção de outros bens e que não são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para o consumo ou a utilização final. Os bens de capital, como são “consumidos” no processo produtivo, são também bens finais. Os fatores de produção, chamados recursos de produção da economia, são construídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia.




    A cada fator de produção corresponde uma remuneração, veja:

  Fator de produção                             Tipo de remuneração
  Trabalho                                                             Salário
  Capital                                                                Juro
  Terra                                                                   Aluguel
  Tecnologia                                                          Royalty
  Capacidade Empresarial                                    Lucro
  

     Como se pode observar, em Economia considera-se o lucro também como remuneração a um fator de produção, representado pela capacidade empresarial ou gerencial dos proprietários da empresa.


Argumentos Positivos versus Argumentos Normativos

     A Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva, que deverá explicar os fatos da realidade. Os argumentos positivos estão contidos na análise que não envolve juízo de valor, estando esta estritamente limitada a argumentos descritivos, ou medições científicas.  Ela se refere a proposições básicas, tipo se Aentão B, por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços, então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina cairá. É uma análise do que é. Nesse aspecto, a Economia se aproxima da Física e da Química, que são ciências consideradas virtualmente isentas de juízo de valor. Em Economia, entretanto, defrontamo-nos com um problema diferente. Ela trata do comportamento de pessoas, e não de moléculas, como na Química. Frequentemente nossos valores interferem na análise do fato econômico. Nesse sentido, definimos também argumentos normativos, que é uma análise que contém,explicita ou implicitamente, um juízo de valor sobre alguma medida econômica. Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve subir” expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou . É uma análise do que deveria ser. Suponha, por exemplo, que desejemos uma melhoria na distribuição de renda do País. É um julgamento de valor em que acreditamos. O Administrador de política econômica (policymaker) dispõe de algumas opções para alcançar esse objetivo (aumentar salários, combater a inflação, criar empregos, etc.). A Economia Positiva ajudará a escolher o instrumento político econômico mais adequado. Se a economia está próxima da plena capacidade de produção, aumentos de salários, por encarecerem o custo da mão de obra, podem levar a um aumento de desemprego, isto é, o contrário do desejado quanto à melhoria na distribuição de renda. Esse é um argumento positivo, indicando que aumentos salariais, nessas circunstâncias, não constituem a política mais adequada. Dessa forma, a Economia Positiva pode ser utilizada como base para a escolha da política mais apropriada, de forma a atender os objetivos individuais ou os objetivos da Nação.


A Inter-relação da Economia com outras áreas do conhecimento
  
     Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objetivo bem definidos, elas tem intercorrências com outras Ciências. Afinal, todas estudam uma mesma realidade, e evidentemente há muitos pontos de contato. Tentaremos estabelecer relações entre a Economia e outras áreas do conhecimento. As inter-relações entre Economia e Direito serão discutidas com mais profundidade futuramente. Iremos agora ver as relações entre a Economia, Física e Biologia. Sabemos que o início do estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da técnica e das Ciências Físicas e Biológicas nos séculos 18 e 19. A construção do núcleo científico inicial da Economia deu-se a partir das chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas). Segundo o grupo organicista, a Economia se comportaria como um Órgão vivo. Daí utilizou-se termos como órgãos, funções, circulação e fluxos na Teoria Econômica. Segundo o grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como determinadas leis da Física. Daí advém os termos como: estática, aceleração, velocidade, forças, etc. Com o passar do tempo, predominou uma concepção Humanística, a qual coloca em plano superior os móveis psicológicos da atividade humana. Afinal, a Economia repousa sobre os atos humanos, e é por excelência uma ciência social, pois objetiva a satisfação das necessidades humanas.

     Agora, veremos as relações entre a Economia, Matemática e Estatística, apesar da Economia ser uma Ciência Social, ela é limitada pelo meio físico, dado que os recursos são escassos, e se ocupa de quantidades físicas e das relações entre essas quantidades, como a que se estabelece entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados no processo produtivo. Daí surge a necessidade da utilização da Matemática e da Estatística como ferramentas para estabelecer relações entre variáveis econômicas. A Matemática nos permite escrever de forma resumida importantes conceitos e relações de Economia, e permite análises econômicas sob a forma de modelos analíticos, com poucas variáveis estratégicas, que resumem os aspectos essenciais da questão em estudo (Os modelos também podem ter formulação verbal, como os exemplos históricos para fundamentar a análise econômica).


  O consumo nacional está diretamente relacionado com a renda nacional

 Essa relação pode ser representada da seguinte forma:

       C = f(RN)  e   ∆C  >  0
                          ∆RN

    
A primeira expressão diz que o consumo (C) é uma função (f) da renda nacional (RN). A segunda informa que, dada uma variação na renda nacional (∆RN), termos uma variação diretamente proporcional (na mesma direção) do consumo agregado (∆C).

    Como as relações econômicas não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se à Estatística, como por exemplo:

             C  =  2πr

·       A partir desse momento, veremos como a Economia se inter-relaciona com as outras áreas.
   
     Aqui se pode perceber (C = 2πr), (onde C – comprimento da circunferência, π = letra grega PI e r = radianos) é uma relação matemática exata qualquer que seja o comprimento da circunferência. Em Economia tratamos de Leis probabilísticas. Por exemplo, na relação vista anteriormente (C = f (RN)), conhecendo o valor da renda nacional num dado ano, não obtemos o valor exato do consumo, mas sim uma estimativa aproximada, já que o consumo não depende só da renda nacional, mas de outros fatores (condições de crédito, juros, patrimônio, etc.). Se a Economia tivesse relações matemáticas, tudo seria previsível. Mas não existem no mundo econômico regularidades como “C = 2πr”, equivalência entre massa e energia, Leis de Newton, etc. Na Economia, o átomo aprende: pensa, reage, projeta, finge, imagine como seria a Física e a Química se o átomo aprendesse: aquelas belas regularidades desapareceriam. Os átomos pensantes logo se agrupariam em classes para defender seus interesses: teríamos uma “Física dos átomos proletários”, “Física dos átomos burgueses”, etc. Mas a Economia apresenta muitas regularidades, sendo que algumas relações são invioláveis.

 Por exemplo:

§  O consumo nacional depende diretamente da renda nacional.

§  A quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com seu preço, tudo o mais constante.

§  As exportações e as importações dependem da taxa de câmbio.

     A área da Economia que está voltada para a quantificação dos modelos é a Econometria, que combina Teoria Econômica, Matemática e Estatística. Lembre-se, porém, de que a Matemática e a Estatística são instrumentos, ferramentas de análise necessárias para testar as proposições teóricas com os dados da realidade. Permitem colocar à prova as hipóteses da Teoria Econômica, mas são meios, e não fins em si mesmos.  A questão da técnica deve nos auxiliar, mas não predominar quando tratamos de fatos econômicos, pois estes sempre envolvem decisões que afetam relações humanas.

     A Política e a Economia são áreas interligadas (MUITO), tornando-se difícil estabelecer uma relação de causalidade (causa e efeito) entre as duas. Sabemos que a Política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas e neste sentido, a atividade econômica se subordina à estrutura e ao regime político do País (se é um regime Democrático ou autoritário).  Porém, podemos perceber que por diversas ocasiões a estrutura política se encontrava subordinada ao poder econômico, vejamos alguns exemplos:

·        Política do “café com leite”, antes de 1930, naquele tempo Minas Gerais e São Paulo cominavam o cenário político do País.

·        Poder econômico dos latifundiários.

·        Poder dos oligopólios* e monopólios (*oligopólio, forma de mercado em que um número muito reduzido de empresas tem o monopólio da oferta de algum produto).

·        Poder das corporações estatais.

     Também é verdade que a pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois ela facilita a compreensão do presente e ajuda nas previsões para o futuro com base nos fatos do passado. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o comportamento e a evolução da Economia. Mas também os fatos econômicos afetaram o desenrolar da História. Alguns importantes períodos históricos são associados a fatores econômicos, como os ciclos do ouro e da cana de açúcar na história do Brasil, e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, etc., que revoluções têm por detrás motivações econômicas.



     A Geografia não é somente um simples registro de acidentes geográficos e climáticos, ela nos facilita avaliar fatores muito úteis à análise econômica, como as condições geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos fatores produtivos, a localização de empresas e a composição setorial da atividade econômica, inclusive, existem algumas áreas do estudo econômico que estão relacionadas diretamente com a Geografia, como a Economia Regional, a Economia Urbana, as Teorias de Localização Industrial e a Demografia Econômica.

     Desde a pré-economia, antes da Revolução Industrial do século 18, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade econômica era vista como parta integrante da FilosofiaMoral e Ética. A economia era orientada por princípios morais e de justiça, ainda não existia nenhum estudo sistemático das Leis Econômicas, predominando princípios como a LEI da Usura, o conceito de preço justo (discutidos, entre os filósofos, por São Tomás de Aquino) e etc. E ainda hoje, as encíclicas* papais refletem a aplicação da filosofia moral às relações econômicas entre homens e nações.

*encíclica: documento pontifício dirigido aos membros da igreja católica sobre matéria doutrinária.

     Agora chegamos à divisão do estudo econômico, sabemos que a análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas, são elas:

·        Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços é a área que estuda a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como dividem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente.

·        Macroeconomia é a que estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros, e o seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural*) (*conjuntura, oportunidade, momento, ocasião; naquela conjuntura o melhor era ir embora).

·  Economia Internacional estuda as relações econômicas entre os residentes e não residentes do País, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras.

·     Desenvolvimento Econômico é a área que se preocupa com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico, estratégias de crescimento etc.).












Fonte e Sítios Consultados
Conteúdo de aula de Economia do 4º. Semestre do Bacharelado em Administração
          
Bibliografia

VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA Manuel E. Fundamentos de Economia. São Paulo, Saraiva, 2002


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