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20 de janeiro de 2017

A Fictícia Honestidade do Povo Brasileiro


A Fictícia Honestidade do Povo Brasileiro

               Essa discussão se iniciou em meio a um debate ‘acalorado’ nos últimos dias em que eu estava prestes a encerrar o curso de administração, lá na Universidade da Barra Funda na cidade de São Paulo – e o tema tratava sobre a necessidade de adotarmos uma nova mentalidade para lidar com esse século 21: o pensamento complexo. Mesmo sabendo das várias transformações que ainda estão vir - as quais irão exigir uma transição na forma de encararmos os problemas e de como as soluções devem ser geradas. Porém, uma coisa já nos consola, é o conhecimento de que a aplicação de soluções antigas para problemas novos não funcionaram muito bem ultimamente. Afinal, em muitas partes do planeta é possível perceber um grau significativo de incapacidade em resolver certos problemas como: crises econômicas, desastres ambientais e aqui no Brasil especificamente os muitos casos de corrupção, da disputa pelo controle das facções e etc. E isso nos leva a pensar que precisamos criar novas soluções para esses novos problemas e aprender a resolver os velhos problemas ainda sem solução, então, a proposta deste pensamento complexo é discutir sobre a desonestidade ou a falsa honestidade do brasileiro.

Nestes tempos de Operação Lava Jato é fato que muitos dos brasileiros que chamam os políticos de ladrões são os mesmos que furam as filas quando encontram um conhecido numa fila quilométrica, ou até aquele estudante que protesta de forma veemente contra o aumento da tarifa do transporte público é o mesmo que não irá devolver o troco que recebeu a mais na padaria do ‘seu Manuel’ da esquina da sua casa, ou ainda aqueles cidadãos que tanto reclamam dos ladrões da sua cidade são os mesmos que não alertam a outro cidadão que acabou de deixar a sua carteira cair no chão e, além disso, logo vão pegando essa carteira com os trocados daquele pobre cidadão desatento. Afinal, qual é a diferença entre estes tipos de pessoas e os de colarinho branco? Com certeza, não existem diferenças entre eles, absolutamente nenhuma. Todos fazem parte do mesmo grupo de pessoas que cometem atos corruptos e desonestos.


E o tal ‘jeitinho brasileiro’? Aquele que é um sinônimo para métodos ilegais na intensão de obter certos privilégios, a tal da corrupção. O brasileiro é um povo que se corrompe nos pequenos atos e em muitas ocasiões ele até sente certo orgulho em cometer pequenos delitos ou mini falcatruas – isso o faz sentir-se mais esperto que os outros, afinal, ele sempre gosta de levar vantagem em tudo, certo? Este é o tipo de pessoa que ocupa o lugar reservado a idosos/PNE nos transportes públicos fingindo dormir o trajeto todo, mas, milagrosamente despertam no seu ponto ou ainda aqueles espertalhões que se acham o máximo’ em utilizar um 'gatoNET' para assistir filmes/futebol sem pagar nada. Porém, o problema é que o brasileiro esperto, aquele que gosta de levar vantagem em tudo nunca irá admitir isso. Além de ser corrupto em sua essência, ele é hipócrita o suficiente para dizer que somente os outros, como os políticos, são os que comentem tais atos de corrupção.


Outro exemplo da desonestidade do brasileiro no ‘dia a dia’ foi comprovada no exemplo a seguir – no dia 27/03/2017 o Procon efetuou uma blitz em ‘alguns’ salões de cabeleireiro em São Paulo e encontrou produtos com a validade vencida sendo usados pelos estabelecimentos. Foram fiscalizados 33 salões de beleza onde foram encontradas irregularidades, inclusive em locais que cobram mais de R$ 400 pelo corte de cabelo. Além do uso de produtos vencidos como esmaltes, cremes, xampus e sprays que já deveriam ter ido para o lixo, mas estavam sendo usados nas clientes e também encontraram problemas a respeito da falta de informação do preço do serviço – essas informações foram passadas pelo Telejornal Bom Dia Brasil.


O fato é que existem ‘picaretagens e trambiques’ em todos os setores produtivos, empresariais, serviços, governamentais e etc. deste Brasil – não é a toa que nesse mês de março de 2017 foi divulgada pela Polícia Federal a Operação Carne Fraca referente à venda ilegal de carnes por frigoríficos. Além dos principais frigoríficos brasileiros também foram investigados a BRF que é dona das marcas Sadia e Perdigão, a JBS dona das marcas Seara e Big Frango. Essa investigação trouxe ao conhecimento coletivo que alguns frigoríficos faziam uso de carnes podres que eram maquiadas com ácido ascórbico, a existência de ‘reembalagem’ de produtos vencidos. Um grave problema encontrado foi saber da influencia direta no Ministério da Agricultura para escolher os servidores que iriam efetuar as fiscalizações nas empresas, tudo isso feito por meio de pagamentos indevidos. 

Antigamente existiam só os boêmios e os malandros, ainda hoje eles existem, porém eles mudaram suas roupas, seus estilos de músicas, mas na verdade muitos brasileiros ainda são ‘malandros’ que pensam que são espertos e sempre estão tentando levar a melhor sobre outros brasileiros. Sempre acusando, mas nunca gostando de ser acusado e isso é visível na Internet, os comentaristas de plantão criticam só pelo título das notícias. E isso acontece devido ao fato deles acreditarem que seus erros são extremamente justificáveis, que quando são eles que estão fazendo não é errado, no entanto, se qualquer outro faz exatamente o que este último fez, então está errado, é “desonesto”. E foi utilizando essa ‘desculpa deslavada’ de ser esperto em tudo que o povo brasileiro ganhou a exclusiva expressão: jeitinho brasileiro


É triste reconhecer como os brasileiros tratam quem é honesto neste país: na verdade, muitos dos ‘honestos’ são tachados de otários. Mesmo que existam poucas pessoas honestas de fato ou que pelo menos, elas não sejam vistas com tanta frequência nos noticiários. Outro dia encontrei uma carteira na rua quando levava minha filha ao colégio, entrei em contato com o dono da mesma e a devolvi. Esse fato aconteceu em frente a uma lanchonete a qual passo todas as manhãs, e percebi as pessoas me olhando com aquele olhar de ‘prá que isso’,  pra quê foi devolver a carteira com o dinheiro todo! Ah, se fosse eu, tinha ficado com tudo para mim! Finalizamos com a frase de um grande contista russoAnton TchekhovTodos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe”.











Sítios Consultados

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/blitz-flagra-esmaltes-e-xampus-vencidos-em-saloes-de-beleza-de-luxo-de-sp.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=sptv





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