A
Administração está inserida no contexto das Ciências Sociais Aplicadas, que “são todas as ciências que conduzem à
invenção de tecnologia para intervir na natureza, na vida humana e nas
sociedades [...]”. (CHAUÍ, 1995, p. 260). O que se sabe é que através de
métodos e funções bem elaborados, a Administração estuda os empreendimentos
humanos, com o objetivo de alcançar um resultado eficaz.
É
importante saber que o marxismo contribuiu de forma significativa no estudo das
instituições sociais e históricas, nas condições do fator humano. “Levou a compreender que os fatos humanos
mais originários ou primários são as relações dos homens com a natureza na luta
pela sobrevivência e que tais relações são as de trabalho, dando origem às
primeiras instituições sociais [...]”. (CHAUÍ, 1995, p. 275).
Porém,
ao passo em que o mundo veio sofrendo processos de desenvolvimentos contínuos,
as relações entre pessoas e coisas precisaram ser cada vez mais ‘bem
estruturadas’. Segundo Robert (apud STAL; SOUZA NETO, 1987, p. 84), “a administração das atividades científicas e
tecnológicas provêm da necessidade de sua organização, planejamento,
institucionalização, ‘orçamentalização’ e avaliação”.
Frederick W. Taylor foi o
precursor das teorias da Administração Científica - ele tinha
como objetivo central de elevar o nível de produtividade e com isso, conseguir
diminuir o tempo e o custo de produção. Ele observava que todos os sistemas da
época eram falhos e que só conseguiria mudar o sistema produtivo das indústrias
se todos os métodos fossem padronizados,
analisados e testados cientificamente.
Essa
administração atual é o resultado teórico e integrado de muitas contribuições
cumulativas de inúmeros precursores: filósofos, religiosos, militares,
engenheiros, economistas, estadistas e empresários - que, no decorrer dos
tempos e cada um no seu campo de atividade - só vieram a contribuir para
o progresso da Administração com a divulgação das suas obras e teorias. Por
essa razão, as técnicas de administrar passaram por várias fases até que, no
início do século XX, os processos
administrativos foram sistematizados, transformando a administração em uma ciência
[...]. (BARTMANN; Ruth; Krauser; 2006, p. 7).
Como
sabemos, o administrador atua no palco das organizações. “A organização não é instituição, mas uma atividade regeneradora
permanente em todos os níveis, e que se baseia na computação, na elaboração das
estratégias, na comunicação, no diálogo.” (MORIN, 2003, p. 275). É amplo, o
objeto de estudo da Administração. Mas ela não pode assumir ‘sozinha’ esses estudos. Conforme
afirma Chauí (1995), um mesmo fenômeno pode ser objeto de várias
ciências. Se tomarmos como exemplo o homem, veremos que ele é um objeto
presente em praticamente todas as ciências. O que vai mudar são os métodos
utilizados neste estudo.
Para
Drucker (1975), o que mais cresce dentro de qualquer organização moderna são os
administradores, pois eles estão na posição de responsáveis diretos pelos
resultados obtidos na empresa. Drucker
ainda afirma que um administrador tem dois deveres específicos: o primeiro é a
criação de um todo que seja maior do que a soma de suas partes e o segundo, uma
entidade que produza mais do que o total dos recursos que são colocados nela.
A Administração possui uma abordagem sistêmica, que busca conjugar conceitos de diversas ciências a respeito de determinado objeto de estudo.
A utilização de conceitos de diversas áreas para os estudos das organizações é uma prática aparentemente comum e responsável por avanços importantes na administração e no estudo das organizações. A natureza multidisciplinar desses avanços reforça as possibilidades de migração de conceito. (GIOVANNINI, 2002, p. 66).
A Administração possui uma abordagem sistêmica, que busca conjugar conceitos de diversas ciências a respeito de determinado objeto de estudo.
A utilização de conceitos de diversas áreas para os estudos das organizações é uma prática aparentemente comum e responsável por avanços importantes na administração e no estudo das organizações. A natureza multidisciplinar desses avanços reforça as possibilidades de migração de conceito. (GIOVANNINI, 2002, p. 66).
O
interessante disso tudo é observar que mesmo com vantagens tão visíveis, ainda
existem grandes críticas aos novos campos da ciência. Uma objeção às Ciências
Sociais está em dizer que os seres humanos e a sociedade não podem ser
observados cientificamente, pois, ao contrário do homem, a ciência envolve
objetividade, clareza, complexidade, análise. “[...] Como transformá-lo em
objetividade, sem destruir sua principal característica, a subjetividade?”.
(CHAUÍ, 1995, p. 272). Chalmers (1993, p.18) se refere à “visão equivocada de ciência”:
A
alta estima pela ciência não está restrita à vida cotidiana e à mídia popular –
ele é evidente no mundo escolar, acadêmico e em todas as partes da indústria do
conhecimento. Muitas áreas de estudo são descritas como ciência por seus
defensores, presumivelmente no esforço para demonstrar que os métodos usados
são firmemente embasados e tão potencialmente frutíferos quanto outros de uma
ciência tradicional como a física. Ciência política e ciências sociais são
agora lugares comuns. Os marxistas tendem a insistir que o materialismo
histórico é uma ciência. De acréscimo, Ciência Bibliotecária, Ciência
Administrativa, Ciência do Discurso [...] são hoje ou estiveram sendo
recentemente ensinadas em colégios ou universidades americanas [...].
(CHALMERS, 1993, p. 18).
Segundo
Chalmers (1993), os autointitulados cientistas, acreditam que ciência é apenas
utilizar os métodos empíricos da física para coletar dados por meio de
cuidadosas observações e experimentos e da subsequente derivação de leis e
teorias, a partir desses dados, por algum tipo de procedimento lógico.
Finalizando
este, é certo que apesar das críticas está visível que a Ciência da Administração
envolve teoria e prática, já que ela estuda os melhores métodos a serem
implementados em cada caso específico. “A ciência não pode ser feita apenas com a
metodologia, mas não pode passar sem ela [...]”. (TOMANIK, 2004, p.
21). Ela preza pela eficiência (métodos) e também pela eficácia necessária (objetivos) ao melhor desempenho de todo
um sistema organizacional.
Fonte e Sítios Consultados
http://administracaoeciencia.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário