A história
da administração vem desde a antiguidade quando os reis, magistrados e outros
líderes precisavam aplicar alguns princípios de gestão para regular o trabalho,
ou mesmo para motivar os escravos – a Administração é utilizada para coordenar o
esforço das pessoas em cumprir metas e objetivos, através do uso de recursos de
maneira eficiente. Mostraremos a história dos vários pioneiros da Administração
e dos aspectos históricos a partir da Revolução Industrial na
criação das fábricas, que é considerado um dos marcos desta história.
Um jovem engenheiro americano, que descobriu que
a produção e o pagamento eram ruins, que a ineficiência e as perdas eram
prevalentes e que a maioria das empresas possuía um grande potencial não
utilizado, uma falha da administração sistemática. É considerado o “Pai da
Administração Científica” por propor a utilização de métodos científicos
cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia
operacional na administração industrial. Seu controle inflexível, mecanicista,
elevou enormemente o desempenho das indústrias em que atuou, todavia,
igualmente gerou demissões, insatisfação e estresse para seus subordinados e sindicalistas.
Propõe incentivos salariais e prêmios pressupondo que as pessoas são motivadas
exclusivamente por interesses salariais e materiais de onde surge o termo “homo
economicus".
Jules
Henri Fayol (1841 - 1925)
Engenheiro de minas e executivo francês que
propôs a racionalização da estrutura administrativa e a empresa passa a ser
percebida como uma síntese dos diversos órgãos que compõe a sua estrutura. A
preocupação maior de Fayol é com a direção da empresa dando ênfase às funções e
operações no interior da mesma. Estabeleceu os princípios da boa administração,
sendo dele a clássica visão das funções do administrador: organizar, planejar,
coordenar, comandar e controlar. Ele acreditava que a especialização nas tarefas
reduziria o nível de atenção e esforço a serem aplicados naquela atividade e
que aumentaria a produtividade por meio da repetição. Fundador da Teoria
Clássica da Administração complementou o trabalho de Taylor, substituindo a
abordagem analítica e concreta por uma abordagem sintética, global e universal.
Max Weber
(1864 – 1920)
Sociólogo alemão identificou certas
características da organização formal voltada exclusivamente para a
racionalidade e para a eficiência. Em suas dimensões essenciais muitos dos
aspectos do modelo burocrático podem ser encontrados em Taylor e Fayol: a
divisão do trabalho baseada na especialização funcional, hierarquia e
autoridade definidas, sistema de regras e regulamentos que descrevem direitos e
deveres dos ocupantes dos cargos, sistema de procedimentos e rotinas,
impessoalidade nas relações interpessoais, promoção e seleção baseadas na
competência técnica, dentre outros. Segundo suas teorias, toda organização é
composta de seis funções básicas: financeira, técnica, comercial, contábil,
administrativa e de segurança. Porém, é a função administrativa que coordena e
integra as demais funções. Para ele a autoridade pode ser distinguida segundo
três tipos básicos: a Racional / Legal ou Burocrática, Tradicional e
Carismática.
Mary Parker Follett (1868 - 1933)
Follett foi
uma autora norte-americana que tratou de diversos temas relativos à
administração, na chamada Escola das Relações Humanas, ficando conhecida como a
“profetisa do gerenciamento”. Formou-se em filosofia, direito, economia e
administração pública e foi autora de três livros. Suas ideias foram muito
revolucionárias para sua época, e, em boa parte, continuam sendo até hoje
desafiantes. Ela foi capaz de enxergar através do “homo economicus”, dos
pensadores do Taylorismo, e propor que o ser humano somente se desenvolve
quando carregado de responsabilidade. Com suas teorias, Follett, deu maior
importância às relações individuais dos trabalhadores e analisou seus padrões
de comportamento. Ela foi à única pesquisadora a entender os limites da
Administração Científica de Taylor, defendendo a dimensão criativa dos
trabalhadores.
Georges Elton Mayo (1880 – 1949)
Cientista social australiano, chefiou uma
experiência em uma fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no
bairro de Hawthorne. Esta experiência caracterizou-se como um movimento de
resposta contrária à Abordagem Clássica da Administração. Na época, a alta
necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de
trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento das ciências humanas
(psicologia e sociologia, dentre outras) e as conclusões da Experiência de
Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas. Apesar desse movimento ter
surgido da crítica à Teoria da Administração Científica e a Teoria Clássica,
não se contrapõe ao Taylorismo, mas combate o formalismo na administração e
desloca o foco da administração para os grupos informais e suas inter–relações.
O indivíduo passa a ser visto como “homem
social”.
Peter Ferdinand Drucker (1909 – 2005)
Austríaco de nascimento e naturalizado
americano foi o maior guru de administração do século XX. Foi autor de mais de
vinte livros, e como consultor e professor da New York University, teve
influência decisiva nos destinos da administração mundial, através de idéias
modernas, arrojadas e sempre inovadoras. O maior legado de Drucker está, porém,
na sua capacidade de interpretar o presente e de perceber as suas implicações
para o futuro. Ele tinha a capacidade de vislumbrar as tendências que irão
produzir mudanças na sociedade, na economia e nas empresas. A ele se deve o
diagnóstico de "descontinuidades" como a ascensão dos fundos de pensões
no capital das empresas cotadas ou a emergência dos trabalhadores do
conhecimento. Foi o primeiro a alertar que os trabalhadores são os donos do
ativo (o conhecimento) mais precioso da sociedade atual que ele apelidou de
“pós-capitalista”.
Émile Durkheim (1858 – 1917)
É considerado um dos pais da sociologia moderna.
Foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que
combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Foi amplamente
reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social e
acreditava que para reinar certo consenso na sociedade, devia-se favorecer o
aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a
solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral
tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade
moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do
trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica). Foi
um dos seguidores da Teoria Estruturalista.
Peter Michael Blau (1918 – 2002)
Sociólogo norte-americano que se dedicou prioritariamente
ao estudo das organizações. Tomou como base para sua construção de tipologia os
principais beneficiários das operações da organização: Associações de
benefícios mútuos (o beneficiário é o quadro social), Firmas comerciais (os
proprietários são os principais beneficiários), Organizações de serviço (o
grupo de clientes são os beneficiários), Organizações de bem-estar público (os
beneficiários seria o público em geral). Ele produziu teorias com muitas
aplicações em fenômenos sociais, incluindo a mobilidade ascendente,
oportunidade de trabalho , heterogeneidade, e como a estrutura populacional
pode influenciar o comportamento humano. Ele também foi o primeiro a mapear a
grande variedade de forças sociais, apelidado de " Espacial Blau “.
Destacou-se ainda nos seus estudos empíricos acerca da estrutura ocupacional
nos EUA.
Amitai Etzioni (nasceu em 1929)
Herbert Alexander Simon (1916 -
2001)
Foi um economista estadunidense e seus trabalhos sobre a decisão e
o comportamento humano têm até hoje influência marcante nos campos da
Administração, Economia, Psicologia e Ciência da Computação. A teoria decisória
da gerência proposta por Simon em 1945 é reconhecida pelos estudiosos da Teoria
Administrativa como pertencente à Abordagem Comportamental (ou Behaviorista)
que estuda o comportamento do indivíduo e suas relações dentro das
organizações. No entanto, reflete uma forma modificada de comportamentalismo,
pois procura demonstrar como as escolhas individuais na organização podem ser
influenciadas pelos critérios em que se baseiam as decisões. Para ele, a
organização é um complexo sistema de decisões e cabe ao administrador
distribuir as funções decisórias com o propósito de influenciar o comportamento
dos funcionários do nível operacional, de forma a conseguir a integração do
comportamento de seus integrantes.
Foi economista, professor universitário
estadunidense e um dos pensadores mais influentes na área das relações humanas.
Observou o comportamento do trabalhador e concluiu que existiam profundas
diferenças de estilos de direção e que isso depende muito da visão que o
administrador tem em relação aos seus subordinados. É mais conhecido pelas
teorias de motivação X e Y. A primeira assume que as pessoas são preguiçosas e
que necessitam de motivação, pois encaram o trabalho como um mal necessário
para ganhar dinheiro. A segunda baseia-se no pressuposto de que as pessoas
querem e necessitam de trabalhar. Um argumento contra as Teorias X e Y é o fato
de elas serem mutuamente exclusivas. Para o contrapor, estava a desenvolver a
Teoria Z, que sintetizava as Teorias X e Y nos seguintes princípios: emprego
para a vida, preocupação com os empregados, controle informal, decisões tomadas
por consenso, boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos
da hierarquia, entre outros.
Abraham Maslow (1908 - 1970)
Foi um psicólogo americano e sua pesquisa mais
famosa foi realizada em 1946, em Connecticut, numa área de conflitos entre as
comunidades negra e judaica e concluiu que reunir grupos de pessoas era uma das
melhores formas de expor as áreas de conflito. Ele definiu um conjunto de cinco
necessidades descritas em uma pirâmide e cada um tem que "escalar"
uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto realização. São elas: as
necessidades fisiológicas (que se encontram como base para a pirâmide e estão
relacionadas ao organismo como alimentação, sono, abrigo, água), as
necessidades de segurança (como proteção contra a violência, proteção para
saúde, recursos financeiros), as necessidades sociais (estão relacionadas as
amizades, socialização, aceitação em novos grupos, intimidade sexual), as
necessidades de estima (como reconhecimento, conquista, respeito dos outros,
confiança, status), e as necessidades de auto-realização (que se encontram no
topo da pirâmide hierárquica, é a moralidade, criatividade, espontaneidade,
autodesenvolvimento e prestígio.
Pirâmide das Necessidades (Maslow)
Frederick
Herzberg (1923 - 2000)
Psicólogo, consultor, professor universitário
americano e autor da Teoria dos dois fatores que aborda a situação de motivação
e satisfação das pessoas. Nesta teoria ele afirmava que: a satisfação no cargo
é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo
(fatores motivacionais - o termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos
de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados
por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um suficiente
desafio e significado para o trabalhador ) e a insatisfação no cargo é função
do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo (fatores
higiênicos - condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando
as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios
sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de
relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos, as
oportunidades existentes, correspondem à perspectiva ambiental).
Peter Drucker
Peter Ferdinand Drucker (nasceu em 1909 e
faleceu em 2005) – é considerado o Pai da Administração Moderna – ele era um
escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca. Foi um
reconhecido pensador do fenômeno dos efeitos da Globalização na economia
em geral e em particular nas organizações - subentendendo-se a Administração
Moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações,
como ele próprio dizia.
Philip Kotler
Kotler
é considerado um dos pais do marketing. Doutorado pelo MIT é um autor profícuo
e os seus textos tornaram-se referências acadêmicas para o estudo de marketing.
Livros como o clássico Marketing Management são verdadeiras bíblias sobre a
disciplina. Foi o principal inspirador e divulgador de conceitos de marketing
estratégico como ciclo de vida do produto, segmentação do mercado,
posicionamento e aferição das atitudes de compra do consumidor. "O
marketing demora um dia a aprender e uma vida inteira a dominar", refere.
Kotler é atualmente professor de Marketing Internacional, na Northwestern
University, em Chicago. Foi presidente, entre outras instituições, da American
Marketing Association.
Nascido em 1947, Porter é
considerado o mais acadêmico dos gurus e um dos maiores especialistas mundiais
em estratégia. Doutorou-se em Economia, em Harvard, após uma licenciatura em
Engenharia Aeronáutica, em Princeton. Professor da Harvard Business School e
líder da Monitor Consulting, entre as suas contribuições para a gestão
salienta-se o modelo de análise estrutural de indústrias, a noção de cadeia de
valor e a teoria da vantagem competitiva (para as empresas e para as nações).
Henry Mintzberg
Nascido em 1939, o canadense Mintzberg estudou Engenharia na
McGill University de Montreal e na Sloan School of Management do MIT e hoje é
professor de Gestão na McGill. Considerado um dos maiores especialistas
mundiais em estratégia, Mintzberg dirigiu a sua obra para três temas
principais: a elaboração de estratégias; as formas como os gestores distribuem
o tempo e como funcionam os seus processos mentais; e como são desenhadas as
organizações para se adaptarem às suas necessidades. A frase: "A
estratégia não se planeja, constrói-se", ficou célebre.
Tom
Peters
Nascido em 1942, tem como marco o livro a Senda da Excelência,
escreveu com Robert Waterman, que será sempre lembrado na sua carreira por ter
sido o best-seller da gestão mais vendido de todos os tempos. Apesar disso,
Peters começa o livro seguinte com as palavras: "Não existem empresas
excelentes." Antes de aderir à McKinsey, em 1974, trabalhou no Pentágono
durante dois anos, após o que tirou um mestrado em Engenharia Civil, na Cornell
University, e um MBA, em Stanford. Hoje lidera o The Tom Peters Group, sediado
em Palo Alto, na Califórnia. È um popular animador de seminários, na sua
maioria sobre a gestão da mudança.
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