Com o passar
do tempo às pessoas começam a ser mais exigentes e isso as levam a não
aceitarem alguns fatos até antes comuns ao convívio social. Também é verdade que as pessoas tendem a serem
mais felizes no início e no fim da vida e que metade da felicidade depende
apenas de força de vontade, não de circunstâncias externas. E isso interfere diretamente na vida
profissional, por mais que este cenário ainda seja ignorado ou simplesmente
desconhecido por muitos gestores.
Todos sabem que tanto a tristeza como
a felicidade são sentimentos transitórios. E nem sempre temos o controle sobre
eles, mas ações individuais podem ajudar a controlar a intensidade de cada um.
“A felicidade é a vitória do equilíbrio entre as nossas necessidades materiais
e as necessidades espirituais. É a busca de um estado”, explica Ruy Marra,
autor do livro “Decolando Para a Felicidade” (Rocco) e gestor de pessoas.
Vamos ser sinceros, você está pensando que este assunto está ligado a alguma religião? Não, na verdade não estamos tratando de nenhuma religião, mas se você pensou que sim, você não está sozinho. Muitos profissionais que gerem pessoas por muitos anos, pensam que tudo é a mesma coisa.
As
gerações Y e Z são as que estão mais preocupadas em viver o aqui e o agora e
ainda não despertaram para a necessidade de se questionar sobre o que realmente
dá sentido à vida, sobre o que efetivamente é importante, sobre os valores
pessoais, e sobre as demais respostas para outras várias inquietações do ser
humano. É fácil perceber que estas questões não estão ligadas diretamente ao
caráter material, mas sim espiritual.
E quando
falamos de sentido de vida, valores, etc., estamos incluindo os aspectos
ligados ao trabalho. Observe se você, independentemente de ocupar uma posição
de líder ou de liderado, não se pegou questionando: qual o sentido ou o
significado do meu trabalho para mim ou para a sociedade? Muita gente anda
fazendo isso…
Alguns
teóricos afirmam que este questionamento é reflexo do “colapso do materialismo”.
E essa descoberta está diretamente ligada ao fato do ser humano caminhar
seguindo a crença voltada para um sistema incompleto e superficial, e isso têm
levado as pessoas a perderem os seus valores e a geração de insatisfação e do mal-estar.
Será?
Isso
ainda não é totalmente visível na vida profissional, pelo menos de uma forma
generalizada. Talvez não seja apenas isso. Muitas pessoas continuam valorizando
os aspectos materiais do trabalho seja isso produzindo ou consumindo. E não há
nada de errado nisso! As empresas vão produzir bens materiais que precisam ser
consumidos. Sem consumo não há emprego. Afinal, só de ideologia ninguém sobrevive.
O trabalho
tem um sentido mais amplo nesses dias do século 21 - as pessoas buscam fazer com que os
resultados sejam materiais, mas que estejam ligados aos seus valores, coerentes
com aquilo que lhes dá sentido à vida. Assim, elas buscam maneiras para serem
mais elas mesmas em seu local de trabalho, buscando maneiras de serem
autênticas naquilo que fazem e como fazem.
Não
podemos ignorar que as empresas espiritualizadas são as que normalmente
apresentam colaboradores mais felizes e mais comprometidos, com maior
afetividade dos indivíduos para com a organização, que se tornam mais
produtivas e mais criativas e com imagem positiva junto à sociedade. Qual o
gestor não gostaria de ter uma empresa assim?
Todo
gestor deveria ter consciência do seu papel em prover condições onde o equilíbrio
possa proporcionar um retorno positivo para a vida dos seus colaboradores e para o
desenvolvimento das atividades organizacionais de uma maneira que fiquem em
harmonia com a vida nos seus mais diversos sentidos. Além do mais, o gestor
deve estimular os processos de autoconhecimento e permitir que os seus colaboradores
identifiquem seus valores mais importantes. Gerir pessoas é saber que elas
vivem em busca de razões para tudo. Inclusive para viver. Ajudar a encontrar essas
respostas é o papel de um bom administrador.
Agora, como
para a maioria das coisas na vida, não existe uma receita passo a passo de como
ser feliz. Cada um pode chegar lá de diversas maneiras. “A felicidade está
esperando por nós de braços abertos. Precisamos apenas nos mover
conscientemente na direção dela”, explica a psicóloga Susan Andrews, formada na
Universidade de Harvard e fundadora da ecovila Parque
Ecológico Visão Futuro.
Veja alguns pontos que foram
pesquisados sobre os aspectos curiosos da felicidade. Esses pontos estão
relacionados abaixo.
· Pessoas
que costumam acordar cedo são mais felizes. Segundo pesquisa publicada pela Universidade de Toronto, no Canadá, a rotina de acordar cedo
consequentemente faz com que se durma mais cedo, criando um relógio biológico
propício ao relaxamento.
· Pessoas
mais velhas são mais felizes. Para os estudiosos da Universidade de Maastricht,
na Holanda, a curva do nível de felicidade ao longo da vida pode ser descrita
como o formato de um ‘U’: os níveis mais altos são quando somos jovens e quando
estamos mais velhos. A justificativa para a relação entre idade e felicidade é
que, por já terem visto e vivido muita coisa, os idosos lidam melhor com a
ansiedade e frustração, preocupando-se apenas com o necessário.
· Ser
gentil faz com que as pessoas queiram ficar perto de você. “Através
de simples práticas diárias, que transformam a nossa bioquímica e acalmam
nossas mentes, podemos não apenas nos sentir mais felizes, mas, ao irradiarmos
energia positiva, podemos também ajudar outras pessoas ao nosso redor a se
sentirem melhores”, explica Susan.
· Pessoas
com mais amigos são mais felizes e têm amizades mais sólidas. Funciona
como um ciclo: quanto mais gentil você for, mais amigos verdadeiros você terá
e, consequentemente, mais feliz e grato vai ser, segundo pesquisa da
Universidade de Illinois, nos EUA.
· A posição
corporal influencia no bem-estar. Quantas vezes não nos pegamos em uma posição
curvada e com os ombros caídos? Se você estiver assim agora, estique bem a
lombar e abra o peito. Percebeu uma mudança? Segundo uma pesquisa do PhD e
especialista em terapia de movimentos de dança Tal Shafir, ficar em posições
retraídas atrai sentimentos depressivos e negativos, enquanto posições
expansivas melhoram a energia.
· Ser feliz
é responsabilidade sua, mas também depende da herança genética. De
acordo com pesquisa liderada pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, de 40%
a 50% da nossa felicidade depende da força de vontade de cada um. “Podemos de
fato fazer coisas intencionalmente para nos tornarmos mais felizes”, reforça a
psicóloga Susan Andrews. Porém, a felicidade também é resultado de um fator
fisiológico. Se 50% é força de vontade, a outra metade é uma mistura entre
genética e a harmonia do ambiente em que cada um foi criado.
· Ser
infeliz é mais fácil que ser feliz, concluiu uma pesquisa do Instituto Brookings,
organização dedicada a pesquisas independentes e políticas de inovação (EUA).
“Pessoas infelizes secretam níveis mais elevados dos hormônios do estresse,
como o cortisol – até 32% a mais! Estamos infelizes especialmente quando
estressados e não sabemos como lidar com isso”, comenta Susan.
· Alcançar
a felicidade é uma questão de equilíbrio. É saber equilibrar as
expectativas associadas à realidade. Para os estudiosos da Universidade Nacional
de Taiwan, ser uma pessoa otimista (mas realista) é um caminho para ser mais
pleno e feliz. Ter uma visão positiva da realidade nos faz ver que a vida não é
tão dura quanto parece.
· O equilíbrio também é necessário no que diz respeito ao seu passado, presente e futuro. Saber o que cada um representa e manter suas perspectivas condizentes com cada momento é essencial para ter uma vida mais leve. É não ser rancoroso, ter boas expectativas para o futuro e cultivar gratidão pelo passado e presente, segundo estudos da Universidade Nacional de São Francisco, nos EUA.
· O equilíbrio também é necessário no que diz respeito ao seu passado, presente e futuro. Saber o que cada um representa e manter suas perspectivas condizentes com cada momento é essencial para ter uma vida mais leve. É não ser rancoroso, ter boas expectativas para o futuro e cultivar gratidão pelo passado e presente, segundo estudos da Universidade Nacional de São Francisco, nos EUA.
· O ditado
que diz que dinheiro não traz felicidade foi cientificamente comprovado. Segundo
Eugenio Proto e Aldo Rustichini, das Universidades de Warwick e Minnesota, nos
Estados Unidos, dinheiro não só não traz felicidade, como é capaz de diminuir
os pensamentos felizes. Foi o que eles observaram com pessoas que têm um
salário considerado alto.
· Apesar
disso, outra pesquisa coordenada pelo estudante de economia da Universidade de
Cornell (EUA), Alex Ress-Jones, diz que as pessoas preferem ganhar mais
dinheiro que felicidade. Pense bem: quantas vezes você já não adiou
compromissos e trabalhou até mais tarde para ganhar mais?
· Oito
estudos independentes conseguiram chegar a uma conclusão: viver experiências
traz mais felicidade que consumir produtos. Gastar seu dinheiro com
mercadorias pode ser aborrecedor, pois o sentimento de insatisfação é
constante. Qual dessas coisas você lembra primeiro: sua última compra ou a sua
última viagem?
· Não ter
um emprego é melhor que ter um emprego ruim. Nem todo mundo tem a
oportunidade de trabalhar com algo que ama. Mas se o seu trabalho te faz
sofrer, não hesite em trocá-lo. Ele pode ser a causa de sua infelicidade, de
acordo com o site de pesquisa de opinião Gallup, dos EUA.
· Ficar com
fome pode fazer você feliz. Diversas religiões usam o jejum como prática
ritual. Apesar de parecer uma ideia ruim, na verdade ela tem um efeito
positivo: a fome libera um hormônio que faz com que a pessoa se sinta menos
estressada e mais motivada – mesmo que seja para procurar comida. É um período
em que a mente fica leve e concentrada, de acordo com pesquisa financiada pelo
Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
·
Adotar um filhote torna as
pessoas mais felizes. Os animais são uma fonte poderosa de
estabilidade emocional e social. Segundo pesquisa realizada pela Universidade
de Miami, nos EUA, donos de animais têm a autoestima mais alta e são mais
extrovertidos. Consequentemente, seu estado de felicidade é mais constante.
Fonte e Sítios Consultados
http://jornalanoticia.com
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