Peter
Senge, um Defensor
do Fator Humano
- Um dos criadores do Society for Organizational
Learning e adepto da meditação, Peter Senge se descreve como um
"pragmático idealista"
Peter Senge é um enfático defensor do fator humano
nas organizações. Para ele, os processos de reorganização, reengenharia,
programas de redução de custos ou até a implementação de um sistema de gestão
empresarial podem ser feitos de cima para baixo, com resultados normalmente
frustrantes.
"Mas, se você quer alterações organizacionais
profundas, é preciso que haja mudança dentro das pessoas. Redesenhar as linhas
e as 'caixinhas' do organograma sem lidar com a forma com a qual as pessoas
interagem na organização pode ter tanta eficácia quanto rearranjar as cadeiras
do deck do Titanic", Peter Senge.
Para Senge, toda empresa deve ser
encarada como um sistema orgânico, pois se relaciona organicamente com o
universo ao seu redor, inclusive as pessoas que atuam dentro dela.
"Literalmente, o termo 'companhia' deriva do francês compaignier, cujo
significado seria 'dividir o pão', a mesma palavra que serve de raiz para
companheiro", diz. Ou seja, no âmago da palavra companhia está a ideia de
uma comunidade.
Revistas internacionais do mundo
de negócios já afirmaram que Senge é um dos maiores nomes da área de gestão:
ele ganhou o título de "um dos dez gurus do Management, concedido pela
Business Week (2001); foi classificado como "uma das 24 pessoas que mais
influenciaram a estratégia dos negócios no mundo nos últimos 100 anos"
pelo Journal of Business Strategy (1999); e o Financial Times (2000) deu-lhe o
título de "um dos maiores gurus de gestão do mundo".
Nascido em 1947, Senge formou-se
em Engenharia Mecânica e Aeroespacial pela Stanford University, fez mestrado em
Modelos de Sistemas Sociais e Doutorado em Gestão pelo Massachusetts Institute
of Technology (MIT). Atualmente, ele também é diretor do Centro de Aprendizado
Organizacional da Sloan School of Management do MIT e presidente e co-fundador
da Society for Organizational Learning (Sociedade para o Aprendizado
Organizacional), uma ONG de Cambridge que reúne uma comunidade global de
empresas, pesquisadores e consultores dedicados a desenvolver e
implementar teorias e práticas para o desenvolvimento interdependente de
pessoas e suas instituições.
Senge se descreve como um
"pragmático idealista" por defender o uso prático de ideias
"abstratas" e "utópicas" nas organizações. Quando não está
trabalhando, Senge se dedica à meditação, prática da qual é adepto há mais de
dez anos.
Trabalhos Principais
“Copiar as melhores práticas não é aprender”
Peter Senge Learning Organization e “A quinta Disciplina”
Definição segundo Senge: “As
organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas aprimoram
continuamente suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de
ver surgir”
Características:
- Aprendizado = vantagem
competitiva - Defende a liderança de baixo p/ cima: “Lideres de linhas locais”.
- Não valoriza o treinamento, mas sim o aprendizado do dia-a-dia, ao longo do
tempo. - Para incorporar o “Learning Organization” é preciso incorporar as 5
disciplinas:
• Domínio pessoal:
- Aprender a expandir as
capacidades pessoais
- Criar um ambiente
empresarial que estimule todos os participantes alcançando assim as metas
escolhidas.
- estimular os
trabalhadores a buscarem e alcançarem seus objetivos sem medo de errar.
• Modelos mentais:
- Consiste em refletir,
esclarecer continuamente
- Melhorar a imagem que
cada um tem do mundo
- Verificar como moldar
atos e decisões
- rever nossos modelos
mentais e ajustá-los a realidade.
• Visão compartilhada:
- Estimular o engajamento
do grupo em relação ao futuro.
- Elaborar princípios e
diretrizes que permitirão alcançar esse futuro.
• Aprendizado em equipe:
- Desenvolver o pensamento
e a comunicação coletiva a fim de superar a soma dos talentos
individuais.
• Pensamento sistêmico:
- Analisar e compreender a
organização como um sistema integrado.
- Criar uma forma de
analisar e uma linguagem para descrever e compreender as forças e
inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas.
“The Necessary Revolution”
- A Era Industrial tem sido um
período de exploração não só de recursos naturais como também a de exploração
de pessoas (trabalho).
- Ignoramos o fato de que há pessoas que vivem com menos
de 1 dólar por dia.
- Conflitos regionais devido a água e comida: Ex: Índia e
China brigando pelo Himalaia que possui fonte de água.
- Revolução de agora é
mudar nossa forma de pensar e uma maneira de viver em maior harmonia com a
natureza.
- Instituições grandes com economia regenerativa, que funcione como
sistemas vivos que não criem resíduos, para funcionarem como bases no
rendimento de energia da Terra.
- Existência de novos líderes para lidarem com
as questões da nova revolução.
• 3 ideias norteadoras para
criar um futuro sustentável.
- > O caminho a seguir deve
levar em conta as necessidades das futuras gerações. Ou seja , viver o presente
sem comprometer o futuro.
-> Mudanças e importância
das instituições, o mundo não vive sem elas. Precisa-se mudar a forma de agir
através delas. -> Mudança de pensamentos para resolver problemas atuais.
Novas ideias e formas de pensar.
"...quando os membros de uma organização concentram-se apenas em
sua função, eles não se sentem responsáveis pelos resultados"
(SENGE, Peter. A quinta
disciplina : arte, teoria e prática da organização da aprendizagem. São
Paulo : Best Seller, 1993. Citado por: LUCK, Heloísa. Em: Perspectivas da
Gestão Escolar e Implicações quanto a formação de seus gestores)
Fonte e Sítios Consultados
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