A
nossa intensão é ampliar os conhecimentos sobre o planejamento e a gestão
estratégica – vamos buscar entender por que as “coisas” estão sendo feitas,
como estão sendo medidas e onde está se pretende chegar. Também iremos trafegar
sobre a intensão de agir deste ou daquele modo e essa será a principal linha de
discussão para a construção de parâmetros que permitam estabelecer uma análise
comparativa entre os pensamentos acadêmicos e as metodologias da prática de
planejamento e gestão estratégica.
O que é Planejamento Estratégico?
Podemos dizer que é o processo de analisar uma organização sob vários ângulos, definindo seus rumos por meio de um direcionamento que possa ser monitorado nas suas ações concretas, utilizando-se, para tanto, de um instrumento denominado “plano estratégico”.
Sobre a Gestão Estratégica
Alguns aportes metodológicos e conceituais têm provado seu valor na administração, ainda que sejam reinventados com a prática ao longo do tempo. A gestão estratégica é um deles. Segundo o dicionário Houaiss, estratégia significa “a arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos”. Já o dicionário Michaelis define estratégia simplesmente como “a arte de dirigir coisas complexas”.
Ambas as definições conferem um tratamento de “arte” para a imprescindível tarefa de buscar direcionar todo o conjunto de recursos organizacionais - representados nos esforços das pessoas (dons, talentos, interesses e aptidões naturais) e na aplicação dos meios materiais disponíveis para fazer o que a empresa faz - para o alcance de um desejo coletivo quanto ao futuro daquele “grupo de pessoas com um propósito” - que é a própria definição de organização.
A Gestão Estratégica na Administração Pública
A área pública tem sido colocada em xeque pela
sociedade com relação às respostas que lhes são exigidas. O cidadão-usuário
demanda padrões de excelência nos serviços oferecidos, exercendo seu direito de
cobrar presteza no atendimento aos anseios sociais e no cumprimento da missão
das instituições. Além disso, as organizações públicas não puderam crescer em
tamanho o suficiente para acompanhar o ritmo do crescimento populacional do
país. O incremento da demanda tanto qualitativa quanto quantitativamente no
setor público é fato inegável.
Como dar cabo da tarefa de responder adequadamente a esses (quase) novos desafios?
Muitas organizações
públicas ao se depararem com a dificuldade de mobilizar seus esforços são
direcionadas para a efetiva melhoria dos serviços oferecidos e nessa hora é
comum que optem por definir um plano estratégico. Gerir estrategicamente uma
organização pública significa nos dias de hoje, a possibilidade mais tangível,
e talvez a única, de atingir os objetivos institucionais pretendidos.
O Plano Estratégico
A
gestão estratégica trata em primeiro lugar da formulação de estratégias que
determinem rumos ou formas de atingir objetivos. Essas estratégias são
geralmente reunidas e descritas em um plano estratégico, que, por sua vez, é
concebido didaticamente a partir de uma análise de cenários, culminando com a
elaboração de uma matriz que elucide ameaças e oportunidades, sob os pontos de
vista interno e externo à organização.
O plano estratégico será consubstanciado, então, num instrumento esclarecedor quanto:
·
A missão - para que servimos, qual é nossa
razão de ser;
·
à visão - onde queremos
chegar como instituição;
· os valores - quais são
nossas premissas quanto às atitudes para alcançar nossa visão;
· a estratégia - como
faremos para alcançar nossa visão e,
· os desdobramentos da
estratégia - as grandes ações que precisamos conduzir e que comporão a estratégia,
isto é, os objetivos estratégicos.
A estratégia deverá desdobrar-se também indicando as competências organizacionais, ou seja, quais são as capacidades que possuímos coletivamente, ou que precisaremos desenvolver, para podermos alcançar nossa visão.
Considerações
Importantes
O plano estratégico nada mais é do que uma
consolidação de ideias, que por si só não produzem resultado algum. Ao
contrário, é na implementação dessas ideias que a organização vai obter o
melhor da estratégia.
É necessário observar também que a estratégia precisa ser constantemente reavaliada e reformulada, pois o processo todo – formulação e implementação – não é construído apenas apoiado em questões concretas, mas é produto de mecanismos altamente complexos. Isso sem falar nas mudanças bruscas nos contextos dentro e fora da organização, imprevisíveis, muitas vezes.
Dessa
forma, o maior desafio da gestão estratégica está relacionado à sua efetividade
prática no alcance dos objetivos organizacionais, isto é, na sua capacidade de
movimentar a organização e alinhá-la no sentido da prescrição proposta pelo
plano estratégico, com a adaptabilidade que esse processo exige. Como toda
função de gestão, isso pressupõe uma dinâmica permanente de planejamento,
execução, monitoramento, avaliação, ajustes e reajustes.
- visto em sala de aula.
Planejamento Estratégico
É o Método pelo qual a
empresa define a mobilização de seus recursos para alcançar os objetivos
propostos. É um planejamento global a curto, médio e longo prazo.
Estratégia
É a mobilização de todos os recursos da
empresa no âmbito global visando com isso atingir os objetivos previamente
definidos. È uma metodologia gerencial que permite estabelecer o caminho a ser
seguido pela empresa, visando com isso elevar o grau de interações com o
ambiente em que ela atua.
O planejamento estratégico deve procurar por
questões básicas:
·
Por que a organização
existe?
·
O que é e como ela faz?
·
Aonde ela quer chegar?
Dele resulta um plano
estratégico, ou seja, conjunto flexível de informações consolidadas, que serve
de referência e guia para a ação organizacional. Pode ser considerado como uma
bússola para os membros de uma determinada organização.
A elaboração do Planejamento Estratégico
Formulação
dos objetivos organizacionais - A empresa define os
objetivos globais que pretende alcançar em longo prazo e estabelece a ordem de
importância e prioridade em uma hierarquia de objetivos.
Análise
interna das forças e limitações da empresa - A seguir, faz-se uma análise das condições internas da empresa para
permitir uma avaliação dos principais pontos fortes e dos pontos fracos que a
organização possui. Os pontos fortes constituem as forças propulsoras da
organização que facilitam o alcance dos objetivos organizacionais - e devem ser
reforçados, enquanto os pontos fracos constituem as limitações e forças
restritivas que dificultam ou impedem o seu alcance - e que devem ser
superados.
Essa análise interna envolve:
· Análise dos recursos
(recursos financeiros, máquinas, equipamentos, matérias-primas, recursos
humanos, tecnologia etc.) de que a empresa dispõe para as suas operações atuais
ou futuras. Análise da estrutura organizacional da empresa, seus aspectos
positivos e negativos, divisão de trabalho entre os departamentos e unidades e
como os objetivos organizacionais foram distribuídos em objetivos
departamentais.
· Avaliação do desempenho
da empresa, em termos de lucratividade, produção, produtividade, inovação,
crescimento e desenvolvimento dos negócios.
Análise
externa - Trata-se de uma análise do ambiente externo à
empresa, ou seja, das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem
desafios e oportunidades. A análise externa envolve:
· Mercados abrangidos pela
empresa, características atuais e tendências futuras, oportunidades e
perspectivas.
· Concorrência ou
competição, isto é, empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos
clientes, consumidores ou recursos.
· A conjuntura econômica,
tendências políticas, sociais, culturais, legais etc., que afetam a sociedade e
todas as demais empresas.
Formulação
das Alternativas Estratégicas - Nesta quarta fase do
planejamento estratégico formulam-se as alternativas que a organização pode
adotar para alcançar os objetivos organizacionais pretendidos, tendo em vista
as condições internas e externas. As alternativas estratégicas constituem os
cursos de ação futura que a organização pode adotar para atingir seus objetivos
globais. De um modo genérico, o planejamento estratégico da organização
refere-se ao produto (bens que a organização produz ou serviços que presta) ou
ao mercado (onde a organização coloca seus produtos ou bens ou onde presta seus
serviços).
O planejamento estratégico deve comportar decisões
sobre o futuro da organização, como:
· Objetivos organizacionais
em longo prazo e seu desdobramento em objetivos departamentais detalhados.
· As atividades escolhidas,
isto é, os produtos (bens ou serviços) que a organização pretende produzir.
· O mercado visado pela
organização, ou seja, os consumidores ou clientes que ela pretende abranger com
seus produtos.
· Os lucros esperados para
cada uma de suas atividades.
· Alternativas estratégicas
quanto às suas atividades (manter o produto atual, maior penetração no mercado
atual, desenvolver novos mercados).
· Interação vertical em
direção aos fornecedores de recursos ou integração horizontal em direção aos
consumidores ou clientes.
· Novos investimentos
em recursos (materiais, financeiros, máquinas e equipamentos, recursos humanos,
tecnologia etc.) para inovação (mudanças) ou para crescimento (expansão).
Fonte e Sítios Consultados
Consultadoshttp://gestaoestrategica.trt10.jus.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=62&Itemid=76
Conteúdo de aula do curso universitário de Administração de empresas
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