Projetos
Empreendedores + Estudo
de Caso
Espírito
Empreendedor
O
Plano de Negócios Empreendedor
Do
Francês entre preneur – significa aquele que assume “riscos e começa algo novo”.
É a
pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto
social assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente.
Você vai tocar seu próprio negócio?
Os
perigos mais comuns nos novos negócios são:
1- Não identificar adequadamente
qual será o novo negócio.
2- Não reconhecer apropriadamente
qual será o tipo de cliente a ser atendido.
3- Não saber administrar o
andamento das operações do novo negócio.
Mas
o que torna um negócio bem sucedido?
Algumas
razões pelas quais as pessoas se engajam em negócios:
·
Forte desejo de ser seu próprio patrão, deter
independência e não receber ordens de outros.
·
Oportunidades de trabalhar naquilo que gosta.
·
Desejo pessoal de reconhecimento e de
prestigio.
Para ser Bem sucedido o Empreendedor
precisa:
Ø Ter
vontade de trabalhar
Ø Ter
habilidade de comunicação
Ø Assumir
responsabilidade e desafios
Ø Tomar
decisões
Pontos Fortes e Fracos
que influenciam no negócio:
§ Sócios.
§ Riscos
e Recursos.
§ Lado
positivo e lado negativo de ser empreendedor.
§ Conselhos
que daria a um empreendedor iniciante.
Estudo
de Caso:
Juan
Rodrigues, empreendendo em Família
. (o inicio, momento crítico,
formação e conhecimento).
Juan
Rodrigues, empreendendo em família...
A história de empreendedorismo de Juan Rodrigues iniciou-se na
geração anterior, movida, segundo ele próprio, por forças da circunstância.
Seu pai, militar espanhol, que após derrota na guerra civil
passava por momentos de dificuldade, necessitava sustentar sua família e
encontrou como saída comercializar produtos básicos, como alimentos e
especiarias a uma região que foi devastada e estava excluída devido à guerra.
Ainda na Espanha, chegou a abrir uma loja, mas sem muito sucesso decidiu-se
mudar com a família para o Brasil, um país ainda completamente
desconhecido.
As economias da família foram praticamente esgotadas com a
viagem e estavam sem dinheiro em um país em que nem falavam a língua. Passado
algum tempo, conseguiram reunir recursos para comprar uma chácara para plantar
verduras. Os filhos, entre eles Juan, com cerca de cinco anos, eram
encarregados de vender em feiras os produtos plantados.
Juan contou que sempre trabalhou muito desde cedo e já aos doze
anos conseguiu comprar sua primeira bicicleta para fazer as vendas e entregas
de verduras em Penápolis, interior de São Paulo. Durante a juventude,
economizou para comprar seu primeiro caminhão e quando alcançou seus dezoito
anos já era atacadista de verduras.
Por isso, Juan Rodrigues acredita fielmente que é “a ocasião faz
o empreendedor”. Outro fator que influenciou fortemente sua carreira
empreendedora foi o fato de ter começado a trabalhar desde cedo, partilhando a
responsabilidade de sustentar a família.
O início da carreira
empreendedora
O primeiro negócio de Juan iniciou-se durante sua adolescência.
Já a empresa de importação que administra atualmente, foi criada no
início dos anos 90 por sua irmã e pelo cunhado, que posteriormente o convidaram
a participar do negócio. Naquela época, Juan já atuava como atacadista há 28
anos e sentia-se cansado da atividade, que exigia turnos de trabalho incomuns
(das 18h às 6h) e não havia permitido a ele, durante todo esse tempo, que
tivesse férias.
“Nunca tive férias. Hoje em dia tiro de 15 a 20 dias todo ano, e
essas férias são mais importantes que os dias de trabalho. Você volta com uma
gana, uma vontade que você já não tinha. Ajuda nos negócios”.
Momento crítico e momento
de satisfação
Para Juan, o momento mais crítico do negócio foi a época da crise
cambial, por volta de 1999, quando a moeda norte americana valorizou-se
violentamente, minando seu mercado e elevando suas dívidas em dólar. Naquele
tempo Juan utilizava muito as linhas de crédito para importação, mas não
possuía políticas de hedging. Em suas palavras, “Dormi com a
´Tiazinha´ e acordei com a Aracy de Almeida!”.
O momento de maior satisfação está sendo vivido agora, ano
em que o negócio está despontando e que a empresa está sendo tomada como
referência no mercado. Juan expressa sua felicidade ao comentar que seus
produtos estão constantemente na mídia, principalmente a especializada,
ganhando importantes prêmios de qualidade, além de receber numerosos convites
para participar de eventos, degustações e até parcerias.
Formação e conhecimento
Juan não fez faculdade, diz que aprendeu com a escola da vida,
mas ressalta a importância do ensino básico e ginasial: “O ensino fundamental é
fundamental!”. Juan não continuou com os estudos, pois precisava trabalhar e a
conciliação estava inviável. A busca por conhecimento, porém, nunca cessou.
Ávido por conhecimento, buscou especializar-se no que dizia respeito ao seu
negócio e hoje, humildemente, esbanja conhecimento sobre vinhos, principalmente
os espanhóis. A entrevista permitiu perceber, também, que Juan é bem dotado de
cultura geral, fala tranquilamente sobre política, economia e sociedade.
Pontos fortes e fracos que
influenciam no negócio
Para Juan, seu principal ponto forte é o trabalho. “Trabalho
muito, vou atrás. Faço qualquer negócio, desde que coloque meus vinhos na
loja”. Perguntado sobre como se sentiu quando conquistou o primeiro cliente,
respondeu de pronto: “Quando fiz o primeiro contrato não comemorei, já comecei
a pensar no segundo.”.
Como ponto fraco, Juan considera ser sua postura ética perante
os concorrentes, que não respeitam praticamente nada e estão sempre prontos
para prejudicar seus negócios, custe o que custar. Para Juan, muitas vezes a
ética “atrapalha” o crescimento, mas ainda assim ele prefere optar pela ética.
Sócios
Os sócios, além de familiares, possuem ótima relação de
confiança e cooperação. Os sócios se complementam e se dão bem. “Somos um time.
Um chuta com a esquerda, outro com a direita e o outro cabeceia para o gol!”
Discussões e divergências existem, mas sempre são superadas, complementa
Juan.
Riscos e recursos
Quando veio o convite para deixar a atividade de atacadista e
arriscar-se em um novo negócio, Juan não titubeou e aceitou a proposta. Dali
por diante iniciou nova jornada empreendedora, desbravando um mercado
desconhecido por completo: “Vim porque me parecia um desafio, com 40 anos mudar
completamente de ramo e de atividade. Me sentia um garoto.”. Apesar de
mostrar-se disposto a arriscar, Juan afirma que não gosta de arriscar, mas isso
é algo que não se controla: “Não gosto de riscos, mas tem que assumir, senão
não vendo. O risco não está a nosso alcance. É incontrolável.”.
No início do negócio não possuía recursos suficientes e precisou
recorrer a empréstimos e cartas de crédito de bancos. Juan mostrou sua
indignação com o sistema de crédito brasileiro, apontando que não há, de fato,
linhas de crédito voltadas para o pequeno empresário no país, nem mesmo com o
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Tudo é muito
burocrático e as taxas de juros ainda são altas.
Lado positivo e lado negativo de ser empreendedor
O lado positivo está relacionado às conquistas e superações por
que passou ao longo de sua vida, “empreendedor de verdade é aquele que saiu do
nada e empreende alguma coisa, inicia um negócio”. O lado negativo é o fato de
já começar o negócio com dívida, o que é muito comum, segundo Juan. “É duro
começar sem dinheiro”, reforçando a questão das dificuldades enfrentadas pelos
empresários iniciantes no Brasil em relação ao sistema financeiro do
país.
Com relação ao futuro, Juan está otimista: “A Espanha é a nova
locomotiva do mercado de vinhos de qualidade”. Sua expectativa é de que os
vinhos espanhóis passem a ganhar espaço no mercado nacional e está confiante
também que seus contratos de exclusividade reservam para sua carteira os melhores
produtos da Espanha.
Conselhos que daria a um
empreendedor iniciante
“Não peça empréstimos”
“Não tenha medo de nada. Para cada dificuldade, existe uma
solução.”
“Vá ‘quebrar’ a cara.”
“Se puder, faça uma pesquisa de mercado, conheça o mercado.”
“Trabalhe muito.”
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