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6 de abril de 2019

Indústria 4.0, saiba + sobre





Antes de iniciarmos é preciso saber que o conceito indústria 4.0 foi proposto recentemente e que ele alcança as principais inovações tecnológicas dos campos de automação controle e tecnologia da informação aplicadas aos processos de manufatura. A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis – isso significa dizer que um novo período no contexto das grandes revoluções industriais já chegou e ele conta com fábricas inteligentes onde diversas mudanças estão acontecendo na forma em que os produtos sejam manufaturados, causando impactos em diversos setores do mercado.


É importante dizer que a indústria 4.0 está proporcionando um salto tecnológico responsável por elevar a automação a sua máxima potência e como vimos a pouco, a indústria 4.0 é um conceito que engloba a automação e a tecnologia além das principais inovações tecnológicas desses campos. E tudo isso é aplicado na manufatura da transformação de matérias-primas em produtos de valor agregado.




Princípios da Indústria 4.0

São seis os princípios que definem os sistemas de produção inteligentes que tendem a surgir nos próximos anos. São eles:

·  Capacidade de operação em tempo real: Consiste na aquisição e tratamento de dados de forma praticamente instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.


·  Virtualização: Simulações já são utilizadas atualmente, assim como sistemas supervisórios. No entanto, a indústria 4.0 propõe a existência de uma cópia virtual das fabricas inteligentes. Permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos por meio dos inúmeros sensores espalhados ao longo da planta.


·   Descentralização: A tomada de decisões poderá ser feita pelo sistema cyber-físico de acordo com as necessidades da produção em tempo real. Além disso, as máquinas não apenas receberão comandos, mas poderão fornecer informações sobre seu ciclo de trabalho. Logo, os módulos da fabrica inteligente trabalharão de forma descentralizada a fim de aprimorar os processos de produção.


·       Orientação a serviços: Utilização de arquiteturas de software orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services.


·  Modularidade: Produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.



Para quem está chegando agora neste assunto, vamos iluminar alguns pontos importantes, a saber:

A indústria 4.0 está possibilitando um salto tecnológico capaz de elevar toda essa automação à máxima potência, isso significa dizer que ela permite que os robôs desempenhem funções cada vez mais complexas. E isso não é apenas no operacional como soldar placas de aço, isso vale para aquelas tarefas que ‘antes’ eram vistas como sendo exclusivas do nosso intelecto – o fato é que os algoritmos possibilitam que as máquinas analisem dados em uma velocidade na qual os seres humanos não conseguiriam nem em toda a sua vida.


           A indústria 4.0 deixa a tecnologia industrial cada vez eficiente, mais inteligente, mais rápida e mais precisa.





Pilares da indústria 4.0:

A  realidade da indústria 4.0 só se tornou possível devido aos avanços tecnológicos da última década, aliados às tecnologias em desenvolvimento nos campos de tecnologia da informação e engenharia. As mais relevantes foram:


·        Internet das coisas (Internet of Things – IoT): Consiste na conexão em rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos eletrônicos embarcados que permitem a coleta e troca de dados. Sistemas que funcionam a base da Internet das Coisas e são dotados de sensores e atuadores são denominados de sistemas Cyber-físicos, e são à base da indústria 4.0.


·        Big Data Analytics: São estruturas de dados muito extensas e complexas que utilizam novas abordagens para a captura, análise e gerenciamento de informações. Aplicada à indústria 4.0, a tecnologia de Big Data consiste em 6Cs para lidar com informações relevantes: Conexão (à rede industrial, sensores e CLPs), Cloud (nuvem/dados por demanda), Cyber (modelo e memória), Conteúdo, Comunidade (compartilhamento das informações) e Customização (personalização e valores).


·        Segurança: Um dos principais desafios para o sucesso da quarta revolução industrial está na segurança e robustez dos sistemas de informação. Problemas como falhas de transmissão na comunicação máquina-máquina, ou até mesmo eventuais “engasgos” do sistema podem causar transtornos na produção. Com toda essa conectividade, também serão necessários sistemas que protejam o know-how da companhia, contido nos arquivos de controle dos processos.


Para que se entenda a real importância do momento pelo qual estamos passando é preciso entender o significado da palavra revolução – para que seja chamada de revolução é preciso que aconteçam alguns fenômenos em que exista uma transformação radical em toda uma sociedade. E isso não cabe em qualquer novidade no processo de um fabricante que desencadeia uma revolução industrial, e sim em uma tendência tecnológica que impacta a produção a nível mundial – também é verdade que isso não acontece da noite para o dia. Isso pode demorar algumas décadas para se consolidar e para ser reconhecida como revolução.




        

         Agora vamos rapidamente relembrar como foram às revoluções industriais ao longo do tempo:


·        A primeira aconteceu em meados do século 18, com o surgimento das máquinas a vapor e ferrovias a qual substituiu o uso dos animais para gerar força.

·        Entre o final do século 19 e início do século 20, ocorreu a Segunda Revolução Industrial, com a energia elétrica e a linha de produção criada por Henry Ford, possibilitando a produção em larga escala.


·        A terceira chegou junto com a informática, internet, computadores pessoais e toda a gama de plataformas digitais que modernizou o trabalho em fábricas e escritórios.




O fato é que em cada uma dessas revoluções, as máquinas passaram a disputar ou roubar o protagonismo do homem em várias funções. E isso está acontecendo atualmente também, para fortalecer o nosso entendimento sobre esse assunto vamos relembrar agora os seis princípios da indústria 4.0. vistos a pouco.  São os seguintes:

TEMPO REAL: a capacidade de coletar e tratar dados de forma instantânea, permitindo uma tomada de decisão qualificada em tempo real.

VIRTUALIZAÇÃO:  é a proposta de uma cópia virtual das fábricas inteligentes, graças a sensores espalhados em toda a planta. Assim, é possível rastrear e monitorar de forma remota todos os seus processos.

DESCENTRALIZAÇÃO: é a ideia da própria máquina ser responsável pela tomada de decisão, por conta da sua capacidade de se auto ajustar, avaliar as necessidades da fábrica em tempo real e fornecer informações sobre seus ciclos de trabalho.

ORIENTAÇÃO A SERVIÇOS: é um conceito em que softwares são orientados a disponibilizarem soluções como serviços, conectados com toda a indústria.

MODULARIDADE: permite que módulos sejam acoplados e desacoplados segundo a demanda da fábrica, oferecendo grande flexibilidade na alteração de tarefas.

INTEROPERABILIDADE: pega emprestado o conceito de internet das coisas, em que as máquinas e sistemas possam se comunicar entre si.


         Atualmente, meados do mês de abril/2019 é possível ver que além das muitas tecnologias disponíveis existem outros dispositivos que estão ganhando um papel importante na indústria 4.0.

Vamos conhecer a tecnologia RFID, que vem ganhando espaço com os sistemas de rastreabilidade industrial, e os módulos IO-Link.  Esses módulos possuem endereço IP próprio, com conexões diretas de alto e baixo nível. Portanto, descentralizam e organizam a rede de sensores e demais componentes. Com o processo de modularidade da indústria 4.0, aliado à crescente quantidade de sensores que serão utilizados nas fábricas inteligentes, os módulos IO-Link de desenvolvimento de sistemas Cyber-físicos para fábricas inteligentes.
As conexões de dispositivos industriais convencionais x Conexões via módulos distribuídos IO-Link - Conforme o avanço das tecnologias aqui citadas, a tendência é que em um futuro próximo as fábricas se adequem ao conceito de indústria 4.0, tornando-se altamente autônomas e eficientes.



         Vamos elucidar alguns temas como: internet das coisas, Big Data, inteligência artificial e outros:


·        Internet das Coisas – ela também é conhecida pela sigla IoT (de Internet of Things), é um conceito que trata da conexão de aparelhos físicos à rede. E isso não se trata de ter mais dispositivos para acessar a internet, mas sim a hiperconectividade ajudando a melhorar o uso dos objetos. Atualmente é comum que dentro das residências existam aparelhos como (televisão, ar condicionado, geladeira e campainha conectados, por exemplo). E nas indústrias isso também acontece com máquinas gerando relatórios instantâneos de produção para o software de gestão na nuvem, por exemplo. Essa possibilidade é uma das bases da indústria 4.0.


·        Big Data - esse é o termo utilizado para se referir à nossa realidade tecnológica atual, em que uma quantidade imensa de dados é coletada e armazenada diariamente na rede. Ele também é um conceito-chave para a Quarta Revolução Industrial, porque são esses dados que permitem às máquinas trabalharem com maior eficiência. Eis aqui uma questão que um filósofo julgaria um paradoxo: são desenvolvidos algoritmos que permitem aos robôs tratarem e aproveitarem grande parte desses dados. Afinal, os humanos não têm a capacidade de fazer isso por conta própria - e a grande ironia é que esses algoritmos são criados por cientistas da computação, que são seres humanos.


·        Inteligência artificial - com o big data (coleta, armazenamento e tratamento de dados) e da internet das coisas (conexão entre máquinas e sistemas), uma fábrica tem as ferramentas básicas para entrar na Quarta Revolução Industrial. Só que para uma atuação realmente inovadora, no entanto, falta a inteligência artificial (IA), que é o que permite a tomada de decisão da máquina sem a interferência humana. Essa é uma questão bastante polêmica e temida por muitos que tentam enxergar o futuro da IA em longo prazo.



·        Segurançaa segurança do trabalho está longe de ser uma questão nova, ela sempre foi uma das maiores preocupações de grandes empresas, que dedicam diretorias inteiras para cuidar da área. O problema é que quase todo o conhecimento acumulado ao longo de décadas sobre o assunto foca no comportamento humano – e com as fábricas cada vez mais automatizadas e máquinas inteligentes, o viés da segurança do trabalho muda um pouco. A preocupação passa a ter menos manuais de conduta e mais robustez nos sistemas de informação e prevenção de problemas na comunicação entre as máquinas.


·        Computação em nuvem – quando se fala em computação na nuvem é preciso que se diga que os sistemas são armazenados em servidores compartilhados e interligados pela internet, de modo que possam ser acessados em qualquer lugar do mundo.

No contexto da indústria 4.0, isso permite ultrapassar os limites dos servidores da empresa e ampliar as possibilidades de conectividade entre sistemas e tudo isso com menos custo e de forma mais ágil e eficiente que o modelo antigo - a indústria 4.0 traz benefícios para os gestores e também para o público consumidor.




OS IMPACTOS POSITIVOS DA INDÚSTRIA 4.0

Com uma visão estratégica os gestores podem visualizar os benefícios da indústria 4.0 nos negócios.


Investindo na modernização dos processos industriais será possível uma grande redução nos custos de produção, porém é claro que, antes de entrar com tudo na Quarta Revolução Industrial, é necessário um detalhado planejamento.


Assim como mudarão todos os processos, também é preciso que o organograma da companhia siga este caminho – essa é uma oportunidade para ter menos profissionais com função operacional e mais com incumbências estratégicas.


A possibilidade de desenvolver a cultura organizacional de valorização da estratégia para aproveitar ainda mais os pontos positivos da indústria 4.0, afinal, com máquinas inteligentes e o princípio da modularidade, é possível ter uma produção muito mais flexível - desse modo, o gestor, ao identificar demandas e tendências do mercado ele pode agir com muita velocidade para colocar novos produtos na rua.


Também é verdade a indústria 4.0 poderá trazer impactos positivos para os consumidores, eles terão um maior acesso a produtos personalizados, de qualidade e a um custo menor.





OS IMPACTOS NEGATIVOS DA INDÚSTRIA 4.0

         É uma verdade que a dependência da tecnologia pode nos trazer alguns problemas e sem dúvida, é possível problematizar a indústria 4.0 por uma série de ângulos. Os ciberataques, por exemplo, são um problema. Quanto mais conectada a empresa está, mais sujeita ele fica à espionagem industrial.

Outro possível impacto negativo da indústria 4.0 é a distribuição do poder a tecnocratas, aqueles que detêm o conhecimento técnico a respeito das novas tecnologias. Além da finalidade comercial é fato que as inovações podem ser usadas para fins nobres, assim como podem ser utilizadas para fins não tão nobres como subjugar nações inteiras economicamente, acabando com seu mercado interno.


Outro ponto que vale a pena ser destacado é a utilização da inteligência artificial também para fins escusos, como golpes, guerras e fake news (esse último item um problema bastante atual nas últimas eleições do Brasil de 2018).




O MERCADO DE TRABALHO E A INDÚSTRIA 4.0

Já deve ter ficado claro que a indústria 4.0 potencializa a automação,  isso significa basicamente que as máquinas assumem ainda mais funções humanas. Só para fazermos uma reflexão, já saiu uma notícia de um robô-jornalista da Google que projeta escrever 30 mil notícias por mês – mas também é verdade que com essa nova realidade, surgem novas profissões e a possibilidade dos profissionais cuja posição deixa de existir poderem ser realocados para atividades estratégicas, como sugerimos antes.


Mas tudo indica que o saldo, no final, será negativo, essas máquinas inteligentes vão resultar em demissões pelo mundo todo - especialmente na Europa, governantes e economistas começam a planejar uma solução para esse problema. Enquanto isso aqui no Brasil, o problema é que a economia brasileira é baseada em serviços e em produtos de pouco valor agregado, altamente sujeitos à volatilidade do mercado internacional e com margens de lucro pequenas – e, além disso, a indústria brasileira se encontra estagnada e não é mentira dizer que estamos na rabeira tecnológica, mesmo se comparados a outros países em desenvolvimento. Ou seja, implantar a realidade da Quarta Revolução Industrial é um grande desafio, tendo em vista que sempre engatinhamos nas revoluções anteriores.



O caminho que o Brasil deveria seguir é de formar profissionais qualificados, para planejar, executar e gerenciar as inovações tecnológicas. E é claro, que além do conhecimento técnico, é necessário estimular a criatividade, a proatividade e o gosto pela inovação oferecendo uma melhor infraestrutura em logística e telecomunicações.




AS EMPRESAS NA INDÚSTRIA 4.0

Os gestores precisam buscar informação e entender os conceitos, princípios e pilares da indústria 4.0. – só assim eles terão a possibilidade de mensurar de forma precisa todos os impactos e benefícios do processo de implementação dessas novas tecnologias nas suas empresas. Quanto ao desafio da mão de obra qualificada, se não for possível encontrar o perfil de profissional desejado no mercado, a saída é investir na formação. Para isso basta identificar, entre os recursos humanos da empresa, os colaboradores com maior disposição e potencial para aprender as aptidões necessárias. Investir na formação de um especialista pode até ser mais vantajoso do que contratar alguém de fora, pois o profissional já conhece a cultura organizacional da empresa e a tendência é que, para retribuir o investimento, ele seja leal a ela.




  OS IMPACTOS DA INDÚSTRIA 4.0

Como vimos a pouco, um dos maiores impactos causados pela indústria 4.0 será uma mudança que afetará o mercado como um todo. Consiste na criação de novos modelos de negócios. Em um mercado cada vez mais exigente, muitas empresas procurando integrar ao seu produto as necessidades e preferências específicas de cada cliente. A customização prévia do produto por parte dos consumidores tende a ser uma variável a mais no processo de manufatura e as fábricas inteligentes serão capazes de levar essa personalização de cada cliente em consideração e se adaptando a essas preferências.

Outro aspecto a ser abalado pela quarta revolução industrial será a pesquisa e o desenvolvimento nos campos de segurança em T.I., confiabilidade da produção e interação máquina-máquina. A tecnologia deverá se desenvolver continuamente para tornar viável a adaptação de empresas a este novo padrão de indústria que está surgindo.


E para finalizar, os profissionais precisarão se adaptar as fábricas ainda mais automatizadas as novas demandas que surgirão e a outras que deixarão de existir. Também já vimos que os trabalhos manuais e repetitivos já vêm sendo substituídos por mão de obra automatizada, e com indústria 4.0 isso só tende a aumentar. Por outro lado, as demandas em pesquisa e desenvolvimento oferecerão oportunidades para profissionais tecnicamente capacitados, com formação multidisciplinar para compreender e trabalhar com a variedade de tecnologia que compõe uma fábrica inteligente.







Fonte e Sítios Consultados

https://www.citisytems.com
https://fia.com

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