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24 de março de 2019

Princípios da Administração




Muitos dos problemas que enfrentamos no nosso cotidiano têm sua origem na inexistência ou ineficiência de algum tipo de organização e só esse fato já é capaz de salientar a importância das organizações serem bem administradas para melhorar a qualidade de vida da sociedade - Em outras palavras isso significa dizer que administradores bem preparados são recursos sociais importantes. Essa predominância das organizações e sua importância para a sociedade moderna bem como a necessidade de administradores competentes faz parte da base do desenvolvimento da teoria geral da administração.

Abaixo o quadro que mostra 'ao longo dos anos' a história da Administração através de diferentes teorias.



ÊNFASE
TEORIAS
ANO
AUTOR
ENFOQUES
Nas Tarefas
Administração Científica
1903
Taylor
Racionalização do trabalho operacional




Na Estrutura
Da burocracia
1909
Weber
Organização formal burocrática e racionalização organizacional
Clássica
1916
Fayol
Organização formal


Estruturalista


1947


Weber
Múltipla abordagem: Organização formal e informal, análise intra-organizacional e interorganizacional
Neoclássica
1954

Princípios gerais da administração e funções do administrador
Nas pessoas

Das relações humanas

1932

Mayo
Organização informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmicas em grupos.

Comportamental

1957

Estilos de administração, teoria de decisões, integração dos objetivos individuais e organizacionais
Desenvolvimento organizacional

1962

Mudança organizacional planejada e abordagem do sistema aberto.
No ambiente

Estruturalista

1947

Análise intra-organizacional e ambiental
Abordagem de sistema aberto
Da contingência
1972

Análise ambiental e abordagem de sistema aberto
Na tecnologia
Da contingência
1972

Administração da tecnologia (imperativo tecnológico)



TGA - TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Geral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da Administração e sua aplicação nas organizações e a razão para se estudar TGA é o fato do estudo desta disciplina proporcionar os seguintes benefícios:

·        Conhecer os temas que envolvem a ciência da Administração;

·        Favorecer a empatia e identificação com áreas profissionais (RH, MKT, ATENDIMENTO, FINANCEIRO etc.);

·     Aplicação das técnicas e princípios na resolução de problemas organizacionais e, até mesmo, pessoais.



PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

A administração é utilizada por diversas atividades em milhares de empresas no mundo, embora seja possível encontrar empresas atuando sem o mínimo conhecimento administrativo - nesse sentido, encontramos aqueles profissionais egressos e promovidos de áreas mais técnicas como a medicina, turismo, etc. Esses profissionais ocupam em muitas empresas, cargos de gerentes ou coordenadores, mesmo faltando em muitos casos o conhecimento administrativo, o qual foi pouco ‘visto’ nas suas especialidades. Estes profissionais têm dois caminhos a seguir: buscar o conhecimento ou partir para o estratagema ensaio-e-erro (errar para aprender). (o que é pouco interessante para as empresas).

·   Assistimos ao fim das organizações burocráticas e o surgimento de novas arquiteturas organizacionais adequadas às novas demandas da era pós-industrial. Isto se deve a:

·   Velocidade das mudanças – conhecimento, explosão populacional, novas necessidades, novos produtos e serviços;

· Crescimento em tamanho das organizações – se tornam complexas e globalizadas;

· Alteração nas atividades – exigência por pessoas com diversas competências e altamente especializadas, com capacidades coordenativas e com rápida assimilação às mudanças.

Com certeza a atividade de administrar se torna a cada dia mais desafiadora e isso acontece em razão dos problemas atuais precisarem ser enfrentados por administradores multifacetados e complexos. Mais do que agora. Isto exigirá muito mais empenho aos profissionais desta área.


Veja os vários fatores que provocam impactos sobre organizações e profissionais:

·                   Crescimento das organizações;

·                   Concorrência mais acirrada;

·                   Contado online com os clientes;

·                   Tecnologia e inovação

·                   Globalização;

·                   Maior visibilidade das organizações.

Com isso, novas formas e modelos de organizações surgirão, bem como a necessidade de uma nova mentalidade dos administradores nesses novos tempos.




AS INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES À ADMINISTRAÇÃO

Influência dos Filósofos e Cientistas


A Administração recebeu influência da filosofia, através de vários pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, dentre outros, isto no período entre 470 – 322 a.C.

René Descartes (1596-1650). Filósofo, matemático e físico francês, teve grande influência na teoria administrativa, através quatro princípios: Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência; Princípio da Análise ou da Decomposição; Princípio da Síntese ou da Composição; Princípio da enumeração ou da Verificação.

Muitos outros filósofos desta tiveram sua participação na teoria administrativa, como: Thomas Hobbes (1588 – 1679); Jean-Jaques Rosseau (1712-1778); Karl Marx (1818-1883); Friedrich Engels (1820-1895); Isaaac Newton (1642-1727).

Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a Administração de receber contribuições e influências, uma vez que o campo de estudo filosófico afasta-se enormemente dos problemas organizacionais.


Influência da Organização Igreja Católica

Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou a sua organização, com uma hierarquia de autoridade, um estado-maior e a coordenação funcional para assegurar a integração. A organização hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa. A estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações que incorporaram seus princípios e normas administrativas.


Influência da Organização Militar

A organização militar sempre influenciou o modo de vida nas empresas e teorias da administração fazendo com que estratégias fossem adaptadas à organização. Assim como a disciplina é um requisito fundamental para a organização, a organização requer planejamento, no qual as decisões devem ser científicas e não intuitivas.


Influência da Revolução Industrial

A Revolução Industrial teve sua primeira fase em 1780-1860, quando James Watt inventou a máquina a vapor. O tear provocou um enorme surto de industrialização na Inglaterra, que se estendeu rapidamente por toda Europa e EUA. Ele foi um marco de transformação de uma economia agrária, predominantemente artesanal na forma de produção, para uma economia industrial, com novos sistemas operacionais, o trabalho do homem começou a ser substituído pelo trabalho mecânico. O antigo artesão transformou-se em operário.
A segunda fase iniciou por volta de 1861, com a utilização industrial da eletricidade e dos derivados de petróleo como fonte de energia, as indústrias começaram a trabalhar o aço, e é introduzida, definitivamente, a maquinaria automática. O operário se torna mais especializado. Como consequência dessa revolução, podemos notar num primeiro momento o crescimento acelerado e desorganizado das empresas. A competição começou a ser um fato, e isso exigia providências mais do que imediatas para conciliar e adaptar o processo produtivo ao panorama do mercado. Era preciso mais eficiência e produtividade.


Influência dos Economistas Liberais

As ideias básicas dos economistas clássicos liberais constituem os germes do pensamento administrativo de nossos dias. A ideia central é a de competição, corresponde ao período de máximo desenvolvimento da economia capitalista. O novo capitalismo inicia a produção em larga escala a partir das grandes concentrações de maquinaria e de mão-de-obra, criando situações extremamente problemáticas de organização de trabalho, de ambiente, de concorrência econômica, de padrão de vida, etc. Mediante este caos, o capitalismo teve de se aperfeiçoar de todas as formas, em todos os fatores de produção envolvidos e na sua adequada remuneração. Dentre estas situações surgem os primeiros esforços nas empresas capitalistas para a implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho.


Influência dos Pioneiros e Empreendedores

O Século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as empresas também. As condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando gradativamente. Os grandes capitães de indústrias, não tinham condições de sistematizar seus vastos negócios com eficiência, pois eram empreendedores e não organizadores. A organização era um desafio mais difícil do que a criação dessas empresas.

Na virada do século XX, grandes corporações perderam financeiramente. Dirigir grandes empresas não era apenas uma questão de habilidade pessoal como muitos empreendedores pensavam. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. A era da competição e da concorrência como decorrência desta realidade estava postulada.





TIPOS DE PLANEJAMENTO
Devemos considerar a existência de três tipos de planejamento que devem estar permanentemente integrados:


·        Planejamento EstratégicO: Contempla as decisões estratégicas da organização e serve como processo gerencial que possibilita à empresa o rumo a ser seguido.


·        Planejamento TÁTICO: Toma as diretrizes do PE e busca otimizar determinada área da empresa, buscando a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução  de objetivos previamente fixados.


·        Planejamento OPERACIONAL: Pode ser considerado como a formalização das metodologias de trabalho estabelecidas visando estabelecer os planos de ação da empresa.


FUNÇÃO DA PRODUÇÃO
Na administração de empresas, as operações se responsabilizam pela manufatura, entrega e serviços dos produtos providos pela empresa, afim de satisfazer as solicitações de consumidores.





FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.


FUNÇÃO DE MARKETING
Marketing é um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com os outros. Sua função na empresa é a de lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação constituem a essência desse setor em uma organização.


FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
Gerenciar o capital humano da organização em seus aspectos administrativo e funcional, buscando investir no seu desenvolvimento permanente, através de ações educativas que visem a qualidade de vida pessoal, profissional e dos serviços a serem prestados.  O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos (RH) com estas tarefas é alinhar as políticas de RH com a "estratégia" da organização, que reservará para implantar a estratégia através dos trabalhadores.
Durante muito tempo, a função de RH ficou associada à forma coerciva como organização tratava os seus trabalhadores. Depois de algum tempo adquiriu o nome de Gestão de pessoal e só depois gestão de recursos humanos (GRH). Esta última designação foi a mais popular e melhor aceita, isto porque trouxe uma lufada de ar fresco, mais flexibilidade e, acima de tudo, começou a preocupar-se com os trabalhadores, a dar importância e reconhecer o mérito do talento humano de cada organização.






ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Elas partiram de pontos distintos com a preocupação de aumentar a eficiência na empresa. Seus postulados dominaram aproximadamente as quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organizações.

A origem da Abordagem Clássica da Administração está nas consequências geradas pela revolução industrial, basicamente no crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação, e a necessidade de aumentar a eficiência e competência das organizações no sentido de obter melhor rendimento possível dos seus recursos e fazer face à concorrência e competição que se avolumavam entre as empresas.





ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA - TAYLOR

Ênfase: Tarefas
Enfoque: Chão de Fábrica – Produção

Preocupava-se exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário através do estudo dos tempos e movimentos (Motion-time Study). Taylor começou por baixo, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.

Frederick Winslow Taylor, o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, na Midvale Steel Co. e, em 1885, formou-se engenheiro pelo Stevens Institute. Seu trabalho é dividido em duas etapas, de acordo com o seguinte:

Primeiro Período de Taylor
Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo. Taylor iniciou suas experiências na Midvale Steel, onde permaneceu até 1889, quando entrou para a Bethlehem Steel Works. Em 1895, apresentou à Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos um estudo experimental denominado “Notas sobre as correias”. Mais tarde, publicou outro de seus estudos, denominado “Um sistema de gratificação por peça”, apresentando um sistema de gratificação e administração dos operários. Em 1903, publicou seu livro denominado “Administração de Oficinas”, onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meios do Estudo de Tempos e Movimentos. Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Concluiu que o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível.

Segundo Período de Taylor
Correspondente à época da publicação de seu livro Princípios de Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação de seus princípios. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:
·  Vadiagem Sistemática por parte dos operários;
·  Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização;
·  Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.

O resultado inicial de seu trabalho foi a fundação da Taylor Society, instituição voltada para a divulgação e desenvolvimento de seu trabalho.



ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento, e o empirismo à ciência. Pretendia elaborar uma ciência da Administração. Talvez seja essa a grande contribuição desse pioneiro. A Administração Científica constitui uma combinação global que pode ser assim sumariada:
Ciência
Harmonia
Cooperação
Rendimento Máximo
versus
Empirismo
Discórdia
Individualismo
Produção Reduzida
Desenvolvimento de cada homem no sentido de alcançar maior eficiência

O principal objetivo da Administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado (identidade de interesses). É preciso dar ao trabalhador o que ele mais deseja: altos salários, e ao empregador, também, o que ele realmente deseja: baixo custo de produção.



ORT - ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
Taylor verificou que, em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos, o que levava a diferentes maneiras e métodos para fazer a mesma tarefa em cada ofício, e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Essa grande diferença levava a diferentes níveis de produtividade em diferentes operários, e Taylor chegou a conclusão que deveriam ser os administradores, e não os operários, que deveriam fixar a melhor maneira de realizar um trabalho (the best way). Dessa forma, Taylor separou as atividades de execução (operários) e planejamento e supervisão (administração). A ORT consistia nos seguintes aspectos:

Análise do Trabalho e Estudo de Tempos e Movimentos
A análise do trabalho consistia em decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos, para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário, ao mesmo tempo em que se fazia o estudo de tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a execução da tarefa, adicionados os tempos elementares e mortos (esperas, preparação, necessidades pessoais, etc.). Com isto, padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. Essa análise apresentou as seguintes vantagens:
·  Eliminar os movimentos inúteis e substituí-los por outros mais eficazes;
·  Tornar mais racional a seleção e treinamento de pessoal;
·  Melhorar a eficiência do operário e o rendimento da produção;
·  Distribuir uniformemente o trabalho, para que não haja períodos de falta ou
excesso de trabalho;
·  Ter uma base uniforme para salários equitativos e para prêmios por aumento de produção;
·  Calcular com mais precisão o custo unitário e preço de venda dos produtos.
Com a análise do trabalho e o estudo de tempos e movimentos se procurava a melhor maneira de se executar alguma tarefa (the best way), bem como a seleção de pessoal adequado para cada tarefa (first class man), elevando a eficiência do operário. Eficiência significa a correta utilização dos recursos (meios de produção) disponíveis, enquanto produtividade pode ser definida como a produção de uma unidade produtora por unidade de tempo, isto é, o resultado da produção de alguém por um determinado período de tempo. Quanto maior a eficiência, maior a produtividade.


Estudo da Fadiga Humana
Este estudo tinha a finalidade de identificar os principais causadores da fadiga humana, uma vez que a fadiga era responsável por uma intensa queda de produtividade, e predispõe o trabalhador a:
·   Diminuição da Produtividade
·   Perda de Tempo
·   Doenças
·   Acidentes
·   Diminuição da Capacidade de Esforço
Com isto a Administração Científica pretendia racionalizar os movimentos, eliminando aqueles que produzem fadiga e que estejam ou não relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador.

Divisão do Trabalho e Especialização do Operário
Ao verificar que o trabalho pode ser melhor executado e de maneira mais econômica por meio da subdivisão das tarefas, chegou-se à conclusão de que o trabalho de cada pessoa deveria, tanto quanto possível, limitar-se à execução de uma única e simples tarefa predominante. Com isto, cada operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples e elementares, para ajustar-se aos padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método.A idéia básica era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto maior será sua eficiência. Surge aqui também o conceito de linha de montagem.

Desenho de Cargos e Tarefas
Tarefa é toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho dentro da organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva. Cada cargo tem um ou mais ocupantes (pessoas) que executam determinadas tarefas específicas. Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado, projetado e combinado com outros cargos para execução das tarefas maiores. Pela descrição de tarefas e cargos, e pela simplicidade de cargos, o ocupante pode aprender rapidamente os métodos prescritos, exigindo um mínimo de treinamento, permitindo um controle e acompanhamento visual por parte do supervisor. A simplificação no desenho de cargos manuais permite as seguintes vantagens:
a)   Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores;
b)   Minimização dos custos de treinamento;
c)   Redução da possibilidade de erros na execução;
d)   Facilidade de supervisão;
e)   Aumento da eficiência do trabalhador.

Incentivos Salariais e Prêmios de Produção
Para que o operário colabore com a empresa e trabalhe dentro dos padrões de tempo previstos, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no tempo (empregados mensalistas, diaristas ou horistas) não estimulava ninguém a trabalhar mais e deveria ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (salário por peça).A implantação da Administração Científica levou o operário americano a ser um dos operários mais bem pagos do mundo industrializado e detentor de elevado padrão de vida graças aos seus salários. Contudo, esse operário de bom salário e de bom padrão de vida teve de suportar durante longas décadas o seu trabalho simples, repetitivo, padronizado, robotizado.


Conceito de Homo Economicus
Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como profundamente influenciada por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona.
O homem é exclusivamente motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para sobreviver.Uma vez selecionado cientificamente o trabalhador do ponto de vista físico( first class man), ensinado o melhor método de trabalho (the best way), condicionada sua remuneração à eficiência, o trabalhador passará a produzir o máximo de que fosse capaz fisicamente.
Taylor descreve o homem como um indivíduo preguiçoso, limitado e mesquinho, culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado continuamente por meio do trabalho previamente racionalizado e do tempo padrão.


Condições de Trabalho
Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. As condições de trabalho que mais preocuparam os engenheiros da administração foram as seguintes:
a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho;
b) arranjo físico das máquinas e equipamentos;
c) melhoria do ambiente físico de trabalho (ruído, ventilação, iluminação, conforto);
d) projeto de instrumentos especiais para cargos específicos;
O conforto do operário e a melhoria do ambiente físico passaram a ser muito valorizados, não porque as pessoas o merecessem, mas porque eram essenciais para a obtenção da eficiência do trabalhador.

Padronização
A Organização Racional do Trabalho se preocupou com a padronização dos métodos de trabalho, através da seleção, por métodos científicos, da melhor maneira de executar uma tarefa. Preocupou-se também com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, no sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e, consequentemente eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.Com a Administração Científica, a padronização passa a ser uma preocupação constante na obtenção da eficiência. A padronização pode conduzir à simplificação, à medida em que a uniformidade obtida reduza a variabilidade e as exceções que complicam as coisas.


Supervisão Funcional
Taylor propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área, e que tem autoridade funcional, relativa somente à sua especialidade sobre os mesmos subordinados. Essa autoridade funcional é relativa e parcial, e corresponde exatamente à aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos supervisores e chefes.Tal concepção trouxe muitos ataques ao seu idealizador, pois se argumenta que um homem não pode subordinar-se a dois ou mais superiores.


CRÍTICAS
Taylor encontrou um ambiente totalmente desorganizado, desestruturado e tentou pôr uma certa ordem na casa. Foi a primeira tentativa da Teoria da Administração. Foi um progresso. Entretanto, inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Cientifica: o mecanismo de sua abordagem, que lhe garante o nome de teoria da máquina, a superespecialização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomado isoladamente e como apêndice da maquina industrial, a ausência de qualquer comprovação cientifica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado. Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Administração Cientifica foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. É um passo pioneiro e irreversível.

Lembre-se: Nesta teoria a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Toda abordagem Clássica da Administração alicerçava-se nessa teoria da motivação. É uma abordagem puramente tecnicista e mecanicista.







A ADMINISTRAÇÃO DE FORD – PRINCÍPIOS BÁSICOS
Henry Ford (1863-1947) – Engenheiro – Fundou a Ford Motor Co. Revolucionou a estratégia comercial da sua época. Fabricou o primeiro carro popular, Criou as esteiras rolantes, a cujos movimento o operário se adaptava e tinha uma velocidade regulada de acordo com o ritmo de produção, preocupava-se com a economia de material e de tempo.

Também criou um plano de vendas. Criou a assistência técnica de grande alcance.

Em 1913 a velocidade de fabricação era a produção de um carro a cada 83 minutos. 

Repartiu, em 1914, parte do controle acionário da empresa com os funcionários. Estabeleceu salário mínimo de US5,00 por dia de trabalho com jornada diária de 8 horas. Em 1926 empregava 150.000 pessoas e fabricava 2.000.000 de carros por ano. Produzia desde a matéria prima inicial ao produto final acabado. Criou a distribuição através de agências próprias. Idealizou a linha de montagem, com produção em série, padronizada e de custo mais baixo. Ford era um empreendedor, tinha uma visão prática da administração. Para ele uma empresa divide-se em dois níveis: Planejamento e Execução

Ford diferenciou-se de Taylor, em virtude de ter se preocupado com uma empresa eficiente em termos de:

·        Produção, movimentação e salário de um lado;

·        Custos e preços mínimos de outro lado


O modelo aplicado por Ford se caracteriza por: trabalho dividido, respeito contínuo, baseando-se em três princípios:

1- Princípio da intensificação: Consiste em diminuir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.

2- Principio da economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação. Assim Ford conseguiu fabricar um trator ou um automóvel, vende-lo e recebe-lo antes do vencimento da matéria prima empregada na fabricação e do pagamento dos salários. Segundo Ford a velocidade de fabricação deve ser rápida. O minério sai da mina Sábado e entregue sob forma de carro na Terça feira a tarde.

3- Principio de produtividade: Consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período através da especialização da linha de montagem.





TEORIA CLÁSSICA – FAYOL

Henry Fayol nasceu em Constantinopla (1841-1925) e era engenheiro como Taylor.

Ênfase: Estrutura da organização
Enfoque: Gerência

Enquanto Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-se rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica da Administração (Henri Fayol). A Teoria Clássica partia do estudo do todo organizacional e da sua estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocupantes de cargos e executores de tarefas). A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da TGA (abordagem anatômica e estrutural).

Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica da Administração, nasceu em Constantinopla, formou-se engenheiro de minas aos 19 anos e entrou para uma companhia metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos foi nomeado gerente das minas e aos 47 assumia a gerência geral da “Compagnie Commantry Fourchambault et Decazeville”, que no momento se encontrava em situação difícil. Em 1918 transmitiu a empresa ao seu sucessor, dentro de notável estabilidade. Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu famoso livro “Administration Industrielle et Générale”, publicado em Paris em 1916.

Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society foi fundada para divulgação e desenvolvimento de sua obra, na França o ensino e o desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos Administrativos.


SEIS FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA
Fayol parte da pressuposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos, a saber:

Ø Comerciais –
Ø Técnicas –
Ø De segurança –
Ø Financeiras –
Ø Contábeis –
Ø Administrativas –





O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
Para esclarecer o que sejam as funções administrativas, Fayol define o ato de administrar como sendo:

q PREVER
                                             
q ORGANIZAR
                                 
q  COMANDAR

q  COORDENAR

*       CONTROLAR
                            
.
Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado Processo Administrativo e, que são localizados em qualquer trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Tanto o Diretor, o Gerente, o Chefe, o Supervisor como o Encarregado – cada qual em seu nível – desempenham atividades que envolvem estas funções.



PROPORCIONALIDADE DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Fayol foi o primeiro a comentar que os operários dos níveis inferiores da organização são possuidores da capacidade técnica e, à medida que assumem postos mais elevados no nível hierárquico, vão adquirindo cada vez mais capacidade administrativa e perdendo a capacidade técnica.


DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
Administração é um todo do qual a organização é uma das partes. O conceito amplo de administração, como um conjunto de processos entrosados e unificados abrange aspectos que a organização por si só não envolveria, tais como previsão, comando e controle.

Fayol considera dois tipos de organização:

1 - Organização como unidade ou entidade social, ou qualquer empreendimento humano moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos:
a) Organização Formal (Divisão do Trabalho - Racionalidade)
b) Organização Informal (Amizades - Grupos Informais - Relacionamentos)


2 - Organização como função administrativa e parte do processo administrativo. Nesse caso ela significa o ato de organizar, estruturar, integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração, e estabelecer as relações entre eles.

A Teoria Clássica concebe a organização como se fosse uma estrutura, em termos de forma e organização das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre essas partes. Restringe-se ao aspecto da organização formal.


PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
Fayol também tentou definir os Princípios Gerais de Administração, sistematizando-os muito bem, embora sem originalidade, pois utilizou uma coletânea de diversos autores de sua época. Tais princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer circunstância, tempo ou lugar, inclusive atualmente:

1)       Divisão do Trabalho:

2)       Autoridade e Responsabilidade:

3)       Disciplina:

4)       Unidade de Comando:

5)       Unidade de Direção:
  
6)       Subordinação dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais:

7)       Remuneração do Pessoal:

8)       Centralização:

9)       Cadeia Escalar:

10)   Ordem:

11)   Equidade:

12)   Estabilidade e Duração (num cargo) Pessoal:

13)   Iniciativa:

14)   Espírito de Equipe:






DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO
A organização deve caracterizar-se por uma divisão do trabalho claramente definida. A divisão do trabalho conduz à especialização e à diferenciação das tarefas. A ideia básica era a de que as organizações com elevada divisão do trabalho seriam mais eficientes do que aquelas com pouca divisão do trabalho. Enquanto a Administração Científica se preocupava com a divisão do trabalho no nível do operário, fragmentando suas tarefas, a teoria clássica se preocupava com a divisão dos órgãos que compõem a organização, isto é, departamentos, seções, divisões, etc. A divisão do trabalho pode ocorrer em duas direções:

a) Verticalmente: níveis de autoridade e responsabilidade (escala hierárquica);

b) Horizontalmente: diferentes tipos de atividades desenvolvidas na organização.

A Departamentalização refere-se à especialização e ao desdobramento horizontal da organização. A homogeneidade é obtida na organização quando são reunidos, na mesma unidade, todos os que estiverem executando o mesmo trabalho, pelo mesmo processo, para a mesma clientela, no mesmo lugar.


CONCEITO DE LINHA E STAFF
Fayol se preocupou muito com a chamada “Organização Linear”, que constitui um dos tipos mais simples de organização. A organização linear se baseia nos princípios de:

a) Unidade de Comando ou supervisão única: Um indivíduo possui apenas um chefe

b) Unidade de Direção: Todos os planos se integram a planos maiores que conduzam os objetivos da organização

c) Centralização da Autoridade: toda a autoridade máxima de uma organização deve estar centralizada no topo

d) Cadeia escalar: a autoridade deve estar disposta em uma hierarquia

Essa organização linear apresenta uma forma piramidal. Nela ocorre a supervisão linear, baseada na unidade de comando e que é o oposto à supervisão funcional de Taylor. Na organização linear os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização seguem rigidamente o princípio escalar (autoridade de comando). Porém, para que os órgãos de linha possam executar suas atividades especializadas, tornam-se necessários órgãos prestadores de serviço especializados, como assessoria, recomendações, conselhos, e outros. Esses não obedecem ao conceito de princípio escalar nem possuem autoridade de comando. Tais serviços e assessorias não podem ser impostos obrigatoriamente aos órgãos de linha, mas simplesmente oferecidos. Sua autoridade - chamada de autoridade de staff - é simplesmente autoridade de especialista e não autoridade de comando.















Fonte e Sítios Consultados

Apostila do curso de sistemas da informação, UnU “Rio das Pedras”






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