Muitos dos problemas que enfrentamos no
nosso cotidiano têm sua origem na inexistência ou ineficiência de algum tipo de
organização e só esse fato já é capaz de salientar a importância das
organizações serem bem administradas para melhorar a qualidade de vida da
sociedade - Em outras palavras isso significa dizer que administradores bem
preparados são recursos sociais importantes. Essa predominância das
organizações e sua importância para a sociedade moderna bem como a necessidade
de administradores competentes faz parte da base do desenvolvimento da teoria
geral da administração.
Abaixo o quadro que mostra 'ao longo dos anos' a história da Administração através de diferentes
teorias.
ÊNFASE
|
TEORIAS
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ANO
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AUTOR
|
ENFOQUES
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Nas Tarefas
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Administração Científica
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1903
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Taylor
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Racionalização do
trabalho operacional
|
Na Estrutura
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Da burocracia
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1909
|
Weber
|
Organização formal burocrática e racionalização organizacional
|
Clássica
|
1916
|
Fayol
|
Organização formal
|
|
Estruturalista
|
1947
|
Weber
|
Múltipla abordagem:
Organização formal e informal, análise intra-organizacional e interorganizacional
|
|
Neoclássica
|
1954
|
Princípios gerais
da administração e funções do administrador
|
||
Nas pessoas
|
Das relações
humanas
|
1932
|
Mayo
|
Organização
informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmicas em grupos.
|
Comportamental
|
1957
|
Estilos de administração,
teoria de decisões, integração dos objetivos individuais e organizacionais
|
||
Desenvolvimento
organizacional
|
1962
|
Mudança
organizacional planejada e abordagem do sistema aberto.
|
||
No ambiente
|
Estruturalista
|
1947
|
Análise
intra-organizacional e ambiental
Abordagem de
sistema aberto
|
|
Da contingência
|
1972
|
Análise ambiental e
abordagem de sistema aberto
|
||
Na tecnologia
|
Da contingência
|
1972
|
Administração da
tecnologia (imperativo tecnológico)
|
TGA
- TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
A
Teoria Geral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do
estudo da Administração e sua aplicação nas organizações e a razão para se
estudar TGA é o fato do estudo desta disciplina proporcionar os seguintes
benefícios:
·
Conhecer os temas que envolvem a ciência da
Administração;
·
Favorecer a empatia e identificação com áreas
profissionais (RH, MKT, ATENDIMENTO, FINANCEIRO etc.);
· Aplicação das técnicas e princípios na
resolução de problemas organizacionais e, até mesmo, pessoais.
PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO
A
administração é utilizada por diversas atividades em milhares de empresas no mundo,
embora seja possível encontrar empresas atuando sem o mínimo conhecimento
administrativo - nesse sentido, encontramos aqueles profissionais egressos e
promovidos de áreas mais técnicas como a medicina, turismo, etc. Esses
profissionais ocupam em muitas empresas, cargos de gerentes ou coordenadores,
mesmo faltando em muitos casos o conhecimento administrativo, o qual foi pouco ‘visto’
nas suas especialidades. Estes profissionais têm dois caminhos a seguir: buscar
o conhecimento ou partir para o estratagema ensaio-e-erro (errar para aprender). (o que é pouco interessante para as
empresas).
· Assistimos ao fim das organizações
burocráticas e o surgimento de novas arquiteturas organizacionais adequadas às
novas demandas da era pós-industrial. Isto se deve a:
· Velocidade das mudanças – conhecimento,
explosão populacional, novas necessidades, novos produtos e serviços;
· Crescimento em tamanho das organizações – se
tornam complexas e globalizadas;
· Alteração nas atividades – exigência por
pessoas com diversas competências e altamente especializadas, com capacidades
coordenativas e com rápida assimilação às mudanças.
Com
certeza a atividade de administrar se torna a cada dia mais desafiadora e isso
acontece em razão dos problemas atuais precisarem ser enfrentados por administradores
multifacetados e complexos. Mais do que agora. Isto exigirá muito mais empenho
aos profissionais desta área.
Veja
os vários fatores que provocam impactos sobre organizações e profissionais:
·
Crescimento das organizações;
·
Concorrência mais acirrada;
·
Contado online com os clientes;
·
Tecnologia e inovação
·
Globalização;
·
Maior visibilidade das organizações.
Com
isso, novas formas e modelos de organizações surgirão, bem como a necessidade
de uma nova mentalidade dos administradores nesses novos tempos.
AS INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES À
ADMINISTRAÇÃO
Influência dos Filósofos e Cientistas
A Administração recebeu influência da filosofia, através
de vários pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, dentre outros, isto
no período entre 470 – 322 a .C.
René Descartes (1596-1650). Filósofo, matemático e físico
francês, teve grande influência na teoria administrativa, através quatro
princípios: Princípio da Dúvida
Sistemática ou da Evidência; Princípio
da Análise ou da Decomposição; Princípio
da Síntese ou da Composição; Princípio
da enumeração ou da Verificação.
Muitos outros filósofos desta tiveram sua participação na
teoria administrativa, como: Thomas Hobbes (1588 – 1679); Jean-Jaques Rosseau
(1712-1778); Karl Marx (1818-1883); Friedrich Engels (1820-1895); Isaaac Newton
(1642-1727).
Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a
Administração de receber contribuições e influências, uma vez que o campo de
estudo filosófico afasta-se enormemente dos problemas organizacionais.
Influência da Organização Igreja
Católica
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou a sua
organização, com uma hierarquia de autoridade, um estado-maior e a coordenação
funcional para assegurar a integração. A organização hierárquica da Igreja é
tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar sob o
comando de uma só cabeça executiva: o Papa. A estrutura da organização
eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações que incorporaram seus
princípios e normas administrativas.
Influência da Organização Militar
A organização militar sempre influenciou o modo de vida
nas empresas e teorias da administração fazendo com que estratégias fossem
adaptadas à organização. Assim como a disciplina é um requisito fundamental para
a organização, a organização requer planejamento, no qual as decisões devem ser
científicas e não intuitivas.
Influência da Revolução Industrial
A Revolução Industrial teve sua primeira fase em
1780-1860, quando James Watt inventou a máquina a vapor. O tear provocou um
enorme surto de industrialização na Inglaterra, que se estendeu rapidamente por
toda Europa e EUA. Ele foi um marco de transformação de uma economia agrária,
predominantemente artesanal na forma de produção, para uma economia industrial,
com novos sistemas operacionais, o trabalho do homem começou a ser substituído
pelo trabalho mecânico. O antigo artesão transformou-se em operário.
A segunda fase iniciou por volta de 1861, com a
utilização industrial da eletricidade e dos derivados de petróleo como fonte de
energia, as indústrias começaram a trabalhar o aço, e é introduzida,
definitivamente, a maquinaria automática. O operário se torna mais
especializado. Como consequência dessa revolução, podemos notar num primeiro
momento o crescimento acelerado e desorganizado das empresas. A competição
começou a ser um fato, e isso exigia providências mais do que imediatas para
conciliar e adaptar o processo produtivo ao panorama do mercado. Era preciso
mais eficiência e produtividade.
Influência dos Economistas Liberais
As ideias básicas dos economistas clássicos liberais
constituem os germes do pensamento administrativo de nossos dias. A ideia
central é a de competição, corresponde ao período de máximo desenvolvimento da
economia capitalista. O novo capitalismo inicia a produção em larga escala a
partir das grandes concentrações de maquinaria e de mão-de-obra, criando
situações extremamente problemáticas de organização de trabalho, de ambiente,
de concorrência econômica, de padrão de vida, etc. Mediante este caos, o
capitalismo teve de se aperfeiçoar de todas as formas, em todos os fatores de
produção envolvidos e na sua adequada remuneração. Dentre estas situações
surgem os primeiros esforços nas empresas capitalistas para a implantação de
métodos e processos de racionalização do trabalho.
Influência dos Pioneiros e
Empreendedores
O Século XIX assistiu a um monumental desfile de
inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as
empresas também. As condições para o aparecimento da teoria administrativa
estavam se consolidando gradativamente. Os grandes capitães de indústrias, não
tinham condições de sistematizar seus vastos negócios com eficiência, pois eram
empreendedores e não organizadores. A organização era um desafio mais difícil
do que a criação dessas empresas.
Na virada do século XX, grandes corporações perderam financeiramente.
Dirigir grandes empresas não era apenas uma questão de habilidade pessoal como
muitos empreendedores pensavam. Estavam criadas as condições para o
aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. A era da competição
e da concorrência como decorrência desta realidade estava postulada.
TIPOS
DE PLANEJAMENTO
Devemos considerar a existência
de três tipos de planejamento que devem estar permanentemente integrados:
·
Planejamento EstratégicO: Contempla
as decisões estratégicas da organização e serve como processo gerencial que
possibilita à empresa o rumo a ser seguido.
·
Planejamento TÁTICO: Toma as diretrizes do PE e busca otimizar determinada área da empresa,
buscando a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados.
·
Planejamento OPERACIONAL: Pode ser considerado como a formalização das
metodologias de trabalho estabelecidas visando estabelecer os planos de ação da
empresa.
FUNÇÃO DA PRODUÇÃO
Na administração de empresas, as operações se
responsabilizam pela manufatura, entrega e serviços dos produtos providos pela
empresa, afim de satisfazer as solicitações de consumidores.
FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração
financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais
eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes,
planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de
recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o
desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os
melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.
FUNÇÃO DE MARKETING
Marketing é um processo administrativo e social pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação,
oferta e troca de produtos e valor com os outros. Sua função na empresa é a de
lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente
valor e satisfação constituem a essência desse setor em uma organização.
FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
Gerenciar o capital humano da organização em seus
aspectos administrativo e funcional, buscando investir no seu desenvolvimento
permanente, através de ações educativas que visem a qualidade de vida pessoal,
profissional e dos serviços a serem prestados. O objetivo básico que persegue a função de
Recursos Humanos (RH) com estas tarefas é alinhar as políticas de RH com a
"estratégia" da organização, que reservará para implantar a
estratégia através dos trabalhadores.
Durante muito tempo, a função de RH ficou associada à
forma coerciva como organização tratava os seus trabalhadores. Depois de algum
tempo adquiriu o nome de Gestão de pessoal e só depois gestão de recursos
humanos (GRH). Esta última designação foi a mais popular e melhor aceita, isto
porque trouxe uma lufada de ar fresco, mais flexibilidade e, acima de tudo,
começou a preocupar-se com os trabalhadores, a dar importância e reconhecer o
mérito do talento humano de cada organização.
ABORDAGEM
CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Elas partiram de pontos distintos com a
preocupação de aumentar a eficiência na empresa. Seus postulados dominaram
aproximadamente as quatro primeiras décadas do século XX no panorama
administrativo das organizações.
A origem da Abordagem Clássica da
Administração está nas consequências geradas pela revolução industrial,
basicamente no crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo uma
substituição do empirismo e da improvisação, e a necessidade de aumentar a
eficiência e competência das organizações no sentido de obter melhor rendimento
possível dos seus recursos e fazer face à concorrência e competição que se
avolumavam entre as empresas.
ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA - TAYLOR
Ênfase:
Tarefas
Enfoque: Chão de Fábrica – Produção
Preocupava-se exclusivamente com as técnicas
de racionalização do trabalho do operário através do estudo dos tempos e
movimentos (Motion-time Study). Taylor começou por baixo, efetuando um paciente
trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e
processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.
Frederick
Winslow Taylor, o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia,
nos Estados Unidos. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, na
Midvale Steel Co. e, em 1885, formou-se engenheiro pelo Stevens Institute. Seu
trabalho é dividido em duas etapas, de acordo com o seguinte:
Primeiro
Período de Taylor
Taylor
iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde,
generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um
caminho de baixo para cima, e das partes para o todo. Taylor iniciou suas
experiências na Midvale Steel, onde permaneceu até 1889, quando entrou para a
Bethlehem Steel Works. Em 1895, apresentou à Sociedade Americana de Engenheiros
Mecânicos um estudo experimental denominado “Notas sobre as correias”. Mais
tarde, publicou outro de seus estudos, denominado “Um sistema de gratificação
por peça”, apresentando um sistema de gratificação e administração dos
operários. Em 1903, publicou seu livro denominado “Administração de Oficinas”,
onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho
operário, por meios do Estudo de Tempos e Movimentos. Taylor começou por baixo,
junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de
análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos
de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Concluiu que
o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o
equipamento disponível.
Segundo
Período de Taylor
Correspondente
à época da publicação de seu livro Princípios de Administração Científica
(1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser
logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse
coerente a aplicação de seus princípios. Taylor assegurava que as indústrias de
sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:
· Vadiagem
Sistemática por parte dos operários;
· Desconhecimento,
pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização;
· Falta
de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
O
resultado inicial de seu trabalho foi a fundação da Taylor Society, instituição
voltada para a divulgação e desenvolvimento de seu trabalho.
ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA
Para
Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas
cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao
planejamento, e o empirismo à ciência. Pretendia elaborar uma ciência da
Administração. Talvez seja essa a grande contribuição desse pioneiro. A
Administração Científica constitui uma combinação global que pode ser assim
sumariada:
|
|||
Desenvolvimento
de cada homem no sentido de alcançar maior eficiência
|
O
principal objetivo da Administração deve ser o de assegurar o máximo de
prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado
(identidade de interesses). É preciso dar ao trabalhador o que ele mais deseja:
altos salários, e ao empregador, também, o que ele realmente deseja: baixo
custo de produção.
ORT - ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
Taylor
verificou que, em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de
executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros
vizinhos, o que levava a diferentes maneiras e métodos para fazer a mesma
tarefa em cada ofício, e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas
diferentes em cada operação. Essa grande diferença levava a diferentes níveis
de produtividade em diferentes operários, e Taylor chegou a conclusão que
deveriam ser os administradores, e não os operários, que deveriam fixar a melhor
maneira de realizar um trabalho (the best way). Dessa forma, Taylor separou as
atividades de execução (operários) e planejamento e supervisão (administração).
A ORT consistia nos seguintes aspectos:
Análise
do Trabalho e Estudo de Tempos e Movimentos
A
análise do trabalho consistia em decompor cada tarefa e cada operação da tarefa
em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram
eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou
fundidos com outros movimentos, para proporcionar economia de tempo e de
esforço ao operário, ao mesmo tempo em que se fazia o estudo de tempos e
movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum
levaria para a execução da tarefa, adicionados os tempos elementares e mortos
(esperas, preparação, necessidades pessoais, etc.). Com isto, padronizava-se o
método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. Essa análise apresentou
as seguintes vantagens:
· Eliminar
os movimentos inúteis e substituí-los por outros mais eficazes;
· Tornar
mais racional a seleção e treinamento de pessoal;
· Melhorar
a eficiência do operário e o rendimento da produção;
· Distribuir
uniformemente o trabalho, para que não haja períodos de falta ou
excesso de trabalho;
excesso de trabalho;
· Ter
uma base uniforme para salários equitativos e para prêmios por aumento de produção;
· Calcular
com mais precisão o custo unitário e preço de venda dos produtos.
Com
a análise do trabalho e o estudo de tempos e movimentos se procurava a melhor
maneira de se executar alguma tarefa (the best way), bem como a seleção de
pessoal adequado para cada tarefa (first class man), elevando a eficiência do
operário. Eficiência significa a correta utilização dos recursos (meios de
produção) disponíveis, enquanto produtividade pode ser definida como a produção
de uma unidade produtora por unidade de tempo, isto é, o resultado da produção
de alguém por um determinado período de tempo. Quanto maior a eficiência, maior
a produtividade.
Estudo
da Fadiga Humana
Este
estudo tinha a finalidade de identificar os principais causadores da fadiga
humana, uma vez que a fadiga era responsável por uma intensa queda de
produtividade, e predispõe o trabalhador a:
·
Diminuição da Produtividade
·
Perda de Tempo
·
Doenças
·
Acidentes
·
Diminuição da Capacidade de Esforço
Com
isto a Administração Científica pretendia racionalizar os movimentos,
eliminando aqueles que produzem fadiga e que estejam ou não relacionados com a
tarefa executada pelo trabalhador.
Divisão
do Trabalho e Especialização do Operário
Ao
verificar que o trabalho pode ser melhor executado e de maneira mais econômica
por meio da subdivisão das tarefas, chegou-se à conclusão de que o trabalho de
cada pessoa deveria, tanto quanto possível, limitar-se à execução de uma única
e simples tarefa predominante. Com isto, cada operário passou a ser
especializado na execução de tarefas simples e elementares, para ajustar-se aos
padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método.A idéia
básica era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais
especializado for um operário, tanto maior será sua eficiência. Surge aqui
também o conceito de linha de montagem.
Desenho
de Cargos e Tarefas
Tarefa
é toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho dentro da
organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do
trabalho em uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de
maneira cíclica ou repetitiva. Cada cargo tem um ou mais ocupantes (pessoas)
que executam determinadas tarefas específicas. Desenhar um cargo é especificar
seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os
demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é
criado, projetado e combinado com outros cargos para execução das tarefas
maiores. Pela descrição de tarefas e cargos, e pela simplicidade de cargos, o
ocupante pode aprender rapidamente os métodos prescritos, exigindo um mínimo de
treinamento, permitindo um controle e acompanhamento visual por parte do
supervisor. A simplificação no desenho de cargos manuais permite as seguintes
vantagens:
a) Admissão
de empregados com qualificações mínimas e salários menores;
b) Minimização
dos custos de treinamento;
c) Redução
da possibilidade de erros na execução;
d) Facilidade
de supervisão;
e) Aumento
da eficiência do trabalhador.
Incentivos
Salariais e Prêmios de Produção
Para
que o operário colabore com a empresa e trabalhe dentro dos padrões de tempo
previstos, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos
salariais e prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração
baseada no tempo (empregados mensalistas, diaristas ou horistas) não estimulava
ninguém a trabalhar mais e deveria ser substituída por remuneração baseada na
produção de cada operário (salário por peça).A implantação da Administração
Científica levou o operário americano a ser um dos operários mais bem pagos do
mundo industrializado e detentor de elevado padrão de vida graças aos seus
salários. Contudo, esse operário de bom salário e de bom padrão de vida teve de
suportar durante longas décadas o seu trabalho simples, repetitivo,
padronizado, robotizado.
Conceito
de Homo Economicus
Segundo
esse conceito, toda pessoa é concebida como profundamente influenciada por
recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem
procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por
meio do salário que o trabalho proporciona.
O
homem é exclusivamente motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela
necessidade de dinheiro para sobreviver.Uma vez selecionado cientificamente o
trabalhador do ponto de vista físico( first class man), ensinado o melhor
método de trabalho (the best way), condicionada sua remuneração à eficiência, o
trabalhador passará a produzir o máximo de que fosse capaz fisicamente.
Taylor
descreve o homem como um indivíduo preguiçoso, limitado e mesquinho, culpado
pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado
continuamente por meio do trabalho previamente racionalizado e do tempo padrão.
Condições
de Trabalho
Taylor
e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de
trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições que
garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. As condições de
trabalho que mais preocuparam os engenheiros da administração foram as
seguintes:
a)
adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho;
b)
arranjo físico das máquinas e equipamentos;
c)
melhoria do ambiente físico de trabalho (ruído, ventilação, iluminação,
conforto);
d)
projeto de instrumentos especiais para cargos específicos;
O
conforto do operário e a melhoria do ambiente físico passaram a ser muito
valorizados, não porque as pessoas o merecessem, mas porque eram essenciais
para a obtenção da eficiência do trabalhador.
Padronização
A
Organização Racional do Trabalho se preocupou com a padronização dos métodos de
trabalho, através da seleção, por métodos científicos, da melhor maneira de
executar uma tarefa. Preocupou-se também com a padronização das máquinas e
equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e
componentes, no sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo
produtivo e, consequentemente eliminar o desperdício e aumentar a
eficiência.Com a Administração Científica, a padronização passa a ser uma
preocupação constante na obtenção da eficiência. A padronização pode conduzir à
simplificação, à medida em que a uniformidade obtida reduza a variabilidade e
as exceções que complicam as coisas.
Supervisão
Funcional
Taylor
propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de
diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área, e que tem
autoridade funcional, relativa somente à sua especialidade sobre os mesmos
subordinados. Essa autoridade funcional é relativa e parcial, e corresponde
exatamente à aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos
supervisores e chefes.Tal concepção trouxe muitos ataques ao seu idealizador,
pois se argumenta que um homem não pode subordinar-se a dois ou mais
superiores.
CRÍTICAS
Taylor
encontrou um ambiente totalmente desorganizado, desestruturado e tentou pôr uma
certa ordem na casa. Foi a primeira tentativa da Teoria da Administração. Foi
um progresso. Entretanto, inúmeras críticas podem ser feitas à Administração
Cientifica: o mecanismo de sua abordagem, que lhe garante o nome de teoria da
máquina, a superespecialização que robotiza o operário, a visão microscópica do
homem tomado isoladamente e como apêndice da maquina industrial, a ausência de
qualquer comprovação cientifica de suas afirmações e princípios, a abordagem
incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de
aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem
eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Administração
Cientifica foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. É um
passo pioneiro e irreversível.
Lembre-se:
Nesta teoria a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas
salariais e materiais do trabalho. Toda abordagem Clássica da Administração
alicerçava-se nessa teoria da motivação. É uma abordagem puramente tecnicista e
mecanicista.
A ADMINISTRAÇÃO DE FORD – PRINCÍPIOS BÁSICOS
Henry
Ford (1863-1947) – Engenheiro – Fundou a Ford Motor Co. Revolucionou a
estratégia comercial da sua época. Fabricou o primeiro carro popular, Criou as
esteiras rolantes, a cujos movimento o operário se adaptava e tinha uma
velocidade regulada de acordo com o ritmo de produção, preocupava-se com a
economia de material e de tempo.
Também
criou um plano de vendas. Criou a assistência técnica de grande alcance.
Em 1913 a velocidade de
fabricação era a produção de um carro a cada 83 minutos.
Repartiu,
em 1914, parte do controle acionário da empresa com os funcionários.
Estabeleceu salário mínimo de US5,00 por dia de trabalho com jornada diária de
8 horas. Em 1926 empregava 150.000 pessoas e fabricava 2.000.000 de carros por
ano. Produzia desde a matéria prima inicial ao produto final acabado. Criou a
distribuição através de agências próprias. Idealizou a linha de montagem, com
produção em série, padronizada e de custo mais baixo. Ford era um empreendedor,
tinha uma visão prática da administração. Para ele uma empresa divide-se em
dois níveis: Planejamento e Execução
Ford
diferenciou-se de Taylor, em virtude de ter se preocupado com uma empresa
eficiente em termos de:
·
Produção, movimentação e salário de um lado;
·
Custos e preços mínimos de outro lado
O
modelo aplicado por Ford se caracteriza por: trabalho dividido, respeito
contínuo, baseando-se em três princípios:
1-
Princípio da intensificação: Consiste em diminuir o
tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e
a rápida colocação do produto no mercado.
2-
Principio da economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo
o volume do estoque da matéria-prima em transformação. Assim Ford
conseguiu fabricar um trator ou um automóvel, vende-lo e recebe-lo antes do
vencimento da matéria prima empregada na fabricação e do pagamento dos
salários. Segundo Ford a velocidade de fabricação deve ser rápida. O minério
sai da mina Sábado e entregue sob forma de carro na Terça feira a tarde.
3-
Principio de produtividade: Consiste em aumentar a
capacidade de produção do homem no mesmo período através da especialização da
linha de montagem.
TEORIA
CLÁSSICA – FAYOL
Henry Fayol nasceu em Constantinopla
(1841-1925) e era engenheiro como Taylor.
Ênfase: Estrutura da
organização
Enfoque: Gerência
Enquanto
Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a chamada Administração
Científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-se
rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica da Administração (Henri
Fayol). A Teoria Clássica partia do estudo do todo organizacional e da sua
estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas
órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocupantes de cargos e
executores de tarefas). A preocupação com a estrutura da organização como um
todo constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da
TGA (abordagem anatômica e estrutural).
Henri
Fayol, o fundador da Teoria Clássica da Administração, nasceu em
Constantinopla, formou-se engenheiro de minas aos 19 anos e entrou para uma
companhia metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos
25 anos foi nomeado gerente das minas e aos 47 assumia a gerência geral da “Compagnie
Commantry Fourchambault et Decazeville”, que no momento se encontrava em
situação difícil. Em 1918 transmitiu a empresa ao seu sucessor, dentro de
notável estabilidade. Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu famoso
livro “Administration Industrielle et Générale”, publicado em Paris em 1916.
Exatamente
como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à tarefa de demonstrar
que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, resultados
satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society
foi fundada para divulgação e desenvolvimento de sua obra, na França o ensino e
o desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos
Administrativos.
SEIS
FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA
Fayol
parte da pressuposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos, a
saber:
Ø Comerciais
–
Ø Técnicas
–
Ø De
segurança –
Ø Financeiras
–
Ø Contábeis
–
Ø Administrativas
–
O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
Para
esclarecer o que sejam as funções administrativas, Fayol define o ato de
administrar como sendo:
q PREVER –
q ORGANIZAR –
q COMANDAR –
q COORDENAR –
CONTROLAR –
.
Estes
são os elementos da Administração que constituem o chamado Processo
Administrativo e, que são localizados em qualquer trabalho do administrador em
qualquer nível ou área de atividade da empresa. Tanto o Diretor, o Gerente, o
Chefe, o Supervisor como o Encarregado – cada qual em seu nível – desempenham
atividades que envolvem estas funções.
PROPORCIONALIDADE
DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Fayol
foi o primeiro a comentar que os operários dos níveis inferiores da organização
são possuidores da capacidade técnica e, à medida que assumem postos mais
elevados no nível hierárquico, vão adquirindo cada vez mais capacidade
administrativa e perdendo a capacidade técnica.
DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E
ORGANIZAÇÃO
Administração
é um todo do qual a organização é uma das partes. O conceito amplo de
administração, como um conjunto de processos entrosados e unificados abrange
aspectos que a organização por si só não envolveria, tais como previsão,
comando e controle.
Fayol
considera dois tipos de organização:
1
-
Organização como unidade ou entidade
social, ou qualquer empreendimento humano moldado intencionalmente para
atingir determinados objetivos:
a) Organização Formal (Divisão do Trabalho - Racionalidade)
a) Organização Formal (Divisão do Trabalho - Racionalidade)
b)
Organização Informal (Amizades - Grupos Informais - Relacionamentos)
2
-
Organização como função administrativa
e parte do processo administrativo. Nesse caso ela significa o ato de
organizar, estruturar, integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua
administração, e estabelecer as relações entre eles.
A
Teoria Clássica concebe a organização como se fosse uma estrutura, em termos de
forma e organização das partes que a constituem, além do inter-relacionamento
entre essas partes. Restringe-se ao aspecto da organização formal.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA
FAYOL
Fayol
também tentou definir os Princípios Gerais de Administração, sistematizando-os
muito bem, embora sem originalidade, pois utilizou uma coletânea de diversos
autores de sua época. Tais princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer
circunstância, tempo ou lugar, inclusive atualmente:
1)
Divisão do
Trabalho:
2)
Autoridade e
Responsabilidade:
3)
Disciplina:
4)
Unidade de
Comando:
5)
Unidade de
Direção:
6)
Subordinação
dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais:
7)
Remuneração do
Pessoal:
8)
Centralização:
9)
Cadeia Escalar:
10)
Ordem:
11)
Equidade:
12)
Estabilidade e
Duração (num cargo) Pessoal:
13)
Iniciativa:
DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO
A
organização deve caracterizar-se por uma divisão do trabalho claramente
definida. A divisão do trabalho conduz à especialização e à diferenciação das
tarefas. A ideia básica era a de que as organizações com elevada divisão do
trabalho seriam mais eficientes do que aquelas com pouca divisão do trabalho.
Enquanto a Administração Científica se preocupava com a divisão do trabalho no
nível do operário, fragmentando suas tarefas, a teoria clássica se preocupava
com a divisão dos órgãos que compõem a organização, isto é, departamentos,
seções, divisões, etc. A divisão do trabalho pode ocorrer em duas direções:
a)
Verticalmente: níveis de autoridade e responsabilidade (escala hierárquica);
b)
Horizontalmente: diferentes tipos de atividades desenvolvidas na organização.
A
Departamentalização refere-se à especialização e ao desdobramento horizontal da
organização. A homogeneidade é obtida na organização quando são reunidos, na
mesma unidade, todos os que estiverem executando o mesmo trabalho, pelo mesmo
processo, para a mesma clientela, no mesmo lugar.
CONCEITO DE LINHA E STAFF
Fayol
se preocupou muito com a chamada “Organização Linear”, que constitui um dos
tipos mais simples de organização. A organização linear se baseia nos
princípios de:
a)
Unidade de Comando ou supervisão única: Um indivíduo possui apenas um chefe
b)
Unidade de Direção: Todos os planos se integram a planos maiores que conduzam
os objetivos da organização
c)
Centralização da Autoridade: toda a autoridade máxima de uma organização deve
estar centralizada no topo
d)
Cadeia escalar: a autoridade deve estar disposta em uma hierarquia
Essa
organização linear apresenta uma forma piramidal. Nela ocorre a supervisão
linear, baseada na unidade de comando e que é o oposto à supervisão funcional
de Taylor. Na organização linear os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que
compõem a organização seguem rigidamente o princípio escalar (autoridade de
comando). Porém, para que os órgãos de linha possam executar suas atividades
especializadas, tornam-se necessários órgãos prestadores de serviço
especializados, como assessoria, recomendações, conselhos, e outros. Esses não obedecem
ao conceito de princípio escalar nem possuem autoridade de comando. Tais
serviços e assessorias não podem ser impostos obrigatoriamente aos órgãos de
linha, mas simplesmente oferecidos. Sua autoridade - chamada de autoridade de
staff - é simplesmente autoridade de especialista e não autoridade de comando.
Fonte e Sítios Consultados
Apostila do curso de sistemas da informação, UnU
“Rio das Pedras”
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