De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística a população do Brasil passará por uma mudança no padrão
demográfico, isso quer dizer que a população brasileira começará a diminuir a
partir do final da década de 2040, vamos saber mais sobre esse assunto.
A expectativa do IBGE é que a população
brasileira continuará crescendo até atingir 233,2 milhões de pessoas em 2047 e a partir dessa data entrará em
declínio gradual chegando a 228,3
milhões em 2060 – isso faz parte da revisão 2018 da Projeção de População,
que estima demograficamente os padrões de crescimento da população do país ano
a ano, por sexo e idade para os próximos 42 anos. Antes de 2048, 12 estados (Piauí,
Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro,
Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte) deverão
ter redução na sua população. Segundo o IBGE, a principal característica dessas
unidades da federação é o saldo migratório negativo.
No limite da projeção em 2060, oito estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre) não
terão queda nas suas populações. O IBGE explicou que eles apresentam saltos
migratórios positivos e/ou têm taxas de fecundidade total mais elevada.
Fecundidade - esse órgão ainda acrescentou que o crescimento
populacional é determinado pela combinação do perfil migratório, incluindo
áreas de expulsão ou atração de pessoas; com taxas de fecundidade de uma
unidade da federação. Os estados do Piauí e da Bahia apresentam quedas importantes
de fecundidade nos últimos anos e, segundo o instituto, perdem população para
outros estados do país - apesar de não registrar altas quedas de fecundidade,
atualmente, a situação já foi diferente para o Rio Grande do Sul, que é também
um estado “emissor”. Na definição do IBGE, as três unidades da federação devem
ser os primeiros a apresentar redução de população.
A taxa de fecundidade total para 2018 é 1,77 filhos
por mulher. Quando chegar a 2060, o número médio de filhos por mulher poderá
cair para 1,66. Os estados de Roraima com 1,95; o Pará, Amapá, Maranhão, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, com 1,80, são os que deverão ter as maiores taxas
de fecundidade. Sabendo que as menores taxas poderão ser no Distrito Federal
com 1,50; e em Goiás, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, esses com 1,55. A
idade média de 27,2 anos em que as mulheres têm filhos em 2018 aumentará para
28,8 anos, em 2060.
Idade - A média de idade da população brasileira é 32,6
anos em 2018. Os estados da Região Norte, Alagoas e Maranhão têm a média em 30
anos. A explicação é que têm taxas de fecundidade total ‘mais elevadas’ e se
situam mais tardiamente na transição da fecundidade. O Acre tem a menor média
(24,9 anos). Ao contrário, os estados das Regiões Sul e Sudeste registram ‘média’
acima da projetada para o Brasil. O mais envelhecido é o Rio Grande do Sul com
35,9 anos.
Para o IBGE, o avanço na idade populacional pode
ser medido também com a comparação das pessoas com 65 anos ou mais e os menores
de 15 anos, por meio do índice de envelhecimento da população - conforme o
estudo, em 2060, um quarto da população (25,5%) terá mais de 65 anos. No total,
para cada 100 pessoas com idade de trabalhar, que é a faixa compreendida entre
15 e 64 anos, o país teria 67,2 indivíduos acima desta idade ou abaixo de 15
anos. No nível do Brasil, o índice em 2018, indica que o país tem 43,2 crianças
de até 14 anos para cada 100 idosos com 65 anos ou mais. Em 2039, a projeção
aponta que o indicador vai passar de 100, o que representará mais pessoas
idosas que crianças.
O estudo mostra que, em 2029, o Rio Grande do Sul
deverá ser o primeiro a ter uma proporção maior de idosos do que de crianças de
até 14 anos. Mas em 2033, o Rio de Janeiro e Minas Gerais deverão ter relação
semelhante. Com comportamento diferente, o Amazonas e a Roraima vão continuar
com mais crianças e idosos até o limite da projeção em 2060.
Expectativa de vida - Com 79,7
anos, Santa Catarina, que, atualmente, tem a maior esperança de vida ao nascer
para ambos os sexos, subirá para 84,5 anos em 2060. O Maranhão, com a menor
expectativa de vida ao nascer (71,1 anos) em 2018, vai perder a posição para o
Piauí que em 2060, terá a taxa de 77 anos.
Dependência - O IBGE também
estimou que a razão de dependência da população brasileira em 2018 é 44%. Isso
significa que 44 pessoas com idades menores de 15 anos e maiores de 64
dependiam de cada 100 indivíduos em idade de trabalhar. A proporção deve subir
para 67, 2% em 2060. O instituto chamou atenção que em 2010, a razão de
dependência era 47,1% e atingiu o menor patamar em 2017, quando registrou 44%.
Até 2028 a expectativa é crescer alcançando 47,4%, o mesmo do que foi anotado
em 2010.
Eleitores - O IBGE informou que, em 2018, o Brasil tem 160,9
milhões potenciais eleitores, ou seja, pessoas com 16 anos ou mais. Em
comparação com 2016 houve uma elevação de 2,5%, quando havia 156,9 milhões
nesta faixa de idade.
Imigração - A Projeção
de População avaliou os movimentos de migração internacional. A estimativa é
que, entre 2015 e 2022, o número de venezuelanos imigrantes no Brasil chegue a
79 mil.
Estudo – esse estudo seguiu uma projeção
detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira, acompanhando suas
principais variáveis: fecundidade, mortalidade e migrações. Além de projetar o
número de habitantes do Brasil e das 27 unidades da federação no período entre
2010 e 2060. O estudo é uma parceria do IBGE com órgãos de planejamento de
quase todos os estados brasileiros e segue as recomendações da Divisão de
População das Nações Unidas.
Fonte e Sítios Consultados
https://exame.abril.com.br/brasil/populacao-brasileira-deve-atingir-2332-milhoes-em-2047-diz-ibge/
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