Como será que os patrocinadores esportivos se preservam no caso de um
atleta que representa essas marcas se envolver em um caso de doping? Pelo visto esse é um fator importante nos tempos atuais, já que muitos atletas são tratados como uma marca com ligação direta a muitos produtos. E o pior escândalo no mundo esportivo são
os casos de doping – e esses casos de doping só trazem prejuízos para todas as
partes: para o esporte, para os atletas, para as marcas, para o público e etc.
Vamos a um caso recente de doping vindo da Rússia - divulgado no dia 07/03/2016 –
trata-se da tenista Maria Sharapova pega em um exame antidoping
realizado durante a disputa do Australian
Open 2016 pelo uso de meldonium, que entrou este ano para a lista de
substâncias proibidas da Agência Mundial Anti-Doping (WADA). Sabe-se que em
apenas um dia duas patrocinadoras dessa tenista se posicionaram sobre seus
acordos: Nike e TAG Heuer. De acordo
com um comunicado divulgado pelo swoosh, o contrato com a
tenista será suspenso até o caso ser completamente apurado e o tempo de
afastamento de Sharapova ser definido. Em 2010, a russa renovou seu contrato
com a Nike por mais oito temporadas e um total de US$ 70 milhões. Já a marca de
relógios anunciou a rescisão unilateral
do seu acordo. A suspensão da tenista pode chegar até mesmo há dois anos, que
pode acarretar a perda de outros patrocinadores. Porsche, Avon e Head ainda não
se posicionaram.
E quem não se lembra do estrago causado pelo doping
do lutador brasileiro Anderson Silva
– afinal ele era um competidor de
nível e de fama Mundial, ele era o Spider, o invencível – e o seu
deslize afetou profundamente a imagem e o universo milionário de patrocínios
que giram em torno desse esporte. Algumas empresas, inclusive, chegaram a
devolver dinheiro em situações semelhantes.
O fato
é que devido aos avanços da tecnologia ficou mais fácil para quem quer trapacear (para melhorar) seu
desempenho no mundo esportivo – muito já se falou sobre a manipulação genética,
e talvez ela já venha sendo utilizada há algum tempo e devido a isso, algumas
federações e associações esportivas se uniram e declararam guerra ao doping com
a criação do Código Mundial
Antidoping.
São muitos os
casos de doping no esporte mundial - vamos relembrar alguns famosos:
Daiane
dos Santos – furosemida - A ginasta brasileira
Daiane dos Santos foi pega no exame antidoping feito em 2009. Em sua urina foi
encontrada a furosemida, que é um diurético usado para controlar o peso - ela
se defendeu dizendo que a substância estava em um remédio de tratamento estético,
além de ela não estar competindo na ocasião. No entanto, a Federação
Internacional de Ginástica considerou-a culpada e aplicou uma suspensão de
cinco meses.
Cesar Cielo - furosemida – O nadador brasileiros foi pego no exame
antidoping do Troféu Maria Lenk, em 2011. Nadadores do mundo inteiro se
manifestaram decepcionados com o brasileiro e fizeram duras críticas ao campeão
olímpico e mundial. Mas o atleta disse que houve erro na manipulação de seu
suplemento e ele foi apenas advertido.
Ben Johnson
Ben
Johnson – estanozolol – Esse corredor
foi pego no teste antidoping que deu positivo após
ele se tornar o homem mais rápido do
planeta, nas olimpíadas de Seul, em 1988 – onde ele conquistou o ouro após
quebrar o recorde mundial nos 100m rasos (9,79s)
e deixar para trás uma lenda do esporte, o norte-americano Carl Lewis. Na urina
de Johnson foi encontrado o estanozolol,
que é um esteroide anabolizante capaz de aumentar a massa muscular e melhorar o
desempenho na corrida. O atleta perdeu a medalha de ouro e foi suspenso por
dois anos.
Maradona – cocaína e efedrina –
O jogador de futebol, Diego Armando Maradona, considerado um dos
melhores jogadores de futebol da história conseguiu se destacar em todos os
setores de sua carreira futebolística, inclusive pelo lado negativo. Acostumado
a fazer coisas incríveis com a bola no pé, o atleta também conseguiu a façanha
de ser pego duas vezes no antidoping. No ano de 1991, quando Maradona defendia
o Napoli da Itália, um exame detectou a presença de cocaína após uma partida -
essa droga é proibida no esporte por ser um poderoso estimulante, então o
argentino foi suspenso por 15 meses. A segunda vez foi ainda pior, pois ocorreu
em plena Copa do Mundo de 1994 nos Estados
Unidos, quando foi detectada efedrina na urina do craque, o que lhe
rendeu uma suspensão de 18 meses. A substância também é um estimulante, usado
pelo jogador para se recuperar do mau condicionamento físico.
Marion Jones – tetrahidrogestrinona THC - A atleta só admitiu no ano de 2007 ter
competido usando a substância conhecida como "The Clear", que na
verdade é a tetrahidrogestrinona (THG), um esteroide anabolizante que aumenta a
performance dos atletas. A atleta norte-americana
Marion Jones foi à primeira mulher a conquistar cinco medalhas em uma mesma
olimpíada – ela foi considera a mulher mais veloz do planeta quando participou
dos jogos olímpicos de Sydnei, em 2000. Conquistou três medalhas de ouro (100m
rasos, 200m rasos e revezamento 4x100m) e duas de bronze (salto em distância e
revezamento 4x400m). Além de perder todas as medalhas conquistadas na Olimpíada
ela foi suspensa das competições por dois anos e também foi condenada a seis
meses de prisão por ter mentido em uma investigação federal sobre doping
esportivo.
Lance Armstrong
Lance Armstrong - EPO, testosterona, doping sanguíneo e cortisona - O
ciclista pego no doping decepcionou milhares fãs pelo mundo, envergonhou um
país inteiro e prejudicou uma modalidade esportiva. Ele foi o vencedor sete
vezes seguidas (1999 a 2005) da Volta da França e foi considerado o
maior ciclista da história. Ele estava sendo pressionado pelos resultados de
uma investigação federal, então em um famoso programa de entrevistas, Oprah Winfrey ele confessou ter usado
substâncias proibidas, onde admitiu ter usado EPO (hormônio que aumenta o número de glóbulos vermelhos e assim
permite ao sangue levar mais oxigênio aos músculos), testosterona, dopagem
sanguínea e cortisona, além de ter estimulado colegas a usarem substâncias
ilícitas. Armstrong perdeu todos os títulos conquistados desde 1998 e foi
banido do esporte. Além disso, perdeu a maioria dos patrocinadores, alguns dos
quais abriram processo contra ele.
Bom, esses foram apenas alguns casos de doping no esporte,
mas sobre o que as marcas (empresas)
esportivas devem fazer após constatar um caso de doping com um atleta que
representa essa marca - a empresa reage da mesma forma de quando um produto seu
atravessa uma crise, por exemplo, ela recolhe do mercado todos os produtos e
emite uma nota para tranquilizar os consumidores. Os atletas deveriam pensar
assim também para evitar problemas como a retirada dos patrocínios e a
frustração de milhares de fãs do esporte.
Sabemos que
o doping é um problema atual e que não é de hoje que os
atletas se dopam antes de participar de grandes eventos esportivos - esse
problema já existe há mais de um século, começou com as grandes competições,
quando vários países competiam entre si. Conta-se que os atletas olímpicos da
Grécia comiam testículos de carneiro (fontes
de testosterona), por volta do século
VIII a.C.. E no século III a.C.
os atletas tomavam cogumelos alucinógenos (estimulantes). Os romanos tomavam
estimulantes para enfrentar as provas: cafeína, nitroglicerina, álcool, ópio e
inclusive estricnina.
Fonte e Sítios Consultados
http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/noticia/2015/02/o-doping-de-anderson-silva-atleta-e-uma-marca-a-ser-preservada-4704169.html
http://www.educacional.com.br/noticiacomentada/030409_not01.asp
http://www.dw.com/pt/top-5-principais-casos-de-doping-no-esporte/a-16647967
http://www.mktesportivo.com/2016/03/maria-sharapova-doping-nike-tag-heuer/
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