Na
antiguidade temos exemplos de construção de magníficas obras, realizadas no
Egito, na mesopotâmia, na Ásia, comprovando a existência de elementos capazes
de planejar e conduzir milhares de trabalhadores...
Exemplos.
· No Egito antigo foram encontrados papiros que
atestam a importância dada à organização e a administração burocrática;
· Na China, Confúcio sugere a prática para a
boa administração pública;
· Hamurabi, Amásis e Manu estabelecem os
códigos disciplinadores do trabalho;
· Os Hebreus nos deixaram conceitos de
organização e o principio escalar;
· Os romanos deixaram legados tais como
administração pública, autoridades dos magistrados, hierarquia e o senado.
Desenvolvimento
histórico da administração
Registros antigos sobre a evolução no
campo da administração datam de duas fases: teocrática e empírico-prática.
Fase
teocrática: não há conhecimento desta fase, porém
haveria apenas um mundo de origem divina.
Nesta
fase, destaca-se Hamurabi, rei dos Amoritas, tribo semita que dominou e formou
o grande império babilônico, onde destacamos que:
·
Sua legislação influência 15 séculos no
oriente médio;
· Preconizou o salário profissional, as férias,
o tabelamento de preços e seguro saúde para os trabalhadores da mesopotâmia;
· Estabeleciam, em contrato, relações entre
empregados e empregadores.
FIGURAS IMPORTANTES
Fase
empírico-prática:
Século XIII a.C
|
MOISES
|
Século IX a.C
|
SALOMÃO
|
Século V/VI a.C.
|
CONFÚNCIO
|
Século VI/VII d.C
|
MAOMÉ
|
Século VIII/IX d.C
|
CARLOS
MAGNO
|
Na sua grande maioria eram religiosos;
agiam de forma empírico-prática, isto é, experimentavam e repetiam o que
dava certo, e eliminavam os insucessos.
FIGURAS
IMPORTANTES
Século IX a.C.
|
LICURGO
|
Século
VI a.C
|
SÓLON
|
Século
IV a.C
|
ALEXANDRE,
O GRANDE
|
Século
II/I a.C
|
CÉSAR
|
Na
idade média as corporações de ofício eram estruturadas em três categorias
profissionais:
·
Mestre,
·
Companheiro e
·
Aprendiz
Eventos que marcaram essa fase:
A
organização do estado Inglês
|
Organização
dos Estados Unidos
|
A
revolução francesa (1789)
|
Esta
última, que pela Assembléia Nacional da Declaração dos Direitos do Homem, que
democratizou as oportunidades de emprego, tanto para o setor público como para
o setor privado, dando início á era da competição pelo mérito para o trabalho.
AS
INFLUÊNCIAS NA ADMINISTRAÇÃO
DOS
FILÓSOFOS
Sócrates
(470-399 a.C.), esclarece que “a administração deve ser vista como uma habilidade pessoal, separada do
conhecimento técnico e da experiência”.
Platão (429 a.C. - 347 a.C.) seu ponto de
vista sobre a forma de governo e a administração dos negócios públicos
Aristóteles
(384-322 a.C.), estuda a organização do Estado e aponta 3
formas de se administração pública:
·
Monarquia ou governo de um só;
·
Aristocracia ou governo de uma elite;
·
Democracia ou governo do povo
Francis
Bacon (1561 – 1626), método
experimental e indutivo, prevalência do principal sobre o acessório.
René
Descartes (1596 – 1650), criou as
coordenadas cartesianas. Negar tudo até prova em contrário; princípio da
análise ou decomposição partindo para a síntese ou composição; revisar tudo
como principio de verificações.
DA
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA
· A hierarquia da igreja, com inspiração no
modelo de ordem e disciplina.
DA ORGANIZAÇÃO MILITAR
· Idêntica à inspiração da Igreja, com as
competências delimitadas pela hierarquia. A disciplina é um requisito básico
para uma boa organização. Surgimento do pensamento estratégico.
Exemplos:
· O princípio da unidade de comando –
fundamental para a função de direção;
· A escala hierárquica –
em seus níveis de comando relativos ao grau de autoridade e responsabilidade
correspondentes;
·
A autoridade delegada –
para níveis mais baixos
· O planejamento e controle centralizados e
as operações descentralizadas
· O “estado maior”
(staff) (assessoria)
· O princípio de direção através do qual
todo subordinado deve saber o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer a
disciplina
A
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Desenvolveu-se em duas fases:
Primeira
Fase: 1780 a 1860 – Revolução do Carvão e do Ferro, e
Segunda
Fase: 1860 a 1914 – Revolução do Aço e da Eletricidade
ASPECTOS
LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO:
· Em 1776, James Watt inventa a máquina a vapor
e sua aplicação à produção traz modificação na estrutura social e comercial,
com mudanças nas áreas econômicas, política e social;
· Mecanização da indústria e da agricultura
(Ex: máquina de fiar, do tear hidráulico, do tear mecânico e do descaroçador de
algodão).
·
Uso da força motriz na indústria (com
aplicação da máquina a vapor)
·
Surgem as fábricas e os operários (em lugar
do artesão e sua oficina)
· Desenvolvimento dos Transportes e das
comunicações é acelerado, principalmente com a introdução da navegação a vapor,
locomotiva a vapor, construção de estradas de ferros. Samuel Morse inventa o
telégrafo (1835), Graham Bell o telefone (1876), Daimler e Benz constroem o
primeiro automóvel, Santos Dumont voa em Paris com o XIV Bis.
O
surgimento das grandes transformações
A
Revolução Industrial, na
segunda fase, caracteriza-se pelos seguintes aspectos:
·
Substituição do ferro pelo aço na indústria
básica;
· Substituição do vapor pela eletricidade e
pelo petróleo, como fonte de energia;
·
Maquinaria automática e alto grau de
especialização;
·
A ciência passa a dominar na indústria;
· Melhoramento das vias férreas, construção de
automóveis, aperfeiçoamento de pneumáticos;
· Desenvolvimento de novas formas de
organização capitalista (capitalismo, financeiro, trustes, holding companies,
etc)
v CONTRIBUIÇÕES
·
Ruptura das estruturas corporativas da idade
média;
· Grau de avanço tecnológico, com as novas
formas de energia e consequente ampliação dos mercados;
·
A substituição do tipo artesanal pelo tipo
industrial de produção
CONTRIBUIÇÃO
DOS ECONOMISTAS LIBERAIS
· Adam Smith (1723-1790) –
preconizou o estudo dos tempos e movimentos, mais tarde desenvolvido por
Taylor;
· James Mill (1773-1836) –
estabelece medidas para tempos e movimentos a fim de obter o aumento da
produção;
· Samuel
P. Newman – destaca que o administrador deve ser uma combinação de
várias qualidades dificilmente encontradas em uma única pessoa.
As funções da administração, segundo ele, são:
As funções da administração, segundo ele, são:
·
Planejamento
·
Arranjo
·
Condução de diferentes processos de produção
QUADRO
RESUMO DAS TEORIAS PIONEIRAS DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS ENFOQUES
Teorias
|
Teorias
|
Principais Figuras
|
Principais Enfoques
|
Nas
tarefas
|
Administração
Científica
|
Taylor, Ford,
Edson, Gantt,
Gilberth
|
Organização e
racionalização do trabalho em nível operacional
|
Na
Estrutura
|
Escola
Clássica
|
Henry
Fayol
|
Organização formal
Princípios Gerais da
Administração
Funções do Administrador
|
Nas
Pessoas
|
Das
Relações Humanas
|
Elton
Mayo
Follet
|
Organização Informal
Motivação - Liderança
Dinâmica Grupal
Comunicações
|
No
comportamento
|
Comportamental
ou Behaviorismo
|
Maslow, Herzberg,
Mc Gregor, Argyris
|
Comportamento do homem no
meio em que vive – o meio social – ou o meio das organizações
|
Voltadas
à sociedade
|
Estruturalista
|
Karl
Marx,
Max
Weber
|
Regras e Procedimentos bem
definidos; a burocracia nas organizações.
|
No Ambiente
|
Geral
dos Sistemas
|
Bertalanffy,
Schain
|
Interdependência entre as
partes; o universo é sistêmico.
|
Nas
Variáveis ambientais
|
Da Contingência
|
Woodward
|
A interveniência das
variáveis ambientais, criando dependência.
|
ESCOLA
DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (Taylor)
Esta teoria desenvolvida por Frederick
Winslow Taylor com o seu livro “Princípios da Administração
Científica”, procurava a racionalização do trabalho operário;
Ênfase na análise e na divisão do trabalho
operário, sendo a unidade fundamental da organização as tarefas do cargo e o
ocupante do mesmo. E uma abordagem de baixo para cima e das partes para o todo.
Atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de
uma tarefa, para o tempo padrão, causando: especialização do operário,
reagrupamento de movimentos operações, tarefas, cargos, etc formando a chamada
Organização Racional Do Trabalho (ORT).
ENFASE NAS TAREFAS:
Aplicação dos métodos da ciência aos
problemas da ADMINISTRAÇÃO, para alcançar uma elevada eficiência industrial: -
OBSERVAÇÃO E MENSURAÇÃO.
TAYLOR preocupava-se com o desperdício e
perdas sofridas pela industria e também em elevar os níveis de produtividade
com os métodos e técnicas da Engenharia Industrial.
· Filosofia
básica: Identidade de interesses entre empregados e empregadores.
·
Empregados:
altos salários
·
Patrões:
baixo custo de produção
·
A análise
do trabalho e o estudo de tempo e movimento levam à EFICIÊNCIA:
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Princípios de TAYLOR:
·
PRINCIPIO
DE PLANEJAMENTO: substituir a improvisação através do planejamento do método.
· PRINCÍPIO
DE PREPARO: selecionar cientificamente os trabalhadores e prepara-los e
treiná-los para produzir mais e melhor, de acordo com o método planejado e
preparar as máquinas e equipamentos de produção, bem como, o arranjo físico e a
disposição racional das ferramentas e materiais.
·
Principio
DO CONTROLE: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo
executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto.
·
PRINCÍPIO
DA EXECUÇÃO: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades,
para que a execução do trabalho seja bem disciplinada.
Também eram princípios de TAYLOR:
·
Pagar
salários altos e ter custos baixos por unidade de produção;
·
Processos
padronizados que permitissem o controle das operações fabris.
·
Empregados
cientificamente colocados em serviços opostos em que os materiais e as
condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para melhor
cumprimento das normas.
·
Empregados
devem ser cientificamente selecionados para que as normas possam ser cumpridas;
·
Atmosfera
de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores.
Para Taylor,
a indústria de sua época padecia dos seguintes males:
·
Vadiagem
sistemática por parte dos operários (idéias negativas: maior rendimento —
homem/máquina causa desemprego; administração força os operários à ociosidade
para proteger seus interesses; métodos empíricos ineficientes, causando
desperdícios de esforço e de tempo).
·
Desconhecimento
pela gerencia das rotinas do trabalho e do tempo necessário para sua execução.
·
Falta de
uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
O seu livro SCIENTIFIC MANAGEMENT
(Gerenciamento Científico) é mais uma revolução que uma teoria (75% de análise
e 25% de bom senso)
ADMINISTRAÇÃO
COMO CIÊNCIA
·
Ciência
em lugar de empirismo.
·
Harmonia
em vez de discórdia.
·
Cooperação,
não individualismo.
·
Rendimento
máximo, não produção reduzida.
·
Desenvolvimento
de cada homem para alcançar maior eficiência e prosperidade.
Elementos para aplicação
·
Estudo de
tempo e padrões de produção;
·
Supervisão
funcional;
·
Padronização
de ferramentas e instrumentos de trabalhos;
·
Planejamento
das tarefas e cargos;
·
Princípio
da exceção;
·
Utilização
da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
·
Fichas de
instruções e serviços;
·
Tarefas
associadas a prêmios de produção;
·
Sistemas
para a classificação de produtos e material;
·
Sistema
de levantamento da rotina de trabalho.
ORT
– ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
- Método de trabalho para estabelecer os
padrões de desempenho das tarefas.
Maior eficiência maior produtividade
ESTUDO DA FADIGA HUMANA (Gilbreth, Frank).
·
Evitar os
movimentos inúteis na execução;
·
Executar
o mais economicamente possível os movimentos úteis;
· Dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada (economia de movimentos)
· Dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada (economia de movimentos)
·
A fadiga
predispõe para: diminuição da produtividade e da qualidade, perda de tempo,
aumento da rotatividade, doenças, acidentes e diminuição da capacidade de
esforço.
PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DO MOVIMENTO:
·
Relativos
ao uso do corpo humano.
·
Relativos
ao arranjo do material e do lugar de trabalho.
·
Relativos
ao desempenho das ferramentas e equipamentos.
DESENHO DE CARGOS E TAREFAS
Tarefa: Toda e qualquer atividade executada por
alguém no seu trabalho (menor unidade possível dentro da organização).
Cargo: Conjunto
de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva
(um ou mais ocupantes).
INCENTIVOS SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO
Tempo Padrão: Tempo médio necessário para um operário
normal realizar a tarefa devidamente racionalizada. Acima disso haveria um
prêmio de produção ou incentivo salarial
PEÇAS
PRODUZIDAS E NÍVEL DE EFICIÊNCIA
CONCEITO DE “HOMO ECONOMICUS”
A Administração Científica via o homem
como um “Indivíduo materialista, limitado e mesquinho, que só trabalha por
recompensas salariais, preguiçoso e vadio, tendo que ser constantemente
controlado através do trabalho e racionalizado pelo tempo padrão”.
SUPERVISÃO
FUNCIONAL
Existência de diversos supervisores, cada um
especializado em determinada área e que tem autoridade funcional sobre os
mesmos subordinados.
É a aplicação da divisão do trabalho e da especialização ao nível dos supervisores e chefes. A Supervisão Funcional pressupõe uma autoridade relativa dividida e zoneada
PADRONIZAÇÃO
Padronização das máquinas e equipamentos
ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, no
sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo, assim
eliminando o desperdício e aumentando a eficiência. Padronização é a aplicação
de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir custos, buscando a
eficiência e conduzir à simplificação.
CONDIÇÕES
DE TRABALHO
Melhoria da eficiência, bem estar físico
e diminuição da fadiga, não porque as pessoas merecessem, mas porque são
essenciais para obtenção da eficiência e aumento da produtividade.
LIMITAÇÃO
DO CAMPO DE APLICAÇÃO
As observações foram quase que totalmente
voltadas para problemas de produção localizados na fábrica, não considerando
com maior detalhe os demais aspectos da vida de uma empresa, tais como,
financeiros, comerciais, etc.
ABORDAGEM
PRESCRITIVA E NORMATIVA
Visualiza a organização como ela deveria
funcionar, ao invés de explicar o seu funcionamento.
ABORDAGEM
DE SISTEMA FECHADO
Visualiza somente o que acontece dentro da
organização, sem levar em conta o meio ambiente em que ela está situada.
PRINCÍPIOS
DE EFICIÊNCIA DE EMERSON
·
Traçar um
plano objetivo e bem definido.
·
Estabelecer
o predomínio do bom senso.
·
Manter
orientação e supervisão competente.
·
Manter
disciplina.
·
Manter
honestidade nos acordos, ou seja, justiça social do trabalho.
·
Manter
registros precisos, imediatos e adequados.
·
Fixar
remuneração proporcional ao trabalho.
·
Fixar
normas padronizadas para as condições de trabalho.
·
Fixar
normas padronizadas para o trabalho.
·
Fixar
normas padronizadas para as operações.
·
Estabelecer
instruções precisas.
·
Fixar
incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficácia.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FORDISMO
·
Princípio
da intensificação: diminuir o tempo de produção com o emprego imediato dos
equipamentos e matéria prima e a rápida colocação do produto no mercado.
·
Principio
da economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em
transformação.
·
Princípio
da produtividade: aumentar a capacidade de produção ao homem no mesmo período
através da especialização e da linha de montagem.
PRINCÍPIO
DA EXCEÇÃO
Verificação das exceções ou desvios dos
padrões normais. Corrigir somente as exceções. Deu origem a delegação, que se
tornou depois um princípio de organização amplamente aceito.
IDÉIAS CENTRAIS DA ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA
Uma das idéias centrais da Administração
Científica é a de que o homem é um ser eminentemente racional e que ao tomar
uma decisão conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como as
conseqüências da opção por qualquer um deles. Pode, assim, escolher sempre a
melhor alternativa e maximizar os resultados de sua decisão. Segundo essa
escola, em termos de lucros, sendo, portanto, os valores do homem tidos,
previamente, como econômicos.
Esse modelo simplificado da natureza
humana possibilitou a construção rápida de uma teoria da administração, pois,
admitindo-se os objetivos do homem assim prefixados poder-se-ia saber de
antemão como reagir, o que facilitaria muito as relações com ele.
A figura do “homo economicus” foi muito
usada pelos economistas clássicos em seus trabalhos. Na própria base da
Lei de Oferta e Procura ela é facilmente identificável. No entanto, os economistas clássicos foram
mais bem sucedidos que os teóricos da administração. Isto é compreensível dada
a natureza dos problemas que interessam ao economista problemas de natureza
econômica que então sobrepõe os valores de -ordem econômica aos demais. Além
disso, trabalhando com agregados maiores do que aqueles pertinentes ao
administrador, o economista pode supor que os desvios em relação aos objetivos
econômicos se compensam reciprocamente e se perdem dentro de um todo maior, de
modo que o “homo economicus” se torna um modelo da natureza humana aceitável,
em suas linhas gerais.
Já o administrador e seus subordinados
lidam com problemas que nem sempre são de natureza econômica ou não o são em
estado puro.
A PRODUÇÃO - PADRÃO
A segunda ideia importante em que se
assenta a construção teórica da administração científica é a de que a função
primordial do administrador é determinar a única maneira certa de executar o trabalho.
Segundo Taylor existe uma única maneira certa, que, descoberta e
adotada, maximizará a eficiência do trabalho.
A forma de descobri-lo é analisar o
trabalho em suas diferentes fases e estudar os movimentos necessários à sua
execução de modo a simplificá-los e reduzi-los ao mínimo. Além disso, serão realizadas experiências
como movimentos diferentes, cuja duração será medida até que se encontre a
maneira mais rápida.
“A fim de determinar a produção-padrão,
além de se determinar a única maneira certa”, é preciso encontrar quem a
realize. Partindo do pressuposto de que existem pessoas ideais para cada tipo de
trabalho, Taylor surge com o “homem de primeira classe que deve servir como base para o estudo de
tempos e movimentos”.
Para dar uma base fisiológica às suas
conclusões, Taylor desenvolveu a famosa “Lei da Fadiga”, segundo a qual existe
simplesmente uma relação inversa entre a carga levantada e o tempo em que é
suportada. Essa lei, de caráter evidentemente simplista, além de não levar em
conta diferenças individuais, reduz a fadiga a um problema exclusivamente
fisiológico, quando se sabe que se trata realmente de um fenômeno
psicofisiológico.
Uma vez auferidos cuidadosamente os tempos
necessários para cada movimento, estará descoberta a maneira correta de
execução de determinado trabalho. A partir desse momento teremos movimentos e
tempos-padrões e aos operários caberá apenas executar o trabalho da forma
prescrita e sem discussão.
Taylor considerava que com isso a
administração científica substituía o antigo sistema de administração por
iniciativa e incentivo, que redundava em baixa produtividade, com prejuízo para
a empresa, para a sociedade como um todo e para o próprio operário.
A importância do administrador aumentava
sobremaneira. Antes, ele participava da produção apenas em pequena escala,
agora sua participação era infinitamente maior, já que precisava planejar
precisa e exaustivamente a execução de cada operação e de cada movimento.
Os administradores que agora teriam um
papel muito mais importante e existiriam em número muito maior seriam ‘os
cabeças’ do processo. Aos operários caberia apenas executar
estritamente as operações planejadas.
O Incentivo Monetário
Fixados os padrões de produção era preciso
fazer com que fossem atingidos. Para tanto a Escola Clássica sugeria a seleção,
o treinamento, o controle por supervisão e o estabelecimento de um sistema de
incentivos.
A seleção constituiria a descoberta do
homem de primeira classe, de um Schmidt como o fez Taylor, que era, a seu ver,
um dos homens mais adequados para carregar barras de ferro.
O
treinamento seria muito simples, já que o trabalho estaria amplamente
padronizado, bastando, portanto, ao operário aprender a realizar algumas
operações simples.
O controle devia ser, na opinião dos
teóricos da Escola Clássica, mais cerrado e, portanto advogavam o controle por
supervisão em lugar daquele por resultados.
Assim, o supervisor deveria seguir,
detalhadamente, o trabalho dos subordinados em todas as suas fases, pois se
admitia haver uma única forma de realizá-lo.
O curioso é que se os clássicos
acreditavam tanto no sistema de incentivos, por que esse controle tão cerrado
para o trabalho atingir um bom termo?
No século
XIX, a própria idéia de despedida poderia ser suficiente para motivar,
embora de forma negativa, a produtividade do empregado, mas já no inicio do
século XX tornava-se necessário um sistema de incentivos positivos.
A escolha do tipo de incentivos mais
indicado foi decorrência natural do pressuposto do “homo economicus”. Dever-se-ia pagar mais àquela que produzisse
mais. Era o incentivo monetário. Para tanto começaram a surgir os sistemas de
pagamento. Taylor sugeriu o pagamento por peça, Gantt apresentou a ideia do
bônus e muitos outros também deram suas colaborações.
A Administração
Científica e a Organização
A Administração Científica sempre viu a
organização como forma de se estruturar a empresa e não no sentido de sistema
social.
A boa organização de uma empresa é
condição indispensável para que todo o processo de racionalização do trabalho
tenha bons resultados.
Na opinião de Fayol, organizar é uma das funções do administrador. A ideia que
Fayol fazia de organizar era muito ampla, pois não se restringia à organização
dos recursos humanos e materiais da empresa, mas também incluía sua obtenção.
As idéias básicas da Escola Clássica a
respeito da organização são as seguintes:
·
Quanto
mais dividido for o trabalho em uma organização, mais eficiente será a empresa;
·
Quanto
mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecerem ao critério da
semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa;
·
Um
pequeno número de subordinados para cada chefe e um alto grau de centralização
das decisões, de forma que o controle possa ser cerrado e completo, tenderá a
tornar as organizações mais eficientes;
·
Os
objetivos da ação de organizar são mais as tarefas do que os homens. Desta
forma, ao organizar, o administrador não deverá levar em consideração os
problemas de ordem pessoal daqueles que vão ocupar a função.
A Administração
como Ciência
Para que um determinado campo de
conhecimentos seja considerado ciência é necessário que tenha um objeto próprio
e isso a Administração possui.
A Escola Clássica considerava a
Administração uma ciência com princípios próprios, baseados, de um lado, na
experiência científica, no trabalho, e de outro, no método lógico-dedutivo.
Esses princípios, porém, estavam
assentados na ideia do “homo economicus”
e, quando mais tarde a Escola de Relações Humanas fez a crítica implacável
dessa ideia simplista da natureza humana, os princípios caíram por terra.
Percebeu-se então que a administração não
era a ciência pronta de Taylor e Fayol, mas quando muito uma ciência em sua
infância, e que querer reclamar para ela o grau de exatidão das ciências
naturais era totalmente inútil e que entre as ciências sociais a administração
deveria ser considerada como a mais dependente das demais, visto que se usa
grandemente da Sociologia, da Psicologia e da Economia.
APRECIAÇÃO
CRÍTICA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Pouca atenção ao elemento humano; visão da
organização como se fora uma máquina.
Mecanicismo
da Administração Científica:
Como suas principais ferramentas foram os
estudos de tempo e movimentos dando origem ao emprego de técnicas mecanicistas,
passou a representar o máximo de desumanização do trabalho industrial.
Superespecialização
do operário:
Privação do trabalhador da satisfação no
trabalho, violando a dignidade humana. Decomposição analítica das funções.
Recusa de reconhecimento grupos e negação da noção de interpretação da situação
a cada nível aumento na especialização não redunda no aumento da eficiência.
Visão
microscópica do homem
O homem como empregado tomado individualmente, esquecendo-se que o
trabalhador é um ser humano e social. Os trabalhadores eram considerados
preguiçosos e ineficientes e caberia a gerencia, utilizando métodos
autocráticos, criar os melhores instrumentos e métodos de trabalho e
cooperação.
A principal virtude é a obediência a
ordens. Foi desenvolvida uma engenharia humana com enorme escassez de variáveis
e mesmo com um desequilíbrio na ponderação dessas variáveis.
A variável básica foi a fisiologia do ser
humano. O homem foi considerado um apêndice da máquina.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA
O método
empírico e concreto acontece
quando o conhecimento é alcançado pela evidência e não pela abstração:
baseia-se em dados singulares observáveis pelo analista de tempos e movimentos.
Ele vai ao como e não ao porque da ação do operário.
ABORDAGEM
INCOMPLETA DA ORGANIZAÇÃO
Restringiu-se aos aspectos formais da
organização. Sobre os princípios administrativos, Simon, fez críticas muito
interessantes.
Evidenciou, em primeiro lugar, o fato de
que a maioria dos chamados princípios são como os provérbios, isto é, existem
aos pares, ou seja, para cada princípio de administração existe um outro que
lhe é contraditório.
Simon mostra, por exemplo, que o principio de
especialização é incompatível com o de unidade de comando. Se as decisões de uma pessoa, em qualquer
ponto da hierarquia administrativa, acham-se sempre sujeitas à influência de um
único canal de autoridade e se, por outro lado, suas decisões requerem perícia
em mais de um campo de conhecimento, então precisa lançar mão de serviços de
assessoramento e informações que forneçam premissas oriundas de um campo não
abrangido pelo sistema de especialização da organização.
ESCOLA
CLÁSSICA:
Outro autor importante foi Henry Fayol,
com a formulação da Teoria Clássica que preconizava a organização e aplicação
de princípios de administração geral.
Baseada na forma e disposição dos órgãos
componentes da organização (departamentos) e de suas inter elações estruturais.
Ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização:
abordagem de cima para baixo e do todo para as partes. Eminentemente teórica e
administrativamente orientada.
Henry
Fayol salientou que toda
empresa apresenta 6 funções básicas:
·
Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou
serviços da empresa.
·
Funções comerciais – relacionadas com a compra, venda e
permutação.
·
Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerencia
de capitais.
·
Funções de segurança – relacionadas com a proteção e
preservação dos bens e das pessoas.
·
Funções contábeis – relacionadas com o inventário, registros,
balanços custos e estatísticas.
·
Funções administrativas – relacionadas com a integração das cinco
anteriores. Coordenam e sincronizam as demais funções da empresa.
ORIGENS
DA ABORDAGEM CLÁSSICA
Na Revolução
Industrial, baseada em:
·
Crescimento acelerado e desordenado das empresas.
·
Substituição
das teorias de caráter totalizante e global por teorias micro industriais de
alcance médio e parcial.
· Necessidade de aumentar a competência e a eficiência das organizações. (evitar desperdício e economizar mão-de-obra)
· Necessidade de aumentar a competência e a eficiência das organizações. (evitar desperdício e economizar mão-de-obra)
CONFRONTO
ENTRE AS TEORIAS DE TAYLOR E FAYOL
Os
trabalhos de Fayol e Taylor são precursores da moderna Administração. A teoria
Clássica procurou definir as funções básicas da empresa, com os chamados
Princípios Gerias de Administração, dando ênfase na estrutura, na disposição
dos órgãos, e a interatividade entre essas partes, restringindo-se à
organização formal.
Taylor, por sua vez, com a Administração Científica,
procurou aumentar a eficiência das empresas através do aumento da eficiência do
trabalho operário.
ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Esta
abordagem provoca uma verdadeira revolução na administração. Se antes a
ênfase era nas tarefas e estrutura, agora o enfoque era nas
pessoas. A máquina, o método de trabalho e a organização formal dão lugar aos
aspectos psicológicos e sociológicos.
ORIGENS
Surge
como consequência imediata dos trabalhos conclusivos obtidos pela experiência
de Hawthorne, orientada por Elton Mayo, quando o governo americano através do Conselho
Nacional de Pesquisa, encomendou um trabalho a Academia Nacional de Ciências
dos Estados Unidos, para verificar a “correlação entre produtividade e
luminosidade”.
Tempos depois se soube que essa
experiência fora encomendada para verificar a insatisfação dos trabalhadores
e o crescimento dos sindicatos, causando certo temor à classe patronal, pois
havia forte tendência de insatisfação entre a classe operária aliada a
desumanização do trabalho.
Principais figuras:
George
Elton Mayo (1880-1949)
Considerado
o “pai das relações humanas”, coordenou a experiência de Hawthorne,
realizada na Western Electric Company, que ficava no bairro de Hawthorne na
cidade de Chicago. Essa experiência iniciou-se em 1927, foi interrompida em
1929 pela crise, e prolongada até 1932.
Mary
Parker Follet
Cientista
social, pioneira na introdução da psicologia no comércio, indústria e governo.
Pontos relevantes de seus estudos: criatividade, motivação e cooperação.
Robert Owen
Filantropo
e humanitário, sendo que foi outro precursor da teoria humanística. Foco de
ação: organização de vilas-modelo para operários, plantio de árvores,
construção de jardins, banho de chuveiro em suas fábricas, toaletes, escola
para crianças e operários, etc.
Oliver Sheldon
Em
1923, apresentou uma filosofia de administração, na qual afirma que uma empresa
“tem alma” e que tem “responsabilidades sociais”.
A
abordagem humanística surgiu com a
teoria das relações humanas, nos eua
por volta de 1930, decorrentes do desenvolvimento das ciências sociais,
principalmente a psicologia que ocupava seus estudos com dois assuntos
básicos, abordados pela psicologia do trabalho:
·
A análise do trabalho e a adaptação do
trabalhador ao trabalho;
·
A adaptação do trabalho ao trabalhador.
A
abordagem humanística começou logo
após a morte de Taylor (1915), mas somente a pratica da década de 30 mereceu
aceitação nos eua, em razão de
suas características democráticas, sendo sua divulgação pelo mundo só surgiu
após o término da Segunda Guerra Mundial.
Antecedentes:
(fatos marcantes)
·
A necessidade de se humanizar e democratizar
a administração;
·
O desenvolvimento das chamadas ciências
humanas, em especial a psicologia e a sociologia;
·
As idéias da filosofia pragmática de John
Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin;
·
As conclusões das experiências de Hawthorne
Ø A teoria das relações humanas (ou escola
humanística) foi basicamente um movimento de reação e oposição à teoria clássica.
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
A experiência desenvolveu-se em 4
quatro fases, cada uma abordando uma relação entre os trabalhadores da empresa
Western Electric Company, e o ambiente de trabalho.
1ª
Fase – dois grupos de operários escolhidos foram submetidos aos efeitos
de iluminação e verificou-se um rendimento proporcional a intensidade da
luz. Com isso reconheceu-se a preponderância do fator psicológico sobre o
fisiológico, ou seja, as pessoas de um grupo produziam mais quando julgavam
que a iluminação diminuía, porque queriam acreditar que isso poderia prejudicar
o rendimento do trabalho.
2ª
Fase – Iniciada em abril de 1927. Selecionada seis moças que
constituíram um grupo de observação (ou grupo experimental). As
tarefas foram assim distribuídas: cinco moças montavam os relés, e uma sexta
mantinha o trabalho constante, fornecendo às demais as peças necessárias. Não
havia supervisão rígida na sala, bem como as moças tiveram certas regalias,
como redução de 30 minutos no trabalho, períodos de descanso, não oferecidas às
demais trabalhadoras da empresa. Após implantar condições de trabalho mais
flexíveis, notou-se um aumento da produção. As conclusões foram:
·
Havia um clima amistoso e sem pressões;
·
Era permitida a conversa entre as moças
aumentando a satisfação no trabalho;
·
Não havia temor ao supervisor;
·
As moças faziam amizades entre si, e passaram
a se preocupar com as outras, criando uma equipe.
Depois
que duas das moças deixaram o grupo, a ajuda entre elas para manter a produção,
aumentou, aumentando também o ritmo de produção.
3ª
Fase –Programa de entrevistas – Compreendida com os
empregados para obtenção de maiores conhecimentos sobre suas atitudes e
sentimentos, ouvir a opinião e sugestões que pudessem ser aproveitadas no
treinamento dos supervisores.
- Conclusões:
·
Surgimento do grupo informal, isto é, de uma
organização informal entre os operários, a fim de se protegeram do que julgavam
ser uma ameaça.
·
Através dessa organização informal, os
operários mantinham certa lealdade entre si.
·
Mas também eles desejavam manifestar sua
lealdade à empresa, gerando conflitos e descontentamento.
4ª
Fase – Sala de observação de montagem de terminais –
Havia um observador entre o grupo experimental – 9 operários e 9 soldadores.
Montavam o que julgavam ser sua produção normal não excedendo o limite.
Seria considerado traidor, o membro do grupo que acelerasse a produção ou que
delatasse algum companheiro. Esta fase permitiu estudar o grupo informal, ou
seja, o surgimento de uma organização informal entre os membros de um grupo.
CONCLUSÕES
FINAIS
DA EXPERIENCIA DE HAWTHORNE.
Funções
básicas da organização industrial:
·
Função econômica – produzir bens e serviços;
·
Função social – distribuir satisfações;
·
A civilização industrializada e o homem.
Segundo Mayo, enquanto a eficiência
material aumentou nos últimos 200 anos, a capacidade humana para o trabalho não
acompanhou o mesmo ritmo.
Propõe uma nova concepção nas relações
humanas no trabalho.
“Os
métodos de trabalho tendem todos para a eficiência e nenhum para a cooperação”
Pontos de vista de Elton Mayo
O
trabalho é uma atividade grupal - O
nível de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos
incentivos salariais e materiais;
O
operário não reage isoladamente - A
reação do operário não é uma atitude isolada, mas sim a atitude de um membro de
um grupo social;
A
administração tem uma tarefa básica -
Deverá
formar uma elite capaz de compreender e de se comunicar, através de chefes
democráticos, persuasivos e simpáticos.
Há
necessidade de “estar junto” e de “ser reconhecido” - A pessoa humana é motivada
essencialmente por estas duas necessidades e, desse modo, receber uma adequada
resposta.
E a
fábrica, como uma nova unidade social, será o futuro - Numa visão romântica, Elton Mayo afirma
que a fábrica surgirá como uma nova unidade social, proporcionando um novo lar,
um local de compreensão e de segurança emocional.
O
Conceito de homo economicus, passa
a ser substituído por homem social. A
experiência de hawthorne demonstrou que o pagamento ou recompensa salarial não
é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. O homem é motivado mais por recompensas
sociais, simbólicas e não materiais.
AS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
A Teoria das Relações Humanas constatou a existência
de certas necessidades humanas fundamentais. Verificou-se que o comportamento
humano é determinado por causas não explicadas e fogem ao controle. Esses
motivos ou forças conscientes ou inconscientes levam o indivíduo a um
determinado comportamento. E todo comportamento humano é motivado. Verificou-se
que a motivação no sentido psicológico é a tensão, que leva o indivíduo a
alguma forma de comportamento, almejando alcançar uma satisfação. Surge o Ciclo
Motivacional, segundo Kurt Lewin.
·
O Organismo Humano
permanece em estado de equilíbrio psicológico, até que um estímulo provoque uma necessidade.
·
Esta necessidade provoca um estado de tensão.
·
A tensão conduz a um comportamento ou ação, capaz de atingir alguma forma de satisfação daquela necessidade.
· Se a necessidade for satisfeita, o indivíduo retorna ao ponto de equilíbrio, até que outro estímulo sobrevenha.
· Se a necessidade for satisfeita, o indivíduo retorna ao ponto de equilíbrio, até que outro estímulo sobrevenha.
TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
A
Teoria Neoclássica caracteriza-se por forte ênfase nos aspectos práticos da
Administração, pelo pragmatismo (doutrina filosófica que se baseia na verdade
do valor prático) e busca de resultados concretos e palpáveis, sem que se tenha
abandonado os conceitos teóricos da Administração. Os autores neoclássicos,
entre eles Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, entre outros,
desenvolvem conceitos de forma prática visando à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando
operacionalizada na prática. Quase todos os neoclássicos referem-se a essa
prática da Administração ou essa ação administrativa, enfatizando os aspectos
instrumentais da Administração.
Principais características básicas da Teoria Neoclássica são as seguintes:
·
Ênfase na prática da administração
·
Reafirmação dos postulados clássicos
·
Ênfase nos princípios gerais de administração
·
Ênfase nos objetivos e nos resultados
·
Ecletismo (sistema filosófico que aproveita o
que há de melhor nos demais sistemas).
A
Teoria Neoclássica ou Escola Operacional ou Processo Administrativo surgiu da
necessidade de se utilizar os conceitos da Teoria Clássica condensando-os com
outros conceitos, e pode ser identificada por meio de algumas características
marcantes: ênfase na prática da Administração.
A
Teoria Neoclássica considera a Administração uma técnica social básica, levando
à necessidade do administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e
específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a direção de
pessoas dentro das organizações.
A
Teoria Neoclássica enfatiza as funções do administrador: o planejamento, a
organização, a direção e o controle, que no conjunto as funções administrativas
formam o processo administrativo.
O
planejamento é a função
administrativa que determinam quais os objetivos
e o que deve ser feito para alcançá-los. Assim, o estabelecimento dos objetivos é o primeiro passo do planejamento,
quanto à abrangência, o planejamento pode ocorrer em três níveis: o estratégico, o tático e o operacional.
A
organização é a função
administrativa que consiste no agrupamento das atividades necessárias para
realizar aquilo que foi planejado. Quanto à sua abrangência, a organização pode
ocorrer em três níveis: ao nível global (desenho organizacional), ao nível
departamental (desenho departamental) e ao nível das tarefas e operações
(desenho de cargos e salários).
A
direção é a função administrativa
que orienta e indica o comportamento das pessoas na direção dos objetivos a
serem alcançados. É uma atividade de comunicação, motivação e liderança, pois
se refere basicamente a pessoas. Quanto à sua abrangência, a direção pode
ocorrer em três níveis: ao nível global (direção), ao nível departamental
(gerência) e ao nível operacional (supervisão). A direção se fundamenta nos
conceitos de autoridade e poder.
O
controle é a função administrativa
que busca assegurar se aquilo que foi planejado, organizado e dirigido
realmente cumpriu os objetivos pretendidos. O controle é constituído por quatro
fases: estabelecimento de critérios ou
padrões, observação do desempenho,
comparação do desempenho com o padrão
estabelecido e ação corretiva para
eliminar os desvios ou variações.
Quanto à sua abrangência, o controle
pode ocorrer em três níveis:
·
Estratégico,
·
Tático e
·
Operacional.
TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO
ou BEHAVIORISMO
A
Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista, do inglês Behavior que
significa comportamento) da Administração veio dar uma nova direção e um novo
enfoque dentro das teorias administrativas: a abordagem das ciências do
comportamento (behavioral sciences approach), o abandono das posições
normativas e prescritivas das teorias anteriores (Teoria Clássica, Teoria das
Relações Humanas e Teoria da Burocracia) e a adoção de posições explicativas e
descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto
organizacional.
As origens da Teoria Comportamental da
Administração são as seguintes:
- A
oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase nas
pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua ênfase nas tarefas e na
estrutura organizacional) caminhou para um segundo estágio:
·
A Teoria Comportamental.
- A
Teoria Comportamental é um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com a
qual se mostra crítica e severa com a Teoria Clássica. A Teoria Comportamental
rejeita as concepções ingênuas e românticas da Teoria das Relações Humanas. Com
a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia,
ampliando o campo da teoria administrativa.
- Em
1947 surge nos Estados Unidos um livro que marca o início da Teoria
Comportamental na Administração, de Herbert Simon. Este livro constitui um
ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação – com os devidos reparos
e correções – das principais idéias da Teoria das Relações Humanas. A Teoria
Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do comportamento
na Administração.
O
fato é que esta teoria assenta-se em novas proposições acerca da motivação
humana, com as contribuições de McGregor, Maslow e Herberg. O administrador
precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir as pessoas.
Um
dos assuntos prediletos dos behavioristas são os estilos de administração.
McGregor traça dois extremos: a Teoria X e a Teoria Y, enquanto Likert propõe
quatro sistemas organizacionais, variando desde um sistema autoritário
explorador até um sistema participativo e democrático.
Douglas
McGregor se preocupou em comparar dois estilos opostos e antagônicos de
administração: de um lado um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista
e pragmática (Teoria X) e de outro lado um estilo baseado nas concepções
modernas a respeito do comportamento humano (Teoria Y).
Para
McGregor as pressuposições da Teoria X ainda moldam o aspecto humano de muitas
organizações, onde se acredita que as pessoas tendem a se comportar com
indolência, passividade, falta de responsabilidade, solicitação excessiva de
benefícios econômicos, resistência às mudanças etc. Para McGregor este tipo de
comportamento não é a causa, mas efeito das experiências negativas nas organizações.
Por
outro lado, a Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e
democrático, baseado nos valores humanos.
Perfis
Organizacionais – Likert
Rensis
Likert considera a Administração como um processo relativo onde não existem
normas e princípios válidos para todas as circunstâncias e ocasiões. Tomando
por base suas pesquisas, Likert propõe uma classificação de sistemas de
Administração definindo quatro diferentes Perfis Organizacionais,
caracterizados apenas em relação a quatro variáveis que são:
·
Processo decisorial; Sistema de comunicações;
·
Relacionamento interpessoal;
·
Sistema de recompensas e punições.
Sistema autoritário coercitivo –
autocrático e fortemente arbitrário, com controle rígido do que ocorre na
organização; sistema duro e fechado.
Sistema autoritário benevolente –
autoritário, mas menos arbitrário e rígido; um pouco condescendente.
Sistema consultivo –
pende para o lado participativo, com gradativo abrandamento da arbitrariedade
organizacional.
Sistema
participativo – democrático liberal e aberto.
Likert se
preocupa com a avaliação do comportamento humano na organização. As variáveis
administrativas (estilo de administração, estratégias, estrutura
organizacional, tecnologia etc.) são chamadas “variáveis causais” e os itens de
comportamento (lealdade, capacidades, atitudes, comunicações, tomadas de
decisões etc.) são chamadas “variáveis intervenientes”. As variáveis causais
provocam estímulos que atuam nos indivíduos (variáveis intervenientes) e criam
certas respostas, que são as “variáveis de resultados”.
Outro
aspecto importante da Teoria Comportamental é o Processo Decisorial. Todo
indivíduo é um tomador de decisão, baseando-se nas informações que recebe do
seu ambiente, processando-as de acordo com suas convicções e assumindo
atitudes, opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias. Nas
organizações existem conflitos entre os
objetivos individuais e os objetivos
organizacionais. À medida que as organizações pressionam para alcançar os
seus objetivos, elas privam os indivíduos da satisfação de seus objetivos
pessoais, e vice-versa. O comportamento organizacional é o tema preferido pelos
behavioristas na teoria administrativa.
ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA
ADMINISTRAÇÃO
A
partir da década de 1940, as críticas feitas tanto à Teoria Clássica – pelo seu
mecanismo – como à Teoria das Relações Humanas – pelo seu romantismo ingênuo –
revelaram a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente e que
servisse de orientação para o trabalho do administrador.
- Alguns estudiosos foram buscar nas sombras
de um economista e sociólogo já falecido, Max Weber, a inspiração para essa
nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Teoria da Burocracia na
Administração.
- Existem
graus de burocratização, variando em um continuum que vai do excesso à
escassez.
O
grau variável de burocratização é determinado pelas dimensões da burocracia, ou
seja, o conceito de burocracia como uma série de dimensões, cada qual delas em
um continuum. Richard H. Hall selecionou seis dimensões contínuas da estrutura
organizacional, a saber:
·
Divisão do trabalho baseado na especialização
funcional;
·
Hierarquia de autoridade;
·
Sistema de regras e regulamentos;
·
Formalização das comunicações;
·
Impessoalidade no relacionamento entre as
pessoas;
·
Seleção e promoção baseadas na competência
técnica.
Ao
final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas – experiência
tipicamente democrática e americana – entrou em declínio. Essa primeira
tentativa sistemática de introdução das ciências do comportamento na teoria
administrativa, através de uma filosofia humanística acerca da participação do
homem na organização, gerou uma profunda reviravolta na Administração.
- Se,
de um lado, combateu a Teoria Clássica, por outro lado não proporcionou as
bases adequadas de uma nova teoria que pudesse substituir.
- A
oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um
impasse dentro da Administração que mesmo a Teoria da Burocracia não teve
condições de ultrapassar.
Os
autores estruturalistas (mais voltados para a Sociologia Organizacional)
procuram inter-relacionar as organizações com seu ambiente externo, que é a
sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela
interdependência entre as organizações.
MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO
A burocracia é uma forma de organização
humana que se baseia na racionalidade, isto
é, na adequação dos meios aos objetivos. Max Weber considerou a burocracia como
um sistema social, mas principalmente como um tipo de poder.
A própria divisão do trabalho atende a
uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos que devem ser
atingidos, ou seja, a eficiência da organização. Isto é o aspecto racional da
burocracia.
- Num
sistema burocrático, as atividades são distribuídas de forma impessoal, isto é, não consideram as
pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de funções.
- O
poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa. A burocracia deve
garantir a continuidade ao longo do tempo, ou seja, pessoas vêm e vão, e os cargos
e funções permanecem.
A burocracia é uma forma organizacional
que estabelece os cargos segundo o princípio
da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob a supervisão de um posto
superior. A hierarquia pressupõe autoridade e obediência nos diversos escalões.
A
partir do modelo burocrático, os estruturalistas introduziram o conceito de
sistema aberto (será abordado adiante na aula Teoria Geral dos Sistemas) no
estudo das organizações e tentaram compatibilizar as contribuições clássicas e
humanistas.
Uma das conclusões nos estudos
administrativos foi a de que a inovação ou mudança trazem conflitos dentro das
empresas e que o conflito é um importante sinal de vitalidade dentro das
organizações.
As idéias e atitudes diferentes se
chocam e muitas vezes se antagonizam. A administração de conflitos passa a ser
um elemento crucial e de múltiplas interpretações.
Uma das causas das disfunções reside
basicamente no fato de que a burocracia não leva em conta a variabilidade do
ser humano. Todavia é inegável a importância das burocracias na sociedade
moderna.
Todas as organizações e empresas
legalmente constituídas dotam o modelo burocrático como forma organizacional
básica.
Alguns estudiosos tem levado a análise
da burocracia e concluído pelo que chamam de disfunções da burocracia, isto é, as anomalias e desvios ou
exageros em cada modelo burocrático. Algumas pessoas leigas tendem a imaginar
que burocracia é excesso de formalismo e, portanto excesso de papelada, o que
leva essas pessoas a interpretarem equivocadamente o conceito exato da palavra.
Para a maioria dos autores, burocracia é sinônimo de eficiência, racionalidade
e legalidade.
TEORIA GERAL DE SISTEMAS
A
Teoria Geral de Sistemas (TGS), surge com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig
von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968. Uma de suas afirmativas é de que
as propriedades de um sistema não podem ser descritas em termos de separação de
seus elementos. A visão deve ser integral, ou seja, na sua totalidade,
envolvendo suas partes que são interdependentes.
- As
premissas da Teoria Gerais dos Sistemas fundamentam-se em 3 características
básicas:
·
Os sistemas existem dentro de outros sistemas
·
Os sistemas são abertos
·
As funções de um sistema dependem de sua
estrutura.
Podemos
comparar os sistemas a seres vivos, e todos os sistemas têm as mesmas características,
seja um sistema físico, biológico ou social.
A
palavra sistema tem muitas conotações:
Pode ser um conjunto de partes
interdependentes interagindo entre si, ou um grupo de unidades combinadas que
formam um todo organizacional e cujo resultado ( saída ou output) é maior que o
resultado que as unidades teriam se funcionassem isoladamente.
Como exemplo, uma empresa produtora tem
um setor que cuida da produção, outro cuida das vendas, outro cuida das
finanças, e vários outros. Nenhum deles é mais que os demais em si, mas quando
a empresa tem todas esses partes (ou departamentos) adequadamente coordenadas espera-se que eles
funcionem com eficácia resultando em lucros.
CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS
Sistema é um todo organizado ou
complexo.
O próprio universo que está formado de
inúmeros outros sistemas se relaciona.
A definição de sistema depende do
interesse da pessoa que irá analisá-lo.
Uma organização poderá ser entendida como um
sistema ou subsistema ou ainda um supersistema.
Um departamento pode ser analisado como
um sistema composto de vários subsistemas (seções ou setores) e integrados em
um supersistema (a empresa), como também pode ser visualizado como um
subsistema composto por outros subsistemas (seções ou setores) pertencendo a um
sistema (a empresa) que está lidado por um supersistema (o mercado ou a
comunidade).
ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO
Durante
a Segunda Guerra Mundial a enorme economia americana se preparou para a guerra
global e adaptou um setor da indústria civil aos rigores e requisitos da
fabricação em tempos de guerra. Esse esforço industrial e as necessidades de um
exército moderno e com novas técnicas de administração para lidar com problemas
operacionais cada vez mais complexos fizeram surgir o método de administração
conhecido como ciência da administração
ou pesquisa operacional.
Os
conselheiros do governo e os especialistas militares que administravam a guerra
aproximaram-se dos cientistas e dos engenheiros para ajudá-los a resolver
problemas complexos. Esses cientistas, treinados no método científico de
questionamento e pesquisa e peritos na aplicação de estatísticas e outras
técnicas matemáticas, usaram esse treinamento anterior para analisar os
problemas apresentados a eles como prioridades nacionais.
Os
grupos de pesquisa operacional (PO) tiveram muito êxito na aplicação dessa
metodologia para determinar as soluções mais favoráveis para os problemas
complexos de guerra, e não surpreendeu o fato de esse método de funcionamento
administrativo, especialmente no setor industrial, vir a ser aplicado.
Com
a aplicação da pesquisa operacional a um número cada vez maior de problemas no
setor industrial. Novas técnicas surgiram e foram refinadas por cientistas da
administração.
O
cientista da administração Herbert Simon e seus colegas da Carnegie-Mellon
University fizeram contribuições importantes para a eficácia da administração.
Simon é mais conhecido por sua pesquisa sobre tomadas de decisão e
processamento de informações. Antes de Simon, os teóricos da administração
aceitavam a idéia de que executivos tinham acesso imediato a informações
perfeitas e tomavam a melhor decisão para aperfeiçoar os resultados
organizacionais. Simon descobriu que os executivos raramente tinham acesso as
informações perfeitas, valorizavam dados encontrados no início da busca por
informações mais do que aqueles colhidos posteriormente, e tomavam decisões que
atingiam resultados satisfatórios, e não ótimos - chamado por Simon de processo de ‘satisfaciente’. Simon foi premiado com o Prêmio Nobel de Economia em 1978 por essa análise das tomadas de
decisão em administração, obra à qual dedicou toda sua vida.
A
ciência da administração enfatiza um método
sistêmico que examina o sistema operacional por completo e analisa um
problema dentro desse sistema. A existência do problema é vista segundo sua
relação com o sistema como um todo, e qualquer solução proposta é avaliada
levando-se em conta o mesmo sistema.
Os sistemas são
caracterizados por determinados parâmetros
Esses parâmetros
são:
·
Entradas ou insumos (inputs) – São as forças de arranque ou de partida do sistema.
São os ingressos de material ou energia que inicia o sistema
· Processamento ou transformação (througputs) – Fenômeno que produzi
alteração ou conversão
·
Saída ou resultado ou produto (output) – É a finalidade do sistema-
as saídas podem estar de acordo com o planejado ou não.
·
Retroação ou realimentação (feedback) – É a função do sistema que objetiva comparar a saída
com o critério estabelecido previamente pelo padrão.
·
As organizações como todo sistema social é aberto.
Entretanto, todos são afetados pelas
mudanças constantes que ocorrem em seus ambientes e são denominadas variáveis
externas. Conceitua-se ambiente como o que está fora de um sistema, mas com ele
se relaciona.
OUTROS CONCEITOS DE SISTEMAS
Alguns conceitos
importantes para interpretar os sistemas:
·
Ambiente – Tudo que está
ao redor do sistema e com ele se relaciona
· Sinergia - O resultado é
maior que a soma das partes. Efeito de potencialização nos resultados
pretendidos.
·
Homeostasia – Equilíbrio
dinâmico
·
Entropia – Processo pelo
qual todas as partes de um sistema tendem a exaustão, a desorganização e por
fim a morte.
TEORIA
DA CONTINGÊNCIA - (A ABORDAGEM
CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO)
A
abordagem contingencial afirma que
não há nenhum caminho universalmente aplicável para um problema em
administração, mas que as necessidades da situação em particular determinam a
melhor abordagem do problema organizacional.
Esse
método surgiu da observação de que as abordagens estudadas anteriormente – a
clássica, a comportamental e a sistêmica – nem sempre levavam a uma solução
aceitável.
A
abordagem contingencial é eclética (ecletismo – sistema filosófico que
aproveita o que há de melhor nos demais sistemas), já que o gerente pode fazer
uso das técnicas de outros métodos. O método contingencial é uma metodologia
para determinar a melhor solução possível para um problema organizacional e
consiste no seguinte esquema:
Realizar
uma análise situacional, que
consiste em:
·
Análise da atual condição interna da organização
·
Pontos fortes da organização e Pontos
fracos da organização.
Projeção da futura condição externa da organização:
·
Oportunidades para a organização e Ameaças
para a organização.
·
Com base na análise situacional, identificar
o problema.
Estabelecer
os padrões de desempenho que satisfazem os seguintes critérios, de modo que
indique que o problema foi solucionado.
Os
padrões de desempenho são colocados de forma comportamental que é:
·
Observável;
·
Relevante ao objetivo;
·
Mensurável.
·
Gerar soluções alternativas para o problema.
·
Avaliar as possíveis soluções em termos de
suas consequências para a organização.
·
Escolher a solução alternativa que melhor
resolva o problema e que cause o menor número de efeitos colaterais.
·
Implementar um teste-piloto para a solução
proposta e revisá-la.
·
Implementar a solução.
·
Avaliar a solução.
·
Revisar o processo.
O
método contingencial leva em conta qualquer limitação sob a qual a organização
precisa operar, como, por exemplo, com relação ao nível atual de tecnologia
disponível. Uma organização pode
não ter o nível apropriado de tecnologia ou não ter os recursos financeiros
para adquirir a tecnologia necessária para implementar uma alternativa em
particular.
O
nível tecnológico da empresa é medido levando-se em conta as inter-relações de
todas as suas áreas; qualquer mudança na tecnologia de uma área terá efeito no
resto da organização. E o impacto na organização
como um todo precisa ser considerado na avaliação das conseqüências de uma
solução proposta.
O
método contingencial também considera os recursos humanos de uma organização na
avaliação da adequação de soluções em potencial. Um sistema de apoio apropriado
de recursos humanos precisa existir, ou a solução proposta pode não dar certo.
A avaliação do componente de recursos humanos de uma organização inclui o exame
do nível de competência dos trabalhadores, as habilidades e as qualificações.
- O método contingencial
enfatiza que não existe uma única solução universal para os problemas em
administração, mas que a solução correta dependerá das necessidades específicas
da situação. Esse método é eclético e faz uso de técnicas de administração de
muitos outros métodos. Ele se distingue como uma metodologia de solução de
problemas que começa com uma análise situacional e termina com a geração,
avaliação e recomendação de uma solução em potencial para resolver o problema
em administração.
Diferente das abordagens anteriores de
administração, a abordagem contingencial não defende um caminho universalmente
correto para resolver problemas em administração, mas afirma que problemas
diferentes precisam de soluções diferentes, permitindo que se escolha dentre as
técnicas de administração disponíveis para resolução, o que requer gerente seja
flexível, isto é, não esteja preso a uma solução ou escola de administração.
Ela permite uma preocupação com a
dimensão humana da organização, assim como o uso de técnicas de pesquisa
operacional, obrigando o gerente a examinar a organização e os problemas de
vários pontos de vista, refletindo assim a natureza complexa da administração
moderna com realismo.
Os
críticos da abordagem contingencial enfatizam a complexidade do método e o fato
de ela requerer um gerente de muitas habilidades.
Muitos
gerentes se sentem inseguros diante dela, já que não tem uma recita
estabelecida para uma solução universal de problemas, mas coloca o gerente como
responsável pala geração de soluções. Também existem aqueles críticos que
afirmam que essa abordagem não tem uma base teórica coerente e consistente,
sendo meramente uma metodologia que utiliza outros métodos.
Embora
isso possa ser verdade, não se pode negar que, nas mãos de um gerente seguro e
habilidoso, o método contingencial se torna uma ferramenta poderosa.
Fonte
e Sítios Consultados
http://gestaocomercial.50webs.com/documentos/adm_apostila_1.doc
Muito bem resumido parabéns
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