Todo controle sempre é um processo de
monitoramento e avaliação de atividades de modo a verificar se o que está sendo
executado está de acordo com o planejado, se os resultados são os esperados ou se
precisam ser corrigidos devido qualquer desvio.
Atualmente nesse mercado competitivo
e globalizado, as organizações precisam desenvolver e manter um alto padrão de
resultados para sobreviverem e obterem um crescimento. No Brasil, com sua
economia sempre problemática, juros sempre estratosféricos, o controle das
empresas torna-se ainda mais importante.
A grande vantagem de um bom controle
é conseguir identificar as disfunções desde o início e com isso conseguir antecipar
o surgimento de problemas ainda maiores, além é claro de permitir a aplicação
de medidas corretivas o mais cedo possível. Além disso, o controle é a única
maneira dos administradores saberem se as metas da organização estão sendo
alcançadas e por quê.
Existe o burocrático, do
cumprimento das decisões, ou seja, se as ações previstas e determinadas foram
realizadas a contento. Esse controle é usualmente realizado pelos chefes, que
cobram dos subordinados, ao fim do prazo previsto, a conclusão das tarefas que
lhes atribuiu, mas também pode ser feito informalmente pelos profissionais, que
tenham alguma área de autonomia, sobre o andamento dos seus próprios afazeres.
Esse mesmo tipo de controle
encontra-se em grandes empresas ou obras, onde um planejamento global, às vezes sob a
forma de diagramas PERT (de Program
Evaluation Review Technique), é periodicamente revisto, verificando-se o
cumprimento de metas, de tal modo que o todo possa ser replanejado e possam ser
tomadas ações específicas para lidar com atrasos e outras disfunções. Existe uma infinidade de controles,
como: de gastos, de vendas, de horas trabalhadas, de qualidade de produtos ou
serviços e etc.
Também temos o controle de mercado,
ou seja, de verificação do comportamento de certas variáveis no ambiente
externo, tais como participação no mercado (vendas da organização em relação a
vendas totais de todas as organizações do mesmo setor), nível de preços em
relação à concorrência. Para isso podem ser utilizados dados obtidos pelos
sindicatos patronais, revistas especializadas e etc.
O processo de controle possui três
fases:
·
Medição
dos resultados obtidos;
·
Comparação
com os resultados esperados;
·
Ação
em função dos desvios encontrados.
Todo controle idealmente já deve estar incluído no
planejamento.
A medição pode ser feita por diversas
formas: observação pessoal, estatísticas, relatórios, até mesmo por coleta de
dados da contabilidade, incluindo faturamento, folha de pagamento de pessoal e
controle de estoques. As fontes podem ser as mais diversas.
O maior problema é o que medir: não
se deve onerar o processo de controle com uma infinidade de variáveis inúteis
nem deixar de lado algo relevante para o desempenho da organização.
A comparação é relativamente simples:
basta comparar o resultado alcançado com o previsto, considerando eventuais
diferenças dentro de uma faixa de variação como resultados normais.
A ação administrativa, passo final do
controle, pode ser de três tipos:
·
Tomar
uma ação corretiva, seja dos resultados obtidos, seja das causas que levaram a
esses resultados, levando em consideração a importância do desvio, os custos da
correção e os benefícios que se espera;
·
Alterar
o padrão de resultados esperados, porque as expectativas foram excessivamente
altas, porque houve mudanças no processo ou no ambiente, ou por outro motivo
qualquer; ou ainda nada fazer, tendo em vista a importância da variável em
questão e o custo/benefício de alterar algo.
Sabemos que os conceitos de
lucratividade, rentabilidade, prazo de retorno do investimento e ponto de
equilíbrio devem ser estudados quando do planejamento de um novo negócio, da
mesma forma que servem para medir o desempenho das empresas existentes.
A avaliação da saúde financeira da
organização - seja ela com ou sem intuito de lucro - é da maior importância. Já
que operar no vermelho, isto é, com mais despesas que receitas, ou depender de
custosos empréstimos de curto prazo para fechar as contas, pode ser mortal para
o moral dos trabalhadores e para a própria organização.
Da mesma forma que o planejamento,
deve incluir variáveis a serem controladas, o próprio orçamento também é uma
peça de planejamento, e as receitas e despesas orçadas devem ser confrontadas
com as realizadas.
O Balanced
Score Card (BCD) é um sistema de
controle que agrega diversos tipos de objetivos e medidas, abrangendo quatro
áreas (financeira, consumidores ou clientes, processos internos e pessoal),
permitindo a disseminação do controle por toda a organização e o reconhecimento
da importância das metas não-financeiras.
Começa no alto, com a determinação
dos objetivos da organização, financeiros e outros, tais como quantidade de
produtos vendidos, investimento em treinamento, quantidade de acidentes de
trabalho, etc.
A partir desse primeiro conjunto de
metas, são definidas as metas específicas de cada departamento, que terão seus
próprios BCDs. Uma meta de desembolso
máximo de despesas para a organização como um todo vai servir de base para as
metas de desembolso de cada departamento; uma meta de vendas vai gerar metas de
produção para um departamento, de compra de insumos para outro, e assim por
diante.
Esse processo é repetido para cada
nível da empresa, de tal forma que cada equipe passa a conhecer as suas
próprias metas, ou seja, qual a sua responsabilidade no processo global.
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