Neste
século 21 o ser humano está colhendo tudo aquilo que ‘foi plantado’ pelas
gerações anteriores – estranhamente o maior desafio do Brasil contemporâneo
está em saber conciliar o sucesso das empresas públicas e privadas ao mesmo
tempo em que seja possível a existência de uma sociedade mais justa.
O
interessante é perceber que o grupo de profissionais que deveriam estar à frente da gestão dessa construção de um futuro
melhor não recebem a mesma importância e o reconhecimento que merecem, e talvez
a culpa disso esteja no fato da Administração ser uma ciência
recente, especialmente aqui no Brasil, onde inúmeros cursos de graduação em
Administração de Empresas se espalharam rapidamente e que na maioria das vezes,
de um modo muito superficial e nada consistente.
Sabemos que
aqui no Brasil o ensino da Administração tem sido problematizado, assim como em
vários países – muito embora o MEC forneça registros afirmando que
hoje existem mais de 2.000 cursos de graduação em Administração e mais de 100
programas de Mestrado e Doutorado e aproximadamente 10.000 cursos de pós-graduação latu sensu. Mesmo assim, muito se
discute sobre a legitimidade social desse campo que demonstra ter se descolado
das necessidades práticas do Brasil contemporâneo, afinal, é fácil encontrar
muitos administradores recém-formados procurando empregos em empresas para
desenvolver os seus conhecimentos simplesmente
pela troca de boas retiradas mensais, até aqui tudo bem! Será mesmo?
Talvez essa
situação problema esteja no fato de que neste século 21 o mundo esteja precisando
de administradores privados e públicos que consigam atender bem a demanda com
seu saber especializado, seu domínio das tecnologias apropriadas e seus
princípios éticos, assim como as inúmeras demandas sociais no campo da gestão. E
um fato importante é que o conhecimento da pesquisa deveria estar voltado para
questões práticas, que envolvam a interdisciplinaridade a fim de conseguir
soluções compartilhadas entre as áreas de administração de empresas,
administração pública, empresas e organizações públicas – o fato é que toda a sociedade
poderia ser beneficiada por essas parcerias ainda pouco desenvolvidas aqui no
Brasil.
Porém, por
necessidades práticas impostas por este contexto atual, os empresários,
administradores de empresa e administradores públicos estão tendo que
considerar nas suas atividades profissionais não só aqueles temas clássicos de
finanças, estratégia, marketing, operações, mas também as questões emergentes
como:
·
Sustentabilidade,
·
gênero,
·
direitos humanos,
·
ética e transparência,
·
impacto social dos negócios,
·
mudanças demográficas, entre outros.
E mesmo sabendo que para atender essas inúmeras
mudanças globais, o ensino da administração de empresas e administração pública
passa por transformações importantes nestes últimos anos, afinal, muitas
escolas tradicionais têm buscado inovar nos conteúdos necessários para enfrentar
um mundo em transição com tecnologias de ensino que se ajuste a esses novos
tempos, mas mesmo assim é difícil encontrar profissionais de Administração em
postos de gestão na administração
pública brasileira.
É trágico
acordar todos os dias e verificar que o Brasil – mesmo sendo um país com inúmeros
recursos naturais e com uma população trabalhadora não é capaz de proporcionar
aos seus cidadãos uma vida digna e de qualidade. E qual seria a razão disso?
Pode ser
que de tanto apanhar ao longo da vida os brasileiros estejam conseguindo enxergar a resposta para
a pergunta acima – somos mal administrados! O nosso País sempre foi muito mal
administrado, os gestores públicos não sabem administrar as Cidades, os Estados
e muito menos a União, eles não sabem como administrar nada, (é até possível encontrar meia dúzia de bons profissionais, mas na esmagadora maioria esse cargos são ocupados por políticos) – o que explica o fato de talvez
muitos deles só terem o interesse de administrar os seus próprios bolsos. E a outra provável
razão disso está no fato de muitos dos nossos governantes e ministros nunca terem
estudado nada de administração e nem terem ao menos, feito àqueles cursos de
MBA que se proliferam por aí. Podemos ir até um pouco mais longe, é certo que a
maioria dos nossos ministros nunca tenha trabalhado em uma das 500 maiores
empresas do país, nem como presidente nem como diretor.
Para
finalizar este, está claro que o jogo político do ‘troca troca’ lá do Congresso Federal, as falcatruas
e esse mar de corrupção são os responsáveis por esse mar de lama que o Brasil
vive atualmente, porém, não existe a menor dúvida que ‘ser administrado’ por quem conhece de administração seria um bom caminho
para a construção de um país melhor para todos os brasileiros.
Fonte e Sítios Consultados
http://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade
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