Conceituações:
uma evolução de paradigmas:
Historicamente é difícil identificar
quando surgiu o marketing. Existem muitas dúvidas a respeito da sua origem. O
que se sabe é que a história do marketing está ligada à história da humanidade
e sua evolução. Segundo Kotler (2000), desde as civilizações antigas havia,
ainda que intuitivamente, pessoas com visão de marketing, considerando que,
muitos artesões conheciam bem seus clientes, suas características e
necessidades, e desdobravam-se sempre no atendimento de suas encomendas. No
entanto, a produção era artesanal e muitas vezes os artesões não conseguiam
vencer a toda demanda de pedidos da aristocracia.
A partir de 1780, com a Revolução Industrial,
a preocupação central passou a ser a produção em massa de produtos idênticos.
Surge então a concorrência das empresas para ver quem oferecia estes produtos
pelo menor preço do mercado. Nesse cenário, segundo Guimarães e Brisola (2002),
a ênfase era dada aos processos de produção e redução de custos. Neste caso,
prevalecia o interesse das indústrias, uma vez que, o cliente não possuía
nenhum poder de negociação. Além disso, a produção era independente, sem levar
em conta a opinião ou sequer, a necessidade do consumidor.
A Revolução Industrial inaugurou uma
nova fase a partir de 1860 onde, com a descoberta de materiais como aço e
combustíveis derivados de petróleo, aconteceram muitas transformações no campo
dos transportes e da comunicação. (KOTLER, 1999). Devido a este fato, ocorre o
rompimento da subordinação do homem a natureza, causando uma grande alteração social
como a invenção de máquinas e surgimento de novas empresas. O desenvolvimento
industrial foi mais que um salto produtivo, pois proporcionou a ampliação dos
mercados e do capitalismo industrial, este foi cedendo espaço ao capitalismo
financeiro, surgindo assim, as instituições financeiras bem como os bancos. A
Revolução foi, portanto, um conjunto complexo de alterações em todos os setores
da vida humana, quer material, quer espiritual.
Segundo Barreto e Honorato (1999), a
revolução industrial foi a construção de uma nova lógica social, sendo que,
para que uma simples máquina pudesse executar tarefas que até então eram
executadas pelo homem, foi alterada toda a lógica da produção, e como
conseqüência, foram alteradas, paralelamente, as relações sociais.
Kotler (2000) explica que apesar de
terem como foco a melhoria dos seus produtos, as empresas os aprimoravam sob o
ponto de vista técnico, ainda desconsiderando as reais necessidades dos
consumidores. Ele reforça que esta concepção pode levar a empresa à “miopia” de
marketing. Foi exatamente o que aconteceu, não enxergaram que seus dirigentes
fabricavam massivamente produtos, sem nenhum tipo de pesquisa de mercado, que
comprovasse a aceitação destes pelos consumidores.
Segundo descrevem Guimarães e Brisola
(2002) a hipótese era que, ao oferecer produtos de qualidade, a preços
acessíveis, atrairiam muitos consumidores, desencadeando assim uma
supervalorização do produto, prevalecendo sempre, os interesses da organização.
A partir de 1918, após o termino da 1°
Guerra Mundial, o avanço tecnológico desenvolvido para dar suporte a objetivos
bélicos, passou a ser aproveitado para fins da indústria de consumo (PATARO, 2002).
Ocorreu então um avanço industrial com proporções gigantescas, com um efetivo
excedente de produção, agravado pela “Depressão Econômica” ocorrida em 1929, e
que enfraqueceu a demanda do mercado (VIANA, 1997).
Como saída para esvaziar os estoques
que se acumulavam a ordem das indústrias era concentrar-se nas vendas. Era preciso
vender a qualquer custo, aquilo que era produzido, sem necessariamente produzir
o que o mercado necessitava comprar. Criando-se então táticas de venda e de
instrumentos promocionais tais como: propaganda, promoção de vendas e venda
pessoal.
Neste período, não havia a mínina
preocupação por parte das empresar em criar vínculos com os clientes, ou em
prestar serviços que mantinham sua preferência em longo prazo. O raciocínio era
sempre em curto prazo. Neste contexto, a área comercial era a mais valorizada
nas organizações.
A empresa que tem a mentalidade de
“vender sem se preocupar com o cliente” segundo Kotler (2000), tem como
pressuposto, que os clientes devem ser persuadidos a consumir seus produtos.
Isto gera, em longo prazo, uma série de clientes insatisfeitos, que percebiam não
ter comprado bens que não correspondiam as suas reais necessidades. Decorreram desta época as idéias de que o
marketing se resume a vendas ou a propaganda e promoção.
A partir de 1945, após a segunda Guerra
Mundial, houve grande desenvolvimento tecnológico proporcionando o aparecimento
de novos materiais (concreto, plástico, alumínio, fibras têxteis sintéticas),
novas tecnologias (transistor, circuitos integrado), novas fontes de energia (nuclear,
solar), novos canais de comunicação e popularização do automóvel (VIANA, 1997).
Isto causou uma sofisticação nos produtos e processos de produção. Neste
contexto, Barreto e Honorato (1999), observam que as empresas passaram a buscar
uma nova forma de atuação no mercado, começam a mudar seus conceitos e se
preocuparem com a satisfação das necessidades e interpretação dos desejos dos clientes.
O consumidor, por sua vez, passa a ter liberdade de escolha devido à vasta gama
de opções de consumo que lhe é oferecido.
A partir da década de 90, começam a
acontecer novas mudanças e avanços nos conceitos. Há uma série de
transformações a uma velocidade cada vez maior, tornando o ambiente externo
altamente mutável, e o mercado totalmente complexo. Este pano de fundo gera dificuldade
em interpretar os desejos dos consumidores, e a dificuldade das ações da
empresa, bem como imprevisão das ações dos diversos concorrentes. Nesse
sentido, é importante ressaltar como principais transformações: acirramento da
concorrência devido à globalização; surgimento de novas tecnologias; revolução
nas comunicações através da utilização do computador, que possibilitou o comércio
virtual através da internet; e a crescente consciência tecnológica por parte da
sociedade.
Posto isso, as empresas passam a ter
novos desafios como redução das estruturas operacionais, procura de
flexibilidade, agilidade nas soluções e constante adaptação ás necessidades do
mercado que, segundo Kotler (2000), passa a exigir cada vez mais qualidade,
serviços superiores além de customização.
O cenário muda então, pois o cliente
passa a ditar as condições com as quais as empresas devem operar. Isto faz com
que as empresas passem a adotar uma postura orientada para o marketing. Desde
então, passa a se pensar sobre o significado de marketing. A palavra vem do
inglês e pode ser traduzida como “mercadeando”
ou ainda “mercadear”. É comum as pessoas confundirem marketing com
ação de vendas e propaganda, o que não deixa, de certa forma, de ser
considerada uma de suas ações. Mas o termo não se resume só a vendas, afinal, podemos
dizer que a venda e a propaganda significam apenas duas estrelas na constelação
do marketing.
Marketing, segundo Kotler (2000), é o
processo pelo qual as pessoas, ou grupos de pessoas, obtêm aquilo de que
necessitam, e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de
produtos e serviços de valor. Esta seria a definição social de marketing,
enquanto considera sobre a definição gerencial:
[...]
marketing (administração de), é a análise, o planejamento, a implantação e o
controle de programas destinados a levar a efeito as trocas desejadas com
públicos visados e tendo como objetivo o ganho pessoal ou mútuo. Baseia-se
fortemente na adaptação e coordenação do produto (serviço), preço, promoção e
lugar para alcançar uma reação eficiente [...]. (Kotler,2000, p.30)
Churchill Jr e Peter (2000) definem
marketing como “A função de planejar e executar a concepção, estabelecimento de
preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços, com a finalidade
de criar trocas que satisfaçam metas organizacionais e individuais”. Ele ainda
observa que o sistema de trocas é a essência do marketing, ou seja,
organizações e clientes trocam produtos e valores uns com os outros.
Levitt apud Las Casas (2008) elaborou
uma comparação perspicaz entre as orientações de vendas e marketing. Segundo
ele, a venda está voltada para os interesses da empresa, pois procura converter
produto em dinheiro, e o marketing esta voltado para os interesses do cliente,
com idéia de satisfazer seus interesses por meio do produto e mais um conjunto
de coisas associadas a sua criação, entrega e consumo final.
Vieira (2002) considera que, algum
cientista social vem questionando os efeitos positivos do marketing, pois, para
eles, o marketing é mais um produto confeccionado por empresas capitalistas, que
o utilizam com excessiva instrumentalização, e como uma ferramenta de criação e
manutenção de suas estruturas do poder.
Eles percebem que existe uma
necessidade urgente de “desconceitualizar”, “reconceitualizar” e, a partir de
então, “universalizar” as categorias analíticas do marketing. Em resumo, é
necessário repensar o conceito do marketing, que vem sendo definido há décadas
por autores como Philip Kotler, Peter Druker, e Theodore Levitt, tendo como
base as mudanças na sociedade que determinam novas formas de utilização do
marketing. Não é mais correto o uso da promoção de persuasão, indução e
alienação dos consumidores. Las Casas (2008), afirma que todo planejamento de
marketing deveria visar à satisfação do consumidor. O autor enfatiza que o
propósito de uma empresa que vise tão somente o lucro, sem se importar com a
satisfação do seu cliente, é simples e moralmente vazio. Ele ainda ressalta que
o propósito de uma empresa, deve ser de criar e fidelizar os clientes, pois, não
pode haver uma estratégia empresarial que não seja, fundamentalmente, uma
estratégia de marketing.
Kotler (2000) lembra que a empresa
orientada para marketing, defende a lógica de que a chave para atingir as metas,
está no atendimento eficaz das necessidades e desejos do consumidor. Para ele,
é necessário que a empresa defina seu público alvo, promova a integração das
diferentes áreas que compõe a organização e, na medida em que satisfaz as
necessidades dos consumidores, obtém vantagem competitiva sobre os
concorrentes.
O marketing deve ser elevado como
despertador da consciência empresarial. As empresas estão objetivando a
satisfação total do cliente, e a preocupação em manter um vínculo permanente de
confiança com o mesmo, pois assim, este estará menos propenso a mudar quando
aparece uma proposta interessante na concorrência.
Kotler (2000) defende que a preposição
de um alto nível de satisfação, ou encantamento, cria um vínculo emocional com
a marca, não apenas uma preferência nacional. O resultado é um alto grau de
fidelidade do cliente. Os clientes estão hoje mais exigentes. São mais
informados, mais conscientes em relação a preços, são abordados por muitos
concorrentes com ofertas iguais ou melhores. A grande jogada do marketing
observa o autor, “não é deixar os clientes satisfeitos, mas sim conquistar e
mantê-los fiéis”.
Nesse sentido, o conceito de
marketing se originou como uma proposta de comercialização, alicerçada na
satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores. O que se percebe,
analisando a evolução do marketing ao longo dos tempos, é que houve mudanças em
praticamente todas as variáveis controláveis e incontroláveis do marketing. (LAS
CASAS, 2008). Chamam-se variáveis controláveis, as decisões as quais os
administradores têm o controle, e variáveis incontroláveis, mudanças do
ambiente externo, que necessitam de adaptação por parte da empresa. O autor
explica que a tecnologia é a variável incontrolável que representa a mais forte
influência do novo marketing. Esta variável exige adaptação contínua e, por
isso, é fundamental analisá-la, para entender as mudanças de qualquer outra
variável. Além disso, o autor enfatiza que a existência da tecnologia ajudou o
marketing em muitos aspectos, através da internet.
Mapeando as três eras na
historia do marketing
Na era
da produção, antes dos anos 1920, havia a crença que, um produto bom se vendia
por si mesmo, ou seja, prevalecia o produto, sem nada mais ser necessário para
vendê-lo. Neste período tornou-se clássica a declaração do poeta e filósofo
Ralph Waldo Emerson: “se um homem
escreve um livro melhor, prega um sermão melhor ou faz uma ratoeira melhor do
que a do vizinho, ainda que construa sua casa na floresta, o mundo fará uma
trilha ate sua porta.” Com o passar do tem do tempo, se percebeu que esta
afirmativa não era verdadeira. Assim sendo, outros elementos de comercialização
tornaram-se necessários para vender um produto, independente da sua boa
qualidade.
Diante do exposto, Las Casas (2008)
ressalta que, a era da produção, pode ser dividida em duas fases: do produto e
da produção. A primeira é aquela em que, como mencionado antes, possui ênfase
no produto. A segunda é aquela em que a ênfase recai nos processos produtivos.
O autor observa que as indústrias passaram a desenvolver métodos para melhorar
sua produtividade. Surgiu, neste período, métodos de produção em massa que
fizeram com que a oferta excedesse a demanda, abrindo caminho para etapa
seguinte a era das vendas.
O conceito de Ralph Waldo Emerson foi
substituído pelas palavras de Henry Ford, considerado um dos pais da produção
em massa: “os clientes podem comprar o carro que quiserem, contanto que seja
preto.” Na era das vendas, antes dos anos 50, se aposta a propaganda e na venda
criativa contra a resistência do comprador.
Las Casas (2008) explica que, com a
necessidade de vender excedentes de produtos (venda adicional), na busca de
resultado de produtividade maior, fazendo assim aumentar, e ao mesmo tempo
girar, o estoque da empresa, as vendas passam a ser a atividade mais
importante. Ele ainda diz que a ordem era vender a qualquer custo. Destacava-se
o vendedor que fechava a maior quantidade de negócios, sem levar em conta se o
cliente necessitava realmente do produto.
O departamento de vendas deu origem ao
marketing moderno, pois, a partir de então, as empresas passaram a ter
atividades relacionadas a vendas agregadas ao departamento como pesquisas,
propagandas, entre outras. Neste contexto, surge o departamento de marketing
para o apoio funcional da comercialização.
Las Casas (2008) observa que, foi com o acirramento da concorrência dos
anos 50, as empresas perceberam que, indo atrás dos consumidores, seria mais
fácil vender, dando inicio assim a era do marketing que se tornou a grande
inspiração para o desenvolvimento de ofertas adequadas. A era do marketing,
surge aproximadamente, na segunda metade do século XX, com o conceito: “O
consumidor é o rei, busque uma necessidade e satisfaça-a.” Continuamos na era
do marketing e, desde os anos 50 até agora houve a passagem de diferentes
fases. Na de segmentação, houve um esforço em agrupar pessoas semelhantes e
fazer ofertas dirigidas. Já na era do nicho de mercado, de acordo com o mesmo
autor, os segmentos foram por sua vez subdivididos e, na era do marketing
um-a-um, com ajuda da computação foi possível fazer massificação
individualizada.
Richard L.Sandhusen apud Las Casas
(2008) divide a evolução da filosofia de marketing nas seguintes etapas:
·
Filosofia da produção: esta foi a época em
que ocorreram as principais evoluções na produção e na distribuição de produção
e do mercado, esta fase foi descentralizada a partir do século XX.
·
Filosofia de vendas: a partir dos anos 20,
quando a produção excedeu a demanda.
·
Filosofia do departamento de marketing:
ocorreu entre os anos 20 e 30. Nesta fase, procurou-se coordenar as atividades
de marketing, mas ainda centrada no objetivo de vender.
·
Filosofia do conceito de marketing: a queda
de renda e a depressão dos anos 30 deram origem a filosofia pós-guerra do marketing
guiado pelas necessidades dos clientes. Portanto no inicio dos anos 50, surge o
conceito de marketing.
·
Filosofia do marketing social: a partir desta
fase, a satisfação dos desejos e necessidades dos clientes passou a incluir
preocupações ambientais e sociais.
Estas
etapas resumem as transformações pelas quais o marketing passou ao longo de sua
evolução, onde as mudanças foram ocorrendo, cada uma ao seu tempo, de acordo
com as necessidades advindas das mudanças que ocorreram na sociedade.
Marketing,
globalização e sociedade de consumo
Os simplificadores tratam-se de consumidores
que gostam de conveniência, tais como informações sobre produtos facilmente
disponíveis, serviços confiáveis e entregas rápidas. Para estes, deve-se
estimular ofertas de produtos on line[1]. Já os surfadores são a minoria, mas
passam a maioria do seu tempo on line, buscam constantemente novas experiências
no mundo virtual. Para atraí-los, é necessário ter uma marca forte, o site deve
apresentar um visual moderno e atraente e ser constantemente atualizado. Os negociadores,
por sua vez, sempre em busca de bons negócios, estão constantemente atentos as
ofertas e comparam preços com intensidade. Para atrair e reter esses
consumidores, o site deve atender o lado emocional e oferecer serviços como newsletter[2] e salas de bate-papo.
Os conectadores representam o lado sociável da
internet, visam relacionar-se com outros usuários através de e-mails ou sites
que permita envio grátis de cartões eletrônicos. O plano de marketing deve
focar esses indivíduos a fim de fazê-los criar hábitos de consumo. Os
rotineiros acessam diariamente a internet e visitam poucos sites. Este grupo
deve ser atraído através de suas preferências que são: informação do tempo,
informações financeiras, notícias, conteúdo, entre outros e por fim os
esportistas possuem comportamento semelhante ao dos rotineiros, a diferença é
que se concentram em sites de esporte e entretenimento.
O início do século XXI é marcado pela
passagem da sociedade industrial para a pós-industrial, cujo processo deu-se
início a partir de inovações tecnológicas e do mundo globalizado. Miranda e Arruda
(2002) afirmam que com a globalização, as organizações estão passando por
muitas transformações, pois precisam se reestruturar a medida que vai havendo
mutações no mercado.
Falar em globalização, segundo Vieira
(2002) significa caminhar por um terreno minado, repleto de armadilhas por todo lado, por ser uma palavra que possui
vários significados e por ter se transformado num ponto de convergência das
mais variadas ideologias. O mesmo autor fala que a globalização ora é festejada
como descrevendo um mundo que caminha para a igualdade ou homogeneização
social, ora é lamentada como descritora de um mundo cada vez mais desigual
devido à hegemonização do capitalismo e do neoliberalismo. Este fato tem
exigido das empresas uma nova abordagem de marketing, que se desloque das
características dos produtos/e ou serviços e se volte para a percepção do
desejo do cliente.
Diante deste novo panorama, surgem
algumas considerações de marketing como observa Kotler (2000) que considera que
o marketing está sendo cada vez mais uma batalha baseada em informação do que
uma batalha baseada no poder de venda. Miranda e Arruda (2002) vão além, e
ressaltam que a atenção das organizações não está meramente nas necessidades
dos consumidores, e sim nas sensações que os produtos e serviços possam
proporcionar ao cliente.
Vieira (2002) explica que fica fácil
compreender as relações entre o capitalismo, espacialidade e temporalidade
moderna e pós-modernas, colocando em termos mais simples, é preciso produzir e
vender cada vez mais e mais para um número cada vez maior de consumidores, ou
seja, o capitalismo alimenta sua própria no tempo e expansão do espaço. Para
uma melhor compreensão sobre o contexto da globalização, alguns autores e
estudiosos procuram defini-la:
·
Held apud Las Casas (1999) conceitua a
globalização como a intensificação das relações sociais mundiais que ligam
comunidades distantes, de modo que os acontecimentos locais são moldados por
eventos que acontecem a muitas milhas de distância, do outro lado do planeta, e
vice-versa.
·
Para Jameson apud
Las Casas (2008):
[...]
a globalização é uma nova versão do imperialismo, com o fortalecimento dos
Estados Unidos e o enfraquecimento de outros Estados-nação. Um imperialismo
diferente, sem armas nucleares, com a propagação de um mercado livre, um
relativo respeito aos direitos humanos e com intervenções seletivas, mas um
imperialismo que parece irreversível.
·
Hardt e Negri apud Las Casas (2008) usam a
palavra “Império” para descrever uma nova ordem política e econômica globalizada.
Vendo de uma forma mais positiva, foi elaborada uma comparação, que facilita a
compreensão do conceito de globalização, afirmando que, o mundo globalizado
possibilita uma forte revalorização das culturas locais, pois, ao mesmo tempo
em que há uma “macdolnadização” como símbolo da globalização, há também a
reafirmação da feijoada.
·
Vieira (2000) afirma que a globalização, uma
vez que entendida como uma expressão do capitalismo funciona como promotora e
influenciadora de diferenças, que ocorrem em forma de desigualdades, sejam na
distribuição de bens, serviços e oportunidades, tanto no acesso a eles como no
direito a tudo isso. O mesmo autor conclui que a globalização gera exclusão em
todas suas formas e intensidades, uma vez que “estão” nos globalizando, e que
este processo gera transformações nos processos econômicos, sociais e
culturais.
Seguindo a hipótese de “estarmos
sendo globalizados”, Ruiz apud Las Casas (2008) analisa que a
democracia em que vivemos,pode ser qualificada como democracia de poucos. Segundo
este mesmo autor, vivemos uma crise que afeta três grandes dimensões da vida
humana: o modelo de democracia, o sistema de valores éticos e o modo de
subjetivação. Por outro lado, o autor considera que a crise pode ser uma
condição de crescimento humano, uma vez que, cada crise social coloca a
humanidade no abismo das incertezas, fazendo com que reflitam sobre assuntos
que antes eram irrelevantes. A crise do nosso modelo democrático vem de fatores
como o descrédito na política, da cidadania, e da democracia.
Os dispositivos de poder contemporâneo,
não visam sujeitos livres e menos ainda sua participação nas decisões. Seu foco
de subjetivação é conseguir sujeitar a prática dos indivíduos aos interesses
das instituições. Neste caso, o autor afirma que “a sociedade de consumo sufoca
a pratica da cidadania”, pois, os indivíduos recebem produtos prontos para ser
consumidos, ou seja, sua liberdade se limita a escolher entre um ou outro
produto.
[...]
a sociedade de consumo procura ansiosamente vincular os desejos aos estímulos
de necessidades, deste modo, sujeita as praticas do sujeito aos interesses das
instituições. Esta técnica de sujeição do indivíduo se mostrou muito efetiva,
por isso se alastrou pelo conjunto de instituições sociais. Estas, seguindo o
paradigma da sociedade de consumo, procuram interferir nos desejos das pessoas,
fazendo desta intervenção uma estratégia de gestão e controle de seus
comportamentos [...] (Ruiz apud Las Casas, 2008, p.37).
O sentido simbólico aqui descrito, nada
mais é do que o desejo, causado pelos impulsos, através da busca incansável da
plenitude. Levinas apud Kotler (2000) analisa que o homem é um ser “desejante”,
e que este desejo por querer cada vez mais, lhe impele para o infinito, pois,
pode desejar infinitamente coisas, sem nunca sentir-se satisfeito, neste caso,
desejar infinitamente é o único meio de realização.
Em suma, Kotler (2005) explica que, as
sociedades contemporâneas criaram formas implícitas de intervenção nos desejos
do sujeito, a fim de direcionar e controlar suas vontades. O autor enfatiza que,
o indivíduo que se encontra “afogado” em meio a tantos desejos, não vê com
clareza nada além daquele mundo que o cerca, perdendo a capacidade crítica e a
autonomia das decisões. Estamos em meio a uma revolução das comunicações de
marketing. As mudanças são rápidas e de peso na forma, lugar e maneira das
pessoas se comunicarem e o ato de consumir é uma necessidade humana que passa a
ser um problema, se extrapola os limites de consumo necessário para uma vida
confortável. Para manter o equilíbrio é preciso que haja consciência por parte
da sociedade, das suas reais necessidades e não fazer destas necessidades sua
fonte de lazer.
AS
ESTRUTURAS OPERACIONAIS DO MARKETING:
As
ferramentas do marketing
O
marketing possui ferramentas universais que são adaptáveis a qualquer ramo de
atividade. Com objetivo de facilitar a compreensão, as varias possibilidades
podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis, conhecidas como os 4 “Ps”:
preço, praça, produto e promoção. (KOTLER; AMSTRONG, 1999; KOTLER, 2000; MC
CARTHIN; TERREAULT JR, 1997).
Megido
e Xavier apud Kotler (2005) analisam a importância da compreensão dos “Ps” do
marketing. Os mesmos autores afirmam que as empresas que melhor gerenciam todos
os “Ps” tem mais chances de ser bem sucedidas a curto, médio e longo prazo. Conforme
estes mesmos autores, estudar os conceitos dos produtos a fim de entender o que
leva o consumidor a comprá-lo, e usar estas informações de forma coerente na
publicidade, é o caminho direto para obter a eficácia do marketing. A empresa
que conseguir fazer um trabalho melhor que seus concorrentes para satisfazer os
consumidores alvo, será bem sucedida.
Neste sentido, Kotler e Amstrong apud Las Casas
(2008) destacam que as estratégias de marketing devem adaptar-se as
necessidades dos consumidores, além de fazer frente as estratégias dos
concorrentes. A empresa deve analisar seu espaço no mercado para poder
posicionar-se em relação a seus concorrentes, podendo assim garantir maior
competitividade possível. Ele enfatiza que, fazer uma análise completa da
concorrência é o meio mais eficaz de elaborar uma estratégia de marketing
competitiva. A empresa deve, de forma constante, comparar seus produtos,
preços, promoções, e demais serviços prestados com o de seus concorrentes, ou
seja, monitorar o ambiente competitivo, a fim de poder definir pontos de
vantagens e desvantagens no seu mix de marketing em relação ao mercado. O mix
de marketing consiste em todas as ações da empresa, com intenção de influenciar
a demanda do seu produto. Mix de marketing é toda e qualquer ação feita pela
empresa, a fim de produzir a resposta que deseja no mercado alvo.
Aos autores Kotler; Armstrong (1999); Kotler
(2000); e MC Carthin; Terrealt Jr (1997) definem os quatro “Ps”:
Produto:
é a resposta que a empresa oferece para suprir as necessidades do mercado alvo,
através dos desejos e demandas das pessoas e empresas, por isso é considerado o
item mais importante do composto, sendo que os demais giram ao seu redor. A
melhor forma de ampliar o conceito de um produto é ouvir antecipadamente os
consumidores, verificar quais atributos poderá agregar a este produto, e quanto
os clientes estão dispostos a pagar para usufruir o que desejam.
Kotler (2000) observa que, identificada
uma necessidade por parte das pessoas físicas, jurídicas ou do setor público,
de algo que uma empresa possa desenvolver, esta deve tomar a decisão de
aproveitar ou não a oportunidade, planejando, cuidadosamente o desenvolvimento
do seu produto. Os produtos devem ser desenhados, descritos, desenvolvidos e
analisados sob vários aspectos: característica, nome, marca forma, tamanho,
desempenho, estilo, embalagem, design, qualidade, variedade, serviços,
garantias e devoluções. Segundo Kotler e Amstrong (1999), os aspectos mais
relevantes dos produtos são:
Tangibilidade: são considerados
tangíveis os bens físicos que possuem características como dimensão, forma,
cor, design e cheiro. Intangíveis não podem ser tocados, apalpados ou cheirados
como, por exemplo, os serviços e as ideias.
Durabilidade: duráveis são bens
tangíveis, normalmente usados por tempo maior, como automóveis,
eletrodoméstico, e peças mais clássicas do vestuário, entre outros. Não
duráveis são bens tangíveis, normalmente consumidos ou usados uma única vez,
como por exemplo, a cerveja, ou apenas poucas vezes como a caneta
esferográfica. Em função da rapidez do consumo, são comprados com frequência. Kotler
(1999) enfatiza que o produto deve atender as necessidades do mercado e
satisfazer seus consumidores levando em consideração o lucro da empresa.
Preço: é o valor pago em unidades monetárias, que o consumidor deve
entregar a quem lhe disponibiliza um bem ou serviço, a fim de que venha a
obter-lhe a posse. (KOTLER, 2000). O preço é denominado pelo elemento composto
que produz a receita para a empresa. Observa-se neste caso, que os demais
(produto, praça e promoção), fazem a empresa incorrer em despesas. As empresas
costumam estabelecer políticas claras de determinação de preços. A unidade que
desenvolve um produto precisa fixar um preço que esteja adequado a política da
empresa.
O preço costuma reduzir nas fases de
maturidade e declínio do produto. O que salva os lucros neste momento é a
diferenciação qualitativa, técnica ou até psicológica, na busca de
fortalecimento da imagem do produto, que permita colocá-lo fora da batalha
promocional e atribuir-lhe um preço bastante elevado. (CHURCHILL JR; PETER,
2000).
O mesmo autor analisa que, as escolhas
relativas a este item, não levam em conta apenas as questões genéricas do preço
(alto, baixo, médio), mas também características específicas que vão desde a
formação do preço final para o comprador, até as políticas gerais (listas,
catálogos, descontos, tabelas, vendas a prazo). Ao profissional de marketing
cabe a decisão: estabelecer preços diferentes para um único produto, de acordo
com seu público, ou praticar preços fixos.
Praça:
o termo praça vem do inglês place, que
significa posto, ou seja: alocação, a colocação do produto no mercado. Conforme Lima Filho e Santos (2001), o termo
“praça” foi adotado apenas para manter a denominação dos quatro “Ps” do
marketing, mas é o mais adequado para ilustrar distribuição, ou seja, a
acessibilidade do produto no mercado, a disponibilizá-lo para quem deseja
adquiri-lo, e a conhecer as variáveis sócio demográfica.
Segundo Kotler(2000), a distribuição
consiste em disponibilizar o produto para o seu potencial ou habitual
consumidor, levando em consideração o seu acesso a diferentes canais. Portanto,
para o autor, o item distribuição engloba o conjunto de atividades necessárias
para transferir os produtos de modo eficiente, dos locais de produção para os
postos de venda, antevendo problemas de armazenamento, reposição e de
transporte.
Kotler e Amstrong (1999) ainda definem
os canais de distribuição como intermediários comerciais dos quais a empresa
depende para que o produto chegue ao consumidor. O autor analisa que uma das
principais estratégias de marketing é disponibilizar para o consumidor “o
produto certo, no lugar certo e na hora certa”. Esta estratégia deve valer-se
da logística para poder cumprir com eficácia seu papel na disputa pelo mercado. Assim o item de distribuição vai além
dos aspectos de cobertura do mercado (canais, estoques, transportes e
conservação de produtos), mas também tudo o que se refere às pessoas que
cuidarão destes aspectos.
Promoção: é
o empenho da empresa em promover um produto, e se comunicar com seus diversos
públicos: clientes potenciais e atuais, fornecedores, acionistas, público em
geral, mídia, formadores de opinião, ocupantes do poder e afins.
Conforme Kotler (2000), o termo
promoção, se refere mais adequadamente a um conjunto de atividades controladas
pela empresa, de forma contraria a comunicação, que por ser um processo
interativo entre duas partes, no caso empresa e os seus públicos. O mix de
comunicação (esforço promocional da empresa) é composto pelos seguintes
elementos: propaganda, publicidade, relações públicas, promoção de vendas e merchandising.[3]Diante
desta análise, Kotler (2000), conclui que o composto de merchandising é mutante, conforme as alterações do mercado, sempre
modificando suas características.
Um programa de marketing é eficaz
quando consegue reunir um mix de marketing coordenado, atingindo todos os
objetivos de marketing pré-estabelecido pela empresa, através das ofertas dos consumidores.
No entanto, podemos ressaltar que os quatro “Ps”, representam o ponto de vista
do vendedor, sendo uma ferramenta indispensável para influenciar os
consumidores. Cada ferramenta de marketing é criada, do ponto de vista do
comprador, para oferecer soluções, atributos e benefícios ao cliente.
O
processo de comunicação como ferramenta de marketing
As
pessoas sentem necessidade de estar em constante relação com o mundo. Para
isto, usam a comunicação como um meio de interação social. Os recursos de
linguagem têm significação crescente nos meios de comunicação e são usados como
forma de estruturar a visão de mundo. Do ponto de vista de Teixeira (2003), os
meios de comunicação são um conjunto de valores numa mentalidade lógica sobre
moderno “estado do mundo”, se envolvendo na construção do mundo social.
Segundo Cherry (2004), o termo
comunicação vem do latim communis (comum)
dando idéia de comunidade. O mesmo autor conceitua comunicação como sendo o
processo, através do qual, um indivíduo suscita uma resposta num outro
indivíduo, ou seja, dirige um estímulo que visa favorecer uma alteração no
receptor por forma a suscitar uma resposta.
Kotler (2000) explica que, para
promover uma comunicação eficiente, é necessário estabelecer o ciclo completo
da comunicação, com todos os seus elementos: emissor, receptor, mensagem, meio,
codificação, decodificação, resposta e feedback.
Os elementos da comunicação, segundo a
definição de Vanoye (1998), Schultz e Barnes (2001), Kotler (2000), Kotler e
Armstrong (1999), Maccarthy e Perreault Jr (1997), Churchill Jr e Peter (2000),
são:
·
Emissor ou destinador: é o que emite a mensagem. Pode ser um
indivíduo ou uma instituição;
·
Receptor ou destinatário: é o que recebe a
mensagem. Pode ser um indivíduo, um grupo ou mesmo um animal ou uma maquina
(computador). Em todos estes casos a comunicação só se realiza efetivamente se
a recepção da mensagem tiver uma incidência observável sobre o comportamento do
destinatário (o que não significa necessariamente, que a mensagem tenha sido
compreendida).
·
Canal de comunicação: é a via de circulação
das mensagens: ele pode ser definido através dos meios técnicos ao qual o
emissor tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento da sua mensagem ao
receptor.
·
Código: é um conjunto de signos e regras de
combinação destes signos. O emissor o utiliza para construir sua mensagem
(codificação). O receptor, por sua vez, identificará este sistema de signos
(decodificação), se seu repertório for comum ao emissor.
·
Referente: pode ser referente situacional ou
referente textual. O situacional é constituído por elementos da situação do
emissor e do receptor e pelas circunstâncias de transmissão da mensagem. O
textual é constituído pelos elementos do contexto linguístico.
O ruído é outro elemento do sistema que pode
interferir, estabelecendo uma comunicação unilateral. Segundo Vanoye (1998), a
comunicação unilateral é estabelecida de um emissor para um receptor sem
reciprocidade. Já a comunicação bilateral, conforme o mesmo autor, isto
acontece quando emissor e receptor alternam seus papeis. Além disso, a mensagem
proveniente de um emissor pode ser recebida por vários receptores, sendo que, a
cada um deles cabe uma interpretação de sentido ou valor, de acordo com suas
vivências.
Kotler e Astrong (1999) definem
ruído como uma distorção não planejada durante o processo de comunicação. Isto,
segundo os mesmos autores, resulta em uma mensagem chegando ao receptor
diferentemente da forma como foi enviada pelo emissor. Ruído, de modo geral,
pode ser definido como qualquer coisa que afeta, de formas diversas, a
transmissão da mensagem, seja a voz muito baixa ou encoberta por uma música,
erros de codificação ou até mesmo falta de atenção por parte do receptor.
Vanoye
(1998) afirma que o termo ruído, não se refere apenas de interrupções de ordem
sonora, estende-se tanto a comunicação visual, quanto a qualquer outra forma de
comunicação, podendo este provir do emissor, receptor, da mensagem ou do
código.
A figura seguinte, desenvolvida por
Schultz e Barnes (2001) complementa o modelo proposto por Kotler (2000), onde a
parte crucial de modelo de comunicação é a superposição nos dois campos de
experiência, sendo esta superposição a base para o relacionamento entre emissor
e receptor, as experiências comuns (interseções) constituem o que realmente
permite a ocorrência da comunicação entre o emissor e o receptor. Sem uma base
comum de compreensão, é muito difícil para o emissor e o receptor se
comunicarem.
Existem muitas formas de comunicação,
mas este estudo está focado na comunicação de marketing. Observamos uma nova
concepção da comunicação como um diálogo interativo, no qual o receptor passa a
ser o centro deste processo. Neste contexto, analisa-se a percepção levando em
conta o ponto de vista do receptor. Conforme descrevem Churchill e Peter (2000)
a percepção é uma forma de entendimento do material, ou seja, a maneira como o
homem entra em contato com o mundo a sua volta, construindo sua própria
representação das coisas, segundo seu conhecimento individual. É o processo
pelo qual o individuo seleciona, organiza e interpreta estímulos visando a um
quadro significativo e coerente do seu mundo.
Esta
percepção pode estar errada, uma vez que é individual, sendo que o homem limita
imagens de acordo com suas experiências, com seu contato com o mundo e dos
modelos mentais já contidos em sua memória. Serrano (2003) afirma que a
percepção é o processo de decodificar estímulos recebidos. Esta teoria acredita
que a relação entre o indivíduo e o mundo que o rodeia, são regidas pelo
mecanismo receptivo e todo conhecimento é adquirido através da percepção
segundo as necessidades, valores e expectativas individuais.
Planejamento de marketing
Planejar é decidir antecipadamente o que deve
ser feito. A partir do planejamento, é possível adequar as necessidades da
empresa e precaver-se contra possíveis obstáculos. Las Casas (2008) analisa que
o planejamento contribui para a redução de custos, uma vez que as operações são
padronizadas, para que haja um melhor aproveitamento dos recursos.
O planejamento analisa situações internas e
externas de uma empresa e, a partir de então faz uma previsão do que pode
acontecer, alem de controlar o trabalho para que os objetivos sejam alcançados.
Partindo dos objetivos da empresa, o planejamento deve quantificar o mercado em
que deseja atuar, determinar seu potencial, analisar o nível de renda
disponível, fazer previsões e orçamentos.
Campomar (2006) o planejamento de marketing é
necessário em todo tipo de organização, desde lojas familiares até
multinacionais. Para o autor, os objetivos do planejamento de marketing podem
ser listados da seguinte forma:
·
Identificar recursos necessários para
desenvolver as atividades de marketing.
·
Especificar os resultados esperados.
·
Enfatizar pontos fortes e diferenciais em
relação à concorrência.
·
Identificar pontos fracos a serem corrigidos
e ameaças para se precaver.
·
Programar estratégias de marketing.
·
Descrever as tarefas de marketing na
programação e de atividades.
·
Acompanhar o resultado das atividades.
·
Assegurar a consistência entre atividades de
marketing, necessidades do consumidor e crescimento do mercado.
As empresas, segundo ele, que se
preocupam com o planejamento, apresentam melhor desempenho que as demais, pois,
força a administração a definir os objetivos do negocio, onde a empresa espera
chegar, e o que deve ser feito para alcançar os objetivos pré- estabelecidos.
Campomar (2006) explica que é
necessário, para o planejamento de marketing, identificar as necessidades do
consumidor, e atende-las de acordo com as necessidades da empresa, ou seja,
combinar o que a organização tem a oferecer com o que o mercado precisa. Para
isto, é necessária uma análise das seguintes questões: onde estamos agora?;
Para onde vamos?; Como chegar lá?; Conseguimos chegar lá?
Estas
perguntas exigem uma análise interna da organização, através da qual é possível
saber quais são os recursos da empresa para estabelecer seus objetivos. Depois
de estabelecidos seus objetivos, são programados estratégias para alcançá-los,
e, desde então, as atividades de marketing bem como as pessoas envolvidas no
processo, voltam-se para avaliação a respeito do que ocorre, e uma preocupação
em relação ao futuro da empresa. Este processo é um ciclo, que recomeça sempre
que necessário.
Segundo Campomar (2006) afirma que o
planejamento de marketing pode ser visto como um processo sistemático para
avaliar oportunidades de marketing, pois, abrange todos os elementos da
administração de marketing: análise do desenvolvimento de estratégias,
implementação do marketing mix [4]e
acompanhamento.
Posicionamento
Posicionar um produto é achar uma forma de fazê-lo ocupar um
lugar de destaque na mente do consumidor. Las Casas (2008) observa que o fator
mais importante do posicionamento competitivo é a forma com que diferentes
nichos de consumidores percebem os produtos, os serviços e as marcas de uma
empresa, assim como da concorrência. Segundo Al Ries e Trout (2002) o enfoque
fundamental do posicionamento não é criar algo novo e diferente, senão
manipular o que já está na mente; re-vincular as conexões que já existem. Em
comunicação, o menos é mais. A melhor maneira de conquistar a mente do cliente
ou de possíveis clientes é com uma mensagem super simplificada. Segundo Al Ries
(2006): “Se você não entende e não utiliza os princípios do posicionamento,
seus concorrentes os utilizarão”.
A finalidade do posicionamento de uma
empresa é possibilitar que esta faça ofertas mostrando como seus produtos ou
serviços diferem-se dos da concorrência, considerando hábitos de consumo de
determinado publico. Por isso a empresa deve inicialmente, definir segmentos. O
foco principal do posicionamento, quando aplicado no nível da empresa, é o
destaque desta em relação aos concorrentes do mercado, ou seja, evidenciar
algum atributo ou beneficio dos seus produtos, os quais a concorrência não
oferece.
As marcas, por sua vez, exigem um
cuidado maior na formação de imagem, devido à grande competitividade que se da
em diferentes mercados, são aspectos mais discutidos no posicionamento estratégico.
Las Casas (2008) analisa que o importante para criar um posicionamento é achar
um diferencial, uma característica distinta que seja de grande relevância para
o consumidor.
Segundo Kotler (2000) “diferenciação é
o ato de desenvolver um conjunto de diferenças significativas para distinguir a
oferta da empresa da oferta da concorrência”. O mesmo autor observa que, as
tentativas de diferenciação devem atender aos seguintes critérios:
·
Importância: devera criar um beneficio que
será altamente valorizado por um grande numero de clientes.
·
Distinto e disponível: a diferença não poderá
ser imitada ou desempenhada por outros.
·
Superior: devera representar uma forma
superior para o cliente obter o beneficio em questão.
·
Comunicável: deve ser de fácil entendimento
para o cliente.
·
Acessível: estar dentro do que os clientes
podem pagar.
·
Rentável: ira determinar o preço do produto;
de forma adequada, visando o lucro para a empresa.
Desta forma, facilita-se o entendimento
sobre as ferramentas que podem ser usadas para posicionar um produto ou serviço
de forma correta no mercado. Já as seguintes variáveis são usadas para
diferenciar: produto, serviços, pessoal, canal de distribuição e imagem.
Segundo Kotler (2000), o quadro abaixo ilustrado, facilita a percepção dos
fatores mais relevantes, na busca da diferenciação:
Produtos
|
Serviços
|
Pessoal
|
Canal
|
Imagem
|
Forma
Característica
Desempenho
Conformidade
Facilidade de reparo
Estilo
Design
|
Facilidade de pedido
Entrega
Instalação
Treinamento do cliente
Orientação ao cliente
Manutenção e reparo
Serviços diversos
|
Competência
Cortesia
Credibilidade
Confiabilidade
Capacidade de resposta
Comunicação
|
Cobertura
Especialidade
Desempenho
|
Símbolos
Mídia
Atmosfera
Eventos
|
Figura
4: Quadro dos fatores de diferenciação.
Fonte:
KOTLER,
P. Administração de marketing. Op.cit. p. 310.
No quadro apresentado percebemos que,
os fatores de diferenciação mais relevantes, são referentes aos produtos e
serviços. Além destas formas de diferenciação, é possível criar ofertas
diferenciadas, utilizando-se de todas as demais ferramentas de marketing.
(KOTLER, 2000).
Como
fazer um posicionamento:
Para posicionar um produto, deve-se
antes de tudo, conhecer o mercado no qual ele esta inserido, bem como as
ofertas disponíveis no mesmo. Primeiro deve-se fazer investigações constantes a
fim de identificar diferenciais que agregam mais valor aos clientes. Neste
sentido, Las Casas (2008) sugere fazer uma pesquisa que revele quais são os
atributos relevantes para os consumidores, e como a concorrência posiciona-se
em relação a isto. Para realizar tal pesquisa, deve ser feito um estudo,
procurando identificar uma cadeia de valores atribuídos a determinados produtos
e serviços. Posteriormente a este estudo é possível elaborar um mapa
perceptual.
O autor explica que o mapa perceptual,
ou mapeamento da percepção, é feito em relação aos principais atributos
encontrados nos produtos, baseado na avaliação de similaridade atribuída pelos
consumidores. Com o mapa perceptual é possível observar como os consumidores
percebem os produtos existentes, e a partir deste, realizar testes de produto.
Isso permite identificar possíveis necessidades de mudanças ou correções. Depois
de lançado, deve-se analisar o produto já posicionado, atende as expectativas
dos consumidores, para isto um novo teste poderá ser feito, levando em
consideração, apenas os atributos que há necessidade de testar e por final,
comparar com o resultado dos testes anteriores.
O teste de posicionamento de produtos
já introduzidos no mercado é feito de forma semelhante, porem é mais
descritivo, e para uso interno. Este tipo de estudo possibilita a empresa
perceber como os consumidores vêem as diferentes marcas, assim como,
identificar se é necessário mudar as táticas para corrigir eventuais
distorções. Segundo Kotler (2000),
quando um posicionamento é feito de forma errônea, poderá prejudicar os
resultados da empresa. O autor observa que os principais erros de
posicionamento podem ser de sub posicionamento, supra posicionamento,
posicionamento confuso ou posicionamento duvidoso.
·
Sub posicionamento: os produtos não têm uma
identificação própria, são apenas mais produto no mercado, sem identidade.
·
Supra posicionamento: a identidade do produto
é tão forte na mente dos clientes que eles não identificam a empresa como
fabricante de outros produtos.
·
Posicionamento confuso: a uma confusão na
mente dos clientes em relação aos atributos dos produtos e serviços, e esta
falta de clareza leva o consumidor a evitar o produto.
·
Posicionamento duvidoso: quando a empresa
anuncia, divulga, mas, no entanto não tem credibilidade. Isto faz com que o
consumidor desconfie das promessas e o posicionamento não surte resultado.
O
posicionamento é uma fase determinante, portanto não se pode correr o risco de
cometer erros por falta de informações. Uma pesquisa de mercado é ideal para
eliminar o risco de errar.
Plano de marketing
Campomar
(2006), explica que todas as organizações preocupam-se com o futuro, mas nem
todas apresentam um plano formal. A situação do mercado onde a empresa esta
inserida é o fator determinante para traçar o plano de marketing. Esse
documento oferece detalhes da análise e do pensamento estratégico, ressalta os
objetivos, específica as atividades a serem implementadas e detalha como estas
atividades serão realizadas, tudo isto, a partir de um cronograma, criado
dentro de um orçamento específico. Com o acompanhamento e o feedback recomeça o ciclo para o próximo
período.
De
modo geral, o plano de marketing esclarece a cada membro da empresa, qual é sua
responsabilidade, além disso, evidencia os obstáculos potenciais a serem
observados, assim, quando cuidadosamente executado, há benefícios
consideráveis. Por tudo isto, planejamento é exercício, e plano é resultado
documentado deste exercício, conforme ilustrado no quadro a seguir:
PLANEJAMENTO
DE MARKETING
|
PLANO
DE MARKETING
|
Pensamento
|
Documento
|
Raciocínio Helicoidal
|
Raciocínio linear
|
Todas as organizações fazem
|
Nem todas as organizações fazem
|
Exercício
|
Resultado
|
Figura 5: Quadro planejamento de marketing X
plano de marketing.
Fonte: CAMPOMAR, Marcos Cortez. O planejamento de marketing e a confecção de planos, 2006.p 113
O
uso deste quadro foi relevante para este trabalho, devido a simplicidade de
visualização que o autor a ele atribuiu, mostrando de forma clara as diferenças
entre o planejamento de marketing e o plano de marketing.
Campomar
(2006) enfim, observa que a proposta do plano de marketing pode ser organizada
para qualquer tipo de organização (seja ela grande, pequena, pública ou
privada, de produtos ou de serviços), e deve ser trabalhado durante todo o
período de sua vigência e não apenas no momento de sua preparação. O mesmo
autor ressalta que um bom plano vale todo o investimento feito, bem como o
tempo gasto nele.
O MARKETING NA ERA DA CIBERCULTURA:
Marketing on-line:
A internet surgiu em 1995, e com
ela, surge um novo meio de comunicação que tem evoluido e ganhado força dia a
dia, por apresentar características de acesso livre à informação
e ferramentas de interação (e-mail,
msn, gps,entre tantos) . A capacidade de evolução sem limites fez com que as
empresas, ao perceberem esta nova tendência, buscassem marcar a sua presença
neste meio que esta em constante evolução.
O
mercado brasileiro tem presenciado grande crescimento do marketing direto, em
especial o e-commerce.[1] Por
meio desse canal, muitos produtos então sendo comercializados, e isto exige
que, as empresas busquem formas de obterem melhor desempenho, visando lucro.
Através do marketing on line, tornou-se possível uma personalização de ofertas
e comunicação a custo baixo, quase zero.
Las Casas (2008) define marketing on line como um conjunto
de transações eletrônicas, que possibilitam trocas de produtos e serviços, do
produtor ao consumidor. Este conjunto, segundo explica o autor, inclui-se neste
conjunto, o uso de e-mail, envio de
dados via EDGE (troca eletrônica de
dados), prestação de serviços on line, e uso da internet como ferramenta para
varias atividades. Ele também observa
que, a entrega on line, porém, requer uma análise das diferenças existentes
entre comércio eletrônico, marketing eletrônico, e recursos de marketing
eletrônico. Ele começa analisando o comercio eletrônico (e-commerce) onde há comunicações
e transações de negócios através da internet, mais especificamente compra e
venda de produtos e serviços através de rede digitais. O e-commerce inclui
praticamente todas as transações comerciais de uma empresa.
Las Casas (2008) esclarece que o marketing eletrônico, por
sua vez, corresponde a todas as
atividades eletrônicas ou on line que se referem à comercialização de produtos
e serviços. O objetivo é gerar satisfação aos clientes. Há necessidade de o
marketing eletrônico estar integrado ao programa geral de marketing da empresa.
Por último, os recursos de marketing são
as ferramentas tecnológicas ou eletrônicas, basicamente orientado para
implementação de comunicações, processamento de informações ou transações
comerciais.
Como um negócio eletrônico, o marketing
on line possui dois componentes fundamentais que são a digitalização e a
conectividade. Las Casas (2008) explica que a digitalização é caracterizada
pela conversão de textos, dados, som e imagem em um fluxo constante de bits[2],
que podem ser enviados a uma velocidade imensa, de um local para outro. A
conectividade, por outro lado, caracteriza-se pela construção de redes e a
conexão de pessoas e empresas em diversas partes do mundo.
Las Casas (2008) fala que há,
basicamente, dois canais de marketing on line: canais comerciais e a internet,
sendo que estes são compostos pelas empresas que oferecem seus serviços sob o pagamento
de uma taxa mensal. Os serviços mais comuns são noticias especializadas, entretenimento, serviços em geral e salas de
bate-papos. O consumidor faz sua inscrição no site, paga uma taxa, e passa a
consumir os serviços oferecidos.
A internet consiste em um complexo de
computadores, ligados a uma rede mundial. O crescimento do marketing pela
internet deve-se aos benefícios que esta proporciona ao usuário, a custo muitos
baixos. São vantagens do marketing on line: conforto, rapidez, custos baixos, velocidade
de informações, quantidades de contatos pessoais, entre outros. Por outro lado,
deve-se ponderar que a rede não é totalmente segura, devido às ações dos crackers[3],além
disso, há desvantagens pelo fato do contato com clientes e fornecedores não ser
direto, mas via computador. Mas, de modo geral, o uso da internet tem
facilitado muito o processo de vendas de marketing, pela facilidade de contatar
muitos mercados ao mesmo tempo, a custos reduzidos e, muitas vezes, inferiores
ao encontrado no comércio tradicional. (LAS CASAS, 2008).
Todas as vantagens da compra on line,
podem ser agregadas e aplicadas em diferentes tipos de negócios para o
marketing, são eles: venda de bens e serviços, site sustentado por propaganda,
desenvolvimento de conteúdo, e uso para negócios existentes. (EDWARDS, Paul;
EDWARDS Sara; ROHRBOUGH, Linda. 2000.p. 44).
A
internet proporcionou a globalização, promovendo uma ligação mundial entre os
mercados. Isto faz com que as demarcações geográficas já não sejam limites para
os negócios, a menos, quando o objetivo for uma área limitada de atuação. Da necessidade
de criar novos elementos gráficos e, ao mesmo tempo, conteúdos para evoluí-los
e inová-los, surge o marketing virtual.
[4] Com o marketing virtual,
existem infinitas estratégias que podem ser utilizadas como ferramentas de
marketing na internet, a fim de obter maior eficácia na busca de novos caminhos
para se comunicar com o público. Sua capacidade de surpreender provém de cinco fortes
tendências inovadoras: interação, relacionamento, mobilidade, agilidade e tecnologia.
Kotler
(2005) observa que nunca, em qualquer outro momento da história, os
consumidores obtiveram tantas possibilidades de bens e serviços, como se vê na
contemporaneidade. O autor verifica que, estreitando os limites globais, surge
a facilidade fazer contato com fornecedores e clientes de qualquer parte do
globo, proporcionando mudanças nos formatos varejistas e atacadistas, pois, a
partir da tecnologia da computação, foi possível administrar os estoques e diminuir
os preços.
Segundo Las Casas (2008), o varejo
virtual renovou as bases do varejo tradicional. As lojas fixas foram
substituídas por um novo espaço de atuação. Estudiosos profetizam que a maioria
das vendas futuras será feita através da internet. Outro fator importante que a
internet possibilitou, segundo o autor, foi a fidelização. Através da
facilidade de armazenamento de dados, o cliente passa a ser tratado conforme
suas necessidades específicas.
O autor também comenta que o marketing
chamado de cibermarketing[5]
irá alterar o marketing tradicional. Ele explica que, quando a pesquisa de
mercado é feita de forma tradicional, as perguntas e respostas são feitas antes
do consumo, e na maioria das vezes, os entrevistados dão sua resposta
objetivando causar alguma impressão.
No cibermarketing,
é possível conhecer os hábitos
reais de consumo, através do comportamento de compra e de navegação do
consumidor. Os clientes deixam registrado quanto tempo permaneceram no site, o
que visitaram quais os assuntos do seu interesse, o que compraram, entre outras
informações relevantes para o pesquisador.
Não é apenas isso, segundo o mesmo
autor, o cibermarketing também
oferece respostas a serviços sete dias por semana, 24 horas por dia, envia
soluções por telefone, mantêm diálogos on-line, e resolve problemas a distancia
por meio de diagnóstico computadorizado. Também realiza videoconferências com
clientes potenciais, demonstrando os produtos na tela do computador, utiliza
grupos de discussão nas conversas bem como entrevistas e questionário via
digital.
Las Casas (2008) esclarece que, tudo
isso, dependerá do tipo de contato que será necessário para venda do produto,
pois, nem todos os produtos podem ser vendidos utilizando os mesmos métodos. Além
disso, ele observa que, muitas empresas, estão usando o chamado “marketing via
colegas” buscando simplificar as coisas. Neste caso, os sites divulgados
através do “boca-boca on-line” (de amigo para amigo), oferecem melhores
resultados do que anunciar em banners.
Analisando esta tendência digital, Las
Casas (2008), observa que a internet sempre dependerá da mídia tradicional para
se desenvolver, pois a julga como algo invisível e intangível, e que inclusive,
visitas também devem ser estimuladas pela publicidade convencional. Mesmo que a
empresa não tenha condições de produzir peças específicas e bancar o alto custo
dos veículos de grande circulação ou mídias direcionadas, não deve desprezar a
divulgação no mundo real, apesar do seu grande aspecto positivo de
interatividade:
O consumidor vai à loja virtual quando empurrado por promoções divulgadas no mundo real, por comodidade ou se estiver buscando mais informações [...] canais eletrônicos dinamizam, tornam confortáveis algumas praticas e cortam os custos. A tendência, contudo é de que os processos virtuais se aproximem dos convencionais. (RIBAS, Silvio. 2000 p.3).
O consumidor vai à loja virtual quando empurrado por promoções divulgadas no mundo real, por comodidade ou se estiver buscando mais informações [...] canais eletrônicos dinamizam, tornam confortáveis algumas praticas e cortam os custos. A tendência, contudo é de que os processos virtuais se aproximem dos convencionais. (RIBAS, Silvio. 2000 p.3).
Las Casas (2008) comenta que, o
processo de distribuição também está sendo beneficiado pela tecnologia. Através
do e-business[6], se
tornou possível integrar os objetivos de um aumento de vendas, redução das necessidades
de capital de giro na melhora na liquidação financeira por meio do recurso de
ávido de pagamento, utilizando-se um acesso a internet a preço reduzido. Com
tanta mudança ao longo do tempo na área das tecnologias, as empresas precisam
adaptar-se rapidamente, criando novas estratégias de marketing.
Bernd Schimidt apud Las Casas (2008)
analisa que o que há de mais moderno em termos de estratégias de marketing, é
fornecer ao cliente novas emoções e experiências. Neste caso, as vendas são realizadas conforme a interatividade
proporcionada aos clientes sejam elas sensoriais, emocionais, intelectuais ou
de qualquer tipo. O mesmo autor
defende que existem cinco tipos de experiências com base na psicologia cognitiva,
biologia evolutiva e marketing (perceber, servir, pensar, agir e
relacionar-se):
1.
Se a questão for criar experiências para o cliente, perceber é uma experiência
sensorial – por exemplo, oferecer algo bonito e excitante para os sentidos.
2.
Sentir envolve estados de espírito, emoções e outros sentimentos.
3.
Pensar significa criar um desafio intelectual interessante para o cliente, como
a proposta de uma nova forma de consumo de um produto.
4.
Agir está ligado ao comportamento e estilos de venda.
5.
Relacionar-se tem a ver com experiências de relacionamentos, tais como fazer o
cliente sentir-se orgulhoso por estar consumindo um bom produto.
O autor ressalta que todas estas
teorias não permanecem estáticas, pelo contrario, mudam a todo o momento. Por
isso, devem ser renovadas para acompanhar as evoluções ambientais. Ele observa ainda
que, há uma dimensão na gestão de marketing de experiências que abrangem a
criatividade das pessoas que pertencem à empresa, além dos clientes. Afirma
ainda que estas experiências fazem parte de um novo conceito de gerenciamento.
Las Casas (2001) ao analisar os novos
rumos do marketing, percebe que os serviços são fundamentais para diferenciação
das ofertas dos produtos, portanto o relacionamento com o cliente passa a ser o
principal elemento tático do composto. Os consumidores passam a valorizar as
empresas que se preocupam com o cliente na pós-venda e as causas ambientais são
valorizadas, por isso, as empresas necessitam cada vez de mais estratégias com
diferenciais competitivos. Como já vimos, conceito de marketing surgiu
como uma proposta de comercialização alicerçada nos desejos e necessidades do
consumidor.
Conceitos de marketing têm sido
mencionados ao longo dos tempos porém as empresas encontram dificuldades em
aplicá-lo por vários motivos: sejam por falhas de administração, constantes
mudanças do mercado ciclo de vida curto dos produtos, entre outros.
As empresas passam a perceber que, não
haveria necessidade de dividir o mercado se todos os consumidores fossem iguais.
Isto seria mais econômico, pois, com apenas um composto de marketing seria
possível atingir todo o público.com a diversificação das preferências, isto
hoje é impossível. A solução das empresas foi se re-estruturarem desenvolvendo
produtos, preços, sistema de distribuição e promoção, visando determinado
grupo, o consumidor é atingido de forma direta. (BOYD. JR; HARPER. W.;MASSY,W.F.;1998)
Las Casas (2008) explica que, para
chegar mais próximo os profissionais de marketing tendem dividir mercados em
grupos menores para abordá-los de forma específica. A segmentação tornou-se,
portanto, a base do novo marketing. Segundo o mesmo autor, encontramos uma
variedade de teorias que tentam melhorar a relação cliente x empresas, tais
como marketing de nicho, marketing um-a-um, marketing com banco de dados,
marketing de relacionamento entre outros. O
foco das empresas passa a ser a segmentação do mercado, a partir de então a
cultura das massas transforma-se em uma cultura de nichos. Essa segmentação
teve origem no marketing massificado, e pode ser definida como:
O
processo de divisão de um mercado em subconjuntos distintos de consumidores com
necessidade ou características comum e de seleção de um ou mais segmentos, aos
quais podem dirigir com um mix ou composto de marketing distinto. (SCHIFFMAN,
Leon.; KANUK, Leslie Lazar, 2000, p. 31).
Segundo Las Casas (2008) a segmentação
de mercado, para ser implantada, exige que sejam desenvolvidas três etapas
importantes:
1. Identificação
e definição do perfil de grupos específicos de consumidores potenciais, que
necessitam ou desejam produtos segmentados.
2. Seleção
de um ou mais segmentos de mercado.
3. Determinação
e divulgação dos benefícios dos produtos no mercado-alvo.
Quando as empresas optam por não
dividirem a mercado, estão usando um tipo de estratégia, conhecida como
marketing único ou não diferenciado. Este mesmo tipo de estratégia se faz
necessário quando se considera um mercado em que a oferta é homogenia, como por
exemplo, o de produtos agrícolas.
Las Casas (2008) observa que, os
produtos quando abordados de forma única abrem brechas de segmentação, até
então não atendidas, e passam a ser acessados por outros fabricantes, que
acabam fixando sua marca na mente dos consumidores. Diante disso as empresas
preferem identificar característica especificas der consumidores e dividi-los
em pequenos grupos para preparar a melhor estratégia. Esta é a primeira parte
do processo. Ao escolher os grupos (segmentos), as empresas estão formando a
seleção do mercado-alvo, segunda parte do processo.
O autor ressalta que os profissionais
de marketing poderão escolher apenas um grupo de consumidores e trabalhar com
apenas um composto de marketing, dedicando-se inteiramente a este grupo. Essa estratégia é utilizada para fins de
evitar desperdício de recursos em muitos segmentos, mas nem sempre é
aconselhável colocar todos os ovos na mesma cesta, pois, quando o mercado vai
mal a empresa pode encontrar grandes dificuldades para se recuperar.
Para evitar problemas de
vulnerabilidade às mudanças apostando em apenas um ou poucos segmentos as
empresas buscam diversificarem-se cada vez mais. Para isto, preparam ofertas do
composto de marketing específicas para cada um dos grupos selecionados. As empresas,
portanto, desenvolvem produtos específicos, preços direcionados ao grupo visado
e também um composto promocional diferenciado, sendo esta a terceira parte do
processo.
Para Las Casas (2008) a vantagem deste
tipo de abordagem fica aparente, pois, os consumidores são atendidos com compostos
de marketing dirigidos às suas necessidades e desejos. Este tipo de abordagem é
mais cara, uma vez que exige maiores investimentos, mas por outro lado, auxilia
na determinação de melhores oportunidades de mercado, além de facilitar a fidelização
do consumidor. Pelo exposto, entende-se que as empresas podem escolher entre
segmentar o mercado ou não. Portanto,quando os profissionais abordam o
mercado,podem usar uma das seguintes estratégias:
· Mercado não segmentado: para mercados
homogêneos, do tipo commodity.[7] Não recomendado mercados competitivos.
· Mercado segmentado concentrado: é a escolha
de um mercado alvo e desenvolvimento de um composto de marketing para
atingi-lo.
· Mercado segmentado diferenciado: abordam-se
diferentes segmentos e utilizam-se compostos de marketing específicos para cada
um deles.
Escolher um segmento é decidir sobre
qual público–alvo ou mercado-alvo irão atuar. Além disso, cabe a definição de
como serão identificados pelo cliente, ou seja, nesta fase é feito o
posicionamento na mente do consumidor, em comparação aos produtos da
concorrência. (HOOLEY, Graham J.;
SAUDERS, John A.; PIERCY, Nigel F., 2001.p.178.)
Conforme
análise dos mesmos autores, há necessidade de entender e proceder da seguinte
maneira:
·
Posicionamento competitivo: percepção por
parte dos clientes, das ofertas disponíveis no mercado.
· Segmentação de mercado: divisão de mercado em
grupos homogêneos de clientes.
· Necessidades de clientes: ligação dos
conceitos com as necessidades dos clientes.
· Ajuste: entender como se posiciona a empresa, e como se posiciona a
concorrência.
Esta
é uma forma simples e eficaz, segundo os autores, de identificar mercado-alvo,
que está cada vez mais segmentado. E a identificação do mercado-alvo é
indispensável para a sobrevivência de qualquer empresa no mercado.
Desenvolvimento de conteúdo:
Os
sites devem ser criados, de forma que, despertem o interesse do público-alvo.
Quanto mais específico for, mais resultado trará. Os sites que se proporem a
atingir o publico de mercados internacionais, devem apresentar versões no
idioma do país, o qual se quer atingir. As empresas podem, de modo geral, usar
a internet para incrementar seus negócios. Uma das possibilidades que a
internet oferece é o website[8], que é como abrir uma loja em algum
lugar.
Segundo Pardue (2002) na tentativa de
encontrar uma maneira de gerar demanda, alguns pontos são indispensáveis na
criação de um website. O autor oferece sete dicas:
1. Definir
o mercado alvo: os consumidores devem ter os produtos que desejam, para isto,
devem buscar respostas para as seguintes questões: quem são meus clientes?Eles
têm acesso a internet?O preço está adequado?O site tem consistência?Há
testemunha para a oferta? Estas são
apenas algumas das várias questões a serem levadas em conta na fase inicial.
2. Identificar
o que o cliente procura: o site deve dar motivo para que o cliente sinta-se
instigado a navegar. Nesta fase devemos analisar a seguinte questão: o título
faz o leitor parar? Trata-se da parte mais importante que determinara se atrai
o cliente, além disso, deve oferecer um beneficio que agregue valor para o
público-alvo.
3. Oferecer
benefícios aos clientes: o cliente deve ter a sensação de que vale a pena ficar
no site. Oferecer informações gratuitas é uma forma de estimulá-lo a permanecer
navegando, além de ganhar a confiança do cliente, pois este perceberá que a
empresa não está apenas querendo lhe vender algo.
4. Pesquisar
sites bem-sucedidos: isto ajuda a ter idéias a respeito de melhorias, para fins
de aperfeiçoamento. O mais indicado é pesquisar sites que comercializem a mesma
categoria de produtos.
5. Ter
credibilidade: é absolutamente necessário que o site inspire confiança ao
consumidor. Para isto, além de bons produtos e serviços oferecidos, deve se
cumprir prazos de entrega, desenvolver atividades de marketing conforme
expectativas do consumidor, incluir testemunhos de pessoas ou empresas, dar
garantias explícitas, entre outros.
6. Tratar
o cliente de forma personalizada: dirigir-se ao cliente pelo nome, de forma
aberta e sincera, como se estivesse frente a frente com ele.
7. Manter
a simplicidade: o site deve ser simples e fácil de comprar. Além disso, deve
oferecer varias opções de compra como fax, cartões de credito, entre outros.
A apresentação visual da web site é de
suma importância para que o negocio on line seja bem-sucedido.Não existem
regras fixas, mas de forma geral, as características mais importantes a serem
consideradas são: conteúdo, consistência, densidade, design[9] e
tamanho.
Site sustentado por propaganda:
O site sustentado por propaganda,
geralmente oferece serviços gratuitos para assinantes ou visitantes, pois,
vende espaços para anunciantes. Neste caso, o preço e a qualidade das propagandas
são determinados pelo número de pessoas que visitam o site.
Edwards e Rohrbough (2000) fazem a
seguinte análise sobre sites de sucesso: “Os sites de sucesso fornecem um
conteúdo que prende a atenção, têm uma alta incidência de visitantes e conhecem
o perfil demográfico de seus visitantes; e a maioria oferece aos anunciantes um
numero garantido de impressões”. Os
autores reforçam que, para proporcionar um site que gere convicção, deve-se ter
foco na informação, isto requer manutenção diária. Além disso, para fazer os
visitantes voltarem, é necessário criar vínculo e manter interesse pelas
informações.
Quando o foco for o anunciante, se faz
necessário ter informações de dados e estatísticas. Um anunciante quer saber
quantas pessoas acessam o site, qual o perfil demográfico de idade, profissão,
renda, entre outros, objetivando descobrir se seu público-alvo será atingido.
Estas informações devem estar prontas para serem apresentadas quando
solicitadas, conforme acontece nas mídias tradicionais, onde estes dados são
normalmente divulgados. Este conhecimento permite que o anunciante direcione
envio de publicidade para o público desejado.
O administrador do site, na busca de
contatar seus clientes, ou procurar novos contatos, deve buscar atrativos que
estimulem visitas constantes, para fim de gerar o tráfego necessário para venda
de banners ou anúncios. Os banners são propagandas inseridas, geralmente no
alto de uma página da web[10],
alguns trazem informações e links[11]
pra outras páginas, também a possibilidade de fazer anúncios in line (em rede
interna). Outra possibilidade são os anúncios pop-up [12]que,
apesar de serem muito usados, são considerados invasivos por algumas pessoas.
Venda de bens e
serviços na era digital:
Muitos comerciantes procuram fazer a venda
completa pelo computador. Os produtos são apresentados por catálogos, visitas
virtuais ou banners[13],
entre outros. A entrega de bens de serviço ocorre, geralmente, no espaço
físico, onde o estoque e a distribuição de produtos passam a fazer parte das
ferramentas de marketing.
Os softwares[14] e
os Scan Antivírus [15]são
os produtos mais facilmente vendidos pela internet. Mesmo assim, os
especialistas recomendam que, o mais indicado para venda pela internet são os
produtos de preço baixo, devido ao baixo investimento para a criação de um
site. A recomendação é oferecer produtos únicos e específicos, pois, segundo os
especialistas produtos exclusivos têm tido vendas bem sucedidas, pois visam a
diferenciação, não sendo possível encontrá-los em outro lugar.
Outros produtos com forte apelo para
venda pela internet são aqueles mais difíceis de encontrar no mercado, cujo
fornecimento esta em baixa, ou se encontram em falta por qualquer outro motivo.
Para Las Casas (2008) o primeiro passo a ser dado para vendas é formular
perguntas como: o que os clientes gostariam de comprar? O que leva alguém visitar
determinado site? Por que alguém compraria tal produto ou serviço através da
internet?
O autor ressalta ainda que, todas as
informações que o cliente presta, são de suma relevância para o marketing on
line, inclusive as reclamações, uma vez que representam reivindicações para
melhores serviços. Outro aspecto importante a ser considerado é a imagem
transmitida pelo site, pois, esta representa o layout[16]
de uma loja, ou mesmo, a aparência de um vendedor. Deve-se levar em conta que os
clientes dispõem de pouco tempo para suas atividades, estão sempre com pressa,
portanto o site deve ser útil e prático. Para isso, é importante que não seja
sobrecarregado, exigindo o menor tempo para se fazer download [17] quando necessário. Por fim, sugere-se
que o site tenha informações sobre o produto comercializado (histórico de
categoria, curiosidades, artigos, testemunho, entre outros), uma vez que é
importante vender credibilidade.
Uso da Web para negócios:
As
empresas que vendem na forma tradicional, usam a web como ferramenta para
alavancar vendas. No entanto, ao contrário do que ocorre no mercado
tradicional, as empresas on line não possuem gastos com uniforme, não é
necessário que tenham lojas e escritórios, eliminando assim, o preço de
aluguéis e móveis.
Las Casas (2008) observa que conduzir
negócios na internet, pode ser rentável para empresas que sabem aproveitar
todos os seus recursos, pois, o marketing eletrônico agrega muito valor para os
negócios. Algumas das possibilidades
são: comunicação da empresa tanto para mensagens internas como externas,
pesquisa de marketing, planejamento de marketing, inovações em produtividade,
busca da lealdade dos clientes, alcance global, parceria e logística,
administração de custos, entre outros.
Face ao aumento da competição global, as organizações são
forçadas a mostrar maior flexibilidade. Para superar esses desafios procuram-se
novos conceitos de negócios. A palavra interface[18] é
uma espécie de tradutor de informações, ou seja, refere-se aos softwares[19]
que dão forma, para a interatividade que os usuários procuram ao navegar na
internet. Torna-se um mediador entre as duas partes, tornando uma acessível
para outra, pois, os computadores trabalham com sinais símbolos que precisam
ser decodificados.
Conforme analisa Johnson (2001) a
interface gráfica (ou GUI) transformou o modo de interação entre computadores e
seres humanos, e é considerada a maior responsável por fornecer informações que
não causam incômodo ao usuário, pois este, não precisa conhecer nenhuma seqüência
de comandos para poder interagir.
Neste contexto, a popularidade do mundo
virtual, que vem crescendo a cada ano, devido a possibilidade de unir pessoas
e idéias sem, todavia, ser necessário reuní-las em um mesmo espaço físico ou
tempo. Isto despertou interesse nas empresas, que perceberam a
internet, como um vasto campo a ser desbravado, no que diz respeito a recursos
de marketing.
Shet (2002)
analisa que a internet possui características ímpares que nenhum outro canal de
marketing existente pode oferecer, tais como: a capacidade ilimitada de
armazenamento de dados, interatividade e capacidade de fornecer informações
perante o pedido, funciona como intermediária para transações, capacidade de
proporcionar experiências perceptuais superiores a de um catálogo, e tudo a um
custo muito baixo. Isto posto, o
autor enfatiza que a internet também é uma ferramenta poderosa tanto para
testar novos mercados, como para testar o interesse dos consumidores em novos
produtos pois, oferece contato direto com estes, permitindo saber imediatamente
qual sua recepção no mercado. O termo “virtual”,
que significa “ existindo em efeito mas não em realidade”, traz como resultado
para a organização virtual os efeitos ou resultados de uma organização real.
Além disto, é possível, através da web,
promover a interação com todos os tipos de bancos de dados, desde dados
numéricos, documentos compostos de texto estruturado, imagens e até mesmo
objetos multimídia, como áudio e imagens animadas, devido a sua interface com o
usuário. Neste cenário, surgem
novas ferramentas para os negócios, entre elas podemos destacar o email-marketing[20]
e o marketing viral[21],
conhecidos como práticas de
serviços livres de email de adicionar publicidade às mensagens que saem de seus
usuários, com o objetivo de tal anúncio
alcançar alguém suscetível. O resultado será de que este usuário será
influênciado, ou na linguagem virtual “infectado”, e reenviará o email a outras
pessoas suscetíveis, "infectando-as" também. Ocorre portanto, uma
rede infinita de usuários recebendo e repassando estes emails, resultando em uma epidemiologia.[22]
De forma
geral, se utiliza o marketing viral
para descrever alguns tipos de campanhas de marketing baseadas na internet,
incluindo o uso de blogues[23] de sites amadores, e das mais variadas formas de astroturfing[24],
para fazer uma espécie de “boca a boca digital” de um produto ou serviço. O
termo "publicidade viral" passa a idéia de temas divertidos ao seu
público-alvo, tais como: videoclipes ou jogos interativos, imagens e inclusive textos.
E são muitas vezes patrocinados por marcas que querem ser conhecidas, ou apenas
usar do meio digital para fortalecer-se.
Johnson
(2001) observa que, além de uma grande aliada do marketing, a internet também
traz benefícios em termos de estruturas organizacionais, pois, torna possível,
transações que incluam grande volume de estoque, sem que, para isto,
disponibilize de qualquer espaço físico.
De uma forma geral, as atividades de
marketing através do mundo virtual, acontecem por intermédio de três canais:
canais de distribuição, canais de transação e canais de comunicação. O primeiro
tem como função, facilitar a troca física de produtos e serviços. O segundo
gera atividades de venda entre compradores e vendedores. O último, por sua vez,
permite a troca de informações entre os compradores e vendedores. No contexto
do marketing de consumo, estes canais podem facilmente se sobrepor, mas sua
principal função é a de facilitar trocas econômicas, e isto só é possível
devido ao fato de a internet ser um meio flexível, interativo e eficiente pelo
qual os grupos econômicos podem comunicar-se.
O ESTUDO EMPÍRICO: OS PROFISSIONAIS DE MARKETING NA ERA VIRTUAL
O ESTUDO EMPÍRICO: OS PROFISSIONAIS DE MARKETING NA ERA VIRTUAL
A proposta metodológica:
Discutido
o referencial teórico, o trabalho aponta para uma investigação empírica no
trabalho de campo junto aos profissionais de marketing de Santa Maria.
Para
muitos pesquisadores, o trabalho de campo fica circunscrito ao levantamento e a
discussão da produção bibliográfica existente sobre o tema de seu interesse.
Esse esforço de criar conhecimento não desenvolve o que originalmente3
consideramos como um trabalho propriamente dito. (GIL 2002, p.52)
Portanto, a ideia do trabalho de campo é estabelecer um
confronto entre as teorias e pressupostos do pesquisador e a realidade propriamente
dita, na intenção de obter conhecimentos e interações que não poderiam ser
resultantes da investigação bibliográfica.
No
intuito de descobrir como os profissionais de marketing de Santa Maria avaliam
a evolução desta área do conhecimento da sociedade de massa até a comunidade
virtual, escolheu-se como técnica de pesquisa a entrevista semi-estruturada em
questões focadas nas práticas mercadológicas.
Para Gil (2002) a pesquisa é apresentada como o “procedimento
racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos
problemas que são propostos”. O autor ressalta ainda que o objetivo fundamental
da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de
procedimento científico.
Neste estudo, a pesquisa realizada foi de natureza
qualitativa e descritiva, baseada na experimentação empírica. Ou seja, foi
elaborado a partir de uma análise detalhada e consistente de lógicas e idéias
surgidas com os valores dos profissionais de marketing, levando em consideração
que, cada pessoa, tem sua opinião e suposição a respeito de indagações decorrentes
do problema, podendo contribuir com o conhecimento que tem da realidade.
Após a técnica de entrevista, os resultados (respostas)
foram verificados levando-se em consideração a análise de conteúdo. A
entrevista é um instrumento de investigação, mediante a conversação,
estruturada com perguntas que possa gerar respostas contribuindo na coleta de
informações, através de temáticas recorrentes de problemas ou pesquisa. O
objetivo da utilização da entrevista é averiguar fatos e obter informações com
consistência, pois sua vantagem é poder conhecer as geradoras de informação,
tendo contato pessoal com elas. Neste caso, as entrevistas foram estruturadas
deixando espaço para que novas perguntas surgissem e complementassem as
respostas.
A
partir das respostas dos profissionais, foi feito o mapeamento/interpretação
dos principais eixos temáticos abordados pelos entrevistados. Para Gil (2002), é uma técnica de investigação que,
através de uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo
manifesto das comunicações, tem por finalidade a interpretação destas mesmas
comunicações.
As questões da entrevista:
Para dar conta da proposta de pesquisa, este procedimento metodológico
foi feito a partir de cinco grandes eixos temáticos. Perguntou-se:
1)
Quando trabalhou pela primeira
vez com marketing, qual os conceitos mais relevantes?
Nesta
questão pretende-se desvendar quais os princípios norteadores que os profissionais
de marketing utilizavam, nas práticas profissionais, para exercer a profissão, tanto
no mercado de trabalho como na academia. Sabe-se que, inicialmente, as ferramentas
da internet não eram utilizadas neste processo.
2)
No cenário atual, ou seja, na
sociedade virtual, quais os conceitos imprescindíveis para
atuar na área?
Esta
questão foi feita para contrapor com a primeira e verificar alguns paradigmas que
modificaram hábitos profissionais, regramentos e paradigmas dos modos de
trabalhar na área.
3) Analisando a evolução dos
conceitos de marketing, o que mudou hoje no seu entender?
Esta questão pretende relacionar as atuais mudanças do
marketing e relacioná-las com o que era entendido, a alguns anos por marketing, para identificar as mudanças
mais relevantes.
4)
Como
ocorre a relação entre empresas e marketing?
Esta
questão procura identificar, se na prática, tanto da academia quanto do mercado,
existem diferenças em relação à prática e a teoria.
5) Na sua opinião, qual é o futuro do
marketing?
É uma questão aberta que busca a “fala” dos marqueteiros
para perceber as transformações que estes profissionais relacionam no que diz respeito ao futuro do marketing.
Os resultados dos entrevistados
Para sistematizar a fala dos profissionais de markting optou-se
por diferenciar àqueles que trabalham com
marketing apenas na academia, ou seja, de forma conceitual, dos que atuam no
mercado de trabalho, colocando em prática os planejamentos, ferramentas e
propostas sugeridas pelos livros e
mestres.
Da Academia
Neste
segmento, foram entrevistados três professores, e sobre a questão de número um (Quando trabalhou pela
primeira vez com marketing, qual eram os conceitos mais relevantes), os professores explicam que, no início, nos
anos 60 e 70, o foco era no produto e, portanto, a produção era feita em massa,
sem se importar com a opinião do cliente.” Não se fazia pesquisa de mercado
para ver se o cliente desejava, ou, ao menos, se precisava do produto/serviço
lançado no mercado. A ideia era simples: criar um produto, produzi-lo, inseri-lo
no mercado e, partir para a briga com a concorrência”, explica o professor Eduardo.
Professora Ana concorda com Eduardo e acrescenta que “não havia nenhum tipo de conceitos que tratasse
de valores e relacionamento”. Já a
professora Cristina considera,no entanto, que os conceitos “são
mesmos de hoje, que marketing é organizar a empresa para atender as
necessidades e desejos do consumidor”.
Quanto a
questão de número dois (No cenário atual, ou seja, na sociedade
virtual, quais os conceitos imprescindíveis para atuar na área) os professores citam o entendimento do mercado como
fator mais relevante. A professora Ana Cristina observa “que é preciso
direcionar o produto para o público alvo, cada vez mais segmentado”. A
professora Cristina considera: “Marketing holístico,
Responsabilidade Social Corporativa, Marketing Interno ou Endomarketing,
Marketing de Relacionamento, Inovação e Sustentabilidade”. O professor Eduardo concorda com a
resposta de Cristina e destaca “a preocupação com as questões ambientais como: Marketing Verde, Desenvolvimento
Sustentável, Responsabilidade Sócio_Ambiental e Marketing Sustentável como
fatores imprescindíveis para atuar na área”. Ele ainda comenta os “conceitos de valor vitalício e
valor do cliente, comunicação integrada de marketing, sistemas de integração e
inteligência de marketing, rede sociais de consumo e consumidores”.
Com relação a questão três (Analisando
a evolução dos conceitos de marketing, o que mudou hoje no seu entender?), os professores
verificam que as exigências do mercado não são mais as mesmas. Ana atribui “ao
movimento dinâmico e evolutivo da sociedade onde a mesma se altera conforme as
mudanças na economia”. Eduardo diz que se deve levar em conta as ações
ambientais e sócio-ambientais e a relação de cooperação Inter organizacional e
integrações estratégicas entre empresas. Já a professora Cristina observa que
“o conceito de marketing sempre foi o mesmo de hoje e reforça que tem
“trabalhado com o conceito de marketing holístico, que é uma grande evolução do
conceito, pois contempla fatores que os 4 P não contemplam”.
Na questão quatro (Como ocorre a relação entre empresas e marketing?)os
entrevistados divergem nas suas opiniões. A professora Ana Cristina
diz que “ esta relação tem que ser a melhor possível uma vez que, os bons
resultados das empresas no mercado, são frutos do bom relacionamento entre
ambos”. Professora Cristina
verifica que “nos locais em que o marketing realmente é
aplicado, o gestor tem envolvimento pessoal com a área e faz acontecer o
marketing”.Ela diz que “na maioria das empresas, é restrito a um departamento
que, termina realizando a comunicação de marketing e não o marketing
propriamente dito”. Ela reforça: “Muitas empresas não tem setor de marketing
delimitado”. O prof. Eduardo fala “que o planejamento de marketing acaba
ficando muito concentrado em atividades com foco na execução de vendas e esta
relação acaba sendo limitada e não abrangendo toda a empresa de modo holístico,
como deveria ser”.
Na última questão (Na sua opinião, qual é o futuro do marketing?)os
entrevistados têm idéias parecidas. Ana considera que “o marketing do futuro
deve ser cada vez mais integrado e com foco na segmentação do mercado”. A
professora Cristina fala que “ o
marketing holístico substituirá o “velho” marketing”. Professor Eduardo acredita que haverá “uma
convergência de ciências que apoiarão o desenvolvimento do marketing (como
psicologia, sociologia, antropologia, economia, estatística, matemática, entre
outras).” Ele destaca ainda a “interdisciplinaridade como grande contribuinte
para as empresas e um entendimento mais amplo de como ocorre (ou poderia vir a
ocorrer) as transações entre mercados, produtos e mercados consumidores”.
Do mercado
Na questão um (Quando trabalhar pela primeira
vez com marketing, qual eram os conceitos mais relevantes?), os entrevistados
consideram que, quando começaram trabalhar na área, o foco já estava no cliente.
Márcio observa que “o marketing não
era tão popular quanto hoje, e que as pessoas não costumavam se importar muito
com o assunto, por medo do que é novo e falta de conhecimentos”. Ele ainda fala
que “apenas as grandes corporações falavam em marketing pois, as empresas não
disponibilizavam de capital suficiente para investir em pesquisas, ou desenvolver
estratégias, que exigiam altos investimentos, principalmente empresas que
desejavam atingir grandes massas populacionais”.Ainda acrescenta: “Comparando
aos dias de hoje, qualquer empresa ou colaborador já conhece ou entende a
necessidade da utilização do marketing como estratégia de crescimento da
empresa”. Liana, considera que os
pilares eram: “pessoal, político, interno, de massa, social e de relacionamento”.Os
outros entrevistados trabalham com marketing há apenas dois anos em média.
Quanto a questão
dois (No
cenário atual, ou seja, na sociedade virtual, quais os conceitos imprescindíveis
para atuar na área?), os entrevistados
concordam que é indispensável, antes de tudo, entender os conceitos de
marketing, ou seja, como o mercado analisa, entende e define qual a melhor
ferramenta ou estratégia para atingir o publico-alvo com eficiência. Clarissa
destaca como base “o planejamento, organização, estabelecimento de metas e
atualização”.Natalye considera que “devido a velocidade da era virtual, onde existe
uma sociedade global interligada,é necessário buscar incessantemente a
informação, para não ficar desatualizado e perder mercado”. Márcio fala que “o
marketing diz a quem vender, enquanto a comunicação diz qual é a melhor forma
para mostrar o produto para que a venda ocorra”, ele reforça ainda: “É
necessário um bom entendimento dos conceitos de marketing e comunicação, pois
estes andam bem próximos. O importante é entender que o marketing analisa,
entende e define como determinado produto ou serviço deve ser vendido a um
mercado e a qual público. Já a comunicação, define qual a melhor maneira de
mostrar este produto ou qual ferramenta deve ser utilizada, para atingir o
mercado ou público-alvo com eficiência”. Ele resume: “o marketing diz a quem vender, e
a comunicação diz a melhor forma de mostrar o produto para que a venda ocorra”.
Camila considera importante ter um bom entendimento sobre a questão
comportamental do consumidor e Liana, complementa esta resposta, dizendo que “os
conceitos de marketing viral, de relacionamento e de guerrilha são os mais
importantes, especialmente quando se trata de mídias sociais”.
Para a
questão de numero três (Analisando a evolução dos conceitos de
marketing, o que mudou hoje no seu entender?), os entrevistados divergem nas
suas respostas.Camila diz que “deve-se pesquisar muito antes de lançar um
produto, pois as pessoas estão extremamente exigentes e só consomem aquilo que
realmente acham que agrega valor”. Liana concorda, mas acrescenta que “é
preciso ir muito além para se captar o desejo e o anseio do público-alvo, bem
como para as ações de marketing caírem no gosto dos mesmos”. Natalye considera “o
marketing hoje muito complexo, pois, tem que voltar-se cada vez mais para o
cenário virtual e acompanhar as tendências deste”, Clarissa, por sua vez, concorda
com esta resposta. Já Márcio diz que “hoje é muito mais simples trabalhar com
marketing. Os conceitos estão mais amplos e de fácil acesso e entendimento.
Nesta nova era de comunicação, com a expansão da internet e surgimento de redes
sociais ficou muito simples ter acesso a informações de produtos e
concorrentes, assim como o perfil social e rotinas de compras de determinado
publico alvo”. Ele reforça: “hoje não é necessário pagar fortunas por uma
pesquisa de marketing que pode ser realizada pelo próprio interessado,
utilizando apenas um banco de dados de e-mail com os custos relativamente
próximos a zero. Também surgiram conceitos como o e-mail marketing, hoje
amplamente utilizado por empresas para atingir grandes massas, o que
antigamente não era possível”.
Na questão número quatro (Como ocorre a relação entre empresas e marketing?),os
marqueteiros do mercado concordam que é uma relação fundamental pois, na opinião
de todos. Marcio afirma “não ser possível, no seu entendimento, imaginar
uma empresa prospectar determinado público alvo em um determinado mercado sem
entender o que acontece neste mercado e com seu público”.Ele acrescenta que
“esse entendimento só é possível com uma pesquisa de marketing detalhada”.
Liana destaca “o perfil da liderança
influencia bastante na ação do marketing, e explica que as empresas familiares mais antigas,
acabam não trabalhando a questão do diagnóstico, pulando algumas etapas e
confundindo todo o complexo de marketing”. Camila reforça que “o tamanho da
empresa interfere: as empresas maiores têm uma visão melhor dos conceitos de marketing
porque já possuem cultura de investir em pesquisa de mercado. Por outro lado, empresas
familiares costumam ter uma visão mais restrita”, mas isto, segundo ela, não é
uma regra. Para Clarissa e Natalye, “a pesquisa como fator fundamental para uma boa relação entre empresa e
marketing”.
Para a
pergunta de número cinco (Na sua opinião, qual é o futuro do marketing?), obtem-se
ponto de vista variados. Camila diz que “o
setor de marketing só tende a crescer dentro das empresas, pois estas, precisarão
estar cada vez mais atentas às tendências e vontades do consumidor”. Clarissa
observa a questão virtual, afirmando que “o marketing será cada vez mais
digital”. Liana concorda com Clarissa, reforçando que “o futuro do marketing
seja ainda mais voltado à internet e outras ferramentas da tecnologia da
informação”. Natalye verifica a questão da seguinte forma: “é cada vez mais,
conseguir transformar desejos em necessidades de consumo, utilizando-se das
ferramentas tradicionais do marketing como base, mas acompanhando sempre as
evoluções do cenário virtual”. Marcio conclui: “a tecnologia será indispensável
para o marketing e que, a tendência é unir tecnologia e relacionamentos, tendo
então, duas ferramentas imbatíveis”.
O MARKETING NA FALA DOS MARQUETEIROS: CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Na
finalização deste trabalho, não se pode falar em um texto fechado. Ou seja, o
processo de construção do conhecimento e de suas práticas profissionais está em constante evolução e passando por
transformações radicais, especialmente na contemporaneidade. Neste sentido,
trata-se apenas de um ponto final e de alguns encaminhamentos de pesquisa.
Inicialmente, a
proposta de revisão bibliográfica, enfocando as mutações do marketing, encaminha para um conhecimento
desta área tão necessária na sociedade do consumo. Conclui-se, de certa
forma, que os paradigmas não são imutáveis, pelo contrário, eles vão se
adequando, através de uma intervenção contextual dos aspectos culturais,
sociais, econômicos, pessoais, políticos e tecnológicos.
Neste resgate da história conceitual do marketing foi possível observar, portanto, que o
marketing faz parte das práticas culturais de muitas civilizações,
modificando-se e aperfeiçoando-se de acordo
com as suas necessidades.
Como
Kotler e Armstrong (1999) defendem, o marketing opera em um ambiente dinâmico e
global. As empresas lutam com
mudanças de valores e orientações do cliente, estagnação da economia, declínio
ambiental, aumento da concorrência global e uma série de outros problemas.
Contudo, estes problemas também oferecem oportunidades de marketing que
necessitam ser rapidamente assimiladas, este aspecto pode se tornar um
diferencial para as empresas.
Com
relação aos engendramentos do marketing na sociedade virtual, a pesquisa revela
que este pode ser um caminho em potencial, pelo uso irrestrito da internet e também pela possibilidade de
conectar-se a milhões de usuários em uma rede que está à disposição de qualquer empresa,
independentemente de tamanho, a um custo baixo, quase zero.
Por
fim, quando o trabalho coteja conceitos com os atores sociais, pode-se refletir
sobre algumas questões:
1) O marketing
sofreu alterações conforme ocorreram mudanças nos ambientes e contextos, uma
vez que as transformações na economia moldam as atitudes globais, criando
oportunidade que venham a se adequar à nova realidade.
2)
Os profissionais da academia tem uma visão diferenciada em relação aos
profissionais do mercado, uma vez que a prática exige soluções rápidas para o
dia a dia . Entre as diferenças
estão: os profissionais da academia falam muito sobre marketing verde,
marketing holístico, responsabilidade social/sustentabilidade. Na prática do
mercado, este tipo de marketing ainda é pouco aplicado, sendo que os valores
estão mais voltados para a internet e as inovações do mundo virtual.
Entretanto, todos concordam (tanto profissionais do mercado, quanto professores
da academia), que o mercado está cada vez mais segmentado e que a permanência e
sucesso das empresas depende da constante busca à informação.3) Sabe-se, portanto,
que a teoria é a base da prática. Os conhecimentos
acadêmicos foram o principal suporte
para os profissionais do mercado desenvolverem suas práticas profissionais de
trabalho.
Em resumo, este
trabalho aponta um aprofundamento no estudo do marketing e suscita um terreno fértil
para explorações futuras porque engendra a teoria com a prática a partir de uma
proposta metodológica que privilegia exatamente esta dualidade tão importante
para a construção de paradigmas.
Fonte e Sitios Consultados
https://lapecpp.files.wordpress.com
[1] E-commerce, ou comércio eletrônico: é a forma on-line de compra e venda. Ou seja, pela
Internet, você pode adquirir os mais diversos produtos e serviços disponíveis
na grande rede por meio das lojas virtuais. Você pesquisa, escolhe, especifica
características — modelo, tamanho, cor, periodicidade — e a forma de pagamento.
Depois, recebe, dentro de um prazo determinado, o produto ou serviço diretamente
em sua casa. Fonte: http://www.educacional.com.br/vidainteligente/clickdigital02/e-commerce.asp.
Acessado em 26 de outubro de 2009.
[2] Bits:A palavra bit é uma abreviatura
de "Binary Digit" (em inglês, "dígito binário"). Tudo na informática
é medido em bits, desde o tamanho de um número representado pela unidade
decimal até a velocidade de transferência de dados em uma rede. Fonte: http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=45&item.
Acessado em 26 de outubro de 2009.
[3] Cracker: Pessoa que viola a segurança de programas, redes e
computadores alheios com fins maliciosos como roubar, alterar ou destruir
informação. http://broguidoze.brogui.com/. Acessado em 26 de setembro de 2009.
[4] Marketing
Virtual: pode ser definido como um conjunto
de estratégias
e ações utilizando ferramentas de tecnologia,
(a maioria através de sistemas informáticos e internet),
tendo como objetivo uma maior eficácia na busca de novos caminhos para
comunicar com o público. Fonte http://books.google.com/books. Acessado em 26 de
setembro de 2009.
[5]
Cibermarketing: quantidade de
informação que se pode transmitir através de uma conexão por unidade de tempo,
usado para alcançar grande numero de usuários da rede. Fonte: http://www.definiçõesn.org/diccionario/196.
Acessado em 29 de setembro de 2009.
[6] E-bussines: Ao contrário do que muitos pensam
e-business não é apenas o comércio realizado pela internet; isto é e-commerce,
uma de suas partes. O conceito de e-business vai muito além e engloba todas as
atividades de uma empresa. Podemos o definir como a integração de diversas
atividades organizacionais através do auxílio de sistemas de informação, a qual
possui a internet como meio de comunicação. http://www.brasilescola.com/informatica/ebusiness.htm.
Acessado em 07 de setembro de 2009.
[7] Commodity: é um termo de língua
inglesa que, como o seu plural commodities, significa mercadoria,
é utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. Fonte: http://books.google.com/books.Acessado em 10 de outubro de 2009.
[8] Website: Conjunto de páginas sobre
determinados assuntos, contendo textos, imagens e arquivos para download,
elaborados em linguagem própria, dependendo do publico a ser atingido. www.saoinformatica.com.br/dicweb/. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[9]Design: Ferramenta de
comunicação de marketing que trabalha com formas, traços e cores. http://publicidade20071.wordpress.com/dicionario-publicitario. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[10] Web: significa "rede de alcance
mundial", em inglês;
também conhecida como http://dicionario.babylon.com/Web.
Acessado em 27 de setembro de 2009.
[11] Links: Conexão, ou seja,
elementos físicos e lógicos que interligam os computadores da Rede. Na Web, são
palavras-chave destacadas em um texto, que, quando clicadas, nos levam para o
assunto desejado, em outro arquivo ou servidor. http://dicionario.babylon.com/Link.
Acessado em 27 de setembro de 2009.
[12] Pop-up: é uma janela extra
que abre no navegador ao visitar uma página ou clicar em um link específico. A
pop-up é utilizada pelos criadores do site para abrir alguma informação extra
ou como meio de propaganda. http://dicionario.babylon.com/pop-up.
Acessado em 27 de setembro de 2009.
[13] Banner: é a forma
publicitária mais comum na internet, muito usado em propagandas
para divulgação de sites
na Internet
que pagam por sua inclusão. http://books.google.com/books,. Acessado em
27 de setembro de 2009.
[14] Software - É um programa, geralmente
armazenado e executado pelo computador, utilizado para operar ou executar uma
tarefa.
www.cgd.pt/Seguranca/Glossario/Pages/Seguranca-Glossario.aspx. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[15] Scan antivírus: são softwares projetados
para detectar e eliminar vírus de computador http://books.google.com/books. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[16] Layout: Esboço de uma composição visual ou disposição física do
espaço de trabalho. Fonte: www.eps.ufsc.br/disserta96/tei/anexo/glossario.htm.
Acessado em 27 de setembro de 2009.
[17] Download (significa descarregar ou baixar, em português), é a
transferência de dados de um computador remoto para um computador local. Fonte: http://books.google.com/books. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[18] Interface: Forma pela qual dois
sistemas interagem ou um sistema interage com o usuário. Dispositivo que
permite esta interação.
[19] Software: Um programa de computador é composto por uma seqüência de
instruções, que é interpretada e executada por um processador
ou por uma máquina virtual. Fonte. www.paytv.com.br/mercado/glossario/i.htm Acessado em 08 de
novembro de 2009.
[20] E-mail marketing é a utilização do e-mail como
ferramenta de marketing direto. De acordo com um estudo
realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil,
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística e Instituto
Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, o principal motivo de
acesso à Internet
no Brasil
é o e-mail . Por isso, o e-mail marketing é bastante importante para
as empresas
no relacionamento com clientes. Fontewww.paytv.com.br/mercado/glossario/i.htm:. Acessado em 08 de novembro de 2009.
[21] Marketing viral ou publicidade
viral: referem-se a técnicas de marketing
que tentam explorar redes sociais pré-existentes para produzir aumentos
exponenciais em conhecimento de marca, com processos similares à extensão de uma epidemia.
Fonte: www.paytv.com.br/mercado/glossario/i.htm
Acessado em 08 de
novembro de 2009.
[22] Epidemiologia: é a caracterização dos mecanismos de transmissão de um
agente infecioso, envolvendo os suscetíveis, os agentes patogênicos e os
reservatórios. Fonte: http:// www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/virus/glossario.php.
Acessado em 09 de novembro de 2009.
[23] Blog- Um Blog é um registo cronológico e frequentemente
actualizado de opiniões, emoções, factos, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo
que o autor ou autores queiram disponibilizar. Fonte: http://madalena12cad6b.edublogs.org/glossario/ .Acessado em
09 de novembro de 2009.
[24] Astroturfing: é um termo utilizado para
designar ações políticas ou publicitárias que tentam criar a impressão de que
são movimentos espontâneos e populares. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Astroturfing.
Acessado em 09 de novembro de 2009.
[1] O termo online, ou on-line: (em português significa "em linha" ou
"conectado"), é um termo com origem inglesa e que se popularizou com
o advento da Internet. Fonte: http://www.knoow.net/ciencinformtelec/informatica/online.htm.
Acesso em 27 de setembro de 2009.
5 Newsletter: Informativos mensais, geralmente enviados do fornecedor
para o cliente através do e-mail, previamente cadastrado.
Fonte: www.saoinformatica.com.br/dicweb/. Acessado em 27 de setembro de 2009.
Fonte: www.saoinformatica.com.br/dicweb/. Acessado em 27 de setembro de 2009.
[3] Merchandising é uma ferramenta de Marketing,
formada pelo conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação
destacada dos produtos no ponto-de-venda, de maneira
tal que acelere sua rotatividade.Fonte: . http://books.google.com/books. Acessado em 07 de setembro de 2009.
[4] Marketing mix ou composto de
marketing: é formado por um conjunto
de variáveis
controláveis que influenciam a maneira com que os consumidores
respondem ao mercado..Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_mix
.Acessado em 20 de outubro de 2009.
[1] McKinsey & Company é uma empresa de
consultoria empresarial americana. É reconhecida como a líder mundial no
mercado de consultoria empresarial. http://books.google.com/books. Acessado em 27 de setembro de 2009.
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