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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

23 de outubro de 2015

ESCOLA CLÁSSICA da Administração


O conhecido autor Henry Fayol, é o responsável pela formulação da Teoria Clássica que preconizava a organização e a aplicação de princípios de Administração Geral - baseada na forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização: abordagem de cima para baixo e do todo para as partes. Eminentemente teórica e administrativamente orientada.


Henry Fayol - salientava que toda empresa apresenta seis funções 
                        básicas:

Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou serviços 
                                  da empresa.

Funções comerciais – relacionadas com a compra, venda e 
                                       permutação.

Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerencia de 
                                        capitais.

Funções de segurança – relacionadas com a proteção e preservação 
                                            dos bens e das pessoas

Funções contábeis – relacionadas com o inventário, registros, 
                                     balanços, custos e estatísticas.

Funções administrativas – relacionadas com a integração das cinco
                                              anteriores. Coordenam e sincronizam as 
                                              demais funções da empresa.
                                                 

ORIGENS DA ABORDAGEM CLÁSSICA

Na Revolução Industrial, baseada em:

1.   Crescimento acelerado e desordenado das empresas.

2. Substituição das teorias de caráter totalizante e global por teorias micro industriais de alcance médio e parcial.


3. Necessidade de aumentar a competência e a eficiência das organizações.

4.   (evitar desperdício e economizar mão-de-obra)

CONFRONTO ENTRE AS TEORIAS DE TAYLOR E FAYOL


         Os trabalhos de Fayol e Taylor são precursores da moderna Administração. A teoria Clássica procurou definir as funções básicas da empresa, com os chamados Princípios Gerias de Administração, dando ênfase na estrutura, na disposição dos órgãos, e a interatividade entre essas partes, restringindo-se à organização formal.

         Taylor, por sua vez, com a Administração Científica, procurou aumentar a eficiência das empresas através do aumento da eficiência do trabalho operário.


CONFRONTO ENTRE AS TEORIAS DE TAYLOR E FAYOL

 TAYLOR   à   ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA   à   ENFASE NAS TAREFAS     à  AUMENTAR A EFICIÊNCIA DA EMPRESA ATRAVÉS DO AUMENTO DA EFICIÊNCIA NO NÍVEL OPERACIONAL

 FAYOL  à  TEORIA CLÁSSICA    à    ENFASE NA ESTRUTURA      à AUMENTAR A EFICIÊNCIA DA EMPRESA ATRAVÉS DA DISPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS E SUAS INTERAÇÕES ESTRUTURAIS




ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
 

Esta abordagem provoca uma verdadeira revolução na administração.

Se antes a ênfase era nas tarefas e estrutura, agora o enfoque era nas pessoas.

A máquina, o método de trabalho e a organização formal dão lugar aos aspectos psicológicos e sociológicos.

ORIGENS

         Surge como consequência imediata dos trabalhos conclusivos obtidos pela experiência de Hawthorne, orientada por Elton Mayo, quando o governo americano através do Conselho Nacional de Pesquisa, encomendou um trabalho a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, para verificar a “correlação entre produtividade e luminosidade”.
 
 (Atualmente, sabe-se que a experiência fora encomendada para verificar a insatisfação dos trabalhadores e o crescimento dos sindicatos, causando certo temor à classe patronal, pois havia forte tendência de insatisfação entre a classe operária aliada a desumanização do trabalho).

Principais figuras:

George Elton Mayo (1880-1949)

·           Considerado o “pai das relações humanas”, coordenou a experiência de Hawthorne, realizada na Western Electric Company, que ficava no bairro de Hawthorne na cidade de Chicago. Essa experiência iniciou-se em 1927, foi interrompida em 1929 pela crise, e prolongada até 1932.

Mary Parker Follet

·           Cientista social, pioneira na introdução da psicologia no comércio, indústria e governo.
·           Pontos relevantes de seus estudos: criatividade, motivação e cooperação.

Robert Owen

·           Filantropo e humanitário, sendo que foi outro precursor da teoria humanística.
·           Foco de ação: organização de vilas-modelo para operários, plantio de árvores, construção de jardins, banho de chuveiro em suas fábricas, toaletes, escola para crianças e operários, etc.

Oliver Sheldon

·           Em 1923, apresentou uma filosofia de administração, na qual afirma que uma empresa “tem alma” e que tem “responsabilidades sociais”.

A abordagem humanística surge com a teoria das relações humanas, nos eua por volta de 1930, decorrentes do desenvolvimento das ciências sociais, principalmente a psicologia que ocupava seus estudos com dois assuntos básicos, abordados pela psicologia do trabalho:

·           A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho;
·           A adaptação do trabalho ao trabalhador.

A abordagem humanística começou logo após a morte de Taylor (1915), mas somente a pratica da década de 30 mereceu aceitação nos eua, em razão de suas características democráticas, sendo sua divulgação pelo mundo só surgiu após o término da Segunda Guerra Mundial.

Antecedentes: (fatos marcantes)

·           A necessidade de se humanizar e democratizar a administração;
·           O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, em especial a psicologia e a sociologia;
·           As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin;
·           As conclusões das experiências de Hawthorne

A teoria das relações humanas (ou escola humanística) foi basicamente um movimento de reação e oposição à teoria clássica.

A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE


         A experiência desenvolveu-se em 4 quatro fases, cada uma abordando uma relação entre os trabalhadores da empresa Western Electric Company, e o ambiente de trabalho.

1ª Fase – dois grupos de operários escolhidos foram submetidos aos efeitos de iluminação e verificou-se um rendimento proporcional a intensidade da luz. Com isso reconheceu-se a preponderância do fator psicológico sobre o fisiológico, ou seja, as pessoas de um grupo produziam mais quando julgavam que a iluminação diminuía, porque queriam acreditar que isso poderia prejudicar o rendimento do trabalho.

2ª Fase – iniciada em abril de 1927. Selecionada seis moças que constituíram um grupo de observação (ou grupo experimental). As tarefas foram assim distribuídas: cinco moças montavam os relés, e uma sexta mantinha o trabalho constante, fornecendo as demais peças necessárias. Não havia supervisão rígida na sala, bem como as moças tiveram certas regalias, como redução de 30 minutos no trabalho, períodos de descanso, não oferecidas às demais trabalhadoras da empresa. Após implantar condições de trabalho mais flexíveis, notou-se um aumento da produção.

As conclusões foram:

·           Havia um clima amistoso e sem pressões;
·           Era permitida a conversa entre as moças aumentando a satisfação no trabalho;
·           Não havia temor ao supervisor;
·           As moças faziam amizades entre si, e passaram a se preocupar com as outras, criando uma equipe.
·           Depois que duas das moças deixaram o grupo, a ajuda entre elas para manter a produção, aumentou, aumentando também o ritmo de produção.

3ª Fase – Programa de entrevistas – Compreendida com os empregados para obtenção de maiores conhecimentos sobre suas atitudes e sentimentos, ouvir a opinião e sugestões que pudessem ser aproveitadas no treinamento dos supervisores.

- Conclusões:

·           Surgimento do grupo informal, isto é, de uma organização informal entre os operários, a fim de se protegeram do que julgavam ser uma ameaça.
·           Através dessa organização informal, os operários mantinham certa lealdade entre si.
·           Mas também desejava manifestar sua lealdade a empresa, gerando conflitos e descontentamento.

4ª Fase – Sala de observação de montagem de terminais Havia um observador entre o grupo experimental – 9 operários e 9 soldadores. Montavam o que julgavam ser sua produção normal não excedendo o limite. Seria considerado traidor, o membro do grupo que acelerasse a produção ou que delatasse algum companheiro. Esta fase permitiu estudar o grupo informal, ou seja, o surgimento de uma organização informal entre os membros de um grupo.

CONCLUSÕES FINAIS DA EXPERIENCIA DE HAWTHORNE.

Funções básicas da organização industrial:

-         Função econômica – produzir bens e serviços;
-         Função social – distribuir satisfações;

A civilização industrializada e o homem.

Segundo Mayo, enquanto a eficiência material aumentou nos últimos 200 anos, a capacidade humana para o trabalho não acompanhou o mesmo ritmo.

         Propõe uma nova concepção nas relações humanas no trabalho.

    “Os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência e nenhum para a cooperação”

Pontos de vista de Elton Mayo

a)   O trabalho é uma atividade grupal
O nível de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais;

b)  O operário não reage isoladamente
A reação do operário não é uma atitude isolada, mas sim a atitude de um membro de um grupo social;

c)   A administração tem uma tarefa básica
Deverá formar uma elite capaz de compreender e de se comunicar, através de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos.

d)  Há necessidade de “estar junto” e de “ser reconhecido”
A pessoa humana é motivada essencialmente por estas duas necessidades e, desse modo, receber uma adequada resposta.

e)   E a fábrica, como uma nova unidade social, será o futuro.

Numa visão romântica, Elton Mayo afirma que a fábrica surgirá como uma nova unidade social, proporcionando um novo lar, um local de compreensão e de segurança emocional.




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