O século 21 chegou trazendo várias ideias e uma delas foi à mudança do
paradigma da economia
que se baseava naquela 'desgastada’ equação de custos que só enxergava preço = custo + margem. Nessa ótica, a
base para a criação de valor estava somente nos ativos tangíveis: dinheiro, instalações e produtos - o
foco era na produção e na oferta de mercadorias, o que levava todos os olhares
para dentro. Atualmente, essa equação é outra: valor = clientes + capital intelectual. E essa ótica é a base para
a criação de valor: os ativos intangíveis – assim, é preciso desenvolver a
capacidade de capturar as necessidades dos clientes utilizando a inteligência
dos colaboradores. E com isso mudou o fato da oferta não ser mais a única
responsável pela criação da demanda e sim a demanda é que induz a oferta. O
mundo agora tem fronteiras difusas, não sabemos mais onde acaba uma empresa e
começa a do nosso parceiro.
Com isso, trazer as pessoas para o foco da missão tornou-se uma das
funções mais importantes dos que ocupam altos cargos, além de terem a competência
de buscar a fundo a raiz de um problema, afinal, é necessário tratar as causas
e não apenas os sintomas. E é claro que estamos tratando de liderança no século
21, isso porque os líderes buscam por cooperação, por uma força da ação solidária, uma
maneira ideal para o ganho coletivo, afinal, muitas mãos tornam o trabalho bem mais
leve.
Já vem de longe aquela história: ‘quem
conhece melhor um trabalho é aquele que o executa’, assim como: 'envolver-se faz com que tenhamos orgulho do resultado alcançado'. São argumentos simples, lógicos, reais,
sustentados obviamente por habilidades e aceitação. Contudo, sabemos que na
vida nada é definitivo e a história sempre mostra que em algumas oportunidades os
resultados que chegam, nem sempre são aqueles desejados, e isso fez com que as
empresas modernas entendessem a delegação de poder como uma questão vital.
Os tempos digitais trouxeram vários avanços e uma convivência mais
próxima com os clientes, o que possibilitou sentir as suas necessidades e
carências e isso acabou levando as empresas a assumirem o compromisso de entregar
o prometido de maneira correta e de manter o ganho na competitividade mais
evidente - e tudo isto exige um maior número de funcionários envolvidos. Logo,
a essência da delegação de poder está numa construção coletiva, que passa pela
criação de condições internas favoráveis para quebrar paradigmas e hierarquias
em prol da satisfação dos clientes.
Porém, delegar não é só transferir obrigações e responsabilidades - é
preciso acompanhar e apoiar nas dificuldades. Delegar é incentivar o
envolvimento nas atividades e decisões. É criar compromissos, é garantir a
oportunidade de demonstrar criatividade, novas ideias e dar a chance de
aproveitá-las. Sabemos que nem tudo é fácil e a aceitação é um componente importante neste processo. Também é fato que ainda existem pessoas que ficam limitadas somente com as suas obrigações, elas apenas cumprem ordens, nada mais do que isso. E é nesta hora que a liderança deve apontar aqueles que têm
vontade e determinação de fazer bem feito, aqueles que fogem do lugar comum.
- Delegar poder é uma das trilhas utilizadas para alcançar o sucesso empresarial contemporâneo.
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