Ser brasileiro está meio
estranho ultimamente! Afinal, é no mínimo esquisito levantar logo pela amanhã e
encontrar muitos brasileiros postando
em vários canais da Internet toda a sua felicidade com a prisão, efetuada pelo FBI,
de alguns dirigentes do primeiro escalão da Fifa em um hotel de Zurique,
na Suíça, sob acusações de corrupção
– e que
surpresa! Entre eles está o ex-presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. Talvez a explicação para
este fato esteja na triste constatação de que o Brasil virou um território sem Lei
e sem ordem. Já que é comum encontrar vários brasileiros burlando Leis o tempo todo e no quesito da violência, somos uma terra onde acontecem mortes a todo instante, isso em razão de matar-se mais aqui do que na
maioria esmagadora dos países do resto do mundo, do ponto de vista da
violência, somos o país onde mais se discute este fato absurdo: a epidemia
da violência, mas, pouquíssimo ou quase nada é feito para resolver esse problema.
Enquanto
não acontecem ações concretas por parte do Poder público para resolver este
problema, acompanhamos o crescimento das conversas sobre este assunto entre a
população e nestas discussões existem os que entendem que a explosão da
violência brasileira é resultado da enorme desigualdade social. Isso porque nós
também carregamos o título nada agradável, de campeões da desigualdade entre
ricos e pobres. Também existem os que acusam a prática da impunidade
como a razão de tanta e tão crescente violência. Afinal, quem tem razão? Os
dois?
A Verdade é que além de estar estranho,
também está muito difícil ser um brasileiro
honesto – que nada mais é do que aquele
indivíduo que age com correção em todas as situações do dia a dia – talvez isso
seja o resultado de ouvirmos vez ou outra, algum representante do Superior Tribunal
(STJ) dizer que “O Brasil não
aguenta mais tanta impunidade” e mais, “quem praticar qualquer ato que não seja
republicano tem de ser punido”. Mas, o que acontece depois de todas estas ‘solenidades
e discursos’, para ser honesto, quase nada.
É triste verificar que os brasileiros sabem que a não
aplicação do rigor da Lei aos criminosos, a morosidade da justiça e as leis
demasiadamente protetivas aos criminosos estão destruindo a nossa sociedade.
Não obstante a esta triste constatação os brasileiros estão a todo instante
convivendo com os noticiários dos meios de comunicação informando que a
situação só se agrava - e isso transmite uma sensação de que a nossa
Constituição Federal não vale nada! E isso se deve ao fato de que os
responsáveis pela elaboração e aplicação das Leis penais e dos processos penais - pouco ou quase nada
fazem - para que o comando constitucional, no qual está escrito: ‘que o poder emana do povo e que os
políticos são apenas os representantes da vontade deste povo’ seja aplicado.
ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin
ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin
Para tentarmos entender a questão
acima, talvez seja necessário se perguntar: o
que ‘tanto fazem’ os congressistas brasileiros que não
resolvem estes problemas? Pois, do jeito que está a nossa Constituição
Federal, ela só funciona para
garantir “ampla defesa” aos criminosos, priorizando os interesses do
marginal em detrimento da segurança da sociedade ao limitar indiscriminadamente
a busca de provas pelos órgãos repressores, quando assegura ao acusado o direito
de não fornecer provas para o esclarecimento de algum crime. Quem não se lembra
do caso Bruno, goleiro do flamengo, ele debochou tanto da Justiça que chegou a
exigir que os seus cabelos cortados na prisão fossem queimados na sua frente,
claro, para impedir a realização de um teste de DNA para verificar se ele era
pai do filho da mulher que ele assassinou. E isso só acontece devido a nossa Carta
Magna priorizar o interesse de um transgressor em detrimento dos
interesses de toda uma sociedade honesta.
Como se já não bastasse todos
esses descasos com a sociedade brasileira, vamos tratar de um assunto que
apavora todos os cidadãos de bem, que são as tais ‘saídas temporárias dos presos’
– afinal, em todos os feriados ou em datas
especiais muitos presos são soltos nas ruas, e é comum
acompanhar o aumento da criminalidade nestas datas. Mas, longe de pretender um tratamento
desumano aos criminosos, a sociedade brasileira clama pela aplicação
da Lei baseada na Justiça e não em datas que são uma ameaça à segurança de toda
a sociedade. O problema é que a Lei do jeito que está, assegura
liberdade a verdadeiros psicopatas que tem uma ficha criminal de vários metros
e eles sempre voltam a praticar os mesmos crimes e muitos nunca retornam para
cumprir o resto da sua pena.
Então,
talvez o problema seja mesmo a impunidade, inclusive aqui no Brasil vivemos uma
discussão sobre a redução da maioridade penal. Por outro lado percebemos que
existe muito academicismo nessas discussões e soluções - e que em muitos casos
elas jamais acabam sendo implementadas plenamente, talvez essa seja a pior das
constatações, a de que ficamos sempre no
meio do caminho. Talvez muitos não tivessem nem nascidos ainda, mas no Brasil
já existiram algumas campanhas para o desarmamento - que só serviram para criar
dificuldades para que o cidadão comum andasse legalmente armado - e o resultado
é esse que aí está: jamais tantas armas circularam tão livremente como agora.
Vamos finalizando este pensamento
preocupados com o fato de que se o Brasil não mudar urgentemente esse modelo
equivocado de ser e partir para resolver esse e outros tantos problemas,
isso nos deixará sujeitos a presenciar o momento em que essa bomba ira explodir
de vez. Tomara que os nossos Governantes e os nossos Congressistas se recordem das
recentes manifestações populares e lembrem-se de que elas não aconteceram por
acaso.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.amambainoticias.com.br
http://www.sokakarecos.com.br
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