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26 de maio de 2015

Brasil sem tecnologia - qual a razão disso?


O Brasil se tornou ao longo dos anos um país avesso à tecnologia e o mais triste disso é sabermos que possuímos uma ciência de qualidade, porém, encontramos gigantescas dificuldades em  efetuar essa transferência de conhecimentos. E o que talvez explique isso é o fato da pesquisa tecnológica estar predominantemente em poder das universidades com pouquíssima participação do setor privado.
Alguns brasileiros podem até pensar que não somos capazes de produzir com tecnologia. Isso não é verdade! Existem muitas empresas brasileiras que comprovam a nossa capacidade de produzir com tecnologia, afinal o Brasil sempre se destacou em atividades que exigem pesquisas em nível tecnológico, vejamos estes exemplos: a Embraer - ramo da aviação, a Petrobrás -  ramo do Petróleo, a Fiocruz e o Butantã sempre foram destaques mundiais em pesquisa e produção de vacinas e mais algumas outras. Isso só comprova que os procedimentos no setor das empresas em relação à inovação e tecnologia são possíveis no Brasil.



Talvez o nosso grande problema esteja na seguinte situação: todas as empresas brasileiras desejam conseguir benefícios que são o resultado dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, mas elas precisam conviver com os riscos e custos altos de se ajustar a essas estratégias. O que falta ao Brasil é ter uma política clássica, que incentive este setor com medidas que venham a reduzir esse risco e o custo das pesquisas, fazendo com que isso vire um círculo virtuoso.

E para revertermos este quadro brasileiro, precisaria que tanto o governo quanto a iniciativa privada ampliassem os seus investimentos em pesquisa e tecnologia. O problema é que menos de 20% do que é produzido no País é destinado à aquisição de novas máquinas e à pesquisa industrial. Já em outros países, o índice médio é de 30%, às vezes chegando em 40%, como na China. E isso não é querer tornar a indústria de bens de capital em uma indústria 100% nacional - o que seria muito arriscado, isso porque os produtos poderiam perder competitividade frente à produção altamente tecnológica e mecanizada dos outros países. Na verdade, isso é uma questão de gestão de qualidade e maior acesso ao mercado, uma vez que produtos mais sofisticados têm maiores chances de venda.

A diferença básica entre o Brasil e a maioria desses países, é que lá existem auxílios permanentes à pesquisa e essa abordagem é sempre seguida à risca. Existem também medidas especiais dirigidas à vasta maioria das empresas que não fazem uso da inovação. Aqui no Brasil, como na maior parte dos países do mundo, uma grande fatia de empresas utiliza estratégias próprias para conseguir sobreviver no mercado sem inovar, mesmo que essa sobrevivência seja em muitos casos, precária e isso só acontece devido ao fato delas não conhecerem meios de adotar procedimentos mais ambiciosos. Ou seja, a única saída é realizar ações voltadas para diagnosticar as necessidades do momento, de modo a possibilitar um acesso barato e simples à inovação e à consultoria tecnológica.


Os erros do Brasil

 O Brasil comete alguns erros, como o de só destinar incentivos para o beneficio dos consumidores, afinal os nossos Governantes sempre estão reduzindo o IPI dos automóveis e dos artigos da linha branca. Sendo que, para tornar o Brasil um país mais competitivo seria primordial reduzir o custo Brasil e injetar novos investimentos na produção. E o porquê disso? É simples, pelo fato de que somente com a mercadoria ficando mais barata é que seria possível obter um faturamento que permitiria se investir em tecnologia, além é claro de que os impostos arrecadados pelo próprio consumidor funcionariam como uma compensação. E o governo por sua parte também iria sair ganhando com isso, afinal, o que as empresas produzem com as máquinas é de total interesse do governo em razão do aumento das vendas.

Os efeitos das Crises
As crises sempre trazem um paradoxo, em virtude de elas tornarem a inovação mais necessária do que nunca, tendo em vista, que para poder superá-la é preciso de uma nova dinâmica - e, ao mesmo tempo, a crise também traz um efeito desestimulante sobre os investimentos necessários à pesquisa e à inovação.
Muitos especialistas e teoricos iriam falar nesta hora que a crise só aumenta o risco e que as empresas, por razões de viabilidade em curto prazo, deveriam reduzir as ambições dos seus programas, chegando até a suprimir projetos. E o mais curioso é que estes projetos quase sempre são os mais incertos e talvez os que iriam trazer mais benefícios em longo prazo. Em algumas situações semelhantes a estas é verdade que o governo se esforça para apoiar temporariamente as empresas, para que elas não reduzissem demasiadamente os seus investimentos em pesquisa.
Com o final deste pensamento, seria importante para o futuro dos brasileiros que os governantes do nosso país não se limitassem somente a tentar recuperar o nível da atividade economica nos momentos de crise, como esse atual momento de maio de 2015. É preciso que tenhamos políticas claras de incentivo a tecnologia e inovação para existir a real possibilidade do Brasil alcançar uma nova expansão mundial. Para isso ser possível é primordial que tenhamos políticos honestos e capacitados na Gestão do nosso país - para ligar o motor da inovação em nosso país - e garantir uma trajetória de desenvolvimento para a nossa patria.

Fonte e Sítios Consultados
http://economia.terra.com.br


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