O Brasil se tornou ao longo dos anos um país avesso
à tecnologia e o mais triste disso é sabermos que possuímos uma ciência de
qualidade, porém, encontramos gigantescas dificuldades em efetuar essa transferência de conhecimentos. E o que talvez explique isso é o fato da pesquisa tecnológica
estar predominantemente em poder das universidades com pouquíssima participação
do setor privado.
Alguns brasileiros podem até pensar que não somos capazes
de produzir com tecnologia. Isso não é verdade! Existem muitas
empresas brasileiras que comprovam a nossa capacidade de produzir com
tecnologia, afinal o Brasil sempre se destacou em atividades que exigem
pesquisas em nível tecnológico, vejamos estes exemplos: a Embraer - ramo da aviação, a Petrobrás - ramo do Petróleo, a Fiocruz e o Butantã sempre foram destaques mundiais
em pesquisa e produção de vacinas e mais algumas outras. Isso só comprova que os procedimentos no setor
das empresas em relação à inovação e tecnologia são possíveis no Brasil.
Talvez o nosso grande problema esteja na seguinte
situação: todas as
empresas brasileiras desejam conseguir benefícios que são o resultado dos
investimentos em pesquisa e desenvolvimento, mas elas precisam conviver com os
riscos e custos altos de se ajustar a essas estratégias. O que falta ao Brasil
é ter uma política clássica, que incentive este setor com medidas que venham a
reduzir esse risco e o custo das pesquisas, fazendo com que isso vire um círculo
virtuoso.
E para revertermos este quadro
brasileiro, precisaria que tanto o governo quanto a iniciativa privada ampliassem
os seus investimentos em pesquisa e tecnologia. O problema é que menos de 20%
do que é produzido no País é destinado à aquisição de novas máquinas e à
pesquisa industrial. Já em outros países, o índice médio é de 30%, às vezes chegando
em 40%, como na China. E isso não é querer tornar a indústria de bens de
capital em uma indústria 100% nacional - o que seria muito arriscado, isso
porque os produtos poderiam perder competitividade frente à produção altamente
tecnológica e mecanizada dos outros países. Na verdade, isso é uma questão de gestão de qualidade e maior acesso ao
mercado, uma vez que produtos mais sofisticados têm maiores chances de venda.
A diferença básica entre o Brasil
e a maioria desses
países, é que lá existem auxílios permanentes à pesquisa e essa abordagem é sempre
seguida à risca. Existem também medidas especiais dirigidas à vasta
maioria das empresas que não fazem uso da inovação. Aqui no Brasil, como na
maior parte dos países do mundo, uma grande fatia de empresas utiliza estratégias
próprias para conseguir sobreviver no mercado sem inovar, mesmo que essa
sobrevivência seja em muitos casos, precária e isso só acontece devido ao fato
delas não conhecerem meios de adotar procedimentos mais ambiciosos. Ou seja, a
única saída é realizar ações voltadas para diagnosticar as necessidades do
momento, de modo a possibilitar um acesso barato e simples à inovação e à
consultoria tecnológica.
Os erros do
Brasil
O Brasil
comete alguns erros, como o de só destinar incentivos para o beneficio dos consumidores,
afinal os nossos Governantes sempre estão reduzindo o IPI dos automóveis e dos artigos da linha branca. Sendo que, para
tornar o Brasil um país mais competitivo seria primordial reduzir o custo
Brasil e injetar novos investimentos na produção. E o porquê disso? É
simples, pelo fato de que somente com a mercadoria ficando mais barata é que
seria possível obter um faturamento que permitiria se investir em tecnologia,
além é claro de que os impostos arrecadados pelo próprio consumidor
funcionariam como uma compensação. E o governo por sua parte também iria sair
ganhando com isso, afinal, o que as empresas produzem com as máquinas é de
total interesse do governo em razão do aumento das vendas.
Os efeitos das Crises
As crises sempre trazem um paradoxo, em virtude de
elas tornarem a inovação mais necessária do que nunca, tendo em vista, que para
poder superá-la é preciso de uma nova dinâmica - e, ao mesmo tempo, a crise também
traz um efeito desestimulante sobre os investimentos necessários à pesquisa e à
inovação.
Muitos especialistas e teoricos iriam falar
nesta hora que a crise só aumenta o risco e que as empresas, por razões de
viabilidade em curto prazo, deveriam reduzir as ambições dos seus programas,
chegando até a suprimir projetos. E o mais curioso é que estes projetos quase
sempre são os mais incertos e talvez os que iriam trazer mais benefícios em
longo prazo. Em algumas situações semelhantes a estas é verdade que o governo
se esforça para apoiar temporariamente as empresas, para que elas não reduzissem
demasiadamente os seus investimentos em pesquisa.
Com o final deste pensamento, seria importante
para o futuro dos brasileiros que os governantes do nosso país não se limitassem
somente a tentar recuperar o nível da atividade economica nos momentos de
crise, como esse atual momento de maio de 2015. É preciso que tenhamos
políticas claras de incentivo a tecnologia e inovação para existir a real possibilidade
do Brasil alcançar uma nova expansão mundial. Para isso ser possível é
primordial que tenhamos políticos honestos e capacitados na Gestão do nosso
país - para ligar o motor da inovação em nosso país - e garantir uma trajetória
de desenvolvimento para a nossa patria.
Fonte e Sítios
Consultados
http://economia.terra.com.br
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