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9 de março de 2015

Operação Lava Jato




          Quem poderia imaginar que (mais) um escândalo envolvendo políticos de vários partidos políticos brasileiros tivesse o seu inicio em um posto de gasolina - a Operação Lava Jato é responsável por investigar um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobrás, grandes empreiteiras do Brasil e alguns políticos.  A presente postagem tem a intenção de entender o que significa para o Povo Brasileiro essa Operação da Polícia Federal que conta com diversos desdobramentos - chegando a se tornar um quebra-cabeça indecifrável para quem tenta-se entender esse inimaginável esquema de corrupção dentro da Petrobras.

Com o avançar das investigações foi se apontando na direção da lavagem de dinheiro* (*lavagem de dinheiro é o processo através do qual a origem de fundos é gerada mediante o exercício de atividades ilegais como: corrupção, tráfico de entorpecentes, fraude fiscal, comércio de armas, crimes de colarinho branco, prostituição, má gestão pública, extorsão, terrorismo, etc.) e para o pagamento de propina, para o superfaturamento de obras e para muitos repasses para partidos políticos. No inicio desta investigação a Policia Federal teve o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro. Segundo informações da Policia Federal esses grupos investigados realizavam operações financeiras de mais de R$ 10 bilhões. Inclusive naquela época foram apreendidos R$ 5 milhões em dinheiro, 25 carros de luxo, joias, quadros e armas. Com o avançar das investigações a polícia começou a suspeitar de que o esquema envolvia a Petrobras e partidos políticos.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, a Petrobras contratava empresas para prestar serviços, como: construção de obras e fornecimento de materiais. E essas empresas eram todas grandes empreiteiras que firmavam contratos superfaturados com a estatal, e todo o dinheiro excedente era então desviado e repassado para as mãos dos doleiros, lobistas e dos partidos políticos. Em abril de 2014, a Polícia Federal realizou buscas e apreendeu documentos na sede da Petrobras no Rio. Essa ação marcou o início da segunda fase da Operação Lava Jato. Em maio, a Justiça decretou a quebra do sigilo bancário da estatal.

Um dos primeiros a ser preso nesta operação foi o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também foi detido ainda em março, sob suspeita de destruir e ocultar documentos. A Policia Federal chegou até o Paulo Roberto Costa por ele ter recebido um jipe Land Rover de Youssef. Este mesmo ex-diretor é investigado devido à compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), sob suspeita de superfaturamento. Após acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa começou a cumprir prisão domiciliar. Ainda foram detidos o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e executivos de grandes empreiteiras, como OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. Parte dos executivos foi solta após depoimentos. O empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se entregou à polícia alguns dias depois, ele é apontado como lobista do PMDB e um dos suspeitos de participar do esquema de corrupção. Dentre os executivos presos na operação estão o presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, o diretor da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada.

          Muitas empresas foram investigadas e isso levou até as Obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; de acordo com as investigações, valores repassados pela Petrobras para o Consórcio CNCC – controlado pela construtora Camargo Corrêa – nas obras da refinaria iam parar nas contas das empresas do doleiro Alberto Youssef. As empresas que são citadas na investigação são: Camargo Corrêa, Engevix, OAS, Odebrecht, UTC, Mendes Júnior, Iesa, Queiroz Galvão, Vital Engenharia e Galvão Engenharia. Ainda segundo a Polícia Federal, as empresas têm R$ 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.

Durante a investigação o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa aceitou fechar acordo de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato. A delação premiada é um acordo pelo qual o suspeito de cometer crimes se compromete a colaborar com as investigações e denunciar outros integrantes da organização criminosa em troca de benefícios, como redução da pena. E foi só a partir deste acordo que Paulo Roberto Costa passou a afirmar que diversos políticos teriam recebido dinheiro desviado da estatal. Costa já teria citado cinco partidos: PT, PMDB, PP, PSDB e PSB. Ainda em setembro de 2104, um mês após o acordo de Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef também aceitou o acordo de delação premiada. Foi quando dois executivos da empresa Toyo-Setal também fecharam acordo de delação premiada. Poucos dias depois, a própria empresa acertou um acordo de delação com o Ministério Público Federal. Com a delação premiada o trabalho dos investigadores ganhou agilidade e facilitou a busca de provas que comprovassem o esquema.

A verdade é que a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, também foram citados em depoimentos de delatores, mas tanto a Procuradoria Geral da República quanto o ministro Zavascki entenderam que a investigação em relação a ambos não se justificava. Na lista dos que serão investigados podemos encontrar: 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora, pertencentes a cinco partidos, além de dois dos chamados  "operadores" do esquema – o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e lobista Fernando Soares, o "Fernando Baiano".

O partido político com mais políticos entre os que responderão a inquéritos é o PP (32). Em seguida, vêm PMDB (sete), PT (seis), PSDB (um) e PTB (um). Não há governadores de estado na lista. Eventuais casos de governadores deverão ter os pedidos de abertura de inquéritos entregues na próxima semana pela Procuradoria Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem atribuição de investigar governadores – nos casos das investigações de deputados e senadores, o foro é o STF.

lista DOS Políticos na Lava Jato
Veja os nomes daqueles que serão investigados e dos pedidos arquivados










Afonso Hamm - deputado federal  - PP - RS
Aguinaldo Ribeiro - deputado federal - PP - PB
Aline Corrêa - ex-deputada - PP - SP
Anibal Gomes - deputado federal - PMDB - CE
Antônio Anastasia - senador - PSDB - MG
Arthur Lira - deputado federal - PP - AL
Benedito de Lira - senador - PP - AL
Cândido Vaccarezza - ex-deputado - PT - SP
Carlos Magno - ex-deputado - PP - RO
Ciro Nogueira - senador - PP - PI
Dilceu Sperafico - deputado federal - PP - PR
Edison Lobão - senador e ex-ministro da Energia - PMDB - MA
Eduardo Cunha - presidente da Câmara - PMDB - RJ
Eduardo da Fonte - deputado federal - PP - PE
Fernando Baiano - operador - sem partido 
Fernando Collor – senador - PTB - AL
Gladson Cameli - senador  - PP - AC
Gleisi Hoffmann - senadora - PT - PR
Humberto Costa - senador - PT - PE
Jerônimo Goergen - deputado federal - PP - RS
João Leão - ex-deputado - PP - BA
João Pizzolatti - ex-deputado - PP - SC
João Vaccari – operador - PT 
José Linhares - ex-deputado - PP - CE
José Mentor - deputado federal - PT - SP
José Otávio Germano - deputado federal - PP - RS
Lazáro Botelho - deputado federal - PP - TO
Lindbergh Farias - senador - PT - RJ
Luis Carlos Heinze - deputado federal - PP - RS
Luiz Argôlo - ex-deputado do PP, hoje no SD - PP - BA
Luiz Fernando Faria - deputado federal - PP - MG
Mário Negromonte - ex-ministro das Cidades - PP - BA
Missionário José Olimpio - deputado federal - PP - SP
Nelson Meurer - deputado federal - PP - PR
Pedro Côrrea - ex-deputado - PP - PE
Pedro Henry - ex-deputado - PP - MT
Renan Calheiros - presidente do Senado - PMDB - AL
Renato Molling - deputado federal - PP - RS
Roberto Balestra - deputado federal  - PP - GO
Roberto Britto - deputado federal - PP - BA
Roberto Teixeira - ex-deputado  - PP - PE
Romero Jucá - senador - PMDB - RR
Roseana Sarney - ex-governadora - PMDB - MA
Sandes Júnior - deputado federal  - PP - GO
Simão Sessim - deputado federal - PP - RJ
Valdir Raupp - senador - PMDB - RO
Vander Loubet - deputado federal - PT - MS
Vilson Covatti - ex-deputado - PP - RS
Waldir Maranhão - deputado federal - PP - MA



Arquivados


Aécio Neves - senador  - PSDB - MG
Alexandre José dos Santos - ex-deputado federal - PMDB - RJ
Delcídio Amaral - senador - PT - MS
Henrique Eduardo Alves - deputado federal  - PMDB - RN





Encerrando este, é fato que todos os brasileiros estão perplexos diante de um dos maiores escândalos de corrupção da história da nossa República, onde ficou evidente a consolidação da parceria público-privada, eticamente distorcida, para o enriquecimento de empresariados e dos partidos políticos que cometeram 'saques ilícitos' aos cofres públicos. E com isso instalou-se um cenário de angústia e desesperança na sociedade em relação aos agentes da cúpula dirigente do Estado Brasileiro, ao mesmo tempo em que nasceu uma vibração com alguns órgãos da administração que se tornaram independentes na sua função investigativa, como o Ministério Público e a Polícia Federal. Enfim, depois de constatados tantos nomes expressivos da política nacional envolvidos neste escândalo, os brasileiros, esperam por uma punição exemplar a todos os culpados por estes desvios de conduta, que até pouco tempo se julgavam imunes; e que esses novos tempos aqui no Brasil não deixem que o manto da impunidade sobreviva.
         



Fonte e Sítios Consultados
http://especiais.g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/lista-do-janot/

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