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22 de fevereiro de 2015

Por que os Brasileiros se tornaram Criminosos incorrigíveis?

Por que os Brasileiros se tornaram Criminosos incorrigíveis?

Este artigo carrega o sentimento de perplexidade pelo fato de ser um brasileiro que vive um estado de Guerra, afinal, somos uma nação que está no meio de uma violência urbana 'sem controle' - violência essa que não para de destruir famílias, exterminar sonhos, eliminar possibilidades e isso tudo acontecendo em pleno Século 21. O triste é perceber que o Brasil é uma Nação que não se cansa de repetir, para o Mundo a seguinte ideia: "Somos um País sem Guerra!" -  Só que essa afirmação não passa de uma mentira, afinal, estamos sobrevivendo a um estado de guerra urbana a muito tempo.


Mas, qual a razão de sermos tão violentos? O que faz do brasileiro um homicida? Sempre surgem duas palavras quando se trata deste assunto: a pobreza e a desigualdade. Vamos pesquisar sobre este assunto para tentar entender suas causas, e para isso, utilizaremos um resumo de alguns relatórios da ONU que apontaram a quantidade absurda de pessoas que são assassinadas no Brasil anualmente - de cada 100 pessoas assassinadas em todo o mundo no ano de 2012, 10 eram brasileiras.






       Esses números são o reflexo de uma "cultura de violência marcada pelo desejo de vingar a sociedade", afinal, todo dia existe um ônibus incendiado 'pela população' em algum local do Brasil e nem vamos falar sobre essa onda de passeatas que tomaram o Brasil, e nelas apareceram os chamados ‘vândalos’, que na verdade são criminosos escondidos por uma mascara. Ainda tratando dos assassinatos, de acordo com os últimos levantamentos dos relatórios da ONU, 56 mil pessoas foram assassinadas em solo brasileiro em 2012, sendo 30 mil jovens e, entre eles, 77% negros. E nessa hora tão assustadora, como não lembrar de que durante toda a guerra do Vietnã (1955-1975 – ou seja, 20 anos) morreram 50 mil soldados americanos - e tem mais ainda, no ano de 2015 aqui no Brasil a taxa de homicídios foi de 28,9 a cada 100 mil habitantes - o que representa um aumento de 10,6% desde 2005 - esse dado faz parte de um estudo divulgado no ano de 2015 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – nesse mesmo ano foram 59.080 homicídios em solo brasileiro.


Existem os que acreditam que estes índices são resultado de uma política de criminalização da pobreza e de uma indiferença da sociedade em torno de um "genocídio silenciado" que muitas vezes fica impune. O fato é que apenas 5 a 8% dos homicídios no Brasil chegam a virar processo criminal. Então, na verdade, matar no Brasil virou um crime quase que impune. Ou seja, até parece que os processos sobre os homicídios também são seletivos. Muito se fala do racismo existente nos profissionais de segurança pública, e que isso poderia explicar a taxa alta de mortandade da população negra. Há quem diga que a sociedade construiu uma visão estereotipada sobre sua população, em particular dos jovens negros da periferia, que veem o policial como parte desses cidadãos de segunda classe.

Mas o que será que há de tão ruim nesses locais? A polícia recebe menos? Os políticos e as políticas públicas são de pior qualidade? A justiça é pior que a média brasileira? Que fatores explicam esse fracasso? A polícia é melhor? A justiça é mais eficiente? Os políticos e as políticas públicas são melhores?


Se compararmos com alguns de nossos vizinhos sul-americanos veremos que o Chile, a Argentina, o Uruguai e o Peru têm taxas de homicídio menores que as observadas em São Paulo, um dos estados mais "seguros" do país. E mesmo a Venezuela, aquela não adjetivável catástrofe, tem taxa global de 54 homicídios para cada 100 mil habitantes, ou seja, inferior à taxa observada em Alagoas.


Sob o ponto de vista dos economistas, eles analisam as decisões das pessoas pela ótica utilitarista. Isso quer dizer que toda ação envolve um benefício e um custo. No caso do crime a ideia é simples. O criminoso extrai uma utilidade do seu ato (dinheiro, status, satisfação pessoal, etc.) e enfrenta com isso uma 'de sutilidade' (ser preso, ser morto, ir para o inferno, remorso, etc.). As decisões também são restringidas pela dotação de recursos que o criminoso possui.





É possível que exista algo na cultura brasileira, nos hábitos ou nos nossos costumes que tornam o homicídio algo mais aceitável do que em outros locais do planeta terra. É difícil explicar como os "canibais de Garanhuns" foram condenados a penas entre 19 e 21 anos. E ao que parece, é muito improvável (para não dizer impossível) que eles irão cumprir suas penas integralmente. Pela lei eles precisam cumprir 2/5. da pena antes de pleitear a progressão de regime. E como entender, quando vimos naquele caso 'famoso' do mensalão, que o nosso direito penal só prevê o regime fechado para os condenados a penas maiores do que 8 anos.





A triste verdade é que mata-se mais no Brasil do que nas doze maiores zonas de guerra do mundo. Os dados são da Anistia Internacional no Brasil e levam em conta o período entre 2004 e 2007, quando 192 mil brasileiros foram mortos, contra 170 mil espalhados em países como Iraque, Sudão e Afeganistão. E ao que parece isso já se tornou uma coisa corriqueira para o povo brasileiro - lembrando que no ano de 2015 foram 59.080 homicídios em solo brasileiro.

Atualmente  é comum que acordemos todos os dias e enquanto nos preparamos para ir trabalhar, ficamos sabendo pelos vários meios de comunicação dos inúmeros casos de violência da madrugada, como: agências bancárias explodidas, roubos de carros com morte, casos de atropelamentos causados por motoristas que fugiram sem prestar socorro às vítimas, crimes contra as mulheres, assaltos em geral e tantos outros atos violência - mas para muitos brasileiros esses fatos são tratados como fatos normais do dia a dia, o que é um erro!


      O Brasil é o país com o maior número de cidades entre as 50 áreas urbanas mais violentas do mundo, segundo o último ranking divulgado  pela organização de sociedade civil mexicana Segurança, Justiça e Paz, que faz o levantamento anualmente com base em taxas de homicídios por 100 mil habitantes.




Mapa de Homicídios no Brasil

            Variação.entre.2006.e.2016.por.UF

    

Evolução da taxa entre 2006-2016

Laranja = Estados com aumento no período

Azul = Estados com Redução

Fonte: Atlas da Violência de 2018/Ipea e FBSP



A Segurança, Justiça e Paz diz que elabora o ranking com "o objetivo político cidadão de chamar atenção à violência nas cidades, sobretudo na América Latina, para que governantes se vejam pressionados a cumprir com seu dever de proteger os governados e garantir seu direito à segurança pública".

A organização usa como critério a taxa de homicídios por 100 mil habitantes oficial em cidades de 300 mil habitantes ou mais, além de fontes jornalísticas e informes de ONGs e organismos internacionais - são excluídas do levantamento cidades de países em conflito bélico aberto, como Síria, Iraque, Afeganistão e Sudão, sob a justificativa de "a maioria das mortes violentas (nessas cidades) não corresponderia à definição universalmente aceita de homicídio, mas sim mortes provocadas por operações de guerra, segundo a classificação da OMS".



De acordo com o Atlas da Violência 2018, o Brasil tem uma taxa de homicídio 30 vezes maior do que Europa, segundo este relatório, mais de meio milhão de pessoas foram assassinadas no país na última década.




JUVENTUDE PERDIDA - dentre os afetados pela crescente no número de homicídios no Brasil, um grupo de destaca: o dos jovens. Representando 53,7% das vítimas totais no país (ou seja, 33.590 óbitos), eles ainda são majoritariamente homens. Mais especificamente, 94,6% deles são homens. O caso é histórico, com os jovens entre 15 e 29 anos sendo a principal fatia da população afetada pelos assassinatos violentos, o que não significa que o número não tem sofrido aumentos no período analisado pelo Atlas da Violência. Durante as décadas de 2006 e 2016, o Brasil assistiu a um aumento de 23,3% nos assassinatos de seus jovens. Homicídio é a causa de 49,1% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos, e 46% das mortes entre 20 a 24 anos. Esse índice é bem diferente do grupo de brasileiros entre 45 e 49 anos, por exemplo, que é de 5,5%.














    



      Acredita-se que os brasileiros já tenham sido um povo cordial, em algum tempo - só que atualmente isso não é uma verdade, estamos convivendo com algo completamente errado dentro de nós.















Fonte e Sítios Consultados



http://www.cartacapital.com.br

https://g1.globo.com.br


http://www.infomoney.com.br


http://www.bbc.com

https://oglobo.globo.com/brasil/atlas-da-violencia-2018-brasil-tem-taxa-de-homicidio-30-vezes-maior-do-que-europa-22747176


Texto: Evolução e determinantes da taxa de homicídio no Brasil de Saschida e Mendonça (2013) – para a discussão no IPEA





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