Caiu a Máscara do Gigante
Tanto no futebol,
como na política, não é bom viver sonhando - é preferível se ater à verdade,
por mais dolorosa que ela possa ser!
Começamos
com uma pergunta fácil de responder, qual brasileiro não ficou cheio de
vergonha com a derrota do Brasil frente à Alemanha na semifinal da Copa do
Mundo? E olha que tivemos várias explicações para esse fato – explicações essas
que foram dadas por milhões de espectadores/torcedores/técnicos: “havia algo forçado, artificial e antinatural
naquele grupo”, “todos os jogadores pareciam jogar sob-rédeas” e etc. Todos
os críticos esportivos despejaram o verbo contra o técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari, o qual foi eleito
como responsável pela inédita e humilhante derrota da seleção canarinho.
Disseram que ele impôs uma metodologia de jogo de conjunto – o que traía a tradição
brasileira e a privava do brilhantismo individual, transformando seus jogadores
em meras peças de uma estratégia fracassada.
Falando
em cair à máscara, alguém se lembra do
nascimento do governo de Luis Inácio 'Lula' da Silva? Governo este - que segundo o mito universalmente aceito,
deu o impulso decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil, despertando
assim esse gigante adormecido e posicionando-o na direção das grandes potências
mundiais. Lógico que tudo isso era alimentado, quase que diariamente, pelas formidáveis
estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual divulgava a todo vapor estatística
atrás de estatística, e olha! Elas eram aceitas por todos: de 49 milhões os pobres passaram a ser somente 16 milhões nesse período,
e a classe média aumentou de 66 para 113
milhões. Não é de se estranhar que, com essas credenciais todas, a Senhora Dilma
Rousseff, companheira e discípula de Lula, estaria prestes a ganhar as
eleições de 2014.
E, finalmente a mascara caiu.
A verdade é que
não houve milagre algum naqueles anos, somente uma grande nuvem de fumaça que
só agora começou a se dissipar, como ocorreu com o futebol brasileiro. E essa
miragem foi o resultado da política populista que o ex-presidente Lula praticou durante seus dois mandatos, e que
acabou produzindo uma ilusão de progresso social e econômico que nada mais era
do que um espetáculo de fogos de artifícios. Hoje, meados do mês de fevereiro
de 2015, somos capazes de perceber que o endividamento que financiava os
custosos programas sociais era, com frequência, uma cortina de fumaça para os tráficos
delituosos que levaram muitos ministros e altos funcionários daqueles anos à
prisão e ao banco dos réus e que atualmente, com a Operação Lava Jato, operação
essa que foi deflagrada em março de 2014 e que já conta atualmente com sete
fases que investigam um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro
envolvendo a Petrobrás, grandes empreiteiras do país e políticos – com isso, esperamos que realmente sejam derrubadas as peças que faltavam
nesse gigantesco esquema de desvios.
Um grande
problema Brasileiro está nas alianças mercantilistas existentes entre o Governo e as empresas
privadas - que servem para enriquecer um bom número de funcionários públicos
e empresários. E pelo jeito ainda não
aprendemos a lição, afinal já vivemos uma Copa do Mundo que só nos trouxe operações faraônicas e
irresponsáveis, das quais os gastos empreendidos nunca serão compensados. Engraçado
é que não se fala mais nada sobre o que o governo brasileiro disse: não haverá dinheiro público nos 13
bilhões de investimento da Copa do Mundo. MENTIRA! O BNDES (Banco Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e
Social) financiou quase todas as empresas que receberam os contratos para obras
de infraestrutura e, todas elas, subsidiavam o Partido dos Trabalhadores,
atualmente no poder. Não podemos esquecer as Olimpíadas de 2016, será que
assistiremos uma repetição dos mesmos atos?
2015, o
Ano que não deixará saudades!
As cifras
que os órgãos internacionais, assim como as expectativas dos analistas
para a economia brasileira continuam a se deteriorar e eles já não esperam
crescimento em 2015, conforme o boletim Focus, o futuro
imediato do país é bastante alarmante. Para este ano, calcula-se que a economia
crescerá apenas 0,03%, se
isso acontecer, será o pior desempenho do PIB desde 2009, quando houve queda de
0,3%. A produção industrial também foi revista para baixo, de aumento de 0,5%
para 0,44%. Há um mês, a projeção era de crescimento de 1,02%. Além de uma
herança negativa deixada por 2014, quando a produção caiu 3,2%, a indústria ainda pode ser mais prejudicada por um eventual racionamento de energia. Com a
expectativa de racionamento, ainda que ele não ocorra, também teremos impacto
sobre a confiança das famílias e outros agentes privados. As
perspectivas de investimento privado são muito escassas, pela desconfiança que
surgiu ante o que se acreditava ser um modelo original e resultou ser nada mais
do que uma perigosa aliança de populismo com mercantilismo, e pela teia
burocrática e intervencionista que asfixia a atividade empresarial e propaga as
práticas mafiosas.
O fato é que estamos vivendo um tempo de escassez
no Brasil. Escassez de água, escassez de honestidade, escassez de energia
elétrica, escassez de moral, escassez de educação, escassez de civilidade e
outras tantas. Por isso, ainda bem que tenha caído à máscara desse suposto
gigante no qual o Brasil nunca se transformou.
Assim como caiu o mito da seleção Canarinho que nos fazia sonhar. Mas, tanto no
futebol, como na política, é cruel viver sonhando, é preferível – mesmo que
dolorido, ater-se à verdade.
Fonte e Sítios Consultados
http://economia.uol.com.br
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