A Guerra pela audiência: Ibope x GfK
A guerra pela audiência começou, a empresa alemã GfK já realizou a apuração dos primeiros dados que começaram a medir o público da TV brasileira neste último período e
esses dados apontaram que a audiência de emissoras como Record e SBT é maior do
que a registrada até hoje pelo Ibope.
E para os mais desavisados, a empresa alemã GfK, é a concorrente do instituto
Ibope,
que até então detinha o monopólio nessa área aqui no Brasil.
Afinal, essa história da audiência televisiva
é igual aquela de intenção de votos das eleições - nunca ninguém foi perguntado
e também nunca conhecemos alguém que foi pesquisado. Isso quer dizer que, até
então, a única empresa a medir a audiência da televisão brasileira, o Ibope (Instituto Brasileiro
de Opinião Pública e Estatística) foi
destronada deste posto - o ataque da GfK, era
esperado há pelo menos dois anos pelo mercado, desde que a empresa passou a
conversar com emissoras para apresentar seus planos de aportar aqui no Brasil. Espera-se que a configuração rara em mercados
televisivos de todo o mundo, irá criar uma guerra
inédita pela audiência no Brasil, e isso está fazendo o Ibope reforçar o seu arsenal de
instrumentos de medição e que pode remodelar, no curto prazo, o campo de forças
da televisão brasileira.
Segundo Ricardo Monteiro,
diretor-geral de medição de audiência da GfK no Brasil “Os resultados podem
influenciar canais e agências publicitárias e trazer nova percepção sobre a
forma de como os brasileiros veem televisão. Ainda segundo este executivo, a
GfK, que hoje mede audiência em sete países, está trazendo para o Brasil uma
tecnologia desenvolvida na Suíça para enviar informações dos televisores a cada
dois segundos para uma central, à qual caberá compilar os dados. O volume de
informações é trinta vezes maior que o dos aparelhos do Ibope, que enviam
dados minuto a minuto.
“Isso é prejudicial ao
anunciante, que não tem certeza se sua propaganda foi vista ao longo dos quinze
ou trinta segundos que durou. O mercado publicitário investe muito dinheiro na
televisão e pode melhorar o retorno sobre esses investimentos. Estamos prevendo
um retorno 37% maior sobre o investimento em comparação com a forma como ele é
feito atualmente”, diz Monteiro, claro, vendendo o seu peixe.
O site ‘UOL’ apurou algumas
observações após as primeiras medições do GfK (que serão divulgados no
inicio do mês de outubro/2015) onde só às emissoras (Record, SBT e RedeTV!)
assinaram este serviço. Dizem que a Rede Globo até o momento não está fazendo parte
deste "pool" de empresas porque ela pretende continuar com os dados
do Ibope. Bom, mas até o momento foi apurado com essa nova metodologia alemã que
o SBT, por exemplo, tem mais
audiência matinal e à tarde do que a medida atualmente pelo Ibope. Ainda com os dados iniciais da GfK, a Rede Record também tem
mais público na faixa da tarde e à noite do que os números atuais medidos
pelo Ibope – e isso só está
acontecendo devido a empresa alemã estar encontrando diferenças (em relação ao Ibope) entre algumas
faixas etárias e sociais.
Acredita-se que ainda existem muitos pontos a serem explicados referentes ao público, por exemplo, uma fatia
da população que trabalha e pertencia à classe C, hoje essa mesma fatia pode
estar na classe B ou até mesmo na classe A, mesmo sem ter mudado de
profissão – isso significa dizer que o perfil e o comportamento desse público
podem ter alterado a sua formar de consumir. Veja este exemplo, se há 15 anos
uma cabeleireira estava na lista tradicional da classe C, mas atualmente, com as mudanças que o Brasil sofreu, profissionais
iguais a esses podem estar faturando próximo a R$ 10 mil por mês – e o caminho
inverso também é verdadeiro, inclusive neste momento atual da crise brasileira.
Todos sabem que ainda é muito cedo para que esses novos dados
causem alguma mudança no mercado, mas o fato é que o Ibope conta atualmente
com aparelhos instalados em cerca de 5.000 residências das 15 maiores regiões
metropolitanas do país e eles pretendem chegar a 6.000 ainda este ano. Enquanto
que a GfK já possuí cerca de 6.600
aparelhos pelo país.
Vamos encerrar este com os comentários do cientista político Carlos Novaes, onde ele diz: “vivemos em um circo perverso em que a pesquisa atende apenas à demanda de quem comercializa anúncios na TV”, criticou. “A aferição só está nas praças que interessam para o mercado publicitário. Ninguém olha para os pequenos municípios”, disse ele. Para Novaes, as pesquisas não refletem a real importância da TV na formação cultural dos brasileiros. “Estudos de TV sofrem preconceito das cabeças pensantes e acabam entregues somente aos interesses do mercado.”
Fonte e
sítios Consultados
http://veja.abril.com.br
http://veja.abril.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada
http://tvefamosos.uol.com.br - Ricardo Feltrin Colunista do UOL
http://tvefamosos.uol.com.br - Ricardo Feltrin Colunista do UOL
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