Neste século 21 os consumidores vêem percebendo - todos os dias - que os produtos estão cada vez mais
perdendo a sua durabilidade. Mas, será que
esse desgaste é algo natural desses produtos?
O fato é que todos os produtos são “planejados” para durarem um determinado tempo e
depois, se tornarem obsoletos. Para isso existe a obsolescência programada, de
acordo com o que diz a Fundação Procon, existem os produtos ou serviços não duráveis, que são aqueles que
se esgotam ao primeiro uso ou em pouco tempo após a aquisição, ou seja, aqueles
que são naturalmente destruídos na sua utilização. Também existem os produtos
ou serviços duráveis, que
não serão necessariamente destruídos pelo consumo. O que pode ocorrer é o desgaste
natural com a sua utilização, portanto, caracterizam-se por ter vida útil não
passageira.
Mesmo
sabendo disso tudo é comum encontrar pessoas reclamando nas redes sociais e
perguntando: qual a razão de durarem tão pouco as coisas que compro?
Há que se pensar um pouco. Apesar
do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais
disponíveis para produção e consumo, o fato é que atualmente os nossos
eletrodomésticos estão piores em questão de durabilidade, isso significa que há 15 anos atrás, muitos deles poderiam durar até os dias de hoje, por exemplo.
Talvez
pela razão da menor durabilidade dos produtos eles estejam tão fáceis de
comprar, já que eles são desenhados para não durar muito. E é por conta disso que
vivemos outro problema atual, que é o de darmos uma destinação final adequada
para todos os produtos obsoletos, fora a obrigação de comprar outro produto em
um pequeno espaço de tempo.
Também existem as pegadinhas dos
fabricantes. Quem ainda não viu uma impressora que do nada, para de
funcionar. Pois isso existe, outro dia passei por isso aqui em casa, do nada a
impressora parou, e sabe o que é? É um artifício que a empresa fabricante da
impressora utiliza, trata-se de um esquema de contagem do chip para limitar o
número de impressões, assustou? Pois é, isso existe, quando
a impressora alcança o limite que foi estabelecido pelo fabricante e gravado no
chip da impressora, ela simplesmente para de funcionar. Aí, temos de encontrar
um técnico especializado, que por uma pequena quantia ele irá reiniciar a sua
impressora.
Este exemplo da impressora é o
mesmo da
obsolescência programada das lâmpadas. Quando criada, ela durava muito, mas as
fabricantes viram que venderiam apenas um número limitado de unidades. Por
isso, criaram uma fórmula para limitar o funcionamento das lâmpadas, ou seja,
elas passaram a durar apenas mil horas, por exemplo.
Este
fator da obsolescência programada
pode ser vista com maior frequência nos desktops
e notebooks. Geralmente, durante o período de garantia, os desktops e
notebooks de alguns fabricantes funcionam normalmente. Agora, quando termina
este prazo, começam os defeitos como superaquecimento ou esgotamento da bateria,
e o engraçado disso é que na maioria dos casos o preço do conserto é tão alto
que não vale a pena, e os consumidores são impelidos a adquirir um produto
novo.
Mas,
mesmo com todos estes ‘problemas’ os consumidores continuam consumindo 30% a mais do que o planeta é capaz de
repor. Mesmo ouvindo sobre a necessidade de redução em até 40% nas emissões de gases de efeito estufa no
planeta, nós continuamos a consumir, isso porque a temperatura do Planeta terra
já está com mais 2º C na sua média.
Diante
de uma situação tão alarmante, mudanças nos padrões de produção e consumo, de
forma a diminuir o descarte desnecessário de toneladas de lixo eletrônico e
tóxico no planeta, são essenciais para reverter este quadro dramático. Sabemos
que isso é um dever do Estado,
afinal é ele quem regulariza, fiscaliza e induz esses novos padrões. As
empresas, por sua vez, devem garantir ao consumidor acesso à informação e
assumir a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, visando ao desenho
adequado dos produtos e embalagens e o fim da obsolescência programada.
Nós,
como consumidores que somos, deveríamos saber que a indústria tem trabalhado muito
nestes últimos 100 anos para promover o aumento do consumo com a oferta de produtos
de qualidade inferior. E também temos de nos atentar mais com o que consumimos,
afinal, nenhum ser humano precisa de 5 aparelhos de celular e nem de 8 pares de
sapato. O fato é que o Planeta Terra não suportará tamanha destruição por
muito mais tempo.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.idec.org.br/
http://www.procon.sp.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário